InícioInvestimentosDebêntures incentivadas: o que são e quanto rendem?

Debêntures incentivadas: o que são e quanto rendem?

As debêntures incentivadas são uma opção de investimento cada vez mais popular entre os brasileiros que buscam alternativas de renda fixa com boas oportunidades de retorno. Emitidas por empresas para captar recursos voltados a projetos de infraestrutura no Brasil, essas debêntures contam com isenção de Imposto de Renda para investidores pessoa física, o que as torna ainda mais atrativas. Mas, afinal, você sabe como esse tipo de investimento funciona e o quanto ele pode render?

Neste artigo, vamos explorar o funcionamento das debêntures incentivadas e detalhar o que você precisa saber para avaliar esse investimento. Você verá desde como é calculada sua rentabilidade até os critérios para identificar boas opções no mercado, além dos principais riscos envolvidos.

Continue lendo para descobrir:

  • O que são e como funcionam as debêntures incentivadas;
  • Quanto rende esse investimento e quais fatores influenciam sua rentabilidade;
  • Vantagens e riscos de investir em debêntures incentivadas;
  • Como escolher as melhores opções no mercado;
  • Passo a passo para começar a investir com segurança.

No final, também mostraremos como aprofundar seus conhecimentos para investir com confiança e alcançar seus objetivos financeiros!

O que são debêntures incentivadas?

Debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas para captar recursos no mercado financeiro. Quando você compra uma debênture, está, na prática, emprestando dinheiro para a empresa emissora, que promete devolver o valor investido com juros em um prazo determinado. Esse tipo de investimento é classificado como renda fixa, mas, diferentemente de produtos bancários como CDBs, debêntures não contam com a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Créditos).

As debêntures incentivadas, por sua vez, são um tipo específico de debênture voltada ao financiamento de projetos de infraestrutura considerados prioritários para o país — como estradas, aeroportos, saneamento básico e energia. Como incentivo do governo para atrair investidores, essas debêntures são isentas de Imposto de Renda para pessoas físicas, o que aumenta sua atratividade, especialmente para quem busca investimentos de longo prazo e com potencial de rendimentos acima de outros produtos de renda fixa.

Essas características tornam as debêntures incentivadas uma alternativa interessante para diversificação de carteira, oferecendo rendimentos competitivos e contribuindo para o desenvolvimento da infraestrutura no Brasil.

Como funcionam as debêntures incentivadas?

As debêntures incentivadas funcionam como uma forma de empréstimo que o investidor faz diretamente para a empresa emissora, recebendo juros como remuneração. 

Por meio da Lei 12.431 de 2011, o governo criou essas debêntures como incentivo para atrair investimentos em setores essenciais da economia, oferecendo uma isenção de Imposto de Renda para os investidores. Essa isenção melhora a rentabilidade líquida do papel e torna as debêntures incentivadas uma alternativa vantajosa para quem busca rendimento superior ao de outros ativos de renda fixa.

Propósito e para que servem as debêntures incentivadas

As debêntures incentivadas foram criadas com o objetivo de financiar grandes projetos de infraestrutura no Brasil —- como estradas, portos, aeroportos, além de melhorias em áreas essenciais para o desenvolvimento do país, como saúde, educação, saneamento básico e energia. 

Esses investimentos ajudam a dinamizar a economia, criar empregos e melhorar a qualidade de vida da população. O incentivo fiscal dado a essas debêntures busca direcionar mais capital para essas áreas estratégicas, essenciais para o crescimento sustentável e para a modernização do país.

Setores que podem emitir debêntures incentivadas

Originalmente, as debêntures incentivadas se concentravam em setores como logística e transporte, energia e saneamento básico. Em 2023, novos setores foram incluídos para ampliar o impacto desses investimentos. Veja os principais setores e o que eles representam:

Setores tradicionais
Logística e transporte: investimentos em estradas, ferrovias e portos, melhorando o escoamento da produção e a mobilidade de mercadorias.
Mobilidade urbana: projetos para desenvolver infraestrutura de transporte público, como metrôs e ônibus, nas grandes cidades.
Energia: ampliar a capacidade energética do país, com projetos de usinas e distribuição de eletricidade.
Telecomunicações e radiodifusão: melhorias em redes de telefonia e internet, aumentando o acesso à conectividade em áreas urbanas e rurais.
Saneamento básico: ampliação de redes de água e esgoto, promovendo saúde e qualidade de vida.
Irrigação: projetos para melhorar a irrigação no agronegócio, aumentando a eficiência e a produtividade agrícola.
Setores incluídos em 2023
Educação: construção e modernização de escolas e universidades, expandindo o acesso à educação de qualidade.
Saúde: ampliação de hospitais, centros de saúde e postos de atendimento, promovendo uma saúde pública mais acessível.
Segurança pública e sistema prisional: projetos que aprimoram a infraestrutura de segurança, incluindo presídios e sistemas de monitoramento.
Parques urbanos e unidades de conservação: desenvolvimento de espaços verdes e áreas de preservação, promovendo lazer e sustentabilidade.
Equipamentos culturais e esportivos: construção de teatros, museus e arenas esportivas para fomentar cultura e esporte.
Habitação social e requalificação urbana: projetos habitacionais para populações de baixa renda e melhorias urbanas em comunidades carentes.

Esses setores cobrem desde necessidades básicas de infraestrutura até investimentos que apoiam a qualidade de vida e o crescimento sustentável. A diversidade de setores amplia as oportunidades para investidores e potencializa o impacto positivo dos recursos no desenvolvimento do país.

Prazos e retorno dos investimentos

As debêntures incentivadas são títulos de médio a longo prazo, com vencimentos que podem variar entre 4 e 15 anos, ou até mais, dependendo do projeto financiado. 

Esse prazo prolongado permite que o investidor acumule juros sobre o valor investido ao longo do tempo, proporcionando uma rentabilidade mais atraente. A remuneração pode ser prefixada, pós-fixada ou híbrida (combinação de taxa prefixada e pós-fixada). Esses prazos mais longos e as variações nas formas de remuneração fazem das debêntures incentivadas uma opção que pode se adequar tanto a objetivos de longo prazo quanto a estratégias de proteção contra a inflação.

Quanto rendem as debêntures incentivadas?

As debêntures incentivadas são conhecidas por oferecerem uma rentabilidade atrativa em comparação com outros investimentos de renda fixa, como o Tesouro Direto e os Certificados de Depósito Bancário (CDBs). Como esse tipo de debênture é isento de Imposto de Renda para pessoas físicas, o investidor tem a vantagem de receber o rendimento integral, o que pode aumentar o retorno líquido do investimento. No entanto, o rendimento de uma debênture incentivada pode variar bastante, dependendo de alguns fatores específicos.

Como funciona o rendimento de uma debênture incentivada?

O rendimento das debêntures incentivadas pode ser:

Prefixado

Nesse caso, o investidor sabe exatamente qual será a taxa de juros acordada no momento da compra. Por exemplo, se a debênture oferece uma taxa prefixada de 10% ao ano, essa será a rentabilidade recebida ao longo do período, independentemente de variações no mercado.

Pós-fixado

Nessa modalidade, a rentabilidade está atrelada a um índice de referência, geralmente o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ou o CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Isso significa que o rendimento será composto pela variação do índice mais uma taxa adicional fixa, como “IPCA + 5%” ou “CDI + 3,50%”, por exemplo

Híbrido

Aqui, o rendimento é uma combinação entre uma taxa prefixada e uma pós-fixada — geralmente o IPCA mais um percentual fixo. Esse tipo de debênture é comum quando a expectativa é de que a inflação oscile e o investidor busca uma proteção adicional.

Quais fatores influenciam a rentabilidade das debêntures incentivadas?

Taxa de juros do mercado, prazo de vencimento, rating de crédito, condições econômicas e inflação são alguns dos fatores que vão interferir na rentabilidade das debêntures incentivadas.

Entenda melhor a seguir.

Taxa de juros do mercado

Em períodos de altas taxas de juros, os investidores podem preferir títulos mais seguros, como os emitidos pelo governo, fazendo com que debêntures incentivadas precisem oferecer rentabilidades mais altas para atrair investidores. 

Já em cenários de juros mais baixos, as debêntures incentivadas podem apresentar menor rentabilidade, mas ainda assim permanecerem competitivas devido à isenção de IR.

Prazo de vencimento

Em geral, quanto maior o prazo de vencimento, maior tende a ser a rentabilidade oferecida. Isso acontece porque o investimento de longo prazo expõe o investidor a mais incertezas e riscos, como variações nas taxas de juros e na economia em geral, justificando uma remuneração superior.

Rating de crédito

Debêntures de empresas com menor classificação de risco (rating) tendem a oferecer rentabilidades mais altas como forma de compensar o investidor pelo risco adicional. Por outro lado, debêntures de empresas com rating mais alto são consideradas mais seguras, o que pode reduzir um pouco o retorno oferecido.

Condições econômicas e setoriais

Como muitas debêntures incentivadas financiam setores estratégicos como infraestrutura, energia e logística, o desempenho econômico e as políticas públicas voltadas a esses setores influenciam o rendimento. Investimentos em setores em crescimento ou em áreas prioritárias para o governo podem ter rentabilidade mais favorável.

Inflação e indexação

Debêntures incentivadas indexadas ao IPCA oferecem proteção contra a inflação. Na prática, isso significa uma rentabilidade real (acima da inflação) aos investidores.

Exemplo de rendimento de uma debênture incentivada

Vamos simular o rendimento de uma debênture incentivada com um investimento inicial de R$10.000 a uma taxa de 9% ao ano.

Com um investimento inicial de R$10.000 e taxa de 9% ao ano, ao final de um ano, o rendimento seria de R$900, ou seja, o montante acumulado seria de R$10.900.

Agora, considerando o rendimento composto ao longo de 10 anos, usaremos a fórmula dos juros compostos:

Montante=Principal x 1+taxatempo

Considere:

  • Principal (P) = R$10.000;
  • Taxa anual (r) = 9% = 0,09;
  • Tempo (t) = 10 anos.

Montante=R$10.000 x 1+0,0910=R$23.673,64

Assim, ao final de 10 anos, o investidor teria aproximadamente R$23.673,64. Esse exemplo destaca como o rendimento composto e a isenção do Imposto de Renda aumentam a rentabilidade em debêntures incentivadas a longo prazo.

Quais são as vantagens de investir em debêntures incentivadas?

As debêntures incentivadas trazem uma série de benefícios exclusivos que as tornam atrativas para muitos investidores, como isenção de IR, rentabilidade atrativa, contribuição para o desenvolvimento do país, diversificação e foco no longo prazo.

Abaixo, exploramos as principais vantagens que fazem desse investimento uma opção diferenciada para quem busca boas oportunidades na renda fixa:

Isenção de Imposto de Renda

Diferentemente de outros títulos de renda fixa, as debêntures incentivadas são isentas de Imposto de Renda para pessoas físicas. Essa isenção proporciona rendimentos líquidos mais elevados, o que a torna uma vantagem importante em comparação com investimentos tradicionais.

Rentabilidade atrativa

Devido ao incentivo governamental e ao perfil de projetos financiados, as debêntures incentivadas tendem a oferecer taxas de retorno maiores que as de outros títulos, como o Tesouro Direto e os Certificados de Depósito Bancário (CDBs). Isso torna o investimento mais competitivo em termos de rendimento.

Contribuição para o desenvolvimento do país

Investir em debêntures incentivadas é uma maneira de apoiar projetos essenciais de infraestrutura, como rodovias, saneamento básico e energia. Essa contribuição auxilia no crescimento econômico e na criação de empregos, gerando impacto positivo para o país.

Diversificação da carteira

As debêntures incentivadas permitem ao investidor ampliar a diversificação dentro da alocação em renda fixa. Com características diferentes dos títulos públicos e dos CDBs, elas trazem uma combinação de segurança e rentabilidade, reduzindo a exposição a um único tipo de ativo e equilibrando o portfólio.

Possibilidade de longo prazo

Como são títulos voltados para o financiamento de grandes projetos, as debêntures incentivadas geralmente têm prazos mais longos. Isso é uma vantagem para investidores que buscam retornos que consideram horizontes temporais mais longos, possibilitando ganhos consistentes sem a necessidade de resgates frequentes.

Quais são os riscos de investir em debêntures incentivadas?

Embora as debêntures incentivadas ofereçam vantagens atraentes, também existem riscos que os investidores devem considerar antes de alocar seus recursos — como o risco de crédito, de mercado, de liquidez, de setor e riscos regulatórios. Compreender esses riscos é fundamental para tomar decisões informadas e gerenciar adequadamente sua carteira de investimentos. 

Abaixo, listamos os principais riscos associados a esse tipo de investimento.

Risco de crédito

O principal risco ao investir em debêntures é o risco de crédito, que se refere à possibilidade de o emissor não conseguir honrar os pagamentos de juros ou o valor principal na data de vencimento. Como as debêntures não são garantidas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), a saúde financeira da empresa emissora é crucial. Se a empresa enfrentar dificuldades financeiras, o investidor pode perder parte ou todo o seu investimento.

Risco de mercado

As debêntures podem sofrer oscilações de preço no mercado secundário devido a variações nas taxas de juros e nas condições econômicas. Se as taxas de juros aumentarem, o valor de mercado das debêntures pode cair, resultando em perdas caso o investidor decida vender antes do vencimento.

Risco de liquidez

Algumas debêntures podem ter menor liquidez em comparação com títulos mais populares, como os do Tesouro Direto. Isso significa que pode ser mais difícil encontrar um comprador no mercado secundário, o que pode afetar a capacidade do investidor de resgatar seu investimento quando desejar.

Risco de setor

As debêntures incentivadas estão frequentemente ligadas a setores específicos, como infraestrutura, energia e saneamento. Isso significa que os investidores podem estar expostos a riscos setoriais, como mudanças nas políticas governamentais ou condições econômicas que afetam negativamente esses setores.

Risco regulatórios

A regulamentação pode mudar e afetar a viabilidade dos projetos financiados por debêntures incentivadas. Alterações nas leis ou nas diretrizes do governo podem impactar a rentabilidade e a segurança dos investimentos em debêntures, além de influenciar os projetos de infraestrutura em andamento.

Como saber se a debênture é incentivada?

Identificar se uma debênture é incentivada é fundamental para os investidores que desejam aproveitar os benefícios fiscais e as características específicas desse tipo de título. Alguns critérios que você pode observar são:

  • Verificação da emissão;
  • Análise do certificado de debênture;
  • Consulta à Comissão de Valores Mobiliários (CVM);
  • Setores de aplicação.

Abaixo, listamos dicas que ajudam a determinar se uma debênture se enquadra na categoria de debêntures incentivadas.

Verificação da emissão

A primeira maneira de saber se uma debênture é incentivada é verificar se a emissão é realizada por uma empresa que destina os recursos captados para financiar projetos de infraestrutura considerados relevantes pelo governo. As debêntures incentivadas devem estar claramente associadas a obras e serviços em setores estratégicos.

Análise do certificado de debênture

O certificado de debênture deve conter informações detalhadas sobre a natureza da emissão. É essencial verificar se o título menciona explicitamente que é uma debênture incentivada, bem como a isenção de Imposto de Renda para os investidores. Essas informações costumam estar disponíveis na documentação do produto financeiro, como o prospecto ou a ficha técnica.

Consulta à Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

A CVM é o órgão responsável pela regulamentação e supervisão do mercado de valores mobiliários no Brasil. Consultar o site da CVM ou entrar em contato com o órgão pode fornecer informações sobre as emissões de debêntures, incluindo a categorização como incentivadas. A CVM mantém um registro das debêntures emitidas e suas características.

Setores de aplicação

As debêntures incentivadas são emitidas para financiar projetos em setores específicos, como logística, energia, saneamento, entre outros. Conhecer esses setores ajuda a identificar debêntures que possam se qualificar como incentivadas. A lista de setores contemplados pode ser verificada em fontes confiáveis ou na própria legislação que regulamenta as debêntures incentivadas.

Como saber se uma debênture incentivada é boa?

Para garantir que você está fazendo um bom investimento em debêntures incentivadas, é importante analisar alguns critérios que ajudam a avaliar a qualidade e a segurança desse ativo. Aqui estão alguns fatores a considerar:

  • Análise da emissora;
  • Classificação de risco;
  • Taxa de rentabilidade;
  • Liquidez do título;
  • Objetivo do projeto financiado;
  • Reputação da gestão.

Entenda melhor a seguir.

Análise da emissora

Verifique a saúde financeira da empresa que emitiu a debênture. Uma análise de indicadores como a relação dívida/EBITDA, a capacidade de geração de caixa e o histórico de pagamento pode fornecer insights sobre a solidez da empresa. 

Empresas com boa reputação e estabilidade financeira são mais confiáveis e apresentam menor risco de inadimplência.

Classificação de risco

Consulte a classificação de risco da debênture, geralmente fornecida por agências de rating como Fitch, Moody’s ou Standard&Poor’s. Essas classificações avaliam a probabilidade de a empresa honrar suas obrigações de pagamento. Debêntures com classificação mais alta são consideradas menos arriscadas.

Taxa de rentabilidade

Avalie a taxa de rentabilidade oferecida pela debênture. Compare-a com outros investimentos do mesmo tipo e com a média do mercado. Uma rentabilidade muito acima da média pode indicar maior risco, enquanto uma taxa muito baixa pode não compensar o risco assumido. É essencial encontrar um equilíbrio entre retorno e risco.

Liquidez do título

Verifique a liquidez da debênture, ou seja, a facilidade com que você pode vendê-la no mercado antes do vencimento. Debêntures com maior liquidez são preferíveis, pois permitem que o investidor tenha mais flexibilidade para resgatar seu investimento em caso de necessidade.

Objetivo do projeto financiado

Analise o projeto para o qual a debênture está sendo emitida. Projetos bem planejados e que atendem a uma demanda social ou econômica podem ter maior chance de sucesso, aumentando a probabilidade de que a empresa honre seus compromissos financeiros.

Reputação da gestão

Avalie a equipe de gestão da empresa emissora. Uma gestão com experiência e um histórico comprovado de sucesso em projetos semelhantes pode indicar que a debênture tem maiores chances de ser um bom investimento.

Ao considerar esses critérios, você pode tomar decisões mais informadas e aumentar suas chances de sucesso ao investir em debêntures incentivadas.

Quais são as melhores debêntures incentivadas?

Investir diretamente em debêntures incentivadas traz benefícios como a isenção de IR e rendimentos competitivos, mas também apresenta desvantagens, incluindo baixa liquidez e penalidades em resgates antecipados. Por isso, uma maneira mais prática e estratégica de se expor a esses ativos é por meio dos Fundos de Investimento em Infraestrutura (FI-Infras).

Por que investir em FI-Infras?

Os FI-Infras são fundos que investem principalmente em debêntures incentivadas de empresas dos setores de infraestrutura. Eles oferecem algumas vantagens significativas:

  1. Diversificação: FI-Infras possibilitam a exposição a um portfólio diversificado de debêntures de várias empresas e setores, o que reduz o risco específico de cada papel;
  2. Gestão profissional: contam com gestores especializados que acompanham o mercado e as empresas emissoras, realizando análises aprofundadas para decisões estratégicas de compra e venda;
  3. Liquidez: muitos FI-Infras têm prazos de liquidez estabelecidos, o que torna possíveis saques periódicos, que podem ser mais acessíveis que o resgate direto de debêntures;
  4. Isenção de IR: assim como as debêntures incentivadas individuais, os rendimentos de FI-Infras também são isentos de IR para pessoas físicas, maximizando o retorno líquido.

Exemplos de FI-Infras no Mercado

Alguns FI-Infras amplamente conhecidos e geridos por instituições renomadas incluem:

  • JURO11: fundo gerido pela Sparta, focado em debêntures incentivadas de empresas de setores como energia e saneamento, com uma gestão ativa e reconhecido por seu histórico de bom desempenho;
  • KDIF11: fundo administrado pela Kinea, diversificado em infraestrutura de saneamento, geração solar e transmissão, com um longo histórico do time de gestão;
  • IFRA11: gerido pela Itaú Asset, este fundo investe também em projetos de infraestrutura essenciais, como transmissão e saneamento, com uma equipe de gestores especializada na análise de crédito de empresas estratégicas.

Importante: Estes exemplos são apenas para fins educativos e ilustrativos. Este conteúdo não é uma recomendação de investimento. Antes de investir, é fundamental que o investidor analise suas metas, perfil de risco e consulte um especialista financeiro para tomar decisões bem fundamentadas.

Como investir em debêntures incentivadas?

Existem duas formas principais de investir em debêntures incentivadas: de maneira direta, adquirindo o título diretamente, ou de forma indireta, por meio de FI-Infras (Fundos de Investimento em Infraestrutura). 

Abaixo explicamos cada método para te ajudar a escolher o que mais se adapta ao seu perfil.

Passo a passo para investimento direto

Primeiramente, é preciso selecionar uma corretora que ofereça acesso a debêntures incentivadas e abra uma conta. Avalie as taxas e os serviços oferecidos, como relatórios e análises de crédito. Depois, basta seguir essas etapas:

  1. Analise as debêntures disponíveis: entre na plataforma da corretora e pesquise a classe de ativo de renda fixa e em seguida as debêntures incentivadas disponíveis, checando a saúde financeira da emissora, a relevância do projeto e fazendo comparações com outras debêntures;
  2. Realize a compra: localize o título na área de renda fixa da corretora e informe a quantidade desejada, conferindo todos os detalhes antes da confirmação. Fique atento a eventuais taxas de negociação;
  3. Monitore o investimento: acompanhe o desempenho do título e fique atento às notícias sobre a empresa e o setor. Isso pode ajudar na tomada de decisão sobre manter ou vender a debênture;
  4. Declare no Imposto de Renda: apesar da isenção de IR, você deve declarar as debêntures incentivadas no Imposto de Renda anualmente, incluindo os rendimentos isentos.

Passo a passo para investimento indireto (através de FI-Infras)

Para começar, pesquise FI-Infras na sua corretora, considerando fatores como taxa de administração, histórico de rentabilidade e time de gestão. Depois, é só seguir este guia:

  1. Acesse o home broker da corretora: para comprar cotas de FI-Infras, entre no home broker da corretora, pois a negociação de FI-Infras ocorre em bolsa, assim como as ações. No campo de busca, digite o código (ticker) do fundo para visualizar o preço e as informações da cota;
  2. Realize a compra: informe a quantidade de cotas que deseja adquirir e envie a ordem de compra. Os FI-Infras podem ter liquidez diária, o que facilita ajustes em sua carteira;
  3. Acompanhe o desempenho: monitore periodicamente o rendimento do fundo e as condições do setor. Embora os gestores cuidem das decisões de investimento, estar atualizado com o setor de infraestrutura é sempre vantajoso;
  4. Declare no Imposto de Renda: apesar da isenção de IR, você deve declarar os FI-Infras no Imposto de Renda anualmente, incluindo os rendimentos isentos.

Seguindo esses passos, você estará pronto para investir em debêntures incentivadas de maneira informada e segura.

Entenda a renda fixa de uma vez por todas com a Finclass

O mercado de capitais é bastante amplo e conta com produtos específicos para cada tipo de investidor. Se você busca retornos maiores do que os da Caderneta de Poupança, mas ainda não se sente à vontade para arriscar seu patrimônio com investimentos sem retorno previsível, as debêntures realmente podem ser uma opção interessante. Não são, porém, o único ativo capaz de atender esses requisitos.

Caso você queira aprender ainda mais sobre debêntures e todos os demais investimentos indicados para investidores iniciantes e conservadores, te convidamos a conhecer a aula sobre Renda Fixa ministrada pela, Marilia Fontes, aqui na Finclass.

Para além das debêntures, ao longo do curso, você também compreenderá como funcionam os títulos de dívida emitidos pelo governo e por instituições financeiras, de maneira a ampliar suas opções de investimento de maneira segura.O mais interessante, porém, vem agora. Marília te mostrará algo que poucos investidores sabem: como superar os retornos da renda variável, investindo em produtos de renda fixa. Ficou curioso, não é mesmo? Então dê logo o play e comece a fazer seu dinheiro render!

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