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Como investir na bolsa sozinho e fazer o seu dinheiro render mais

Investir na bolsa de valores é uma prática que gera muito receio por parte de investidores, principalmente quando falamos daqueles que ainda são iniciantes no tema. 

Na prática, porém, investir na bolsa está cada vez mais simples e acessível para qualquer pessoa que deseja iniciar a jornada de investimentos no mercado financeiro. 

Para contribuir com essa prática, reunimos aqui nesse artigo uma série de ensinamentos para que você possa aprender como investir na bolsa sozinho. 

Confira a seguir e inicie o quanto antes os seus aportes para aproveitar o melhor da renda variável.  

Como investir na bolsa sozinho
Investir na bolsa sozinho é possível e cada vez mais praticado (Foto: Unsplash) 

É possível investir na bolsa sozinho? 

Vamos iniciar o artigo já tirando logo de primeira o grande receio que você pode ter: é possível sim investir na bolsa sozinho.  

Com a evolução da tecnologia e da educação financeira, está cada vez mais fácil fazer os investimentos por conta própria. 

Nos primórdios da bolsa, até o final do século passado, era preciso consultar um profissional para emitir as ordens de compra de ações. 

Atualmente, porém, é possível acessar um sistema online extremamente intuitivo e didático disponibilizado pelas corretoras e fazer os seus investimentos por conta própria em poucos minutos.  

O nome dessa ferramenta que possibilita a compra facilitada de ações e outros ativos é o home broker, que você vai aprender com mais detalhes como usar no final do artigo.  

Qual o valor mínimo para começar a investir na bolsa de valores? 

Essa resposta pode te surpreender, mas a verdade é que é possível achar ações para investir abaixo de 1 real.  

É claro que em uma estratégia consistente na bolsa de valores dificilmente você terá sucesso investindo tão pouco dinheiro, mas o ponto principal é que dá para começar com pouco e ir construindo patrimônio ao longo do tempo. 

Afinal, por mais que sejam poucas ações na casa dos centavos, é possível achar uma infinidade de ações abaixo de 5 reais e até mais ainda por menos de 10, 20 ou 30 reais.  

Portanto, mesmo ao investir com pouco dinheiro você consegue montar uma carteira diversificada e ir traçando o seu caminho de sucesso nos investimentos.

Quais são as vantagens e os riscos de investir sozinho? 

Até aqui te falamos que é possível investir na bolsa sozinho. É importante salientar, no entanto, que existem alguns riscos nessa prática, assim como vantagens significativas. Separamos algumas delas abaixo. Confira: 

Vantagens 

  • Menos custos: por estar fazendo o trabalho todo sozinho, ao investir por conta própria você diminuiu os custos de se investir. Afinal, você não precisa pagar taxas ou remuneração para ninguém, já que não contratou nenhum profissional do mercado para realizar esse serviço. 
  • Maior retorno: como consequência disso, você pode também potencializar o seu retorno, já que praticamente toda rentabilidade dos investimentos vai para a única pessoa responsável pelo trabalho: você mesmo! 
  • Curva de aprendizado acelerada: ao investir na bolsa sozinho você pode aprender com os próprios erros. Afinal, está a todo momento estudando sobre os ativos e vai cada vez mais atrair ensinamentos rapidamente e se tornar um investidor de qualidade a cada novo acontecimento com os investimentos.  

Desvantagens e riscos 

  • Tempo: uma das grandes desvantagens que afeta as pessoas de forma geral é a falta de tempo para avaliar os investimentos. Afinal, muito provavelmente você é uma pessoa que possui uma atividade profissional no dia a dia que demanda tempo e dedicação. Com isso, sobra pouco espaço para estudar ativos. 

Em contrapartida, os profissionais de mercado passam o dia todo estudando os investimentos. Com isso, têm vantagens em relação a uma pessoa física comum que investe na bolsa. Sendo assim, só invista por conta própria caso tenha um tempo considerável para estudar os ativos.  

  • Maior chance de errar: como em qualquer atividade na vida, quando somos iniciantes temos maior propensão a cometer erros. Por isso, ao tentar investir na bolsa sozinho, principalmente no começo, é mais provável que você erre na escolha de ativos e acabe perdendo dinheiro. 

Isso é natural, já que o mercado financeiro é complexo e exige anos de experiência para começar a avançar nos conhecimentos técnicos.  

  • Emocional e inexperiência: os erros na bolsa não acontecem somente por falta de conhecimento teórico e prático na bolsa. O lado emocional também pesa bastante no momento em que você está no prejuízo e precisa sustentar a tese de investimento em um ativo. 

Por isso, caso você não tenha a ajuda de um profissional para fundamentar as suas teses, é possível que você venda ativos antes da hora ou segure um prejuízo por muito tempo, causando perdas financeiras irreparáveis.  

Quais investimentos estão disponíveis na bolsa? 

Para investir na bolsa sozinho, antes de mais nada é importante saber com mais detalhes quais ativos você está comprando. Por isso, vamos explicar sobre cada um deles a seguir. Confira! 

investir na bolsa
Na bolsa você encontra os investimentos de renda variável (Foto: Unsplash) 

Ações 

As ações são basicamente uma parte de participação em uma empresa. Com fins didáticos, muitos educadores financeiros costumam compará-las a uma fatia de pizza. 

Isso porque, enquanto você divide uma pizza em oito pedaços, nas ações você está dividindo a participação da empresa em várias fatias que podem ser compradas por investidores de acordo com a exposição desejada àquela companhia. 

Portanto, ao comprar uma ação da Petrobrás, por exemplo, você está comprando participação nessa empresa, se tornando sócio e sendo dono de um pequeno pedaço da companhia.  

Para comprar qualquer ativo na bolsa de valores você deve inserir um código que representa esse investimento. No caso das ações, elas podem ser negociadas com final 3, 4, 5, 6 e 11(no caso das Units, que são um pacote com várias ações).  

Fundos de investimento imobiliário (FIIs) 

Os fundos de investimento imobiliário, fundos imobiliários ou apenas FIIs, como o nome já indica, são tipos de fundos focados em investir apenas em ativos focados no setor imobiliário. 

Portanto, nesse caso, a gestora lança a emissão desse fundo para investidores no mercado financeiro e, após captar dinheiro dos interessados em virar cotistas, usam todo o montante para comprar apenas ativos de empreendimentos imobiliários. 

Dessa maneira, os fundos imobiliários têm uma carteira de um único ativo ou diversos ativos de imóveis de alto padrão, que podem ser escritórios, galpões logísticos, shoppings centers, lojas, entre muitos outros exemplos de empreendimentos grandes.  

Sendo assim, ao investir em um FII você ganha parte dos aluguéis que as empresas pagam para alugar esses grandes empreendimentos. O valor é condizente com o número de cotas que você possui. Quanto maior a sua participação no fundo, mais dinheiro dos aluguéis você receberá.  

Na bolsa de valores, os fundos imobiliários também são negociados com código com final 11. Portanto, é importante saber diferenciar das Units.  

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Exchange-traded funds (ETFs) 

Os Exchange-traded funds, conhecidos de modo geral apenas como ETFs, são os chamados fundos de índice. 

Esses ativos de renda variável costumam ter a sua rentabilidade atrelada a algum índice do mercado ou uma cesta de ativos pré-determinada.  

Por exemplo:  

– BOVA11: ETF que tem a sua rentabilidade atrelada ao Ibovespa, índice que reúne as principais ações da bolsa de valores brasileira. Portanto, quando o IBOV sobe, esse ETF sobe, e quando desce, a sua rentabilidade também desce. 

– IVVB11: já esse ETF é atrelado ao S&P 500, índice composto por cerca das 500 principais empresas da bolsa dos Estados Unidos. Da mesma forma, a valorização ou desvalorização desse ativo vai depender do retorno desse índice. 

Portanto, como mostram os exemplos acima, os ETFs são ativos bastante diversificados. A boa notícia é que geralmente têm preço de uma única ação ou fundo imobiliário. Por conta disso, é uma boa opção para quem quer começar com pouco dinheiro, mas já diversificando a carteira de investimentos.   

Assim como outros ativos citados acima, os ETFs também possuem código com final 11. 

Brazilian Depositary receipts (BDRs) 

Outra classe de ativos bastante relevante na bolsa brasileira são os Brazilian Depositary receipts, mais comumente chamados de BDRs. 

Esses ativos são títulos lastreados em ações de empresas globais, mas que são comercializados no Brasil. 

Explicando de forma mais prática, é como se você estivesse investindo em uma empresa do exterior, já que esses ativos replicam o resultado de cada uma delas. 

Atualmente existem mais de 600 BDRs listados na B3. Entre eles estão algumas das principais empresas do mundo, como Apple, Google, Amazon, Tesla, Meta, entre muitas outras. 

Os BDRs têm códigos que possuem finais com números 32, 33, 34 e 35.  

Estratégias para investir sozinho em ações 

Existem diversas estratégias diferentes para se ter sucesso com os investimentos na bolsa.  

Cada uma tem suas características próprias. No entanto, se bem executadas, todas podem levar ao sucesso nos investimentos. Confira um pouco mais sobre cada uma delas a seguir. 

Investir sozinho
Investir requer estratégia para montar a carteira de investimentos (Foto: Unsplash) 

Day trade 

Uma das estratégias mais conhecidas e também mais polêmicas da bolsa de valores é o day trade. Nessa modalidade, o investidor busca ganhar dinheiro por meio da oscilação diária dos preços das ações, comprando e vendendo no mesmo dia. 

Para saber qual o movimento das ações e tentar antecipar os movimentos dela dentro de um mesmo dia, os traders utilizam a análise técnica, que analisa os ativos por meio de gráficos e tendências. 

Essa estratégia é polêmica pois exige muito conhecimento para ser aplicada. No entanto, muitos investidores iniciantes ingressam no mercado financeiro por meio dela com esperança de ganhos rápidos e acabam perdendo muito dinheiro.  

Por isso, tenha muito cuidado ao considerar utilizar essa estratégia, principalmente se ainda está começando no mercado financeiro e precisa de mais aprendizado prático no assunto.  

Curto Prazo 

Outra modalidade de investimento em curto prazo é o que chamamos de Swing Trade. Nesse tipo de operação, o investidor segura as ações por um prazo um pouco superior, que vai de mais de um dia até algumas semanas. 

O objetivo, porém, é semelhante ao day trade. Ganhar dinheiro tentando decifrar os movimentos de oscilação das ações em determinado período.  

Longo Prazo 

Investir para o longo prazo não é bem uma estratégia. Essa prática está mais para uma filosofia de investimentos que contém outras diversas estratégias dentro dela.  

Entre elas podemos citar, por exemplo, o buy and hold, que é quando um investidor investe em uma ação para virar sócio daquela empresa. Dessa forma, ele segura o ativo por tempo indeterminado, se beneficiando do crescimento ao longo do tempo desse ativo após uma análise aprofundada dos fundamentos.  

Outro exemplo é o value investing, no qual o investidor busca encontrar ativos que estejam descontados em relação ao seu valor intrínseco. Em outras palavras, que estejam sendo negociados a um preço menor do que realmente valem. Assim, ele pode se beneficiar na valorização ao longo do tempo.  

Ambas as estratégias costumam ter como maior ferramenta o que chamamos de análise fundamentalista. Esse tipo de prática para selecionar ações leva em conta os fundamentos da empresa.  

Portanto, o investidor vai olhar para fatores como números operacionais da companhia, quem são os gestores e qualidade da governança, analisar a economia global e como ela deve se comportar, o preço dos ativos e muitos outros fatores. 

Dessa maneira, se configura como uma análise que demanda um maior trabalho, mas ao mesmo tempo traz noções mais factíveis sobre o que se esperar do futuro da companhia. 

Dividendos 

Outra estratégia comum ao investir é focar em ações de empresas que pagam dividendos.  

Caso você não saiba, o dividendo é uma das formas que uma empresa possui para distribuir os seus lucros. 

Os dividendos geralmente são pagos em uma maior quantidade por empresas maduras, que não têm muito espaço para crescer mais e prefere premiar os seus acionistas por meio de uma remuneração. 

Sendo assim, em vez de reinvestir os lucros dentro da própria companhia, como acontece nas empresas de crescimento, as mais maduras tendem a distribuir esse valor por meio de dividendos, que são uma remuneração extra a quem possui ações da companhia. 

Essa estratégia é mais usada por pessoas que investem na bolsa buscando uma renda passiva, já que é possível garantir uma remuneração recorrente com maior previsibilidade.  

Em uma estratégia de dividendos, é possível também incluir fundos imobiliários, já que esse tipo de investimento paga rendimentos mensais, contribuindo para uma carteira de renda passiva. 

Passo a passo para investir na bolsa sozinho 

Tudo bem, agora você sabe toda a parte teórica. Então, vamos finalmente nos encaminhar agora para a parte prática! 

Abaixo, você confere um passo a passo para investir na bolsa sozinho e começar a colocar os investimentos em prática. 

Investir na prática
Com a evolução da tecnologia, aprender a investir na prática é simples (Foto: Unsplash) 

1 – Definir objetivos e estratégia 

A primeira atitude que você deve tomar é definir os seus objetivos ao investir. Afinal, as principais práticas que temos em nossas vidas tem alguma motivação por trás, e com os investimentos não deve ser diferente. 

Portanto, defina aonde quer chegar com os investimentos. O objetivo é construir patrimônio? Então vale focar em uma estratégia com ativos com características de crescimento. Já tem mais dinheiro e quer apenas receber uma renda passiva recorrente? Foque em dividendos. 

Já se você tem objetivos de curto prazo, talvez o foco possa ser em outra classe de ativos, como é o caso da renda fixa. Assim, você tem maior previsibilidade caso precise do dinheiro com urgência.  

Definindo os objetivos, ficará mais fácil escolher a estratégia. Portanto, foque no que você deseja fazer com o dinheiro e, em seguida, qual caminho fará para conquistar esse objetivo. 

2 – Abrir uma conta na corretora 

Passada a parte racional do investimento, chegou o momento de ir à prática. Para isso, o primeiro passo é abrir uma conta em uma corretora. Isso porque é essa a instituição credenciada para fazer a ligação entre você, investidor pessoa-física, e a bolsa de valores. 

Sendo assim, é por meio da corretora que você conseguirá comprar as suas ações, fundos imobiliários, ETFs, BDRs, entre outros.  

Atualmente, existe uma infinidade de corretoras de qualidade na bolsa de valores. Por isso, avalie bem critérios como atendimento, qualidade da plataforma, menor cobrança de taxas, entre outros quesitos antes de escolher qual instituição você vai abrir conta. 

Vale a pena separar um tempinho para fazer essa seleção, escolhendo a opção de maior qualidade para que você possa iniciar os seus investimentos. 

Feito isso, é só abrir a conta na prática. Hoje em dia esse procedimento costuma ser muito simples. Basta acessar o site da corretora escolhida e iniciar o processo da abertura de conta, que levará apenas alguns minutos e exigirá uma quantidade pequena de dados e documentos em mãos. 

É tudo muito simples, intuitivo e rápido! 

3 – Transferir o valor desejado 

Agora que você já tem a sua conta, basta transferir o dinheiro que você tem na sua conta do banco para a corretora que você escolheu para realizar os seus investimentos. 

Geralmente, você só poderá transferir dinheiro para contas de mesma titularidade, ou seja, a conta do banco e da corretora devem pertencer ao mesmo CPF, que no caso é o seu.  

Isso é um procedimento que facilita a segurança nas operações, evitando fraudes. 

Portanto, perca qualquer medo ou insegurança e transfira o dinheiro para a conta na corretora para começar a investir o quanto antes.  

4 – Escolha o ativo que deseja investir 

Agora que você já está com o dinheiro em mãos, pode aproveitar o momento para escolher quais ativos investir com base na quantidade de dinheiro que você transferiu. 

Se preferir, é até mais recomendado que você faça essa seleção com antecedência. Assim, ao transferir dinheiro para a corretora para começar a investir, você foca apenas em realizar a operação na prática.  

Portanto, faça essa seleção de acordo com a estratégia que você escolheu e se prepare para efetuar a compra.  

5 – Realizar a operação por meio do home broker 

Pronto, agora você já chegou ao último passo: comprar na prática. Agora, basta acessar o home broker da sua corretora, que estará facilmente indicado no menu quando você for investir, e realizar a compra do ativo. 

Ao abrir o home broker pela primeira vez, a impressão inicial pode assustar. Afinal, vai aparecer uma tela cheia de gráficos e códigos diferentes que te deixarão confuso. 

Home broker
O home broker pode assustar em um primeiro momento (Foto: Unsplash) 

A boa notícia, porém, é que hoje em dia as corretoras possuem formas bastante facilitadas de realizar a compra. Portanto, você não precisa abrir um home broker convencional. Basta ir nessas ferramentas desenvolvidas pela instituição e apenas digitar o código da ação e a quantidade. 

Vale apenas um lembrete. Principalmente para você que está iniciando agora na bolsa com pouco dinheiro, provavelmente você terá que comprar no que chamamos de mercado fracionário, que é onde são vendidas as ações por unidade. No mercado à vista, os ativos são vendidos por lotes de 100. 

Portanto, ao digitar o código da ação, basta colocar a letra F na frente. Na prática, usando como exemplo uma ação da Petrobrás, ficaria assim: PETR4F.  

No caso, temos o código específico da Petrobrás (PETR), o tipo de ação (preferencial, representada pelo número 4) e a letra F, que indica o mercado fracionário.  

No caso dos FIIs, BDRs e ETFs não é necessário inserir o F no início da ação, pois já é considerado automaticamente uma única unidade. 

Feito esse procedimento, está tudo certo! Você comprou o seu primeiro ativo e finalmente começou a investir na bolsa sozinho! 

Conclusão 

Parabéns! Agora você já sabe diversos detalhes sobre os ativos de renda variável e pôde aprender como investir na bolsa sozinho.  

Caso não tenha ficado clara a explicação de como investir, temos um passo a passo ainda mais detalhado para comprar ativos na prática. 

Aprenda a comprar ações, FIIs e ETFs na prática e comece a investir hoje mesmo!

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Hugo Gonçalves
Hugo Gonçalveshttps://finclass.com/
Hugo é economista e copywriter no Grupo PRIMO. Trabalha com finanças há mais de 7 anos.
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