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Tesouro IPCA: saiba como funciona e se vale a pena investir

Ao ter na carteira um título que segue o maior indicador de inflação do país, você aumenta as suas chances de obter um retorno real com a aplicação, ou seja, que acompanha o aumento dos preços e, consequentemente, protege o seu patrimônio, especialmente a longo prazo.

A estratégia te interessa? Para colocar ela em ação, é o Tesouro IPCA que vai te ajudar — o título do Tesouro Direto que oferece aos investidores uma taxa prefixada de juros, somada à correção pelo indexador.

Siga nesta leitura para aprender:

  • O que é o Tesouro IPCA?
  • Como funciona o Tesouro IPCA?
  • Quais são as taxas para investir no Tesouro IPCA?
  • Quais são os tipos de Tesouro IPCA para investir?
  • Quanto rende o Tesouro IPCA?
  • Como investir no Tesouro IPCA?
  • Vale a pena investir no Tesouro IPCA?
  • O que é melhor: Tesouro Selic ou IPCA?

No final, ainda reservamos algumas dicas bônus sobre onde você pode continuar aprendendo como otimizar a sua estratégia de renda fixa!

O que é o Tesouro IPCA?

O Tesouro IPCA é um título emitido pelo Tesouro Direto, ou seja, pelo Governo Federal. É um investimento de renda fixa, no qual uma parte da rentabilidade está atrelada ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), enquanto a outra vem de uma taxa de juros prefixada. 

A parte pós-fixada tem rentabilidade atrelada ao índice IPCA, que é o medidor oficial da inflação no Brasil. Como esse valor muda a cada nova divulgação mensal, se trata de uma rentabilidade desconhecida. Portanto, essa parte do investimento só terá o retorno conhecido no momento do resgate. 

Já a parte prefixada é uma taxa extra que o título paga para remunerar o acionista. O valor dessa taxa varia de acordo com condições favoráveis ou desfavoráveis do mercado. No entanto, ao investir nos títulos Tesouro IPCA você já sabe quanto será esse valor no momento de fazer o investimento.    

Por conta dessa dinâmica, o investidor tem a segurança de obter futuramente um retorno que supera a da inflação, ou seja, que protege o seu poder aquisitivo por meio de uma rentabilidade real. Outra vantagem do Tesouro IPCA é sua acessibilidade, já que os títulos estão disponíveis para aplicações a partir de R$30.

Como funciona o Tesouro IPCA? 

O Tesouro IPCA funciona assim: ao aplicar neste título, o investidor está “emprestando dinheiro” ao governo, que o devolverá seguindo um formato de remuneração híbrido (taxa prefixada + taxa corrigida pelo IPCA). Quanto ao prazo de vencimento, há diferentes alternativas disponíveis — desde prazos para daqui 5 anos, ou períodos ainda mais longos.

Para os títulos que efetuam o pagamento semestral de juros, a distribuição do rendimento é ligeiramente diferente. Se um título rende 6% ao ano, por exemplo, ele terá a rentabilidade de aproximadamente 2,95% por semestre, sobre o capital aplicado — corrigido, é claro, pela inflação.

E tem mais: a inflação que impacta sobre o seu investimento é aquela que se refere a todo o período no qual o título foi mantido. Para fazer esse cálculo, é utilizado como base o Valor Nominal Atualizado (VNA), que é o valor do título corrigido diariamente pela inflação.

Funciona assim: o VNA começa com um valor inicial no momento da emissão do título. A cada dia, esse valor é ajustado de acordo com a inflação acumulada, garantindo que o seu investimento mantenha o poder de compra ao longo do tempo. Assim, quando você resgata o título, recebe o valor que foi atualizado pela inflação durante todo o período em que manteve a aplicação.

Vamos supor que determinado mês tenha, por exemplo, 21 dias úteis e o IPCA esteja em 0,19%. Se você investir R$100 neste título, então diariamente o patrimônio será atualizado de acordo com o VNA — que pode ser encontrado a partir deste cálculo:

VNA = 0,0019 / 21

VNA = 0,0000905

Ao longo do mês, portanto, esses 0,0000905 serão diariamente adicionados aos R$100 aplicados. Sempre que um novo IPCA for divulgado (o que acontece todos os meses), a nova porcentagem é utilizada no cálculo.

Os cupons semestrais, por sua vez, são pagos considerando uma base de 6% ao ano, equivalente a aproximadamente 2,98% a cada seis meses, atualizado de acordo com o IPCA. 

Para entender melhor, imagine que você comprou um título do Tesouro IPCA+ no valor de R$10.000, com uma taxa de juros de 6% ao ano, mais a variação do indexador — suponha que tenha sido de 1,5% no semestre

Primeiro, vamos calcular o ajuste do valor pelo IPCA:

Valor ajustado = R$10.000 * (1 + 0,015)

Valor ajustado = R$ 10.150

Agora, o cupom semestral:

Valor do cupom = R$10.150 * 0,0298

Valor do cupom   ≈ R$ 302,47

Simplificando, após seis meses você receberá um cupom de aproximadamente R$302,47, que reflete a taxa de juros de 2,98% sobre o valor do título ajustado pela inflação.

A título de informação, vale mencionar que o IPCA é uma das ferramentas do Governo para monitorar os preços no país. Assim, não somente serve de parâmetro para correção de contratos (de aluguel, por exemplo), como também para corrigir a rentabilidade de alguns investimentos — é o caso do Tesouro IPCA.

Entenda mais alguns detalhes sobre essa dinâmica abaixo.

Nomenclaturas

No sistema do Tesouro Direto, o Tesouro IPCA recebe a nomenclatura de NTN-B Principal (no caso daqueles cuja remuneração é entregue somente no final do período) e NTN-B (para títulos que fazem o pagamento de juros semestrais). 

Na hora de fazer uma aplicação, porém, é mais provável que o investidor se depare com versões simplificadas dessa nomenclatura — como “IPCA+”, seguido do ano de vencimento do título.

Investimento mínimo

Para investir no Tesouro IPCA, você pode comprar frações de um título — o menor valor que pode ser adquirido é 1% do preço total do título. No entanto, esse valor mínimo precisa ser de pelo menos R$30.

Por exemplo: se 1% do preço de um título for menor que R$30, você não poderá comprar essa fração e terá que investir um valor maior. 

A título de curiosidade, há um limite máximo de aplicação por investidor, que é de R$1 milhão por mês. Aqui, o valor não considera o título individualmente, mas toda a carteira adquirida por essa pessoa no período.

Liquidez

O Tesouro IPCA tem liquidez diária, ou seja, o investidor pode resgatar o valor aplicado a qualquer momento. Porém, é preciso ter cuidado: o preço a ser considerado pelo título no momento da venda vai ser aquele estipulado pelo valor de mercado no momento da transação.

Por conta disso, se o preço atual na hora do resgate for menor do que aquele pago inicialmente, você pode perder rentabilidade. É por essa razão, inclusive, que este investimento é normalmente recomendado para aqueles que pretendem deixar o dinheiro aplicado até o vencimento e não necessariamente estão investindo com foco único na liquidez.

Tudo isso se deve à marcação a mercado. Esse é o nome dado ao efeito de atualização diária dos preços dos títulos públicos, que pode acontecer tanto para cima quanto para baixo. Portanto, caso você precise vender de forma antecipada, há o risco de perder dinheiro — ou até mesmo a chance de ganhar, já que pode haver também uma valorização.  

Essa oscilação de preços dos títulos Tesouro IPCA é influenciada por diversos fatores: inflação, taxa Selic, acontecimentos políticos, mercado internacional, humor do mercado e até mesmo pela emissão de novos títulos que pagam taxas diferentes. 

Dessa maneira, caso você tenha o interesse de comprar um título Tesouro IPCA e vender de forma antecipada, é interessante que você compreenda e se aprofunde no conceito de marcação a mercado para evitar perder dinheiro nessa operação.  

Quais são as taxas para investir no Tesouro IPCA?

Os custos para investir no Tesouro IPCA podem incluir a taxa de administração para a corretora, a taxa de custódia da B3, a incidência do IOF e a alíquota do Imposto de Renda.

Como a existência e os valores de alguns desses custos variam, recomendamos que, para entender cada um, observe como são aplicados no seu investimento:

Taxa de administração

A taxa de administração é uma forma de remuneração que vai para a instituição financeira que você escolheu para intermediar o seu investimento — bancos e corretoras, por exemplo. No entanto, essa não é uma cobrança obrigatória e, atualmente, há muitas alternativas que oferecem isenção desse custo extra.

Taxa de custódia

A taxa de custódia é uma cobrança feita pela própria B3, pelo seu serviço de armazenar títulos e públicos, e por viabilizar movimentações. Atualmente, ela está em 0,20% ao ano e é cobrada de maneira semestral, ou no momento do resgate da aplicação. 

Vale ainda lembrar que, assim como outros títulos públicos, há isenção de taxa de custódia para investimentos abaixo de R$10 mil.   

IOF

O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) só é cobrado se o dinheiro aplicado for resgatado antes de 30 dias. Do contrário, não há a incidência dessa alíquota.

Já para as retiradas feitas antes de um mês, o IOF será aplicado de acordo com esta tabela regressiva:

Dias investidosAlíquota do IOF
196%
293%
390%
486%
583%
680%
776%
873%
970%
1066%
1163%
1260%
1356%
1453%
1550%
1646%
1743%
1840%
1936%
2033%
2130%
2226%
2323%
2420%
2516%
2613%
2710%
286%
293%
30 ou mais0%

Imposto de Renda 

A alíquota do Imposto de Renda varia de acordo com o tempo de aplicação do título e é regressiva. Assim, quanto maior for o período pelo qual seu dinheiro permanecer investido, menor será o imposto pago no resgate.

A dinâmica segue essa tabela:

Tempo de investimentoAlíquota
Até 180 dias22,5%
De 181 a 360 dias20%
De 361 até 720 dias17,5%
Acima de 720 dias15%

Vale reforçar que essa alíquota vai incidir apenas sobre o lucro do investimento e não sobre o montante total investido. 

Além disso, caso você resgate o valor antes do vencimento do título, o IR cobrado será relativo ao período que você carregou o investimento. 

Outra particularidade é em relação ao Tesouro IPCA+ com juros semestrais. Nessa opção, você também pagará Imposto de Renda no pagamento de cupom que ocorre a cada seis meses.   

Importante: o pagamento de IR nos títulos do Tesouro é feito diretamente na fonte, ou seja, a tributação será recolhida automaticamente da conta de sua corretora. Dessa forma, o trabalho do investidor é facilitado, evitando problemas com a Receita Federal. 

Quais são os tipos de Tesouro IPCA para investir?

O Tesouro IPCA se divide em quatro tipos: Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal), 

Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B), Tesouro RendA+ (NTN-B1) e Tesouro Educa+ (NTN -B1).

Entenda:

Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal)

Esse é o título híbrido do Tesouro Nacional que oferece uma parcela da rentabilidade prefixada, somada a outra que é indexada à inflação, seguindo o IPCA. Se mantiver a aplicação até o vencimento, o investidor recebe os rendimentos que foram combinados no início, obtendo um ganho real por conta da dinâmica dessa alternativa do Tesouro. 

Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B)

Essa modalidade segue o formato de rentabilidade do Tesouro IPCA, oferecendo uma parte do pagamento prefixada, enquanto a outra é corrigida pelo indexador. No entanto, a diferença aqui é o pagamento semestral dos juros. Assim, o investidor tem um “pagamento adiantado” da rentabilidade. Inclusive, essa alternativa tende a apresentar variações menores até a data de vencimento, em comparação com o IPCA+ que não faz essa entrega dos juros a cada seis meses. 

Tesouro RendA+ (NTN-B1)

O Tesouro RendA+ foi lançado em 2023 e veio para ser uma alternativa especificamente voltada para quem deseja planejar a aposentadoria, recebendo uma renda mensal por 20 anos. Esses pagamentos periódicos, aliás, serão corrigidos pela inflação.

O investimento mínimo aqui também é de R$30 e o vencimento pode ser escolhido pelo investidor, que pode decidir entre passar de 7 a 42 anos em fase de acúmulo de capital.

Tesouro Educa+ (NTN -B1)

Essa é outra iniciativa recente do Tesouro Direto, com o objetivo permitir aos investidores financiar a educação dos filhos no futuro, a partir de uma renda recebida de maneira periódica, corrigida pela inflação.

Funciona assim: você investe em títulos ao longo de alguns anos, acumulando um valor. Quando seu filho estiver pronto para começar a universidade, esse investimento começa a render pagamentos mensais durante cinco anos, que é o tempo médio de um curso universitário.

Para encontrar o título ideal para o seu caso, pode obter ajuda na própria plataforma do Tesouro. Basta informar a idade atual do seu filho e a idade em que ele provavelmente vai iniciar a faculdade. Depois, definir o valor mensal que gostaria de receber do Tesouro Educa+ para cobrir os custos da universidade. 

O investimento mínimo é de R$30, mas também é possível fazer um investimento inicial maior, o que ajuda a alcançar mais rápido o valor desejado para a renda mensal.

Na dúvida sobre em quais títulos investir e quais outras alternativas existem para fortalecer o seu portfólio? Conheça as carteiras recomendadas pelos especialistas da Finclass, com sugestões pontuais de investimentos, personalizadas de acordo com seus objetivos financeiros.

Quanto rende o Tesouro IPCA?

O rendimento do Tesouro IPCA pode variar de acordo com o título específico escolhido, já que as taxas de juros prefixadas estão disponíveis em diferentes alternativas e considerando o IPCA acumulado no período do investimento.

Por exemplo: se um investidor aplicasse R$10.000,00 hoje no título IPCA+ 2035, sem realizar aportes mensais adicionais, o rendimento bruto estimado ao final do período seria de R$27.036,11. Desse valor, seriam descontados o Imposto de Renda, de R$2.555,41, e a taxa de custódia da B3 de R$364,15. Então, o valor líquido que o investidor receberia ao final dos 11 anos seria de R$23.919,40.

Atenção: o cenário acima se trata unicamente de uma simulação, com base nos dados informados pelo Tesouro Direto para o título Tesouro IPCA+ 2035. Essa é uma maneira de te ajudar a visualizar como o investimento faz o seu patrimônio render e ainda te auxilia a obter um rendimento real no final do período.

Para que você consiga ter uma noção ainda mais precisa do rendimento do IPCA+, observe os títulos que estão atualmente disponíveis na plataforma do Tesouro Direto:

Fonte: Tesouro Direto. Dados coletados em 27 de agosto de 2024.

Além da rentabilidade, você ainda pode observar o preço mínimo de investimento, o valor unitário do título e o vencimento exato de cada um.

Para você ter uma noção mais clara do retorno histórico do Tesouro IPCA, fizemos uma tabela comparativa, listando os retornos de alguns outros indicadores-chave dentro dos mesmos períodos e considerando o Tesouro IPCA+ com taxa de 6% ao ano. Veja só:

Indicador2 anos3 anos5 anos10 anos20 anos
CDI27,40%36,9%46,97%142%649%
Ibovespa18%4,82%39%139%583%
IFIX22,50%20%36%149%
IPCA +6% a.a.21,30%43,93%77,4%213,67%864%

Note que, olhando para o curto prazo, o IPCA+ não apresenta um desempenho que, à primeira vista, chamaria a atenção, especialmente quando comparado com o CDI, que também é um indexador presente em títulos de renda fixa. 

No entanto, no longo prazo, o título do Tesouro Direto não somente é um dos que se mantêm estáveis, como é o que apresenta os maiores saltos na porcentagem de retorno. Em 20 anos, por exemplo, o seu dinheiro teria rendido quase 200% a mais do que se estivesse aplicado em algum investimento atrelado ao CDI.

 Como investir no Tesouro IPCA?

Investir no Tesouro IPCA é bastante simples: basta abrir conta em uma corretora de valores ou realizar a aplicação diretamente na plataforma do Tesouro Direto

Na dúvida, preparamos um passo a passo para você:

1 – Abra conta em uma corretora

Muitos investidores optam por abrir conta em uma corretora de valores para se valer da ampla gama de ativos financeiros disponibilizados nessa plataforma, bem como para concentrar seus investimentos em um só lugar.

Se for o seu caso, saiba que o processo é simples: basta escolher uma corretora autorizada pela B3, preencher um cadastro inicial e fornecer alguns documentos básicos, como CPF, RG e comprovante de residência.

Também é nesse momento que você será submetido a um questionário para descobrir seu perfil de investidor — uma análise que serve para verificar qual é o seu grau de tolerância ao risco e servir de orientação na hora de selecionar ativos para o seu portfólio. Os quatro resultados possíveis são:

  • Conservador: prioriza a segurança do capital e evita riscos, investindo principalmente no Tesouro Direto e em CDBs de grandes bancos;
  • Moderado: aceita um pouco de risco em busca de retornos melhores, mas ainda preza pela segurança, optando pelo Tesouro IPCA e por debêntures;
  • Arrojado: tolera um risco maior em busca de ganhos superiores a médio e longo prazo, logo, normalmente aplica em ações de grandes empresas e Fundos Imobiliários;
  • Agressivo: focado em maximizar o retorno, aceita grande volatilidade e riscos elevados. Costuma investir em ações mais voláteis, criptomoedas e derivativos.

2 – Escolha o título do Tesouro IPCA

O Tesouro IPCA está disponível em várias alternativas, que apresentam taxas de juros e prazos de vencimento distintos. Você encontra, por exemplo, títulos com vencimento para daqui cinco anos, ou com períodos que se encerram apenas depois de 2050. Além disso, alguns efetuam o pagamento do rendimento apenas no final do prazo, enquanto outros pagam juros semestrais.

Em geral, essa modalidade do Tesouro Direto é uma opção mais vantajosa para quem tem objetivos de longo prazo. De qualquer forma, recomendamos que, na hora de fazer a seleção do seu título, leve em consideração não somente o seu perfil, mas também seus objetivos com o investimento. 

3 – Defina o tamanho do aporte e faça a aplicação

Por fim, basta que você informe quanto dinheiro deseja aplicar no Tesouro IPCA e efetue a compra do título — lembre-se: o aporte mínimo fica em torno de R$30.

Na plataforma da corretora onde fizer a sua aplicação também é possível acompanhar a performance do seu investimento

No entanto, aqui cabe um lembrete bastante importante: ao longo do tempo, o preço do seu Tesouro IPCA será apresentado de acordo com a marcação a mercado, que aponta qual valor o título teria se fosse vendido naquele momento. Assim, é possível que, às vezes, a rentabilidade esteja negativa.

Isso não significa, porém, que você está perdendo dinheiro. Afinal, se mantiver o título até o vencimento, terá a rentabilidade inicialmente combinada. 

Vale a pena investir no Tesouro IPCA?

Embora a decisão final dependa do seu perfil de investidor e dos seus objetivos financeiros, podemos dizer que o Tesouro IPCA é, sim, um bom investimento em renda fixa para somar ao portfólio.

Como a rentabilidade soma uma taxa prefixada a um valor corrigido pelo principal indexador de referência da inflação no Brasil (o IPCA), acaba sendo um título bastante interessante para estratégias de longo prazo, já que o investidor tende a receber um rendimento real no final da aplicação, protegendo seu poder de compra.

É, também, uma opção mais segura. Por exemplo: em cenários de alta inesperada da inflação, os títulos prefixados (cuja rentabilidade segue uma taxa de juros fixa, sem correção) podem apresentar rentabilidades bastante atrativas. No entanto, no longo prazo, novas oscilações do mercado podem tornar o investimento menos atrativo do que parecia no início. Dessa maneira, o Tesouro IPCA entra como uma alternativa mais vantajosa para quem busca proteção do capital

O que é melhor: Tesouro Selic ou IPCA?

Essa é uma pergunta constante entre os investidores, mas a real resposta é que tudo vai depender do seu perfil de investidor e objetivos com o investimento

Afinal, o Tesouro Selic tem uma característica mais voltada para investidores que desejam uma maior liquidez e o menor risco possível. Entretanto, por garantir essas características, a rentabilidade acaba sacrificada. 

Já o Tesouro IPCA+ costuma ter uma melhor rentabilidade de modo geral. Entretanto, é um investimento mais voltado para o longo prazo. Afinal, o investidor pode perder dinheiro caso venda o título de forma antecipada. 

Portanto, a verdadeira resposta é que não existe opção melhor ou pior. Tudo vai depender dos seus objetivos com os investimentos, cabendo até mesmo os dois títulos públicos em uma carteira diversificada.  

Quer conhecer outros investimentos como o Tesouro IPCA?

Não é à toa que o Tesouro IPCA é um dos preferidos da renda fixa de muitos investidores: com uma rentabilidade híbrida, é uma excelente alternativa para quem deseja proteger o patrimônio a longo prazo. 

Para te ajudar a continuar explorando essa classe de ativos, trouxemos algumas Finclasses que vão ser úteis no seu aprendizado. Olha só:

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Hugo Gonçalves
Hugo Gonçalveshttps://finclass.com/
Hugo é economista e copywriter no Grupo PRIMO. Trabalha com finanças há mais de 7 anos.
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