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Fundos de Infraestrutura: vantagens e desvantagens do FI-Infra

Os Fundos de Infraestrutura, também conhecidos como “FI-Infra”, oferecem uma vantagem significativa: isenção de Imposto de Renda (IR). É como ter uma renda fixa negociada na bolsa!

Esses fundos permitem que os cotistas invistam em projetos de infraestrutura, proporcionando uma combinação de estabilidade e retornos atrativos.

Neste conteúdo, focaremos na modalidade de Fundos de Infraestrutura listados em Bolsa.

Ficou interessado? Antes de seguir em frente, confira os tópicos que você vai explorar nesta leitura:

  • O que é um Fundo de Infraestrutura?
  • Como funcionam os Fundos de Infraestrutura?
  • Cota de mercado e cota patrimonial: quais as diferenças?
  • Quem deve investir em FI-Infra?
  • Quais são as vantagens de investir em Fundos de Infraestrutura?
  • Quais são os riscos de investir em FI-Infra?
  • Quem deve investir em FI-Infra?
  • Onde investir em Fundos de Infraestrutura?
  • Como escolher um FI-Infra?
  • Qual o melhor FI-Infra listado?
  • Como declarar os Fundos de Infraestrutura?
  • Vale a pena investir em Fundos de Infraestrutura?

No final, ainda reservamos algumas dicas sobre onde continuar aprendendo sobre o assunto e como tomar as melhores decisões de investimento para o seu portfólio!

O que é um Fundo de Infraestrutura?

Os Fundos de Infraestrutura são fundos que reúnem recursos de investidores para financiar projetos de infraestrutura, como rodovias, ferrovias, aeroportos, energia e telecomunicações, impulsionando o avanço econômico e social do país.

Os FI-Infra listados na Bolsa são uma modalidade relativamente nova. O primeiro fundo categorizado como FI-Infra listado surgiu em 2020 e se tratava de um fundo fechado. Atualmente, existem apenas 20 desses fundos disponíveis na B3.

Além dos FI-Infra listados, existem Fundos de Infraestrutura fora da Bolsa, nos quais o investidor pode aplicar via banco ou corretora, mas fora do ambiente da B3. Esses fundos são criados em condomínio aberto e são isentos de tributação de Imposto de Renda. Em contrapartida, não pagam dividendos. Eles podem ser movimentados a qualquer momento, porém, possuem prazos de liquidez diversos em caso de resgate, variando de acordo com a estratégia de cada fundo.

Como funcionam os Fundos de Infraestrutura?

Os FI-Infra Listados investem a maior parte dos seus recursos em títulos de dívida privada emitidos por empresas para viabilizar projetos de infraestrutura, conhecidos como “debêntures incentivadas”. Esses títulos impactam positivamente diversos setores e promovem o desenvolvimento econômico do país.

Assim, têm como objetivo obter retornos através do financiamento e crescimento desses projetos. Como são fundos fechados estatutariamente, crescem apenas por meio de oferta pública, mas estão disponíveis para investidores no mercado secundário.

Nessa modalidade de investimento, há dois tipos de ganhos possíveis: renda (i) e ganho de capital (ii).

A primeira modalidade (i) refere-se aos ganhos dos proventos pagos por esse fundo (essa é uma diferença a destacar, já que fundos abertos não distribuem proventos), enquanto o ganho de capital (ii) refere-se à possibilidade de ganho através da valorização das cotas.

Não é regra, mas, em média, esta categoria pretende manter um certo nível de estabilidade do valor investido e entregar os ganhos na forma de renda.

Cota de mercado e cota patrimonial: quais as diferenças?

Por serem listados em bolsa, os FI-Infra possuem dois tipos de cotas: a cota patrimonial, que representa o valor real dos ativos do fundo, e a cota de mercado, que reflete o preço das cotas com base na oferta e demanda na bolsa. 

Como esses fundos são fechados, você só pode adquirir cotas por meio de novas emissões ou comprando de outro investidor no mercado secundário.

Quem deve investir em FI-Infra?

Fundos de Infraestrutura podem ser uma opção para diversos perfis de investidores, desde que seus objetivos e estratégias estejam alinhados. É essencial avaliar se o FI-Infra analisado se encaixa na sua estratégia pessoal, considerando o horizonte de tempo, o nível de risco e as características específicas do fundo.

Vale ressaltar que esses fundos são interessantes para investidores que desejam contribuir para o desenvolvimento do país, apoiando de certa maneira projetos de infraestrutura que promovem o crescimento econômico e social.

Não sabe quais ativos são os ideais para o seu portfólio? Na Finclass, as carteiras recomendadas pelos nossos especialistas podem ser o seu norte. Por lá, basta escolher qual o seu objetivo investindo (se é proteger o patrimônio ou gerar renda passiva) e explorar os ativos sugeridos! 

Quais são as vantagens de investir em Fundos de Infraestrutura?

Algumas das vantagens significativas dos Fundos de Infraestrutura são a isenção fiscal, a diversificação, o potencial de rendimentos atrativos, a liquidez e a proteção contra a inflação.

Entenda melhor:

Isenção fiscal

O produto possui isenção do Imposto de Renda para investidores pessoas físicas. Essa isenção se aplica tanto aos dividendos, quanto ao ganho de capital na venda das cotas.

Diversificação

Ao compor sua carteira com um Fundo de Infraestrutura Listado, o investidor adiciona um fundo que possui diferentes papéis em sua carteira, muitas vezes ligados a projetos e setores descorrelacionados. Esses projetos são considerados promissores, dado que somos um país com bastante espaço para explorar quando o assunto é infraestrutura.

Potencial de rendimentos atrativos

Por serem fundos fechados, eles não são suscetíveis a mudanças frequentes na carteira, causadas por resgates inesperados. Nisso, se diferem dos Fundos de Infraestrutura abertos, e servem para evitar a perda de potencial e proporcionar ao gestor maior segurança de que o capital investido não será retirado. 

Isso permite tomar decisões mais assertivas, manter uma maior concentração em ativos de maior convicção e reduzir o nível de caixa, resultando em melhores retornos. Além disso, em um país com altas taxas de juros, o gestor consegue encontrar ativos que oferecem baixa volatilidade e alta rentabilidade. No fim, tudo isso se traduz em uma opção mais segura e atrativa em comparação com outras classes de ativos mais arriscadas.

Liquidez 

Como são listados em bolsa, os cotistas podem negociar suas cotas no mercado secundário, comprando ou vendendo de acordo com sua estratégia de investimento.

Proteção contra inflação

Normalmente a remuneração desses fundos combina uma taxa de juros fixa com a variação do IPCA, ou seja, o investidor garante a proteção contra a inflação. 

Quais são os riscos de investir em FI-Infra?

Apesar de serem ótimas oportunidades de rentabilidade e certa estabilidade, possui riscos como qualquer outro investimento. São eles: risco de liquidez, de crédito, de projeto e regulatório.

Entenda melhor:

Risco de liquidez

Embora sejam negociados em bolsa e ofereçam uma certa “flexibilidade” na negociação, os FI-Infra listados podem enfrentar risco de liquidez. Isso ocorre quando há poucos compradores e alta oferta, ou vice-versa, causando oscilações no preço das cotas.

Risco de crédito

Esses fundos investem a maior parte da carteira em debêntures incentivadas. Assim, estão expostos ao risco de inadimplência das empresas emissoras. Isso pode resultar em consideráveis reduções no fluxo de caixa do fundo.

Risco de projeto

Projetos de infraestrutura podem enfrentar atrasos, aumentos de custo ou falhas na operação. Tais problemas podem causar impactos negativos no retorno esperado dos investimentos.

Risco regulatório

Mudanças nas leis e regulamentações podem afetar os investimentos do fundo. Alterações nas políticas governamentais, incentivos fiscais ou regulamentações específicas do setor, por exemplo, também podem impactar a performance do fundo.

Onde investir em Fundos de Infraestrutura?

Como esses fundos são fechados, você só pode adquirir cotas por meio de uma nova emissão ou comprando de outro investidor no mercado secundário (compra na Bolsa pelo home broker de sua corretora).

No mercado secundário, ao adquirir cotas, compare o preço da cota com o valor patrimonial (P/VP) para determinar se está com ágio (acima do valor patrimonial) ou com deságio (abaixo do valor patrimonial). Idealmente, procure pagar o menor valor possível, mas estabeleça um limite de aceitação caso haja ágio.

Como escolher um FI-Infra?

Recomendamos que você considere alguns pontos essenciais ao tomar essa decisão, como o histórico, a estratégia e as taxas dos Fundos de Infraestrutura.

Dá uma olhada no que exatamente deve ser analisado:

Histórico do Fundo

Apesar de sabermos que rentabilidade passada não garante rentabilidade futura, adicionar este ponto em sua análise pode ajudar a alinhar suas expectativas e entender a consistência dos números ao longo do tempo. 

Estratégia do Fundo

Conheça qual é o objetivo do fundo. É fundamental entender em quais tipos de projetos e setores o fundo investe para avaliar se estão de acordo com suas metas de investimento.

Taxas do Fundo

Certifique-se de que as taxas cobradas pelo fundo estão de acordo com o mercado. Para isso, vale tirar um tempo para comparar as cobranças com outros fundos da mesma categoria para garantir que você está obtendo um custo justo.

Risco do Fundo

Analise a volatilidade do fundo e, principalmente, a exposição da carteira do fundo. Compreender esses aspectos é importante para assegurar que o nível de risco está alinhado com seu perfil de investidor e suas expectativas.

Além destes pontos citados, leia com atenção o prospecto e outros documentos relevantes para entender todas as características e regras do fundo. 

Qual o melhor Fundo de Infraestrutura?

Escolher o “melhor” Fundo de Investimento em Infraestrutura (FI-Infra) listado em bolsa pode ser desafiador, dado que esse tipo de produto é relativamente novo no mercado e ainda existem poucas opções. Porém, é fato que todos os fundos atualmente se beneficiam do potencial de crescimento do setor de infraestrutura no Brasil. 

Para encontrar o FI-Infra mais adequado, é importante entender qual é o seu perfil de investidor, seja ele conservador, moderado ou arrojado. Esse entendimento ajudará na escolha do fundo. 

Portanto, não é possível escolher um único fundo como o “melhor”, pois isso depende das especificidades de cada investidor. A escolha do FI-Infra ideal é individual e deve ser baseada na análise cuidadosa do perfil de risco e dos objetivos de investimento de cada pessoa individualmente.

Como declarar os Fundos de Investimento em Infraestrutura?

Embora sejam fundos, os Fundos de Investimento em Infraestrutura, ou FI-Infra, são uma categoria à parte, por isso, estão segregados. Esses fundos contam com alguns benefícios tributários, pois investem a maior parte do seu patrimônio em debêntures incentivadas, como mencionado anteriormente, aquelas emitidas por empresas para financiar grandes projetos de infraestrutura no país.

O modelo é bem parecido ao dos fundos imobiliários (FIIs), mas com a particularidade de que, além da isenção dos dividendos, há o benefício fiscal no ganho de capital.

Antes de seguirmos o passo a passo, é importante verificar o ano da Declaração. Para esta simulação, utilizamos o Programa Gerador de Imposto de Renda do ano de 2024 (ano-base 2023) como exemplo. Porém, este tutorial pode se tornar desatualizado com futuras mudanças nas regras e requisitos.

Parte 1 – Informe o saldo de cada um dos seus fundos

Para começar, você deve informar o saldo financeiro na aba “Bens e Direitos” e, em seguida, os rendimentos recebidos durante o ano.

Fonte: Programa Gerador de Imposto de Renda – 2024 | Elaboração: Finclass

Parte 2 – Informe de rendimentos 

Siga essa ordem:

1. Clique na aba “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”;

2. No campo “Tipo de Rendimento”, você deve selecionar o código “99 – Outros”;

3. Informe se os rendimentos foram recebidos por você (titular) ou dependentes;

4. Informe o “CNPJ da fonte pagadora” e o “Nome da fonte pagadora”. Aqui, preencha com os dados do administrador do fundo (em alguns casos, o informe de rendimentos coloca o próprio fundo ou corretora como fonte pagadora);

5. Na “Descrição”, deixe escrito “Rendimento de FI-Infra listado”;

6. Depois, é só preencher o campo “Valor” com o resultado apresentado em seu informe de rendimentos (dividendos mais os ganhos de capital se houve venda no período).

Fonte: Programa Gerador de Imposto de Renda – 2024 | Elaboração: Finclass

Vale a pena investir em Fundos de Infraestrutura?

Investir em Fundos de Infraestrutura Listados pode ser uma boa opção para diversificar sua carteira e aproveitar uma combinação de renda e ganho de capital. Esses fundos são vantajosos por oferecerem retornos atrativos, acima dos benchmarks esperados de fundos com gestão ativa. Além disso, contam com um incentivo fiscal que isenta investidores pessoas físicas do imposto de renda sobre dividendos e ganhos de capital.

Portanto, vale a pena considerar os Fundos de Infraestrutura como uma adição valiosa à sua carteira de investimentos. Além de potencializar seus rendimentos, ao escolher esse tipo de fundo, você contribui diretamente para o desenvolvimento da infraestrutura do país.

Continue aprendendo com a Finclass

Vai sair deste artigo entendendo mais sobre Fundos de Infraestrutura? Então, aproveite a sua jornada de aprendizado para seguir aprendendo com os maiores nomes de finanças do país.

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Ana Farias
Ana Farias
Economista formada pelo Mackenzie, com mais de 5 anos de experiência no mercado financeiro, passou por dois dos maiores bancos do Brasil: Bradesco e Safra. Apaixonada por ensinar as pessoas a lidarem melhor com o dinheiro. Atualmente faz parte do time de analistas da Finclass na área de fundos de investimento.
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