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Como investir dinheiro e gerar uma renda crescente

Investir é a melhor forma de construir patrimônio no longo prazo e garantir uma vida mais tranquila e próspera. Por conta disso, qualquer pessoa que deseja chegar a esse momento, deve focar nos investimentos com foco e disciplina. 

A má notícia é que investir não é tão simples assim. Em contrapartida, o lado positivo é que basta aprender as práticas certas — e segui-las — que você tem tudo para chegar ao sucesso nos investimentos e na vida financeira de modo geral. 

Para te ajudar com esse objetivo, fizemos este artigo completo para te ensinar como investir dinheiro e gerar uma renda crescente.  

Confira as nossas explicações e dicas para construir a mentalidade certa e alcançar os seus objetivos financeiros.   

Como investir dinheiro
Aprenda como investir dinheiro e gerar patrimônio no longo prazo (Foto: Pixabay) 

O que é um investimento? 

Investimento, no dicionário, tem como definição o ato de aplicar recursos, tempo, esforço, entre outras práticas, com o objetivo de se obter algo. 

No mercado financeiro, o conceito é parecido. Investimento é o capital que se aplica com o objetivo de obter rendimentos a prazo. 

Em outras palavras, de forma mais simples, é emprestar ou aplicar o seu dinheiro em algum tipo de investimento com o objetivo de ter algum retorno financeiro no futuro.  

Existem, porém, diferentes maneiras de se fazer essa prática no mercado financeiro. Falaremos com mais detalhes no decorrer do artigo.  

Conceitos de investimento 

Antes de mais nada, é importante explicar alguns conceitos fundamentais sobre os investimentos. Saiba mais para ficar por dentro de determinados termos do mercado financeiro.  

Liquidez 

A liquidez representa basicamente a facilidade ou dificuldade que o investidor tem de negociar determinado investimento.  

Sendo assim, se um ativo tem bastante liquidez, significa que você consegue negociá-lo com facilidade caso precise.  

Já se ele tem pouca liquidez, geralmente é algum investimento que apresenta dificuldade para ser negociado, sejam elas relacionadas ao contrato ou simplesmente poucos interessados em realizar a compra. 

Nesses casos, pode ser que você tenha que abrir mão de parte do seu dinheiro para negociar esse ativo ilíquido. 

Vale apenas um recado importante: um ativo ter pouca liquidez não significa necessariamente que ele seja uma opção ruim, principalmente quando se trata de renda fixa.  

Afinal, alguns desses tipos de investimentos são os que costumam oferecer os melhores retornos. Isso porque premiam por deixar o seu dinheiro “preso” por mais tempo.  

Volatilidade 

Volatilidade é o movimento de oscilação de preços dos ativos de investimentos, ou seja, a troca dos valores das cotações desses investimentos ao longo dos dias, meses e anos.  

A volatilidade costuma ser mais presente em investimentos de renda variável. Afinal, é muito comum vermos ações, fundos imobiliários, entre outros, desvalorizando ou valorizando com frequência diária. 

No entanto, é possível encontrar oscilação também nos preços de alguns investimentos de renda fixa, como é o caso dos títulos públicos.   

Risco 

O risco é um conceito bastante amplo dentro do mercado financeiro.  

De modo geral, quando falamos em risco em um ativo, estamos falando do perigo de se perder dinheiro naquele investimento. 

Portanto, geralmente são colocados nessa categoria aqueles ativos que apresentam grandes oscilações de preço. Por conta disso, investimentos como ações, criptomoedas, entre outros, são vistos como ativos de risco.  

Afinal, os seus preços se comportam de maneira muito imprevisível, o que aumenta o risco de se perder dinheiro. 

Esse conceito, no entanto, pode ser ampliado. Isso porque existem alguns tipos de riscos gerais que se aplicam em determinadas situações. Por exemplo: 

  • Risco de crédito: é o risco de determinado emissor não te pagar o dinheiro acordado no contrato do investimento devido a algum problema financeiro ou até mesmo falência da instituição. 
  • Risco de liquidez: é o risco de o investidor não conseguir se livrar de determinado ativo por falta de interessados em adquiri-lo. 
  • Risco de mercado: engloba os riscos mais gerais da economia, como um possível aumento da inflação, ajustes na taxa de juros, problemas fiscais do país, entre outros conceitos macroeconômicos. 
  • Risco setorial: risco mais específico de determinado setor de atuação. Por exemplo: empresas do setor aéreo afetadas pelo aumento do preço do querosene de aviação. 

Esses são somente alguns dos principais exemplos dentre os riscos existentes no mercado financeiro.

Retorno 

O conceito de retorno talvez seja o mais simples da lista. Afinal, ele é simplesmente o quanto você tem de rendimento ao investir em determinado ativo. 

Vale apenas ressaltar que nem sempre o investimento com o maior retorno é o melhor para colocar o seu dinheiro. 

Afinal, temos que combiná-lo com o conceito anterior, identificando a opção com a melhor relação risco-retorno.    

Sendo assim, ao optar por comprar um ativo não olhe somente para o retorno que ele oferece, mas sim se esse rendimento compensa os riscos que você está correndo. 

Prazo 

O prazo é um conceito extremamente importante nos investimentos, pois é algo que vai se modificar de acordo com a sua estratégia.  

Podemos olhar para o prazo no sentido de vencimento do ativo que você está comprando — nesse caso mais aplicável aos investimentos de renda fixa — e também em relação ao prazo pessoal do investidor. 

Nesse segundo caso, seria o quanto você planeja segurar determinado ativo na sua carteira. Dessa forma, você pode selecionar melhor quais investimentos fazer. 

Aqui podem entrar também investimentos de renda variável, que vão ser comprados e posteriormente vendidos de acordo com a sua estratégia com os ativos e prazo que deseja mantê-los.  

Diversificação 

Já o conceito de diversificação anda ao lado das estratégias de investimentos para a sua carteira.  

Diversificar significa adquirir investimentos de diferentes classes, modalidades, graus de risco, entre outras características de diferenciação. Dessa forma, você consegue diluir os riscos da sua carteira e potencializar os seus retornos. 

De modo geral, os especialistas em investimentos sempre indicam a montagem de uma carteira diversificada, que vai ajudar o investidor a diluir os riscos e alcançar os melhores retornos no longo prazo.  

Diversificação
Uma carteira diversificada com diferentes ativos é fundamental para os investimentos (Foto: Unsplash) 

Tipos variados de investimento 

Para aprender como investir dinheiro, é fundamental que você saiba as principais opções de ativos existentes. Como eles são inúmeros, vamos listar algumas alternativas de forma mais ampla para que você crie uma base de conhecimento sobre o tema. 

Renda Fixa 

A renda fixa reúne alguns dos ativos com menor risco dentro das opções de investimentos. 

O conceito de renda fixa se resume a investimentos nos quais você já conhece o formato de remuneração antes de fechar o contrato.  

Além disso, são tipos de investimentos que têm como característica ter um prazo de vencimento definido.  

Por conta dessas duas características, são tipos de ativos que dão mais previsibilidade ao investidor e são considerados mais seguros. 

Se engana, porém, quem pensa que todo investimento de renda fixa é mais seguro que os de renda variável. Afinal, as instituições que emitem esses títulos também correm risco de falência. 

Inclusive, alguns títulos de renda fixa, como é o caso das debêntures, são emitidos pelas mesmas empresas que estão listadas na bolsa de valores.

Portanto, tenha cuidado ao acreditar que qualquer investimento de renda fixa é seguro. 

Alguns exemplos de investimentos em renda fixa: CDBs, LCIs, LCAs, CRIs, CRAs, letras de crédito, debêntures, títulos públicos, entre outros.

Fundos de investimento 

Uma outra modalidade bastante ampla dentro do mercado financeiro são os fundos de investimento.  

Nela, os responsáveis por fazer a alocação dos investimentos são os fundos, que são basicamente um produto em que uma grande gestora de ativos está por trás da organização. 

Funciona da seguinte forma: esse fundo, geralmente administrado por uma grande gestora e profissionais qualificados do mercado financeiro, emite cotas no mercado. 

A partir disso, os investidores que tiverem interesse em fazer parte desse fundo compram a quantidade de cotas que desejam de acordo com o tamanho da participação que desejam ter.  

Depois desse procedimento, o fundo arrecada todo o dinheiro recolhido e faz a alocação em investimentos disponíveis no mercado.  

Tudo isso é feito de acordo com uma estratégia de investimentos previamente especificada no documento do fundo.  

É por isso, inclusive, que existem inúmeros tipos de fundos com estratégias diferentes. Assim, o investidor pode colocar dinheiro naquele que investe no tipo de ativo que mais se encaixa com o seu perfil. 

Existem, por exemplo, fundos de renda fixa, fundos multimercado, fundos cambiais, fundos de ações e muitas outras opções. 

Abaixo, inclusive, vamos falar com mais detalhes sobre uma dessas alternativas: os fundos imobiliários. 

Fundos Imobiliários (FIIs) 

Os fundos imobiliários, ou apenas FIIs, são também fundos de investimentos. A diferença, como já é imaginado, é que o foco dele é adquirir ativos imobiliários. 

Portanto, ao investir em um FII você está comprando cotas de um fundo que possui um ou mais ativos imobiliários de diferentes setores da economia. 

Existem fundos imobiliários de shoppings, galpões logísticos, lajes corporativas (ou escritórios), renda urbana, títulos financeiros imobiliários, entre outras opções.  

Para investir em um FII, porém, você deve comprar cotas do fundo diretamente na bolsa de valores, assim como acontece com as ações. 

Exchange-traded Funds (ETFs) 

Os ETFs, sigla para Exchange-traded funds, também são uma modalidade de fundo, só que com diferenças na prática. São os chamados fundos de índice. 

Esse também é um tipo de ativo negociado em bolsa de valores, da mesma forma que as ações e FIIs.  

A diferença é que esse tipo de ativo geralmente segue algum índice importante da economia ou uma carteira de ativos de forma passiva, ou seja, apenas replica o resultado de ativos que estão dentro dela. 

Por exemplo:  

BOVA11: esse é um ETF que replica o Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores brasileira. Nele, estão reunidas cerca de 90 das principais ações negociadas no mercado brasileiro.  

Portanto, o desempenho do ETF vai seguir as oscilações do índice Bovespa. Se ele sobe, a cota do BOVA11 se valoriza. Se ele cai, há uma desvalorização.  

Existem, porém, inúmeros outros ETFs: o IVVB11, que replica o índice S&P 500, que reúne as principais ações dos EUA; o XFIX11, que reúne os principais fundos imobiliários negociados no Brasil e que estão presentes no índice IFIX. O HASH11, que possui uma carteira de criptomoedas relevantes; e assim por diante. 

Ações 

As ações já são velhas conhecidas de muitos investidores. Muitos, porém, não sabem exatamente como é o funcionamento delas. 

As ações são como se fossem fatias de pizza. Cada ação é um pedaço de uma empresa, que juntas formam o capital total da companhia. 

Portanto, ao comprar uma ação, você está comprando uma “fatia” de uma pizza inteira com vários pedaços.  

Ao ser dono dessa fatia da empresa, você se torna sócio. Portanto, pode aproveitar alguns dos benefícios delas, como o pagamento de proventos, valorização das cotas e muitas outras vantagens. 

Atualmente, existem mais de 400 empresas brasileiras listadas na B3. Sendo assim, o investidor que abrir conta em uma corretora pode comprar as ações das companhias que julgar mais interessantes e passar a ser sócio delas, aproveitando os benefícios e administrando os riscos existentes.  

Criptomoedas 

As criptomoedas são um tipo de investimento que surgiu há não muitos anos e que tem se tornado cada vez mais demandado nos últimos tempos. 

A criptomoeda é um meio de troca que tem como característica ser descentralizado, ou seja, não há a necessidade de nenhuma autoridade monetária, banco ou qualquer outra instituição para realizar transações com elas. 

Bitcoin
O bitcoin é a criptomoeda mais conhecida do mercado (Foto: Pixabay) 

Por conta disso, elas surgem como uma revolução no mercado financeiro, podendo facilitar as transações e deixá-las menos suscetíveis à influência de autoridades ou outros problemas que carregam o sistema financeiro mundial.  

Muitos investidores, por acreditarem nesse futuro promissor, investem nas criptomoedas para aproveitar uma possível valorização e consolidação em nossa sociedade ao longo dos próximos anos.   

Investimento no exterior 

Nosso último item da lista não é bem uma modalidade de investimento, mas colocamos separadamente na lista porque se trata de uma parte importante da alocação da carteira de ativos. 

Quando falamos em investimento no exterior, estamos falando da alocação em ativos diretamente fora do país ou também de alternativas dentro do Brasil que replicam o desempenho do exterior. 

Entre esses ativos comercializados na bolsa brasileira e que replicam o exterior estão os ETFs, que já explicamos mais acima, e os BDRs, que são um tipo de título que replica o desempenho de alguma ação internacional. Aqui estamos falando de exemplos como Apple, Amazon, Tesla, Microsoft, Google, e muitas outras. 

Já ao investir diretamente lá fora é possível encontrar ainda mais opções. O mais comum é o investimento nos Estados Unidos, que tem um mercado de capitais muito mais desenvolvido que o brasileiro, com diversas alternativas de investimentos. 

No entanto, também é possível investir em outras economias, caso o investidor julgue uma boa alternativa. 

Investir em ativos internacionais é uma boa alternativa para diversificar a sua carteira de investimentos, diluindo o chamado “risco país”.

Investir com pouco dinheiro é possível? 

Investir com pouco dinheiro é plenamente possível. Atualmente, você encontra diversos ativos em patamares de preços muito baixos como investimento inicial. 

Todas as classes que citamos acima, inclusive, apresentam opções que o aporte inicial é de no máximo 100 reais, mas que pode chegar a muito menos. 

Por isso, caso você seja um investidor que quer investir e tem pouco dinheiro, não se preocupe! Você também pode começar aos poucos e aproveitar os benefícios de investir no longo prazo.   

Por isso, aproveite as dicas que daremos a seguir e aprenda como investir dinheiro da melhor maneira.  

15 dicas de como investir dinheiro  

Abaixo vamos mostrar um passo a passo completo de como investir dinheiro no mercado financeiro. Confira e aprenda a montar o seu plano de ação.  

Investir dinheiro requer planejamento
Investir dinheiro requer planejamento (Foto: Unsplash) 

1. Faça um planejamento financeiro e tenha objetivos claros 

Antes de pensar em investir, você deve “organizar a casa”, ou seja, planejar as suas finanças para começar da maneira correta. 

Antes de mais nada, você deve quitar todas as suas dívidas. Investir endividado não é recomendável. Afinal, você provavelmente vai pagar mais em juros do que terá de retorno nos investimentos. 

Feito isso, você deve fazer um planejamento financeiro. Primeiramente para conseguir organizar os seus gastos e fazer dinheiro sobrar para investir, mas também para saber o quanto deve colocar em investimentos e com qual intuito. 

É aí que entra a necessidade de ter objetivos claros. Definir o que você pretende fazer com os investimentos é fundamental para saber qual classe de ativos escolher. Portanto, antes de mais nada, tenha claramente quais são os seus planos e expectativas ao investir.  

2. Defina o seu perfil de investidor 

Feito o planejamento e alinhamento de objetivos, você já está pronto para identificar o seu perfil de investidor. 

Essa tarefa pode ser feita usando alguns testes já existentes como base. Portanto, para saber o que responder nas perguntas é necessário que você já tenha os seus objetivos em mente. 

Esse tipo de teste serve para mostrar em quais ativos você deve investir em relação à sua tolerância ao risco.  

Geralmente, os perfis de investidor são divididos relacionando o grau de tolerância ao risco. As classificações mais comuns são: ultraconservador, conservador, moderado e agressivo.

3. Abra conta em uma corretora de valores 

Feito isso, você já pode abrir uma conta em uma corretora. Essas instituições, inclusive, costumam oferecer também um teste de perfil de investidor, o que facilita e complementa o passo anterior. 

Caso você não saiba, é a corretora a instituição habilitada a fazer o intermédio entre o investidor e os emissores de investimentos. Portanto, é por meio dela que você vai comprar os seus ativos, sejam eles títulos públicos, CDBs, ações, fundos imobiliários, ETFs, e muitos outros.  

É importante ressaltar que aqui ainda não é a hora de você montar a sua carteira completa. Você deve abrir a conta apenas com o objetivo de conhecer melhor e se ambientar com a plataforma. 

Além disso, é importante abrir a conta para seguir o passo seguinte da nossa lista. 

4. Monte a sua reserva de emergência  

Por mais que você ainda não deva montar a sua carteira completa, já é hora de pensar em uma parte dela: a reserva de emergência. 

Caso você não saiba, a reserva de emergência é aquele dinheiro que você guarda para usar caso ocorra algum imprevisto, como problema de saúde, necessidade de algum reparo em sua casa ou carro e situações urgentes como essas. 

A boa notícia é que existem tipos de investimentos que são ideais para você colocar esse dinheiro que você precisará de imediato, mas que ainda assim vai render alguma quantia.  

Esses investimentos têm que ter liquidez diária, segurança e não apresentar volatilidade considerável no preço, como é o caso do Tesouro Selic, CDBs de liquidez diária de bancos consolidados, fundos DI com taxa zero, entre outras opções. 

De modo geral, os educadores financeiros afirmam que a reserva de emergência deve conter de 6 a 12 meses do seu custo de vida mensal, variando para mais ou para menos de acordo com a previsibilidade de renda que você tem.  

É fundamental montá-la. Assim, você pode ter esse dinheiro para emergências e não precisará resgatar os outros investimentos que você fará em busca de maior rentabilidade, já que nesses casos há o risco de sacar com prejuízo.  

5. Entenda as fases de acumulação, multiplicação e preservação/fruição  

Antes de investir também é fundamental estar com o lado mental extremamente consolidado. 

Por isso, um dos conceitos fundamentais é entender os momentos de acumulação, multiplicação e preservação/fruição.  

Para você que é investidor iniciante, no começo você deve focar nas fases de acumulação e multiplicação. Afinal, provavelmente você tem um patrimônio menor e está investindo com o objetivo de ter mais dinheiro no longo prazo.  

Com isso, resgatar o dinheiro antes da hora e começar a usufruir dele pode comprometer totalmente a sua estratégia de investimentos. 

Por isso, pense primeiro em fazer o seu patrimônio se multiplicar para depois, no longuíssimo prazo, começar a fazer uso dele da forma correta. 

6. Conheça os prazos dos investimentos  

Outro item conceitual importantíssimo de se entender são os prazos dos investimentos. Cada tipo de ativo possui características próprias e isso não é diferente quando falamos dos prazos para mantê-los em sua posse. 

Nos investimentos de renda fixa é possível saber quando determinado título vence. Portanto, aqui você encontra investimentos dos mais variados tipos. Existem tanto opções de liquidez diária quanto títulos com mais de 40 anos de duração e até perpétuos.  

Para investir, é preciso saber que os investimentos têm prazo e que você deve selecioná-los de acordo com o tempo que deseja usufruir desse retorno. 

Na renda variável não há prazo determinado. Mesmo assim, para ter mais probabilidade de retorno é importante que você mantenha esse tipo de investimento por vários anos.  

Portanto, a questão do prazo também entra em jogo nesse caso.  

Prazo nos investimentos
Entender o prazo dos investimentos é fundamental no seu sucesso como investidor (Foto: Pixabay) 

7. Entenda a relação risco x retorno 

Outro ponto conceitual importantíssimo. Aprender o conceito de risco x retorno fará toda a diferença no momento de avaliar os investimentos. 

Isso porque, principalmente os investidores iniciantes, olham para as opções de investimentos checando apenas a rentabilidade. 

A verdade, porém, é que nem sempre o investimento que oferece o maior retorno é o ideal para se investir. Isso porque sempre há riscos embutidos e você deve ter noção de quais são antes de investir. 

Portanto, geralmente o melhor investimento é aquele que oferece o melhor retorno comparado ao risco que você está correndo ao investir nele.  

Existem indicadores que ajudam a identificar isso, como é o caso do índice de Sharpe, utilizado na análise de fundos. Porém, existem outros. 

Vale a pena se aprofundar nesses temas para garantir o melhor desempenho para os seus investimentos.

8. Faça simulações 

Esse item pode ser de grande ajuda para o investidor iniciante. Isso porque simular antes de começar pode ajudar a tirar a tensão de investir e dar mais confiança. 

Por serem mais previsíveis, os investimentos em renda fixa são mais fáceis de simular. Por isso, faça o teste de realizar uma simulação de retorno antes de escolher os títulos que vai investir. Assim, você consegue ter uma noção mais palpável de como se comportará o investimento feito.  

9. Desenhe a sua carteira de investimentos antes de investir 

Agora aqui a situação já começa a afunilar. Chegou o momento de escolher os ativos que vão compor a sua carteira. 

Antes de investir é fundamental que você faça esse desenho dos seus aportes, sempre levando em conta o perfil de investidor que você identificou lá no início. 

Assim, você já começa com o pé direito, desenhando a sua carteira de investimentos e comprando apenas ativos que estão dentro dos seus objetivos e que se apresentam como uma boa oportunidade no momento. 

Depois de desenhada a carteira, se certifique de seguir o seu planejamento à risca e de forma racional, sem se desviar da estratégia estipulada. 

10. Faça a diversificação e escolha bons investimentos 

Reforçando mais uma vez, investir só é efetivo se você diversificar os seus investimentos. 

Uma carteira que foca em apenas uma classe de ativos será bem mais arriscada, já que você estará sujeito aos riscos específicos daquele investimento. 

Por isso, ao desenhar a sua carteira já considere fazer uma boa diversificação de opções de investimentos: separe em porcentagens a quantidade de renda fixa ou renda variável que terá em sua carteira, bem como os ativos especificamente. 

Assim, você dilui os riscos e pode potencializar os retornos, focando sempre na classe de ativos que apresenta a melhor oportunidade no momento.  

11. Preste atenção na liquidez, taxas e impostos dos investimentos 

Risco e retorno não são os únicos pontos a se analisar nos investimentos. Os custos também são fundamentais e impactam diretamente na sua rentabilidade.  

Por isso, antes de investir é fundamental saber que a maioria dos investimentos possuem taxas e impostos específicos do ativo. 

Portanto, certifique-se de saber quais são as que estão sendo cobradas no investimento de seu interesse e se elas são abusivas ou desvantajosas.  

O mesmo pode ser falado da liquidez. Confira quão líquido um ativo é e se vale a pena investir neles de acordo com os seus objetivos. 

12. Tome cuidado com as emoções e tenha paciência 

Não tem jeito de escapar. Ao investir você terá incertezas, possíveis prejuízos momentâneos e outros fatores que podem despertar o seu lado emocional. Por isso, é importante que você esteja com a mentalidade em dia. 

Antes de investir, se certifique de todos os riscos que o investimento envolve e tenha garantia de que vai se manter tranquilo independentemente de como ele pode se comportar, principalmente no caso da renda variável.  

Assim, você evita tomar decisões por impulso. Afinal, são elas que fazem a maioria dos investidores perderem muito dinheiro no mercado financeiro.

13. Aporte regularmente e foque no seu trabalho 

Agora que você já sabe o que vai colocar em sua carteira de investimentos, você pode finalmente começar a investir. 

No primeiro aporte, todo investidor passa por aquela adrenalina e muito receio antes de comprar. 

Depois, porém, escolher ativos acaba se tornando um hábito e você se acostuma com essa prática. 

É aí, porém, que muitos perdem a disciplina e acabam abandonando os investimentos ou cuidando dele de forma errada. 

Por isso, o primeiro recado aqui é para que você mantenha aportes regulares.  

Estipule uma frequência para aportar. Pode ser mensal, trimestral ou qualquer outra opção que se encaixe com a sua estratégia. O importante é definir um parâmetro para incentivar a disciplina. 

Assim, você se mantém focado e aproveita melhor os efeitos dos juros compostos, que só são potencializados com aportes regulares. 

Além disso, outro ponto a considerar é para que você foque em seu trabalho.  

Muitos investidores acreditam que serão o novo Warren Buffet e que terão rentabilidades absurdas. No entanto, o real responsável pelo crescimento de patrimônio nos investimentos é a sua capacidade de fazer grandes aportes. 

Portanto, quanto mais dinheiro você ganhar e conseguir aportar, maior a chance de os seus investimentos darem certo. Afinal, um rendimento de, por exemplo, 10% sobre 1 milhão de reais é muito mais dinheiro do que 20% sobre 100 reais. 

Sendo assim, foque no seu trabalho para aportar mais e deixe de lado a fixação por migalhas de rentabilidade.  

14. Reinvista dividendos e acompanhe os seus investimentos 

Outro conceito fundamental que você deve compreender ao investir é o reinvestimento dos dividendos. 

Essa prática vai potencializar muito mais os seus ganhos com investimentos, já que com o tempo você terá cada vez mais dinheiro dos dividendos para aportar. 

Com isso, os seus aportes ficarão cada vez maiores e fazendo girar com mais eficiência a bola de neve dos juros compostos. 

Portanto, principalmente na fase de acumulação, reinvista todos os dividendos que você ganha para aumentar ainda mais a sua capacidade de fazer aportes. 

Deixe para usufruir deles apenas quando tiver uma quantidade significativa de patrimônio acumulado.  

15. Siga carteiras recomendadas 

Uma última dica fundamental para quem está aprendendo como investir dinheiro é que é muito importante saber que, principalmente no início, dificilmente você terá grande conhecimento em investimentos para estudar todas as ações, fundos imobiliários e outros investimentos.  

Por isso, é fundamental saber que você não será um grande especialista em investimentos, e que existem pessoas qualificadas, com anos de experiência e que se dedicam profissionalmente no estudo diário desses ativos para ajudá-lo nessa jornada nos investimentos. 

Sendo assim, uma boa opção para evitar erros graves no início da trajetória nos investimentos é investir seguindo carteiras recomendadas. 

Atualmente existem diversas casas de análises de ativos de qualidade que contam com profissionais experientes e que podem te ajudar a escolher as melhores opções de investimentos, como é o caso da Spiti

Por isso, estude a possibilidade de assinar planos de casas de research e ter ajuda qualificada na escolha dos seus investimentos.  

Conclusão 

Pronto! Agora você já sabe um pouco mais sobre o mundo dos investimentos, alguns dos principais ativos negociados no mercado financeiro e uma série de dicas para começar com o pé direito a sua carteira para garantir uma renda crescente.  

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Hugo Gonçalves
Hugo Gonçalveshttps://finclass.com/
Hugo é copywriter no Grupo PRIMO. Trabalha com finanças há mais de 7 anos.
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