InícioInvestimentosO que é Fundo Imobiliário de Papel e como funciona?

O que é Fundo Imobiliário de Papel e como funciona?

Os Fundos Imobiliários de Papel (FIIs de Papel) são caracterizados como uma das formas mais práticas e seguras de se investir no mercado imobiliário.

São, desse modo, uma alternativa atrativa de aplicação para investidores mais conservadores que têm interesse em aplicar neste setor, mas que não querem se expor a riscos muitos grandes.

Isso porque, apesar de serem caracterizados como investimentos de Renda Variável, a carteira desses Fundos é constituída essencialmente por ativos de Renda Fixa. 

Assim, rendem mais que investimentos de renda fixa, ao passo que são menos arriscados que boa parte dos investimentos de renda variável. Interessante, não é mesmo? 

Então que tal dedicar um tempinho para estudar como esses Fundos funcionam? 

Siga conosco, que te mostraremos de maneira didática e direta o que são os FIIs de Papel e como eles funcionam, quais os tipos de títulos existentes, quais seus benefícios e limitações, como escolher um bom fundo e muito mais. 

Enfim, todo o necessário para que você comece a fazer dinheiro com títulos de crédito imobiliários ainda hoje!

O que é o Fundo Imobiliário de papel?

Também conhecidos como Fundos de Recebíveis, os Fundos Imobiliários de Papel podem ser descritos como uma comunhão de investidores que aportam recursos em títulos de crédito lastreados no setor imobiliário.

O termo “papel” faz alusão justamente aos tipos de ativos que compõem a carteira desses Fundos. Diferentemente de outras categorias mais tradicionais de Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs), esses portfólios não investem em imóveis físicos, mas sim em “papéis” emitidos por instituições financeiras ou securitizadoras para financiar atividades de construtoras e incorporadoras.

A singularidade dessas aplicações também reflete nos retornos gerados pelas carteiras. Distintos dos FIIs que buscam lucrar com a venda ou aluguel de propriedades tangíveis, aqui, os rendimentos distribuídos entre os cotistas provêm dos dividendos e juros dos títulos ou de suas vendas no mercado secundário.

Os Fundos de Papel também se destacam por sua baixa volatilidade quando comparados com outros FIIs, devido ao seu patrimônio aplicado essencialmente em títulos de renda fixa. Isso os torna uma excelente opção para investidores conservadores que desejam investir no mercado imobiliário sem se expor demasiadamente aos riscos do setor.

Vale ressaltar que, apesar disso, esses Fundos são caracterizados como investimentos de renda variável, o que significa que seus rendimentos não são previsíveis.

De modo geral, as carteiras desses Fundos podem ser compostas pelos seguintes tipos de ativos:

  • Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs);
  • Letras de Crédito Imobiliário (LCIs);
  • Letras Hipotecárias (LHs);

Para uma melhor compreensão, a seguir explicaremos um a um o que são e como funcionam cada um desses papéis:

CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários)

O Certificado de Recebível Imobiliário (CRI) é um investimento de renda fixa de longo prazo, emitido exclusivamente por instituições securitizadoras.

Esse papel corresponde a um título de dívida proveniente dos direitos creditórios que construtoras ou incorporadoras têm a receber. Dito de maneira mais simples: é uma forma dessas empresas adiantarem valores previstos a entrar em caixa em uma data futura, originados de vendas a prazo. 

Na prática, a construtora negocia seus recebíveis com as securitizadoras, que, por sua vez, os convertem em títulos de dívida que podem ser comprados por investidores.

Assim, pode-se dizer que quem adquire uma CRI está fazendo um empréstimo indireto para companhias do setor mobiliário, recebendo, em troca, uma taxa de juros como retorno pela aplicação. Os prazos de resgate e data de maturidade, bem como o tipo de taxa de juros aplicada (se prefixada, pós-fixada ou híbrida) são definidos ainda no momento da emissão do título.

Os Certificados de Recebíveis Imobiliários são reconhecidos, sobretudo, por seus prazos longos de resgate e baixa liquidez. São títulos com prazos de vencimento que podem chegar até 15 anos e que não permitem a antecipação de resgates. Além disso, não são protegidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

Esses riscos e prazos, contudo, são recompensados por retornos que costumam superar os de outros títulos de renda fixa. Também possuem o benefício de serem isentos de Imposto de Renda sobre os rendimentos. Algumas opções, ainda, bonificam o investidor com pagamentos periódicos.

LCI (Letras de Crédito Imobiliário)

As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) são aplicações de Renda Fixa emitidos por bancos públicos e privados, com lastro em operações de crédito imobiliário

Quem investe nesses papéis está emprestando seu dinheiro para que instituições financeiras possam financiar imóveis e empreendimentos imobiliários. Como pagamento, terminado o vencimento do título, o investidor recebe o retorno do valor aplicado acrescido dos rendimentos, ou seja, da correção de juros definida.

A rentabilidade depende, outra vez, do tipo de taxa de juros atrelada ao papel.

O grande atrativo desses títulos é, sobretudo, a isenção de Imposto de Renda e de taxas administrativas. Seu rendimento bruto é, portanto, igual ao líquido. Outro ponto positivo desses investimentos é a cobertura do FGC — o qual assegura valores de até R$250 mil por CPF e instituição financeira —, o que os torna um investimento bastante seguro para investidores conservadores que prezam pela segurança do patrimônio.

LH (Letras Hipotecárias)

A Letra Hipotecária (LH) é outra opção de título de renda fixa com isenção de IR e lastro no mercado imobiliário. Esses papéis são emitidos por instituições financeiras que emprestam recursos do Sistema Financeiro de Habitação. Podem ser bancos, associações de poupança e empréstimo, companhias hipotecárias, entre outros.

Seu funcionamento não se difere muito das LCIs. Quem investe nesses papéis está, ao seu modo, emprestando recursos para que uma instituição financeira ofereça o serviço de empréstimo — com garantia de hipoteca —, aos clientes. As regras e prazos de retorno são conhecidos desde a aplicação, e a rentabilidade depende da taxa de juros acertada.

As Letras Hipotecárias destacam-se, principalmente, pela segurança, afinal contam com duas formas de garantia: além de cobertura do FGC, ainda são assegurados pela caução de créditos hipotecários.

Como funcionam os Fundos Imobiliários de papel?

Os Fundos Imobiliários de Papel funcionam como um “condomínio de investidores” que somam recursos para aplicar em títulos de crédito lastreados em operações do mercado imobiliário, tais como LCIs, CRIs e LHs.

Para participar de um Fundo de Papel, o investidor deve adquirir cotas — ou seja,  frações do patrimônio total do fundo — na bolsa de valores. Ao fazer isso, seus recursos são somados aos dos demais cotistas, e ele passa a compartilhar os retornos e riscos do grupo. 

Ao tornar-se cotista de um FII, o investidor também transfere a administração do capital investido ao gestor ou à instituição financeira responsável pela administração do fundo. Em outras palavras, diferentemente de um investidor tradicional, o cotista não tem poder algum sobre suas aplicações.

As decisões sobre manter, comprar ou vender ativos, bem como a função de elaborar as estratégias para alcançar os retornos pretendidos, cabem apenas ao gestor do Fundo. Embora livre para agir, suas ações são delimitadas pelas políticas e regulamentos próprios do Fundo.

Os retornos obtidos pela carteira são originados principalmente dos juros agregados aos papéis que a constituem, sendo distribuídos de maneira periódica e proporcional entre os cotistas. Ou seja, quanto mais cotas o investidor possuir, maior a sua parcela de lucro. Essa partilha deve corresponder a pelo menos 95% do resultado líquido do fundo (lucro total após o desconto das despesas administrativas).

Quais são as vantagens e desvantagens dos FIIs de papel?

E então, já deu para entender o que são e como funcionam os Fundos de Papel? Se sim, chegou o momento de aprofundarmos um pouco mais, explorando os benefícios, as limitações e os riscos que podem surgir ao investir nessa categoria de Fundo de Investimento Imobiliário. 

Para auxiliá-lo a decidir se esse investimento é adequado para você, destacamos a seguir aquelas que consideramos as principais vantagens e desvantagens dos FIIs de Papel:

Vantagens dos FIIs de papel

Práticos e relativamente pouco arriscados, os FIIs de papel são caracterizados como uma alternativa interessante para investidores mais conservadores ou inexperientes que pretendem acessar o mercado imobiliário. No entanto, essas não são suas únicas qualidades. Entre as vantagens desses papéis estão:

Diversificação

Ao adquirir cotas de um Fundo, com somente uma aplicação, o cotista passa automaticamente a ter acesso aos rendimentos de uma carteira já formada. Esse pode ser um benefício interessante principalmente para investidores inexperientes que não possuem conhecimento ou capital suficiente para adquirir múltiplos ativos e montar um portfólio de investimentos equilibrado por conta.

A diversificação é um bônus mesmo quando comparado com outras opções populares de FIIs. Ao contrário dos Fundos de Tijolo, por exemplo, que comumente aplicam apenas em um setor específico – shoppings, hospitais, hotéis, entre outros -, os FIIs de Papel possuem maior liberdade para diversificar seus investimentos.

 Os recebíveis imobiliários podem estar atrelados a financiamentos residenciais, comerciais, industriais, entre outros. Dessa forma, além de potencializar os retornos, o fundo reduz a concentração de risco. Caso um papel ligado a um setor desempenhe mal, seu rendimento é compensado pela performance dos demais.

Renda extra

De modo geral, esse é um dos maiores atrativos para quem pensa em investir em Fundos Imobiliários. Dado que esse tipo de investimento distribui dividendos periódicos entre os cotistas, esse é um meio prático de ter acesso a uma fonte de renda passiva — aquela que pinga na sua conta, sem necessidade de nenhum esforço. Em suma, é como se o investidor estivesse recebendo um tipo de “aluguel” como retorno por sua participação no condomínio.

Baixos riscos

Já falamos, mas não custa repetir, os FIIs de Papel são formados essencialmente por títulos de Renda Fixa, o que os torna a opção mais segura entre todas as categorias de Fundo de Investimento. Devido à diversificação, esses Fundos são menos arriscados e voláteis do que outras opções de renda variável.

Rentabilidade

Apesar de estar aplicando indiretamente em títulos de Renda Fixa, a rentabilidade alcançada por quem investe em Fundos de Papel, via de regra, costuma superar a de outros investimentos de rendimento fixo.

Gestão profissional

Outro ponto positivo especialmente para investidores iniciantes é a possibilidade de ter um profissional do mercado, com amplo conhecimento do setor imobiliário e dos produtos financeiros, administrando a sua aplicação de modo a alcançar os maiores retornos.

Benefícios fiscais

Por estar investindo em um setor considerado essencial para o desenvolvimento nacional, quem aplica em Fundos Imobiliários de Papel é recompensado com isenção de Imposto de Renda sobre os retornos do investimento. Ou seja, não há nenhum desconto sobre os dividendos.

Desvantagens dos FIIs de papel

Diversificação, distribuição de dividendos, isenção de IR, riscos baixos e rentabilidade superior à Renda Fixa. Sabemos que a soma desses atrativos, fazem dos Fundos de Papel um investimento difícil de ser ignorado.

Contudo, como todo produto financeiro, essas aplicações também contam com suas imperfeições, algumas compartilhadas com outros FIIs, outras mais particulares.

Assim, antes de tomar a decisão de investir em um desses Fundos, é preciso que o investidor também tenha a precaução de pesar suas desvantagens. Entre elas, podemos citar:

Falta de autonomia

Na ordem dos aspectos englobados por todos os Fundos, a falta de autonomia sobre os recursos pode ser algo que incomode, sobretudo, investidores com mais experiência. Afinal, as estratégias adotadas pelo gestor podem não ser as mesmas que o cotista aplicaria em uma mesma situação hipotética.

Dependência do administrador

Falando em estratégias seguidas pelo administrador, os retornos do fundo dependerão exclusivamente delas. Ou seja, uma má gestão dos recursos por parte do gestor impacta negativamente no desempenho geral do fundo.

Dificuldade de resgate

Outra característica comum aos Fundos Imobiliários é a impossibilidade de antecipar o resgate das cotas. Isso significa que o investidor não tem como reaver o dinheiro aplicado, ao menos que negocie suas cotas no mercado secundário. Importante citar, ainda, que a maioria desses Fundos nem sequer possui data de vencimento. Se considerarmos que existem opções de investimento capazes de oferecer até mesmo liquidez diária, esse é certamente um ponto a se observar.

Retornos incertos

Ok, falamos que os Fundos de Papel propiciam uma fonte de renda passiva ao investidor. Contudo, esses valores não são constantes como o de um “aluguel” convencional. Em outros termos, você não tem como prever o quanto cairá na sua conta. Tudo dependerá do sucesso na gestão da carteira, bem como do desempenho dos ativos que a constituem.

Custos

Apesar dos benefícios fiscais, os retornos dos fundos também são impactados por descontos. Isso acontece, contudo, antes da distribuição dos dividendos. O custo principal é o das taxas administrativas, pagas ao gestor do FII por seu trabalho. Em alguns casos, segundo as políticas do condomínio, é possível ainda que seja acrescida uma taxa extra de performance, sempre que o fundo desempenhe acima de um indicador de mercado determinado.

Baixo crescimento patrimonial

Diferentemente de Fundos Imobiliários que investem diretamente em imóveis físicos, o patrimônio de Fundos que aplicam apenas em títulos de crédito não está sujeito a crescimento caso os imóveis se valorizem. Isso, somado à alta taxa de distribuição de dividendos, faz com o que crescimento do fundo e os reinvestimentos na carteira sejam reduzidos.

Como escolher o melhor Fundo Imobiliário de papel?

Se você pensa que o melhor investimento é aquele que oferece os maiores retornos: cuidado. Isso é um equívoco não somente ao se aplicar em Fundos Imobiliários, mas também ao investir em qualquer produto financeiro. De modo geral, os lucros são sempre seguidos pelos riscos. Quando um sobre, o outro também. 

Para escolher o melhor Fundo Imobiliário de Papel é preciso atenção para fugir de pegadinhas como essa, e capacidade de observar e ponderar diferentes fatores. Isso, contudo, não é razão para preocupar-se. O conhecimento do mercado se adquire pouco a pouco. No entanto, para começar, existem dicas e precauções básicas que podem te ajudar a encontrar boas oportunidades de investimento. 

Na sequência, te apresentamos algumas delas:

Dica 1: estude a diversificação da carteira

Como citamos anteriormente, quanto mais diversificada a carteira, maiores as probabilidades de retorno e menores os riscos. Para além da variedade dos ativos, observe, principalmente, a diversidade dos indexadores, como o CDI, o IGP-M e o IPCA, entre outros. Ao ter papéis com benchmarks distintos, o Fundo reduz os riscos do mercado sobre o portfólio.

Dica 2: observe o dividend yield

Se o que você busca ao investir em Fundos Imobiliários é uma fonte de renda passiva, um dos principais fatores a observar é o dividend yield, que representa a porcentagem de retorno distribuído aos cotistas em relação ao preço unitário das cotas do fundo. 

Apesar de relevante, tenha o cuidado de não analisar esse dado isoladamente. Esse retorno pode, por exemplo, ter sido influenciado por algum fator atípico, capaz de mascarar um mau desempenho em outros fatores. Busque estudar o desempenho histórico, verificando a consistência de distribuição e performance do fundo ao longo dos anos, e não somente os últimos meses ou semestres.

Dica 3: busque Fundos com maior liquidez

Por precaução, dê preferência aos Fundos mais negociados. Normalmente, isso é um sinal de que o FII está desempenhando bem e atraindo investidores.

Ademais, isso também te dará mais segurança no caso de que, por algum motivo, você decida recuperar sua aplicação, já que será mais fácil encontrar alguém interessado em comprar suas participações.

Dica 4: pesquise o histórico do fundo e da gestão

Se você já estuda o mercado financeiro há algum tempo, certamente já se deparou com a máxima “rendimento passado, não significa lucro futuro”, correto? Apesar disso, estudar o histórico do fundo é essencial, porque isso te ajudará a entender como ele desempenhou em diferentes situações passadas. Verifique se o fundo já enfrentou crises ou teve impactos negativos devido a decisões do gestor.

O seguro morreu de velho, não é? Na dúvida, evite qualquer fundo que já tenha passado por problemas financeiros.

Dica 5: analise a qualidade dos títulos

O desempenho do fundo está diretamente relacionado à qualidade dos títulos de recebíveis que compõem sua carteira. Portanto, dedique tempo para pesquisar as instituições emissoras desses títulos, e também as empresas e projetos financiados por eles

A inadimplência pode comprometer os retornos do fundo, configurando o chamado risco de crédito — ou seja, a possibilidade de que alguma das partes tenha problemas financeiros e não cumpra com suas obrigações.

Quais são os melhores Fundos de papel de 2023?

Mesmo atendo-se apenas aos números, determinar quais os melhores Fundos de Papel ao longo do ano é mais complicado do que pode parecer.

Essa avaliação depende principalmente das metas, do perfil e do ponto de vista do investidor. Seu foco pode estar na distribuição de dividendos, no desempenho em si, na valorização do patrimônio, na segurança da carteira, e assim por diante. 

Apesar disso, apenas à título de ilustração, elencamos abaixo os FIIS de Papel que mais se destacaram em 2023 em diferentes categorias:

Melhores Fundos com maior dividend yield

Se o que você busca ao investir em Fundos de Papel é obter uma renda extra pingando na sua conta periodicamente, o dividend yield é um dos dados que precisam ser observados de perto. Esse indicador mensura a porcentagem dos dividendos distribuídos em relação ao preço de uma cota do fundo. Os melhores fundos neste quesito hoje são:

TickerNomeDividend Yield (novembro de 2022 até novembro de 2023)
DEVA11 Devant Recebíveis Imobiliários20,81%
HCTR11Hectare CE19,61%
URPR11Urca Prime Renda17,96%
VSLH11Versalhes Recebíveis Imobiliários 17,54%
CACR11Cartesia Recebíveis Imobiliários16,83%

Fonte: ClubeFii

Melhores Fundos em valorização de cotas

A valorização das cotas também é um fator de performance importante a se observar. Além de atestar o bom desempenho presente dos Fundos, isso também pode resultar em retornos diretos para o investidor que pode lucrar com a venda de suas participações. Neste quesito, os Fundos de Tijolo que obtiveram os melhores resultados ao longo de 2023 foram:

TickerNomeValorização de cotas  (jan-nov de 2023)
BTCI11BTG Pactual Crédito Imobiliário8,15%
XPCI11XP Crédito7,57%
MXRF11 Maxi Renda7,14%
RBRR11RBR Rendimentos High Grade6,85%
KCRE11 Kinea Creditas6,48%

Fonte: ClubeFii

Melhores Fundos em Retorno

Tão importante quanto medir a porcentagem de retorno sobre as cotas, é medir esse retorno em si. Afinal, quanto maior o rendimento do fundo, mais altos os lucros do cotista. Os Fundos de Tijolo que apresentaram os melhores resultados foram:

TickerNomeRetorno (1º semestre de 2023)
KCRE11Kinea Creditas FII20,07% 
HABT11Habitat Recebíveis Pulverizados FII17,49%
MGCR11Mogno Certificados de Recebíveis Imobiliários Multiestratégia FII17,46%
XPCI11 XP Crédito Imobiliário FII15.81%
RBRR11RBR Rendimento High Grade FII 15,72%

Fonte: Quantum

Melhores Fundos de Papel com maior patrimônio

Se mais que rendimentos, você também preza pela segurança de seus investimentos, um número interessante a observar é o patrimônio total do fundo. Quanto maior esse valor, mais diversa a carteira e o número de papéis que a constituem. Os maiores Fundos de Tijolo neste dado são:

TickerNomePatrimônio (novembro de 2023)
KNIP11Kinea Índices de Preços Fundo de Investimento Imobiliário – FIIR$ 7,82 Bilhões
KNCR11Kinea Rendimentos Imobiliários Fundo de Investimento Imobiliário – FIIR$ 5,77 Bilhões
IRDM11Fundo de Investimento Imobiliário Iridium REcebíveis ImobiliáriosR$ 3,17 bilhões
CPTS11Capitania Securities II Fundo de Investimento ImobiliárioR$ 2,86 bilhões
RECR11Fundo de Investimento Imobiliário – FII REC Recebíveis Imobiliários2,52 Bilhões

Fonte: ClubeFii

Uma vez apresentados esses resultados, fica uma dica importantíssima: nunca analise um só desses valores de forma individual. Busque sempre observar o desempenho médio obtido pelo fundo em todos os indicadores. 

Se o seu objetivo for, por exemplo, obter renda passiva, tenha o cuidado de não se deixar guiar tão somente pelo dividend yield e muito menos tão apenas pelo desempenho recente. Dedique-se a pesquisar o histórico de distribuição de proventos e a reputação do fundo para não cair em pegadinhas.

Antes de avançarmos, é importante ainda ressaltar que as listas apresentadas acima não representam recomendações de investimento. São apenas um recorte de dados para ilustração, fornecendo uma ideia dos diferentes fatores a serem observados antes de investir em um fundo. Além disso, esses dados podem estar defasados quando você estiver lendo este texto, uma vez que se trata de ativos de Renda Variável, sujeitos a flutuações constantes.

Entenda outros tipos de Fundos Imobiliários

Se após conhecer os Fundos de Papel, bateu aquela curiosidade de saber quais as outras categorias de Fundo Imobiliário existentes, não tem problema. 

Na sequência apresentamos um breve resumo sobre as demais classes de FIIs, suas particularidades e diferenças. Se liga só:

Fundos de Tijolo (de renda)

Os Fundos de Tijolo são caracterizados por investir o patrimônio na aquisição e exploração de imóveis comerciais.

O termo “tijolo” refere-se justamente às propriedades físicas, como prédios comerciais, residenciais, hotéis, galpões logísticos, shoppings, escritórios, universidades, entre outros, que formam sua carteira de investimento.

Os retornos desses portfólios são provenientes dos aluguéis ou da venda desses ativos. Esses rendimentos são, normalmente, repassados mensalmente aos cotistas.

É como se o cotista recebesse uma parte do aluguel dos imóveis pertencentes ao grupo. Além dessa mensalidade, o investidor ainda pode lucrar com a valorização das propriedades pertencentes ao fundo. 

Uma vez que o patrimônio do fundo cresce, se valorizam também as suas cotas. Ao negociá-las no mercado secundário, o investidor pode obter valores superiores aos que originalmente pagou para ingressar no fundo. Outra vantagem é que essas participações são fracionadas. Isso significa que é possível vender parte de suas cotas e manter algumas em sua posse, conforme o que lhe parecer mais vantajoso.

Dada essa dupla possibilidade retorno, os Fundos de Tijolo são uma alternativa interessante tanto para quem busca renda passiva, quanto para o cotista que busca lucrar com a valorização dos imóveis.

Por outro lado, uma vez que são compostas por propriedades reais, essas carteiras compartilham os riscos comuns do setor imobiliário, tais como: vacância, inadimplência e deterioração dos imóveis. Tudo isso pode afetar significativamente a distribuição de dividendos e o desempenho geral do fundo.

Fundos Híbridos

Os Fundos Híbridos, conforme sugere o nome, funcionam como uma fusão dos demais tipos de FIIs. Suas carteiras podem ser compostas por diferentes combinações de ativos de tijolo (imóveis físicos), papel (títulos de crédito lastreados no setor imobiliário) e cotas de outros FIIs.

A característica principal desses Fundos é a flexibilidade. Afinal, o gestor tem uma gama muito maior de opções e estratégias para diversificar o portfólio.

A volatilidade e o potencial de retorno podem variar totalmente conforme a estratégia do administrador e o desempenho dos ativos pertencentes ao fundo.

Fundos de Fundo (FoFs)

Os Fundos de Fundos Imobiliários, ou simplesmente FoFs Imobiliários, investem ao menos 95% do patrimônio em cotas de outros Fundos, em vez de aplicar em ativos finais

Essa abordagem singular faz desses Fundos uma opção atrativa principalmente para investidores iniciantes em busca de diversificação, uma vez que oferece acesso a diversos ativos e estratégias de investimento por meio de uma única aplicação.

Já o porém dos FoFs Imobiliários são os seus custos, que costumam superar os demais FIIs. Esses descontos geralmente incluem as taxas administrativas do próprio fundo e as taxas dos Fundos subjacentes, o que pode impactar significativamente os retornos após as deduções.

Fundos de Desenvolvimento

A exemplo dos Fundos de Tijolo, os Fundos de Desenvolvimento também investem em imóveis tangíveis. A singularidade é que essas carteiras aplicam essencialmente em projetos imobiliários em construção ou ainda na planta. O objetivo é simples: lucrar com a venda dessas propriedades, quando finalizada a obra.

Recomendados especialmente para investidores qualificados, os Fundos de Desenvolvimento são reconhecidos como a categoria mais arriscada de FII, já que além de compartilhar os riscos comuns ao setor imobiliário, ainda depende do bom andamento da obra. 

Possíveis desafios incluem embargos, atrasos na entrega e erros na construção. Após a conclusão, enfrentam ainda os riscos semelhantes aos dos Fundos de Tijolo.

Conclusão

Se você chegou até aqui é porque tem interesse em aplicar em Fundos de Papel, não é mesmo?

Caso sua resposta seja positiva, temos uma excelente novidade para te contar. Em nossa plataforma de streaming, temos um curso completo apenas sobre FIIs de Papel.

Nesta Finclass, o especialista em Fundos Imobiliários e analista de investimento da Spiti, Ricardo Figueiredo te ensinará a estudar os Fundos da forma correta, sem se ater a indicadores isolados como o dividend yield, para investir de maneira inteligente. Se o que você quer é saber como escolher um bom Fundo de Papel e como montar uma carteira em imóveis, essa aula é para ti! Está esperando o quê? Faça já a sua inscrição e venha aprender como fazer dinheiro com os maiores nomes do mercado financeiro.

TedDuarte
TedDuarte
Economista formado e conteudista da Finclass.
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