Escolher entre CDB (Certificado de Depósito Bancário) e Fundo de Investimento é uma dúvida comum entre investidores que buscam rentabilidade com segurança e praticidade. Ambos os tipos de investimentos têm suas características próprias, mas você sabe qual deles pode render mais para o seu bolso?
Neste artigo, vamos comparar detalhadamente como funcionam o CDB e os Fundos de Investimento, ajudando você a entender as vantagens, desvantagens e como cada um deles pode se adequar ao seu perfil de investidor. Além disso, vamos analisar a rentabilidade de cada um e mostrar como fazer essa escolha de forma consciente.
Continue a leitura para descobrir:
- O que é um CDB e como funciona sua rentabilidade?
- O que são Fundos de Investimento e como eles se diferenciam dos CDBs?
- Quais são as principais diferenças entre CDB e Fundos de Investimento?
- Qual desses investimentos pode oferecer maior rentabilidade?
- E, por fim, como investir em CDBs ou Fundos de Investimento com segurança e eficiência.
Ao final deste artigo, você terá clareza sobre qual investimento escolher de acordo com seus objetivos financeiros e perfil de risco!
O que é o CDB?
O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um investimento de renda fixa emitido por bancos, que têm como objetivo captar recursos junto aos investidores. Quando você aplica seu dinheiro em um CDB, na prática, está emprestando dinheiro para o banco, que, em troca, te paga juros sobre o valor investido. Esses juros são a rentabilidade que você recebe por deixar o seu dinheiro “trabalhando” no banco durante um período acordado.
Os CDBs são bastante populares no Brasil, especialmente por oferecerem segurança e previsibilidade. Assim, são uma alternativa interessante para quem busca investimentos de baixo risco. Além disso, contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que assegura o investimento de até R$250.000,00 por instituição financeira e por CPF, caso o banco emissor enfrente problemas financeiros.
Como funciona o CDB?
Os CDBs funcionam de forma simples: você aplica um valor (geralmente a partir de R$1.000, mas alguns bancos aceitam aportes menores) e escolhe um prazo de vencimento. O banco utilizará esse dinheiro para financiar suas atividades, como conceder empréstimos a outras pessoas. Em troca, o banco pagará uma taxa de juros pelo período em que você deixar o dinheiro investido.
A rentabilidade pode ser de três tipos principais:
- CDB prefixado: o rendimento é fixado no momento da aplicação. Por exemplo, se você investe em um CDB com taxa de 10% ao ano, saberá exatamente quanto vai receber ao final do período;
- CDB pós-fixado: o rendimento está atrelado a um índice de referência, geralmente o CDI (Certificado de Depósito Interbancário). O valor que você recebe varia conforme a taxa CDI e é ideal para quem quer acompanhar as oscilações do mercado de juros;
- CDB híbrido: combina uma parte fixa e uma parte variável, que geralmente acompanha a inflação (IPCA). Isso significa que, além de garantir uma parte fixa do rendimento, seu dinheiro estará protegido contra a perda do poder de compra ao longo do tempo.
Além disso, CDBs podem oferecer diferentes prazos de resgate:
- Liquidez diária: permite que você resgate o dinheiro a qualquer momento, sem perder os rendimentos acumulados até o dia do saque;
- Prazo fechado: o valor só pode ser resgatado ao final do período acordado, mas geralmente oferece uma rentabilidade maior em troca dessa “imobilização” do dinheiro.
Resumindo, o CDB é um investimento de renda fixa que alia segurança, previsibilidade e diversas opções de rentabilidade, permitindo que você escolha o produto que mais se alinha ao seu perfil e objetivos financeiros.
O que é um Fundo de Investimento?
Um Fundo de Investimento é uma forma coletiva de aplicar dinheiro, na qual diversos investidores (cotistas) juntam seus recursos para investir em diferentes ativos financeiros, como ações, títulos públicos, imóveis, entre outros. O principal objetivo de um fundo é proporcionar aos investidores a possibilidade de acesso a uma carteira diversificada e administrada por profissionais experientes, chamados de gestores de fundos.
Quando você investe em um fundo, não está comprando diretamente os ativos (ações, títulos etc.), mas sim adquirindo suas cotas. O valor de cada uma reflete a soma dos rendimentos e a valorização (ou desvalorização) dos ativos que compõem o fundo. O desempenho total, portanto, depende do sucesso das aplicações feitas pelos gestores.
Como funciona um Fundo de Investimento?
Um Fundo de Investimento funciona como um “condomínio” de investidores, onde todos compartilham os resultados (positivos ou negativos) das aplicações realizadas. Aqui está uma explicação de como ele funciona na prática:
Gestão do fundo
Cada fundo é administrado por uma instituição financeira e gerido por profissionais especializados. Esses gestores são responsáveis por decidir onde e quando aplicar os recursos dos cotistas, buscando alcançar a melhor rentabilidade possível dentro do objetivo proposto.
Diversificação
Um dos grandes benefícios de um Fundo de Investimento é a diversificação. Ao investir, o seu dinheiro é alocado em diferentes tipos de ativos, o que reduz o risco de perder dinheiro se um único ativo apresentar má performance. Um fundo pode investir em ações, títulos de renda fixa, imóveis, moedas e outros instrumentos financeiros.
Cotização
Ao investir, você compra cotas do fundo. O valor dessas cotas oscila diariamente, conforme a valorização ou desvalorização dos ativos que compõem o portfólio em questão. A variação no valor, por sua vez, define se você está ganhando ou perdendo dinheiro no investimento.
Tipos de fundos
Existem diversos tipos de fundos de investimento, cada um com uma estratégia e foco específico:
- Fundos de Renda Fixa: investem principalmente em títulos de renda fixa, como CDBs e títulos do governo;
- Fundos de Ações: são focados no mercado acionário, comprando e vendendo ações de empresas na bolsa;
- Fundos Multimercado: têm uma estratégia mais flexível, podendo investir em diversos tipos de ativos, como ações, renda fixa, câmbio e até ativos internacionais;
- Fundos Imobiliários (FIIs): investem em imóveis ou em títulos ligados ao mercado imobiliário.
Taxas
Para fazer parte de um fundo, os cotistas pagam algumas taxas, as principais são:
- Taxa de administração: percentual cobrado anualmente sobre o valor total do fundo para remunerar o gestor;
- Taxa de performance: em alguns fundos, é cobrada uma taxa adicional quando o desempenho do fundo supera um determinado índice de referência.
Resgate
Diferente de investir diretamente em ações ou títulos, ao resgatar suas cotas, o Fundo de Investimento pode demorar alguns dias para disponibilizar o dinheiro. O prazo de resgate varia de acordo com o tipo de fundo e é importante estar atento a esse detalhe antes de investir.
Como o rendimento é obtido?
O rendimento de um Fundo de Investimento é obtido por meio dos ativos que compõem a sua carteira. Por exemplo, se um Fundo de Renda Fxa investe em títulos públicos, o rendimento desses títulos vai gerar a rentabilidade do fundo e, por consequência, o aumento no valor das suas cotas.
Por ser um investimento coletivo e gerido por especialistas, os fundos são uma boa opção para quem deseja diversificar sua carteira de maneira simples e eficiente. No entanto, é essencial considerar o tipo de fundo, sua estratégia e as taxas cobradas para garantir que o investimento esteja alinhado aos seus objetivos.
O que rende mais: CDB ou Fundo de Investimento?
O rendimento de um CDB ou Fundo de Investimento depende das condições específicas de cada investimento, como taxas, prazos e composição do fundo.
Para você ter uma ideia mais clara da rentabilidade de cada um, vamos comparar o rendimento de um CDB de 100% do CDI com um Fundo de Investimento que rende 110% do CDI e possui uma taxa de administração de 1% ao ano.
Simulação de investimento com CDB
Primeiro, vamos revisar o cálculo para o CDB de 100% do CDI, assumindo que o CDI está em 11,5% ao ano e que o valor investido é de R$10.000 por um ano.
- Valor investido: R$10.000;
- Taxa do CDI: 11,5% a.a.;
- CDB: 100% do CDI;
- Prazo: 1 ano.
Na fórmula, o cálculo do rendimento bruto fica assim:
Rendimento Bruto=R$10.000 x 1+11,5100-R$10.000=R$1.150
Agora, aplicamos o Imposto de Renda (IR) de 17,5%:
Rendimento Líquido=R$1.150-R$1.150 x 0,175=R$948,75
Portanto, o valor total investido ao final de um ano seria:
Valor total=R$10.000+R$948,75=R$10.948,75
Simulação de investimento com Fundo
Agora, vamos calcular o rendimento de um Fundo de Investimento que rendeu 110% do CDI e possui uma taxa de administração de 1% ao ano.
- Valor investido: R$10.000;
- Taxa do CDI: 11,5% a.a.;
- Fundo: 110% do CDI;
- Taxa de administração: 1% a.a.;
- Prazo: 1 ano.
Para calcular o rendimento bruto, primeiro ajustamos a rentabilidade para incluir a taxa de administração. Considerando que ele rendeu 110% do CDI, a fórmula fica assim:
Rentabilidade Ajustada=11,5% x 1,1-1%=11,65%
Agora, calculamos o rendimento bruto:
Rendimento Bruto=R$10.000 x 1+11,65100-R$10.000=R$1.165
Aplicamos, então, o Imposto de Renda (IR) de 17,5%:
Rendimento Líquido=R$1.165-R$1.165 x 0,175=R$961,13
O valor total ao final de um ano seria:
- Valor Total=R$10.000+R$961,13=R$10.961,13
Na comparação, o rendimento líquido do CDB seria de R$948,75, enquanto que o do Fundo de Renda Fixa seria de R$961,13.
Neste cenário, o Fundo de Investimento oferece um retorno um pouco maior do que o CDB. Isso ocorre porque, mesmo com a taxa de administração, a rentabilidade superior (110% do CDI) consegue compensar o custo.
Quais são as principais diferenças entre CDB e Fundo de Investimento?
Quando comparados, o CDB e o Fundo de Investimento apresentam várias diferenças importantes, como garantia, forma de rentabilidade, liquidez, taxas, diversificação e complexidade.
Abaixo, explicamos cada uma delas.
Garantia
Um CDB conta com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que cobre até R$250 mil por CPF e instituição financeira, no caso de falência do banco emissor. Um Fundo de Investimento, por outro lado, não tem essa garantia. Aqui, o investidor assume o risco dos ativos que compõem o fundo, embora a diversificação possa reduzir o impacto de perdas em um ativo específico.
Forma de rentabilidade
Os CDBs têm uma rentabilidade pré-determinada ou atrelada ao CDI (pós-fixado), o que permite ao investidor prever melhor seus ganhos, especialmente em CDBs de taxa fixa. Nos fundos, a rentabilidade é variável e dependente da performance dos ativos que compõem o fundo (títulos públicos, privados, ações etc.). Assim, pode ser mais difícil prever o retorno, especialmente em Fundos de Renda Variável ou Multimercados.
Liquidez
Existem CDBs com liquidez diária, nos quais o investidor pode resgatar seu dinheiro a qualquer momento sem perda de rendimento. No entanto, CDBs de prazo fechado exigem que o capital fique aplicado até o vencimento para evitar penalidades.
Em relação aos fundos, a liquidez vai depender de seu tipo. Fundos de Renda Fixa, por exemplo, tendem a ter prazos de resgate curtos, mas fundos de ações ou multimercados podem ter prazos de resgate mais longos (D+30, D+60, etc.).
Taxas
Não há cobrança de taxa de administração nos CDBs, o que simplifica o cálculo de rentabilidade. O único custo relevante é o Imposto de Renda (IR) sobre o ganho de capital. Um fundo, por outro lado, pode ter taxas de administração e, em alguns casos, taxas de performance. Essas taxas são cobradas para remunerar o gestor do fundo e podem impactar a rentabilidade líquida.
Diversificação
Um CDB representa um único título emitido por uma instituição financeira. O risco, então, está concentrado no banco emissor. Nos fundos, os recursos são aplicados em uma carteira diversificada de ativos, o que distribui o risco — o gestor pode investir em diferentes tipos de ativos, por exemplo, como ações, títulos públicos, títulos privados, câmbio etc.
Complexidade
Um CDB é um investimento direto, simples de entender e aplicar. Ideal para investidores que buscam facilidade e previsibilidade. Já os fundos podem ser mais complexos, pois a escolha do fundo depende de análise do gestor, do portfólio de ativos e da estratégia utilizada, além de envolver múltiplos ativos com diferentes perfis de risco.
Quais são as vantagens e as desvantagens do CDB?
Garantia do FGC, previsibilidade, diversidade de prazos e liquidez, e simplicidade são alguns dos pontos positivos dos CDBs. Quanto às desvantagens, temos a tributação, o rendimento limitado, a exposição a apenas um banco emissor e as penalidades para resgates antecipados.
Antes de mergulharmos nas vantagens e desvantagens do Certificado de Depósito Bancário (CDB), é fundamental entender a importância dessa análise. Conhecer os prós e contras de um investimento é essencial para tomar decisões financeiras informadas.
Um bom planejamento financeiro deve considerar não apenas o potencial de retorno, mas também os riscos envolvidos. Ao entender as características do CDB, você poderá alinhar seus investimentos aos seus objetivos financeiros e ao seu perfil de risco, garantindo uma estratégia mais eficiente e segura.
Vantagens do CDB
Conheça alguns dos pontos que tornam um CBD em uma boa alternativa de investimento.
Garantia do FGC
O CDB é protegido pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que cobre até R$250 mil por CPF e instituição. Isso oferece uma segurança adicional ao investidor, protegendo o capital em caso de falência do banco emissor.
Previsibilidade de rentabilidade
No caso dos CDBs prefixados, o investidor sabe exatamente quanto vai receber ao final do prazo, o que proporciona maior previsibilidade. Já nos CDBs pós-fixados, a rentabilidade é atrelada ao CDI, um índice estável que acompanha a taxa de juros da economia.
Diversidade de prazos e liquidez
Existem CDBs para diferentes prazos e necessidades. O CDB de liquidez diária permite que o investidor resgate o dinheiro a qualquer momento sem perder os rendimentos, ideal para quem precisa de flexibilidade. Já os CDBs de prazo fechado oferecem taxas mais atrativas para quem pode manter o dinheiro investido por mais tempo.
Simplicidade
Investir em CDB é simples e direto. O investidor aplica diretamente no título e aguarda o vencimento para receber o rendimento. Não há necessidade de gerenciar uma carteira de ativos, o que é ideal para quem busca praticidade.
Opções para diferentes perfis de risco
Há CDBs de bancos grandes e de instituições menores, o que permite escolher o nível de risco. Bancos menores geralmente oferecem taxas mais altas, enquanto bancos maiores oferecem mais segurança.
Desvantagens do CDB
Agora, vamos dar uma olhada nos pontos negativos dos CDBs.
Tributação
O rendimento do CDB está sujeito ao Imposto de Renda, que segue a tabela regressiva. A alíquota começa em 22,5% para aplicações de até 180 dias e cai para 15% em aplicações com mais de 720 dias. Para investidores de curto prazo, essa tributação pode reduzir significativamente a rentabilidade líquida.
Rendimento limitado
Embora o CDB ofereça segurança, seus rendimentos são, em geral, mais baixos que investimentos de maior risco, como ações ou fundos multimercados. Isso pode ser uma desvantagem para investidores que buscam maior retorno.
Penalidades para resgate antecipado
Nos CDBs de prazo fechado, o investidor precisa manter o capital aplicado até o vencimento para garantir a rentabilidade acordada. Caso precise resgatar antes, pode enfrentar penalidades, como a perda de parte dos rendimentos.
Exposição a um único banco
Ao investir em um CDB, o investidor está exposto ao risco de crédito da instituição financeira emissora. Embora o FGC ofereça proteção, investir em CDBs de bancos menores pode representar um risco maior se o montante aplicado ultrapassar a cobertura de R$250 mil.
Rendimento pós-fixado incerto
No caso dos CDBs pós-fixados, a rentabilidade está atrelada ao CDI, que pode variar ao longo do tempo. Isso significa que, em um cenário de queda da taxa de juros, o retorno pode ser inferior ao esperado inicialmente.
Quais são as vantagens e desvantagens do Fundo de Investimento?
Dentre as vantagens dos Fundos de Investimentos, temos diversificação, gestão profissional, acessibilidade, variedade de estratégias e gama ampla de graus de liquidez. Já em relação às desvantagens, temos taxas, falta de controle direto, risco de gestão, come-cotas, prazos para resgate e riscos de mercado.
Entenda melhor cada um deles.
Vantagens do Fundo de Investimento
Vamos começar pelos pontos positivos dos Fundos de Investimentos.
Diversificação
Os Fundos de Investimento oferecem acesso a uma carteira diversificada de ativos, que podem incluir ações, títulos de renda fixa, câmbio e até commodities. Essa diversificação diminui o risco do investimento, pois o desempenho de um ativo pode compensar as perdas de outro.
Gestão profissional
Os fundos são administrados por gestores profissionais, que tomam decisões com base em análise técnica e fundamentalista. Isso é vantajoso para investidores que não têm tempo ou conhecimento para gerenciar seus próprios investimentos.
Acessibilidade
Fundos permitem que investidores com pequenos valores tenham acesso a ativos e estratégias que, individualmente, poderiam exigir um capital muito maior. Isso torna acessível investimentos como ações de grandes empresas ou títulos de dívida estrangeiros.
Variedade de estratégias
Existem fundos com diferentes perfis e estratégias: Fundos de Renda Fxa, Multimercado, de ações, cambiais, entre outros. Isso permite que o investidor escolha o fundo que melhor se adapta aos seus objetivos financeiros e à sua tolerância ao risco.
Liquidez variada
Muitos Fundos de Investimento oferecem liquidez diária, permitindo que o investidor resgate seu dinheiro com facilidade, enquanto outros possuem prazos de resgate mais longos, mas com potencial de retornos maiores. Essa variedade oferece flexibilidade de acordo com a necessidade do investidor.
Desvantagens do Fundo de Investimento
Agora, vamos conhecer os pontos negativos dos Fundos de Investimentos.
Taxas de administração e performance
A taxa de administração é cobrada para cobrir os custos da gestão do fundo, e alguns fundos também cobram uma taxa de performance, geralmente aplicada quando o fundo supera um determinado benchmark. Essas taxas podem reduzir significativamente a rentabilidade líquida do investidor, especialmente em fundos de baixo retorno.
Falta de controle direto
Ao investir em um fundo, o investidor está entregando a tomada de decisões ao gestor. Isso significa que não há controle direto sobre quais ativos comprar ou vender, o que pode ser desconfortável para quem prefere ter mais controle sobre sua alocação de capital.
Risco de gestão
A performance do fundo depende diretamente das decisões do gestor. Um gestor inexperiente ou com estratégias que não funcionam bem pode resultar em baixo desempenho, mesmo em fundos com alto potencial.
Tributação com come-cotas
Fundos de Investimento de Renda Fixa e Multimercado estão sujeitos ao mecanismo do come-cotas, uma antecipação semestral de Imposto de Renda sobre os rendimentos, o que pode reduzir o efeito dos juros compostos. Mesmo que o investidor não realize o resgate, uma parte dos lucros é tributada a cada seis meses.
Resgates com prazo
Dependendo do tipo de fundo, pode haver prazos de resgate que variam de um dia até várias semanas. Isso significa que, em casos de necessidade urgente de liquidez, o investidor pode não ter acesso imediato ao capital investido.
Risco de mercado
Assim como outros investimentos, os Fundos de Investimento estão sujeitos ao risco de mercado. Em fundos de ações ou multimercado, por exemplo, as variações nos preços dos ativos podem impactar negativamente o valor das cotas, resultando em perdas.
É melhor investir no CDB ou no Fundo de Investimento?
A resposta para essa pergunta depende dos objetivos financeiros, do perfil de risco e da necessidade de liquidez do investidor. Ambos os investimentos têm suas vantagens e desvantagens, e a escolha certa vai variar conforme suas prioridades.
Os CDBs são ideais para investidores conservadores que buscam segurança e previsibilidade de rendimento, além de desejarem maior controle sobre o vencimento e a liquidez do investimento. O rendimento costuma ser mais estável, principalmente em CDBs prefixados, mas CDBs pós-fixados ou híbridos podem se destacar em cenários de juros altos, especialmente quando atrelados ao CDI ou à inflação.
Em termos de liquidez, há opções de CDBs com liquidez diária, que proporcionam fácil acesso ao dinheiro, e CDBs de prazos mais longos, que oferecem taxas melhores, embora com menor flexibilidade.
Por outro lado, os Fundos de Investimento atraem investidores que desejam diversificação e estão dispostos a delegar a gestão dos seus recursos a profissionais. Essa é uma das maiores vantagens, já que o fundo investe em uma ampla gama de ativos, como ações, títulos e moedas, o que dilui o risco de depender de um único ativo.
Além disso, a gestão profissional pode gerar retornos melhores, principalmente em fundos multimercados ou de ações, que exigem estratégias mais complexas. No entanto, a liquidez de alguns fundos pode ser mais restrita, com prazos de resgate maiores. Há também custos como a taxa de administração e o come-cotas, que podem afetar a rentabilidade líquida.
Portanto, se a prioridade é segurança, controle sobre a liquidez e uma rentabilidade mais previsível, os CDBs são uma boa escolha, especialmente para metas de curto e médio prazo. Já para quem busca maior rentabilidade, aceita riscos e prefere contar com a expertise de gestores profissionais, os fundos de investimento são mais indicados, especialmente para o longo prazo.
A decisão final depende dos objetivos de investimento e da tolerância ao risco. Uma boa estratégia é combinar CDBs e Fundos de Investimento para aproveitar o melhor de cada modalidade, conforme o horizonte e as metas financeiras.
Como investir em CDB?
Investir em CDB é um processo simples e acessível — basta seguir esse passo a passo:
- Escolha um banco ou corretora de sua confiança;
- Transfira dinheiro para a conta de investimento;
- Pesquise e compare os CDBs disponíveis;
- Faça a aplicação no CDB escolhido;
- Acompanhe a evolução do investimento;
- Faça o resgate quando chegar no momento definido para tal.
Vamos juntos entender o que fazer em cada etapa.
1 – Escolha uma corretora ou banco de sua confiança
- O primeiro passo é escolher a instituição onde você vai investir. Você pode investir em CDBs diretamente pelo seu banco ou por meio de corretoras de valores. Corretoras costumam oferecer uma variedade maior de CDBs, com diferentes emissores, taxas e prazos.
2 – Transfira o dinheiro para a conta de investimento
- Depois de abrir sua conta, você precisará transferir o valor que deseja investir. Geralmente, o processo é simples e pode ser feito através de TED, PIX ou diretamente pelo aplicativo da sua corretora.
3 – Pesquise e compare os CDBs disponíveis
Com o dinheiro na conta, é hora de escolher o CDB que mais se encaixa nos seus objetivos. Compare os seguintes aspectos:
- Tipo de CDB: prefixado, pós-fixado (atrelado ao CDI), ou híbrido (CDI + inflação);
- Taxa de rendimento: verifique qual é a taxa de retorno oferecida;
- Liquidez: se você precisar do dinheiro a qualquer momento, opte por um CDB de liquidez diária. Se puder esperar, os de prazo fechado tendem a oferecer melhor rentabilidade;
- Prazo: verifique quanto tempo o dinheiro ficará aplicado. CDBs com prazos mais longos costumam oferecer taxas melhores.
4 – Faça a aplicação no CDB escolhido
Depois de escolher o CDB que mais se alinha aos seus objetivos, basta confirmar o investimento.
- Selecione o CDB na plataforma de sua corretora ou banco;
- Insira o valor que deseja aplicar;
- Confirme a transação e verifique as condições (taxa, prazo, liquidez etc.).
5 – Acompanhe a evolução do seu investimento
- Depois de fazer sua aplicação, é importante acompanhar o desempenho do CDB. Muitas plataformas de investimentos permitem que você consulte diariamente o rendimento e o saldo atualizado.
6 – Resgate o investimento no vencimento ou quando necessário
Se você escolheu um CDB de liquidez diária, poderá fazer o resgate a qualquer momento. No caso de CDBs de prazo fechado, você terá que aguardar o vencimento para ter acesso ao dinheiro, ou resgatar antes com possíveis penalidades.
Dica final: sempre faça uma análise considerando seu perfil de investidor e seus objetivos financeiros antes de investir.
Como investir em Fundos de Investimento?
O passo a passo para começar a investir em fundos é o seguinte:
- Escolha uma corretora ou banco para investir;
- Defina o seu perfil de investidor;
- Pesquise os fundos disponíveis;
- Avalie as taxas e as condições do fundo;
- Faça a aplicação no fundo escolhido;
- Acompanhe o desempenho do fundo;
- Resgate o investimento no momento certo.
Vamos juntos entender cada etapa.
1 – Escolha uma corretora ou banco para investir
Assim como no CDB, o primeiro passo é escolher onde você vai realizar seus investimentos. Tanto corretoras quanto bancos oferecem fundos de investimento, mas corretoras geralmente apresentam uma variedade maior de opções.
Não se esqueça:
- Verifique as taxas de administração e disponibilidade de fundos na instituição escolhida;
- Abra uma conta se ainda não tiver uma.
2 – Defina o seu perfil de investidor
Antes de investir em qualquer fundo, é essencial entender seu perfil de risco: conservador, moderado ou arrojado. Seu perfil será usado para indicar fundos mais adequados aos seus objetivos e à sua tolerância ao risco.
Importante:
- Preencha o questionário de suitability oferecido pela corretora ou banco. Isso ajudará a identificar os melhores fundos para o seu perfil.
3 – Pesquise os fundos disponíveis
Com base no seu perfil e objetivos financeiros, pesquise os fundos de investimento que estão disponíveis na plataforma da corretora ou banco. Aqui vão algumas dicas para te ajudar nesse processo:
- Tipos de fundos: existem fundos de renda fixa, multimercado, ações, cambiais, entre outros;
- Verifique os principais indicadores: rentabilidade histórica, volatilidade, taxa de administração e prazo de resgate;
- Leia o regulamento do fundo para entender sua política de investimento.
4 – Avalie as taxas e condições do fundo
Fundos de investimento cobram taxas de administração e, em alguns casos, taxas de performance. É importante verificar como essas taxas podem impactar sua rentabilidade.
- Taxa de administração: percentual cobrado anualmente sobre o valor investido. Fundos com gestão mais ativa costumam ter taxas mais altas;
- Taxa de performance: cobrada quando o fundo supera um determinado índice de referência (benchmark), como o CDI ou o Ibovespa.
Não se esqueça de verificar também o prazo de carência para resgates e o tempo de liquidação (quando o dinheiro volta para sua conta após o pedido de resgate).
5 – Faça a aplicação no fundo escolhido
Depois de analisar e escolher o fundo de investimento mais adequado, é hora de fazer a aplicação. O processo é o seguinte:
- Selecione o fundo na plataforma de sua corretora ou banco;
- Informe o valor que deseja investir, respeitando o aporte mínimo exigido pelo fundo;
- Confirme a aplicação e verifique as condições de rentabilidade e prazos.
6 – Acompanhe o desempenho do fundo
Após a aplicação, você pode acompanhar o desempenho do fundo pela plataforma da corretora ou banco. Não se esqueça:
- Monitore a rentabilidade e verifique se o fundo continua alinhado com seus objetivos financeiros;
- Fundos de Investimento podem ter variações de desempenho ao longo do tempo, principalmente aqueles de renda variável ou multimercado.
7 – Resgate o investimento no momento certo
Caso deseje realizar o resgate, basta solicitar pela plataforma. Tenha atenção ao prazo de liquidação, que pode variar dependendo do tipo de fundo.
- Fundos de renda fixa geralmente têm prazos de resgate mais rápidos, enquanto fundos de ações ou multimercado podem demorar mais.
Avalie se é o melhor momento para resgatar, levando em consideração o mercado e seus objetivos.Antes de investir em fundos, entenda bem os riscos e as características de cada fundo, e faça aportes de acordo com seus objetivos de curto, médio e longo prazo.
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