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Investimento sem risco existem? Como avaliar e investir?

Quem investe, quer retorno. Isso é fato. No entanto, muitas pessoas priorizam outro atributo, tão importante quanto: a segurança. Com esse objetivo, se inicia a busca por investimentos sem risco, ou que sejam os mais estáveis possíveis.

Será que isso é realmente uma possibilidade? Spoiler: nem mesmo uma quantia guardada em casa ou em um cofre estaria livre de ameaças. Por isso, não tem escapatória: muito melhor do que deixar o dinheiro parado, é aprender a investir com inteligência, mapeando possíveis ameaças e descobrindo formas de construir um portfólio diverso e equilibrado.

Não se preocupe: a tarefa é mais fácil do que imagina. Siga neste artigo para descobrir:

  • Existe investimento sem risco?
  • Por que o investimento sem risco é impraticável?
  • O que é investimento de baixo risco?
  • Vale a pena investir em ativos de baixo risco?
  • Quais os melhores investimentos com menos risco?
  • Como avaliar a segurança de um investimento?
  • Como investir com baixo risco?

No final, ainda reservamos uma dica extra sobre onde você pode continuar aprendendo sobre o assunto, para se tornar um investidor cada vez mais inteligente.

Siga conosco!

Existe investimento sem risco?

Não existe investimento sem risco! Afinal, mesmo as aplicações mais conservadoras — de renda fixa, por exemplo — terão algum grau de risco inerente. Por isso, a maneira mais segura de investir é entendendo a dinâmica de funcionamento de cada ativo e diversificando o portfólio para equilibrar riscos e retornos.

Reforçamos: essas vulnerabilidades atreladas aos ativos não significam que investir é uma má ideia. Para contorná-las o máximo possível, basta tomar decisões bem informadas. Na prática, isso significa descobrir o seu perfil de investidor e fazer combinações de ativos mais seguros e mais arriscados. 

O que seria um investimento sem risco?

Em um suposto investimento sem risco, uma pessoa faria uma aplicação e não perderia nada com o passar do tempo. Teoricamente, não haveria nenhuma desvalorização do dinheiro.

No entanto, até mesmo uma quantia em espécie — R$1.000,00, por exemplo, guardada em casa, não passaria ilesa. A justificativa é simples: nesse caso, a inflação faria com que os preços de bens e serviços aumentassem. Consequentemente, o poder de compra dos R$1.000,00 já não seria o mesmo de quando foi guardado.

É por isso, inclusive, que você vai se deparar inúmeras vezes com a máxima de “não deixar o dinheiro parado” ao se educar financeiramente. Fora de uma aplicação e sem render, você não estaria preservando o seu patrimônio —- pelo contrário: estaria saindo no prejuízo.

Por que o investimento sem risco é impraticável?

Investir sem risco é impossível porque qualquer aplicação financeira envolve algumas incertezas e vulnerabilidades a fatores externos, em maior ou menor grau. Até mesmo os títulos do Tesouro Direto, por exemplo, que são considerados altamente seguros, podem ser afetados pela inflação ou variações econômicas.

Inclusive, a ausência completa de riscos é tão impraticável que mesmo sem tomar nenhuma ação em relação ao dinheiro, ele perderá valor ao longo do tempo. Além disso, é importante lembrar que as variáveis do mercado são inúmeras e seria impossível ter algum controle sobre elas.

Por isso, preste atenção: caso tenha uma quantia guardada e sinta medo de aplicá-la, saiba que as consequências negativas de manter esse dinheiro parado são muito maiores. Na dúvida, comece a investir aos poucos, experimentando primeiro aplicações mais seguras, como as de renda fixa.

O que são riscos nos investimentos?

Os riscos nos investimentos se referem às potenciais perdas financeiras que podem acontecer quando você aplica em determinado título ou ativo. Essa vulnerabilidade pode ter várias fontes: inflação, eventos políticos, crises financeiras, flutuações do mercado, desastres naturais, entre outros.

Além disso, existem vários tipos de riscos financeiros. Ativos distintos estarão expostos a ameaças específicas. Logo, antes de construir o seu portfólio, o ideal é que avalie com cuidado cada uma das opções, bem como qual é o seu objetivo existindo.

A título de curiosidade, listamos aqui alguns riscos comuns. Olha só:

  • Risco de mercado: quando a oferta e a demanda afetam o processo de precificação, tornando os preços voláteis;
  • Risco de crédito: é a possibilidade de a empresa emissora do título não cumprir com suas obrigações, ou seja, de dar um calote;
  • Risco de liquidez: se trata da dificuldade de vender um ativo rapidamente sem ter prejuízo com a operação;
  • Risco cambial: é a possibilidade de um ativo perder valor por estar atrelado a moedas estrangeiras;
  • Riscos específicos: são as ameaças que afetam especificamente o setor de atuação da empresa emissora, por exemplo.

Lembre-se: um risco não significa que algo ruim vai acontecer e afetar os seus rendimentos — apenas indica a possibilidade. 

Vamos a alguns exemplos para você entender melhor. Suponha que uma empresa de produtos para animais de estimação tenha sofrido uma queda na demanda por aquilo que vende. Consequentemente, precisou diminuir seus preços para se manter competitiva no mercado. Aqui, temos um risco específico, já que se trata de um mau momento do setor de atuação.

Por conta desse período difícil, o preço das ações da empresa fictícia caíram. Nesse contexto, todos os titulares destes papéis possivelmente perderiam dinheiro, especialmente se tentassem vender o ativo por um preço menor do que aquele pago inicialmente. 

O que é investimento de baixo risco?

Um investimento de baixo risco é aquele que oferece maior segurança ao investidor e, por isso, minimiza a probabilidade de o titular sair no prejuízo e perder o capital aportado. São, então, mais estáveis e previsíveis — embora normalmente resultem em ganhos menores em comparação com ativos mais arriscados.

Os títulos de renda fixa são popularmente conhecidos como seguros. Inclusive, essa é a razão pela qual investidores de primeira viagem escolhem papéis dessa classe para começar a investir — afinal, representam um “terreno mais firme” para dar os primeiros passos na bolsa de valores.

Embora varia de acordo com o ativo, a dinâmica de funcionamento da renda fixa pode ser resumida assim: ao fazer um aporte, você está basicamente “emprestando” dinheiro à empresa emissora. Em troca, receberá a quantia de volta com um acréscimo de juros, combinado no início da aplicação.

Importante: é fato que os investimentos de baixo risco são menos propensos a gerar perdas significativas. Mesmo assim, sempre haverá algum risco envolvido, como de liquidez ou de crédito. Conhecê-los é a melhor maneira de evitar surpresas futuras.

Como os investimentos de baixo risco funcionam?

De maneira geral, os investimentos de baixo risco oferecem retornos estáveis e previsíveis. Afinal, o rendimento vem de uma taxa de juros que é acrescida no valor aplicado pelo investidor. No entanto, o funcionamento específico vai depender do título ou ativo em questão, já que a segurança é uma característica que pode ser relativa, dependendo do ponto de vista de quem está aplicando.

Abaixo, listamos alguns atributos-chave que uma aplicação precisa ter para ser considerada de baixo risco. Olha só: 

Garantias e mecanismos de proteção

Ativos como CDBs, LCIs e LCAs são emitidos por bancos e contam com a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). O que isso significa? Se a instituição emissora falir ou passar por qualquer problema que a impeça de devolver o dinheiro aos investidores, o FGC reembolsa as pessoas prejudicadas em até R$250.000,00 por CPF.

Importante: definitivamente, contar com a proteção do FGC é um motivo de alívio para quem prioriza a segurança. Contudo, tenha em mente que o reembolso não é automático e a solicitação deve ser feita pelo próprio investidor.

Passando para outro exemplo, temos os títulos do Tesouro Direto, emitidos pelo governo. Estes não contam com a cobertura do FGC, porém são considerados seguros mesmo assim. Afinal, para que o governo não cumprisse com suas obrigações financeiras, seria necessária uma crise de impacto massivo na economia nacional — algo bastante improvável de acontecer.

Baixo risco de crédito

Aqui, a segurança também está na improbabilidade de uma empresa emissora deixar o investidor no prejuízo. Atenção: estamos falando de improbabilidade, não da garantia de que a companhia jamais passará por maus momentos.

Como exemplo, temos os CDBs — títulos emitidos por bancos. Quanto maior e mais sólida for a instituição, menores são as chances de que o seu investimento passe por algum problema. Bancos menores, por outro lado, são mais arriscados (embora o retorno nestes casos seja mais atrativo).

Alto nível de liquidez

Você sabe o que é liquidez? É a facilidade com a qual um investidor consegue repassar os ativos que comprou, caso deseje vendê-los. 

Em uma situação onde você precise pegar de volta antes do esperado o dinheiro que investiu, o ideal é que a aplicação seja de alta liquidez. Assim, a operação é viabilizada com mais rapidez. Em resumo, é uma camada extra de segurança para quem tem objetivos de curto prazo.

Atenção: resgatar uma quantia aplicada antes do prazo combinado pode resultar na cobrança de taxas extras e em prejuízos. Por isso, antes de tomar essa decisão, analise bem se a movimentação é vantajosa.

Proteção contra a inflação

Com o passar do tempo, a inflação gera um aumento geral nos preços. Com produtos e serviços encarecendo, o dinheiro, quando parado ou mal investido, vai perdendo o valor.

Por isso, quem almeja proteger o patrimônio contra esse efeito vai encontrar mais segurança em títulos que ajustam os pagamentos de juros com base na inflação — aqueles do Tesouro Direto atrelados ao IPCA, por exemplo.

Vale a pena investir em ativos de baixo risco?

Embora a resposta exata dependa dos seus objetivos financeiros e do seu perfil de investidor, investir em ativos de baixo risco é importante para aumentar a segurança do portfólio, equilibrando vulnerabilidades e retornos.

Para te ajudar a decidir se vale ou não a pena, listamos algumas vantagens e desvantagens das aplicações de baixo risco. Vem com a gente! 

Vantagens dos investimentos de baixo risco

Entre alguns dos pontos positivos dos investimentos de baixo risco, temos:

  • Estabilidade e previsibilidade dos retornos;
  • Baixa volatilidade;
  • Proteção do capital investido contra a inflação;
  • Garantias adicionais (como o FGC, a depender do título);
  • Facilidade de planejamento financeiro;
  • Menor risco de perda significativa de capital.

Desvantagens dos investimentos de baixo risco

Já em relação aos aspectos negativos, temos:

  • Retornos geralmente menores;
  • Possível perda do poder de compra devido à inflação;
  • Liquidez restrita em alguns casos.

Atenção: apesar de vários ativos serem classificados como “de baixo risco”, vale lembrar que a dinâmica de performance vai ser distinta para cada um. Logo, é natural que as vantagens e desvantagens variem também.

Caso você seja um investidor de primeira viagem, saiba que aplicar em títulos menos arriscados é importante para juntar experiência na bolsa de valores e também para aumentar a segurança do seu portfólio. Inclusive, nada te impede de construir uma carteira que mescle ativos de maior e menor risco, como forma de potencializar os retornos, sem abrir mão de um certo grau de estabilidade.

Quais os melhores investimentos com menos risco?

Tesouro Direto, CDBs, LCs, LCIs e LCAs são algumas das melhores opções de investimentos de baixo risco.

Conheça melhor cada um deles:

Tesouro Direto

Os títulos do Tesouro Direto são aqueles emitidos pelo Governo Federal. Ao aplicar em um, é como se estivesse “emprestando” dinheiro ao governo, que utilizará os recursos para financiar o desenvolvimento de setores como saúde, educação e infraestrutura.

Estes ativos estão disponíveis em diferentes prazos de resgate e taxas de juros. Além disso, podem ser encontrados em três modalidades:

  • Prefixada: a taxa de juros a ser paga no vencimento é combinada no início da aplicação. Por isso, o investidor sabe exatamente quanto vai receber futuramente;
  • Pós-fixada: os retornos estão atrelados ao CDI. O lucro futuro é desconhecido, porém, é certo que o valor vai acompanhar a taxa básica de juros, protegendo o patrimônio;
  • Híbrida: une atributos prefixados e pós-fixados. Uma parte da rentabilidade é fixa e a outra é corrigida pela inflação, também protegendo o poder aquisitivo do investidor.

Além de tudo isso, investir no Tesouro Direto é bastante acessível, já que os aportes mínimos são bem baixos — muitas vezes, é possível começar a investir com apenas R$30.

CDB

Os CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) são títulos emitidos por bancos. Essa captação de recursos serve para que as instituições financiem as suas atividades. O funcionamento é bastante similar ao do Tesouro Direto, aliás, com a diferença de que, neste caso, o investidor está “emprestando” dinheiro ao banco.

Para começar, CDBs apresentam baixo risco por contarem com a proteção do FGC. Além disso, os títulos provenientes de empresas mais sólidas e reconhecidas no mercado são mais seguros — já que as chances de instituições do tipo passarem por problemas financeiros graves são menores.

Também como os títulos do Tesouro, os CDBs também estão disponíveis nas modalidades prefixada, pós-fixada e híbrida.

LC, LCI e LCA

As siglas LC, LCI e LCA significam, respectivamente:

  • Letra de Câmbio;
  • Letra de Crédito Imobiliário;
  • Letra de Crédito do Agronegócio.

Aqui, os papéis também são emitidos por bancos e outras instituições financeiras. No entanto, como os seus nomes indicam, os recursos captados são direcionados para o câmbio, o setor imobiliário e o setor do agronegócio.

Quem investe nesses ativos geralmente o faz por apresentarem uma rentabilidade mais atrativa que outras opções de renda fixa. Inclusive, as modalidades prefixada, pós-fixada e híbrida também estão disponíveis.

Como avaliar a segurança de um investimento?

Para avaliar se um investimento é de baixo risco ou não, você pode verificar alguns fatores-chave, como a solidez da empresa emissora, o histórico de desempenho e as taxas de juros praticadas, por exemplo.

Para te ajudar a enxergar o grau de risco de uma aplicação, separamos algumas dicas úteis!

1 – Solidez da empresa emissora

Instituições mais sólidas estão menos suscetíveis às oscilações econômicas e apresentam menos probabilidade de não cumprir com suas obrigações financeiras. É por isso que muitas pessoas começam a investir por meio do Tesouro Direto, que está atrelado ao Governo Federal.

2 – Histórico de desempenho

Ao investir, a própria corretora de valores onde tiver conta apresentará gráficos de desempenho para que você os analise antes de tomar uma decisão. Embora ganhos passados não sejam garantias de retornos futuros, esses dados servem para você ter uma noção mais clara de como o título vem se comportando nos últimos meses ou anos.

3 – Taxa de juros e inflação

Se a sua meta for proteger o patrimônio contra a inflação futura, vale a pena verificar se a taxa de juros combinada está atrelada a algum indicador econômico. Na renda fixa, alguns títulos não fazem essa conexão — é o caso dos prefixados. Logo, o valor a ser recebido no vencimento será exatamente aquele prometido no momento do aporte, sem nenhuma correção.

4 – Grau de liquidez

 Será fácil vender os ativos comprados caso você precise se desfazer deles? Esse é um aspecto importante para os investidores com objetivos de curto ou médio prazo, que estão em busca de aplicações que podem ser facilmente repassadas. Antes de tomar uma decisão, portanto, cheque informações como prazo de vencimento e tempo de carência.

Importante: não se esqueça de que o resgate antecipado pode resultar em perdas de rentabilidade ou no pagamento de taxas e tributos extras.

5 – Transparência nas informações

Todas as empresas listadas na Bolsa de Valores devem obrigatoriamente divulgar informações sobre sua saúde financeira. Na plataforma da corretora que utilizar para investir, você encontra todos os relatórios e informações relevantes para a sua tomada de decisão. Na dúvida, tire um tempo para analisar com cuidado estes documentos.

Como investir com baixo risco?

Para além de simplesmente selecionar investimentos de baixo risco para aplicar, outras boas práticas são importantes para aumentar a segurança das suas decisões. Ter objetivos claros, conhecer o seu perfil de investidor e quitar dívidas pendentes antes de investir são alguns exemplos.

Separamos um passo a passo para que você saiba exatamente como construir um portfólio de forma menos arriscada:

1. Defina objetivos claros de curto, médio e longo prazo

Antes de investir, é importante que você saiba com clareza as razões pelas quais está aplicando. Dessa maneira, consegue escolher com maior precisão os ativos que mais estão de acordo com suas metas e prazos.

Essa definição também serve para que os vencimentos dos ativos do seu portfólio estejam de acordo com os seus planos para o futuro. Assim, evitará sair no prejuízo ao vender um título às pressas, em um mau momento, ou ao pagar tributos extras.

2. Descubra o seu perfil de investidor e grau de tolerância ao risco

Logo que abrir conta em uma corretora de valores, você será submetido a um teste de suitability. Isto é, a um questionário com uma série de perguntas sobre seus hábitos e opiniões financeiras, a fim de identificar qual é o seu perfil de investidor

Suas respostas podem te levar para quatro resultados possíveis. São eles:

  • Conservador: prefere investimentos de baixo risco e prioriza a segurança e a preservação do capital. Busca estabilidade e retornos previsíveis, mesmo que os lucros sejam menores;
  • Moderado: aceita um pouco mais de risco em busca de retornos maiores. Equilibra segurança e crescimento ao investir em uma combinação de ativos conservadores e de risco moderado;
  • Agressivo: é tolerante a riscos altos, pois almeja maximizar os retornos. Investe em ativos com maior potencial de valorização, mesmo que isso implique maior volatilidade e possibilidade de perdas;
  • Arrojado: similar ao perfil agressivo, mas com uma disposição ainda maior para riscos elevados. Foca em investimentos de alto risco e alta recompensa.

Ao descobrir qual perfil é o seu, suas decisões se tornam mais assertivas e melhor direcionadas para os seus objetivos. Afinal, a depender do resultado, a sua definição de “baixo risco” pode ser diferente da visão de um investidor inexperiente.

3. Quite as dívidas que estiverem pendentes

O risco financeiro não é algo que afeta unicamente os investimentos, mas a forma como você administra o próprio dinheiro também. Em termos mais simples, começar um portfólio estando endividado é bastante arriscado — especialmente se as despesas acumuladas estiverem atrasadas e gerando juros.

Dificilmente um ativo renderá o suficiente (e na velocidade necessária) para servir como meio de pagamento de uma dívida. Além disso, as aplicações com maior potencial de retorno são aquelas mais arriscadas, sem a possibilidade de garantir ganhos. 

Para não transformar a sua situação financeira em uma bola de neve, prefira quitar todas as suas pendências antes de se tornar um investidor.

4. Construa uma reserva de emergência

Imprevistos acontecem e é extremamente importante que você esteja financeiramente preparado para enfrentá-los. Isso vale, inclusive, para te proteger caso algum dos seus investimentos passe por um período de queda. 

O tamanho da reserva de emergência vai depender da sua realidade financeira e também da sua situação empregatícia. Em um cenário ideal, as quantias recomendadas seriam:

  • Trabalhadores registrados: a reserva precisa ter uma quantia suficiente para pagar as suas despesas essenciais e o seu estilo de vida por seis meses em caso de perda de emprego;
  • Trabalhadores autônomos: as economias precisam ser suficientes para financiar seu estilo de vida e suas dívidas por 12 meses. Inclusive, esse valor é mais alto pois um empreendedor está mais suscetível a imprevistos financeiros do que um trabalhador registrado.

Quanto à frequência dos aportes, sugerimos que seja mensal. O valor específico pode ser adaptado de acordo com a sua realidade. No entanto, se precisar de uma orientação, temos duas sugestões de distribuição:

  • 50-30-20: 50% da sua renda vai para despesas essenciais, 30% para lazer e estilo de vida e 20% para a reserva de emergência;
  • 60-20-20: 60% dos ganhos são para despesas essenciais, 30% para lazer e 20% para a reserva.

5. Invista em educação financeira

O conhecimento é, definitivamente, a melhor ferramenta para tomar decisões mais informadas ao investir, e te ajudar a mapear e equilibrar os riscos do seu portfólio.

A educação financeira é o processo de aprender a gerir o seu patrimônio da melhor maneira e tornar os seus hábitos em relação ao dinheiro mais saudáveis. Para isso, você pode se valer de várias técnicas: ler livros, ouvir podcasts, consumir conteúdos online, investir em cursos etc. Aqui, o mais importante é que você escolha somente fontes confiáveis para a sua jornada de aprendizado.

Está só começando a aprender mais sobre economia e finanças? Então, vamos te dar algumas sugestões de publicações que podem te ajudar:

6. Diversifique o seu portfólio

Jamais deixe todos os seus ovos no mesmo cesto”: essa é uma máxima que você verá com frequência no mercado financeiro — e também a estratégia mais básica de quem investe com inteligência. Traduzindo a expressão para a realidade financeira, ela é a recomendação para nunca investir todo o seu dinheiro em um ativo só — ou em uma mesma classe de ativos.

A diversificação serve justamente para equilibrar os riscos inerentes a cada aplicação. Assim, se um título estiver performando mal, as perdas podem ser compensadas por outro que estiver se saindo bem.

Aqui, as estratégias podem variar: é possível fazer essa mescla investindo 80% em renda fixa e 20% em renda variável, por exemplo. Ao mesmo tempo, também é viável alcançar um bom grau de variação investindo unicamente em renda fixa, em títulos e emissoras diferentes.

7. Comece com investimentos de baixo risco

Para começar com segurança, nada melhor que dar os primeiros passos em um terreno mais firme: os investimentos de baixo risco. Naturalmente, a melhor forma de inicialmente construir um portfólio baseado na estabilidade é optando por ativos que não são tão voláteis, nem têm dinâmicas de funcionamento complexas.

Títulos do Tesouro Direto, CDBs, LCIs, LCAs e LCs são algumas das opções que correspondem a esses requisitos. Como todos esses papéis vêm de emissores distintos, uma boa estratégia seria distribuir o seu dinheiro em uma seleção variada, para fins de equilíbrio e diversificação.

Aprenda a investir com segurança e baixo risco na Finclass

Sabia que os títulos de renda fixa são os investimentos preferidos do brasileiro? A predileção é compreensível, já que tanto investidores iniciantes quanto experientes buscam essa classe para dar ao portfólio uma camada extra de estabilidade e segurança.

Topa aprender mais sobre o assunto? Na Finclass, você pode maratonar conteúdos cinematográficos que vão te ajudar a dominar a renda fixa e saber com precisão como avaliar o grau de risco de um investimento. E o melhor: tudo isso com os maiores nomes de finanças do país. Assine já a Finclass e aprenda com quem realmente entende do assunto!

Ted Duarte
Ted Duarte
Ted Duarte é economista e Pós-graduado em Mercado de Capitais, e traz em sua bagagem a experiência de trabalhar em uma das maiores auditorias contábeis do mundo, onde se especializou na análise de balanços de fundos de investimento. Atualmente atua no time de analistas da Finclass na área de Fundos Imobiliários.
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