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Investir em euro: saiba por que e como investir na moeda europeia

Quando você pensa em grandes empresas — gigantes globais — fora do Brasil, em quais regiões do mundo as visualiza? Com certeza, América do Norte e Europa estão entre as suas principais respostas.

Nestlé, L’Oreal, Volkswagen, Heineken: estes são apenas alguns dos nomes mais famosos e que têm as suas operações concentradas no velho continente, e que definitivamente fazem brilhar os olhos de qualquer investidor.

Investir em euro, afinal, soa como uma excelente estratégia para quem deseja compor um portfólio diversificado e altamente rentável, se valendo de uma das moedas mais fortes que existem.

Sabia que esse tipo de aplicação é possível para brasileiros? Se você tem interesse nesse tipo de oportunidade financeira, vai gostar de saber que nesse artigo nós explicamos:

  • Por que investir em euro;
  • Quais os riscos desse tipo de operação;
  • Quais as melhores corretoras disponíveis;
  • Vantagens da aplicação;
  • Dicas sobre como começar a investir.

Ao final, ainda vamos mostrar uma fonte valiosa de conhecimento para você, investidor que deseja tomar as melhores decisões na hora de aplicar internacionalmente. Vem com a gente!  

Por que investir em euro?

O euro é uma das moedas mais fortes do mundo, junto com o dólar e a libra. Para muitos investidores, esse fato, por si só, já é razão suficiente para considerá-lo em suas estratégias. No entanto, os argumentos em favor dessa tática vão além: 

  • Diversificação de carteira, para ajudar a reduzir o risco de prejuízos em um portfólio, decorrentes das flutuações de outras moedas, ou até mesmo de ativos de outras classes;
  • Proteção contra as variações cambiais, especialmente quando as expectativas são de que o euro valorize em relação a outras moedas;
  • Oportunidade de investimento em empresas globais, se valendo do crescimento econômico da zona do euro;
  • Possibilidade de aproveitar a estabilidade econômica da Europa, afinal, mesmo em momentos mais críticos, o continente ainda apresenta um potencial de lucro bem interessante para investidores brasileiros.

Vale aqui o comentário de que uma “moeda forte” não necessariamente significa que ela é segura também. O euro, porém, une esses dois atributos, e não à toa é considerado como um porto seguro em momentos de instabilidade global, já que é aceito internacionalmente e bastante líquido.

As razões para investir nele também apontam para a segurança econômica dos países que utilizam a moeda, conhecidos não somente pela implementação de políticas fiscais que a mantenham forte, como também auxiliam na solidez das demais nações da zona do euro como um todo.

Começou a entender porque esse investimento pode ser uma boa ideia? Então, continue conosco, pois em breve vamos listar vantagens práticas de investir em euro.

Quais são as vantagens de investir em euro?

Por mais que obter uma fonte de renda em uma moeda que vale cinco vezes mais que o real já seja motivo mais do que suficiente para investir em euro, saiba que essa está longe de ser a única vantagem de aplicar nos mercados europeus. 

Para além desse benefício, separamos outros 5 bons motivos pelos quais você deveria considerar investir em euro. São eles:

  1. Diversificação geográfica

Um dos termos mais recorrentes do mercado financeiro, a diversificação consiste na estratégia de evitar alocar todo o seu patrimônio ou parte significativa dele em um só tipo de ativo. 

Na teoria, quanto mais diversa sua carteira —  isto é, quanto maior a variedade e as diferenças de correlação entre os produtos financeiros que a constituem — mais diluídos são os seus riscos e menor a volatilidade do seu portfólio.

A lógica é bastante simples: quem concentra os recursos em um só ativo corre o risco de colocar tudo a perder, caso este desvalorize. Ao contar com uma gama de títulos diversificados, essa perda pode até mesmo passar despercebida, já que pode ser compensada e mesmo superada pelo bom desempenho dos demais ativos presentes na carteira.

Apesar desse conceito ser, normalmente, aplicado aos ativos em si, ao investir na Europa é possível também diversificar o seu portfólio geograficamente. Ao fazer isso, o investidor tem a oportunidade de adicionar uma camada a mais de segurança aos seus recursos, uma vez que blinda seu portfólio das incertezas econômicas e oscilações do mercado brasileiro que, de outra forma, poderiam afetar com maior peso os seus rendimentos.

  1. Variedade de ativos e tamanho do mercado

Além da diversificação geográfica, ao acessar o mercado europeu, o investidor também amplia seu leque de oportunidades, já que pode aplicar em produtos que não são negociados no Brasil, incluindo ações de grandes empresas globais.

Apenas para ilustrar, na Europa estão três das maiores e mais conhecidas bolsas de valores do mundo:

Euronext

Fundada no ano 2000, por meio da fusão das bolsas de Amsterdã, Bruxelas e Paris, a Euronext é a maior bolsa de valores da Europa e a quarta maior do mundo (ficando atrás apenas da NYSE e Nasdaq dos EUA, e da SSE da China). 

Sua capitalização, que representa o valor de mercado das empresas listadas em seu pregão, corresponde a 6,51 trilhões de dólares, aproximadamente oito vezes mais do que a B3, que ocupa a 19ª posição no ranking global. 

Entre as principais empresas negociadas nesse mercado estão nomes como Airbus, Carrefour, Heineken, L’Oreal e a LVMA (o maior conglomerado de luxo do planeta, incluindo marcas como Louis Vuitton, Moët & Chandon, Hennessy, Dior, Fendi, TAG Heuer, Bulgari e Tiffany & Co), pertencente a Bernard Arnault, que já chegou a ser a pessoa mais rica do mundo.

London Stock Exchange

Além de ser o principal mercado do Reino Unido, a London Stock Exchange, fundada em 1571, é conhecida como a bolsa de valores mais antiga do mundo. Entre as marcas globais listadas nela estão Astrazeneca, Vodafone, Rolls-Royce e Shell.

Frankfurt Stock Exchange

Em atividade desde o longínquo ano de 1585, a Bolsa de Frankfurt tem praticamente o dobro do tamanho da B3 (com 700 empresas, em comparação com pouco mais de 400, e uma capitalização de US$2 trilhões, frente a cerca de US$850 bilhões). Entre as companhias mais conhecidas negociadas nessa bolsa estão gigantes mundiais como Adidas, BMW e Lufthansa.

Isso sem citar todas as demais categorias de produtos financeiros, como os títulos públicos e privados e os fundos de investimento, por exemplo, que multiplicam ainda mais o número de possibilidades de aplicação em euro (mais adiante nos deteremos individualmente a cada um desses ativos e tantos outros).

  1. Exposição ao mercado global

No tópico anterior, já demos um gostinho das empresas listadas nas principais bolsas europeias, mas vale a pena também ressaltar a importância da exposição global proporcionada por essas marcas internacionais.

Quem investe no Brasil está restrito a companhias que, em sua maioria, possuem apenas atuação doméstica e que, desse modo, não acompanham tendências de crescimento mundial.

Por outro lado, ao aplicar em companhias renomadas mundialmente ou em crescimento em diferentes partes do globo, o investidor se protege de eventuais reduções de consumo no mercado nacional, ao abranger um mercado muito mais amplo: o mundo.

  1. Preservação do poder de compra 

Ao investir em uma moeda mais valiosa e consolidada é possível proteger-se contra a desvalorização do real.

Sempre que a moeda brasileira perder valor, os títulos negociados em euro podem se valorizar, minimizando as perdas cambiais e inflacionárias da carteira.

Importante citar ainda que, em um mundo globalizado, muitos produtos são cotados em moedas fortes como o dólar e o euro, o que os faz ficarem mais caros, sempre que o real perde força. A parcela alocada em investimentos na moeda europeia, por sua vez, tende a manter o poder de compra, dada a solidez da economia na Europa.

Em suma, ao investir em euro, o investidor se protege contra as eventuais altas dessa moeda e o mais importante: lucra com isso.

  1. Estabilidade econômica e política

Além do euro ser uma moeda mais sólida do que o real, os países mais desenvolvidos do continente europeu costumam sofrer menos com instabilidades de ordem econômica e política do que economias emergentes como a brasileira, o que confere em um ambiente mais favorável para investidores estrangeiros, além de contar com companhias mais consolidadas.

Quais são os riscos de investir em euro?

Por mais que o euro seja uma moeda forte e apresente boas vantagens para quem deseja se aproveitar das variações cambiais no portfólio, é necessário lembrar que todos os tipos de investimentos apresentam riscos específicos — e, nesse caso, não seria diferente. Não se esqueça: esse tipo de aplicação se enquadra na categoria de renda variável. Logo, vai apresentar flutuações recorrentes e não garante a obtenção de lucros.

Para você entender melhor, elencamos alguns dos riscos mais significativos:

1 – Crises políticas e financeiras

Embora o euro seja uma moeda forte e sólida, ela pode desvalorizar por conta de uma série de fatores, como crises econômicas e eventos macro internacionais. Um exemplo recente foi o corte do fornecimento de gás natural na Europa — uma consequência dos conflitos entre a Rússia e a Ucrânia. Por consequência, a zona do euro passou por momentos de taxa de juros negativas e perdeu valor. 

Se a sua ideia for comprar simplesmente a moeda em si, terá a tarefa crucial de acompanhar as oscilações políticas e econômicas que acontecem no continente e nos seus arredores, a fim de compreender quais são as expectativas para as flutuações cambiais nos meses posteriores. No entanto, essa aplicação direta no euro não é exatamente recomendada por especialistas — o que nos leva ao risco seguinte.

2 – Prejuízo financeiro devido ao não pagamento de dividendos

Esse é um risco específico para os investidores que apenas adquirem o euro, em vez de aplicar em ativos atrelados à moeda, como ações ou Fundos de Investimento. 

A lógica é simples: o euro, por si só, não representa um ativo — é apenas uma moeda. Logo, não vai gerar valor ao longo do tempo, nem distribuir dividendos periódicos. Na prática, isso significa que sua aquisição direta é muito mais arriscada do que outras estratégias de aporte. 

3 – Risco econômico

A zona do euro compreende vários países que utilizam a moeda, e um investidor pode aplicar o patrimônio em ativos localizados em qualquer um deles, se assim o desejar. Logo, estará exposto não somente aos riscos generalizados do continente como um todo, mas também da nação específica na qual realizou o aporte.

Desse modo, crescimento econômico, inflação, desemprego e instabilidade política são algumas das ameaças mais comuns que poderão afetar o desempenho dos papéis que o investidor adquiriu.

4 – Risco de liquidez

Antes, vamos refrescar a memória: o risco de liquidez é a possibilidade de um investidor não conseguir repassar os seus ativos facilmente, quando decidir vendê-los. Ou seja, de não encontrar interessados em adquirir os papéis atrelados ao euro que adquiriu. 

Quando a liquidez do título em questão está baixa, as taxas de câmbio tendem a subir. Assim, o investidor teria um prejuízo com a operação. As razões para essa queda podem ser inúmeras, incluindo alguns dos riscos que já citamos até aqui, como crises econômicas, políticas e alta na inflação na zona do euro.

5 – Riscos de eventos globais 

Para exemplificar essa ameaça, temos a pandemia de Covid-19: um evento relacionado à saúde e que impactou o mundo todo. Ao mesmo tempo, podemos trazer novamente os conflitos entre a Rússia e a Ucrânia, que desencadearam consequências em outras nações da Europa também, alterando a taxa de câmbio do euro.

Cenários do tipo são ainda mais complexos do que aqueles citados no primeiro risco da lista, uma vez que podem afetar vários setores econômicos distintos ao mesmo tempo, ou impactar diferentes nações, mesmo que elas não estejam geograficamente próximas umas das outras. 

Vale ressaltar que, obviamente, eventos assim são difíceis de prever, bem como as suas consequências. Logo, para mitigá-lo, um conselho clássico é válido: se manter atento às notícias internacionais e acompanhar de perto o desempenho dos ativos em euro, e da moeda em si.

Antes de passarmos para o tópico seguinte deste artigo, sobre qual a melhor corretora para investir em euro, fica o lembrete de que a diversificação de carteiras é uma das estratégias mais eficazes para amenizar o impacto dos riscos que listamos aqui. É por isso, inclusive, que muitos investidores aplicam não somente nesta moeda, mas também em dólar, a fim de encontrar um equilíbrio entre as oscilações de ambas.

Além disso, nunca é demais lembrar que investir em euro é uma aplicação de renda variável. Então, se a sua intenção for compor um portfólio seguro e sólido, considere equilibrar os riscos dessa modalidade com o aporte em ativos menos voláteis, como os de renda fixa.

Qual é a melhor corretora para investir na Europa?

Para realizar aplicações em euro, é possível abrir contas em corretoras europeias ou americanas. Este segundo é viável, aliás, pois muitas empresas do velho continente listam os seus ativos nas bolsas dos Estados Unidos para captarem recursos neste país também. 

Algumas das opções mais populares da Europa para fazer as suas aplicações são:

  • XTB;
  • Etoro;
  • Degiro (Portugal); e
  • ActivTrades.

Note que cada uma terá requisitos próprios para aceitar a entrada de investidores estrangeiros. Em geral, elas devem solicitar documentos de identificação e comprovantes de residência e bancários para finalizar o cadastro. 

No que diz respeito às corretoras dos Estados Unidos que contam com ativos europeus, temos:

  • Avenue;
  • Interactive Brokers; e
  • Charles Schwab.

Nessas opções, é possível acessar bolsas de diversos países, como Espanha, Itália, Bélgica, Alemanha, Holanda, entre outros. Da mesma forma que as mencionadas anteriormente, será necessário que você forneça uma imagem do seu RG ou passaporte, e um comprovante de endereço para abrir a conta e começar a fazer aplicações.

Antes de explorar as opções e decidir qual será a sua escolhida, note que algumas podem exigir valor mínimo de aporte inicial — um critério que pode torná-la mais adequada para investidores experientes, já que as quantias podem ser altas. Outro ponto de atenção é que nem todas vão disponibilizar plataformas em português, o que pode ser um empecilho para quem não entende inglês.

O que eu preciso saber antes de investir em euro?

Se após pesar as desvantagens e as vantagens de investir em euro, a balança pendeu para o lado positivo, é momento de preparar o campo para sua estreia como investidor internacional. 

Para te dar uma mãozinha, separamos, nada mais nada menos, que 8 dicas de ouro para te auxiliar a dar os primeiros passos nessa jornada. Antes de investir em euro, você precisa saber que:

  1. Investir em euro não é para todos

A ideia de obter retornos em euro certamente é atrativa para qualquer brasileiro. Isso não quer dizer, porém, que investir na Europa seja indicado para todo mundo. 

Primeiramente, é preciso considerar que o investimento em euro não é garantia de retorno. Segundo, e mais importante, o mercado cambial é um dos mais imprevisíveis que existe. Mesmo quem se dedica profissionalmente a acompanhar as variações e fazer projeções a partir de tendências históricas pode ser surpreendido por questões políticas e monetárias diversas.

Antes de decidir investir no exterior, o ideal é já ter alguma base no mercado doméstico, e estar disposto a assumir alguns riscos. Esse é, em suma, um investimento indicado para investidores com perfil, ao menos, moderado.

Se você não está certo de que está neste nível, vale sempre solicitar aconselhamento com um profissional do mercado e fazer um teste de suitability para descobrir qual sua tolerância ao risco, bem como quais os ativos estrangeiros que melhor se adequam ao seu perfil e objetivos. 

  1. Antes de investir, tenha uma reserva de emergência

Ter uma reserva de emergência não é uma dica que se aplica apenas a investidores que pretendem se expor ao mercado estrangeiro, mas ganha ainda mais peso nesse caso devido ao risco cambial.

Ao ter acesso a uma fonte de recursos acessíveis, a chance de ter que fazer movimentações não programadas em sua carteira de investimentos é reduzida. Caso não tenha uma reserva, há sempre o risco de resgatar seus títulos em um momento pouco propício para o câmbio.

Assim, antes de tomar a decisão de investir em euro é crucial que você tenha uma boa reserva de emergência como garantia. Uma quantia relativamente razoável desse seria capaz de cobrir ao menos três meses de todos os seus gastos fixos.

  1. Por qual razão você está investindo

Embora o tamanho do mercado europeu, consideravelmente maior que o doméstico, seja um grande atrativo para o investidor que está considerando a ideia de migrar parte de seu patrimônio para o estrangeiro, o excesso de oportunidades também pode causar um efeito negativo: a dificuldade de tomar decisões, ou pior, a ideia de que a escolha feita não foi a mais acertada. 

Afinal, são mais de 4.700 empresas listadas apenas nas três maiores bolsas do velho continente (Euronext, Frankfurt Stock Exchange e London Stock Exchange), contra cerca de 400 opções concentradas na B3. E isso que estamos falando apenas de ações, sem considerar outros produtos com leques tão ou mais amplos, como os fundos de investimentos e os títulos de renda fixa. 

Com tantas possibilidades, realmente encontrar a melhor opção pode parecer uma tarefa hercúlea. A verdade, felizmente, é que tomar essa decisão pode ser bem mais simples do que parece. Tudo o que você precisa é de organização para saber o que está buscando e evitar ficar olhando e ponderando acerca de produtos que não atendem suas necessidades.

Assim como já falamos, o primeiro passo para filtrar as opções é definir qual a sua tolerância ao risco. Ao definir seu perfil de investidor, o número de ofertas já será razoavelmente menor.

A próxima etapa é definir qual a razão pela qual você está investindo em euros. Do mesmo modo que existem opções de investimento com diferentes graus de risco, também há títulos menos ou mais adequados para cada meta. 

Se você está planejando suas férias de fim de ano para a Europa, comprar alguns euros para guardar, quando o câmbio estiver em baixa, pode ser uma boa ideia. Já se o seu objetivo for obter uma renda passiva em moeda estrangeira ou ainda, talvez, complementar a aposentadoria, existem outras possibilidades de ativos mais adequadas.

Definidos os riscos e motivos, basta então posicionar suas metas em um horizonte temporal. As férias são para daqui 12 meses. A aposentadoria para 20, 30 anos. Cada objetivo tem seu tempo e investimento certos: de curto, médio e longo prazo.

Ao cruzar essas informações, será muito mais fácil encontrar e se concentrar nos produtos que fazem mais sentido para você. Vale citar sempre que não existe um investimento “perfeito”, mas sim aquele que melhor atende seus objetivos. Antes de aplicar, lembre-se de pesar os prós e contras e tenha ciência de que nenhuma aplicação é imune a riscos.

  1. Quanto mais diverso, melhor

Uma das maiores vantagens de investir no exterior é poder diversificar sua carteira. Ao investir em produtos de diferentes países, setores e moedas, o investidor cria camadas de proteção ao seu patrimônio, ao minimizar os impactos de eventuais instabilidades de um ou outro mercado. 

Uma dica para maximizar ainda mais a estratégia de diversificação, é aproveitar os investimentos na Europa para aplicar em produtos não disponíveis na B3 ou que tenham baixa correlação com os ativos domésticos que já estejam em sua carteira. Caso você já tenha ações na Petrobrás, por exemplo, evite alocar recursos em outra petroleira.

Considerando sempre sua tolerância, metas e prazos, tente abranger o máximo de ativos possíveis: ações, fundos, bonds, ETFs, e assim por diante. Pondere, inclusive, em ir além do euro e do dólar, investindo também em outras moedas consistentes. A regra é uma só: quanto mais diversificado o seu portfólio, melhor.

  1. Para alcançar suas metas, tenha um planejamento financeiro

De nada serve definir suas metas e prazos, se não houver empenho e organização para se manter no ritmo correto. A chave do sucesso aqui é a constância, sobretudo, para objetivos mais distantes no tempo.

Para que tudo se mantenha em ordem, é de suma importância elaborar um planejamento financeiro que lhe permita acompanhar o seu progresso, bem como as quantias que você precisa aportar para alcançar suas realizações. Uma vez que você já sabe sua meta e até quando ela deve ocorrer, é preciso mensurar qual o montante necessário para que isso seja possível e, por fim, quanto de dinheiro precisará ser aplicado mensalmente.

Com todos esses dados coletados é indicado, por fim, colocá-los no papel. Ou seja, criar uma planilha que te permita organizar e administrar suas entradas e saídas para ter controle pleno de suas finanças. Isso pode ser feito com uma tabela simples do Excel ou até, ao modo antigo: em um caderno de anotações. Quem busca um controle mais detalhado desses números pode ainda encontrar diferentes opções de aplicativos de finanças disponíveis para celular.

  1. Não há um momento ideal para começar a investir em euro

Tentar fazer market timing, isto é, procurar antecipar tendências para prever o melhor momento para aplicar ou comprar euro, não é uma estratégia recomendada, uma vez que o câmbio é uma das variáveis mais imprevisíveis do mercado financeiro. 

Logo, se você estava esperando pela hora certa de investir em euro ou se perguntando quando seria isso, sentimos lhe informar que perdeu seu tempo. A boa notícia é que nunca é tarde demais para começar a expor sua carteira à moeda europeia.

Esteja preparado para aguentar “perdas” momentâneas. Nada impede que você faça um investimento hoje e veja o câmbio cair nos próximos dias. No médio e longo prazo, contudo, o real historicamente costuma perder mais valor de compra do que o euro. Acontece que, mesmo em períodos mais turbulentos, como é o cenário pós pandemia, as taxas de juros das principais economias europeias costumam se manter abaixo da brasileira.  

Além de proteger seus retornos das instabilidades econômicas brasileiras, investir em euro também pode trazer excelentes retornos. Prova disso? Em uma década, o euro valorizou 61,27% frente ao real, saltando de R$3,31 em janeiro de 2014 para R$5,34 em janeiro de 2024.  

  1. As taxas e custos são em euro

A ideia de obter retornos em euro é inegavelmente tentadora. Contudo, quem investe no exterior deve lembrar sempre que as taxas e custos também serão cobrados na mesma moeda. 

Assim, antes de tomar decisões de investimento em euro, lembre-se de considerar e calcular os eventuais descontos associados às remessas de valores, compra e venda da moeda, transferências internacionais, conversões monetárias, entre outros.

Esses valores podem mudar consideravelmente a depender do método e do ativo escolhidos, mas devem sempre ser calculados cuidadosamente já que podem não apenas corroer seus retornos, como também diminuir os recursos que você tem reservado para aplicação.

  1. Informação vale ouro

Quando se trata de investimentos, conhecimento é igual a dinheiro. 

Primeiramente, para encontrar as oportunidades de aplicação que melhor se alinham aos seus objetivos é preciso saber como cada uma delas funciona. Antes disso, ainda é preciso entender o mínimo sobre o funcionamento do mercado financeiro como um todo: como se dá a rentabilidade, o impacto da inflação, o funcionamento das taxas de juros, e assim por diante. Isso, contudo, é só o conhecimento básico.

Além de compreender os conceitos que regem o mercado financeiro e seus ativos, é preciso estar constantemente informado sobre eventuais mudanças regulatórias ou mesmo eventos políticos e econômicos que podem influenciar o desempenho dos títulos que compõem a sua carteira.

Uma mudança recente que impacta diretamente no investidor que aplica no estrangeiro, por exemplo, é a Lei nº 14.754/2023. Sancionada no fim de 2023, a nova legislação alterou as regras tributárias sobre rendimentos no exterior para domiciliados no Brasil. A partir dela, todos os rendimentos em euro — e outras moedas — passaram a ser tributados com uma alíquota fixa de 15% e um regime tributário à parte.

Considere que manter-se informado pode ser ainda mais complexo quando pensamos em aplicações no exterior. Afinal, estamos falando de mercados diferentes do nosso e com os quais não estamos acostumados. Fora isso, quem aplica ou pensa em investir em euro, precisa estar atento às flutuações e tendências do câmbio

Como investir em euro no Brasil?

Os tempos onde os investimentos em moeda estrangeira eram reservados para um grupo seleto de investidores ficaram para trás. Hoje, não é preciso ser rico e tampouco morar fora do Brasil para ter acesso aos produtos financeiros negociados nos mercados europeus. 

Atualmente, inclusive, existem diferentes formas do investidor brasileiro investir no Velho Continente e passar a obter renda em euro. Entre as mais populares estão:

Papel-moeda

Quem nunca pensou em adquirir uma moeda mais forte que o real e guardá-la, esperando lucrar com sua valorização? Apesar de ser um pensamento comum ao se falar em investir em euro, comprar papel-moeda está longe de ser a melhor estratégia para quem busca ganhar com as flutuações cambiais.

Na realidade, essa prática não é nem mesmo considerada uma forma efetiva de “investimento”, uma vez que manter o dinheiro estrangeiro parado não gera rendimentos. Pelo contrário, mesmo que o euro seja uma moeda mais valorizada e estável que o real, isso não a isenta da desvalorização causada pela inflação ao longo do tempo.

Além disso, muitos esquecem ou desconhecem que as taxas de compra de moeda física são sempre mais elevadas do que aquelas negociadas por meio da abertura de contas internacionais. Isso ocorre porque a moeda vendida nas casas de câmbio é o “euro turismo”, geralmente de 20 a 30 centavos mais caro do que o “euro comercial”, utilizado em transações financeiras entre empresas e divulgado nos noticiários.

Por fim, não podemos ignorar os riscos mais comuns, como a possibilidade de perda ou roubo do papel-moeda.

Em resumo, a compra de dinheiro em espécie é recomendada apenas para quem planeja passar as férias na Europa. Se essa não é sua intenção, não se preocupe. Abaixo apresentamos diversas maneiras mais eficientes de obter rendimento em euro.

BDRs

Mais conhecidos pela sigla “BDR“, os “Brazilian Depositary Receipts” são uma das maneiras mais populares de acessar o mercado europeu e obter rendimentos em euro sem a necessidade de abrir uma conta internacional. 

Na prática, esses ativos funcionam como certificados representativos de ações listadas em bolsas de valores estrangeiras, mas negociadas na B3. Quem aplica em BDR não está adquirindo ações propriamente ditas, mas títulos lastreados nesses papéis, que permanecem sob custódia em uma instituição financeira estrangeira.

Apesar de serem adquiridos em reais, os BDRs de empresas europeias permitem exposição do investidor ao euro, já que as ações às quais estão atreladas são negociadas em suas bolsas de origem. Assim, além de poder lucrar com a valorização do ativo e com a distribuição de dividendos, o investidor brasileiro ainda pode multiplicar seus ganhos sempre que houver valorização da moeda europeia em comparação com a brasileira.

Os riscos associados a esses títulos, por sua vez, são bastante semelhantes aos de se investir em ações de companhias brasileiras. Esses papéis podem sofrer flutuações por fatores macroeconômicos externos como crises setoriais ou medidas monetárias, bem como por fatores internos relacionados à empresa emissora da ação adjacente, como problemas de gestão.

Por mais que o mercado de BDRs ainda seja majoritariamente dominado por companhias estadunidenses, é possível encontrar uma boa variedade de certificados de ações de gigantes europeias negociados na B3, como a AstraZeneca, Deutsche Bank, Credit Suisse, Heineken, London Stock Exchange Group, Tesco e Shell

Fundos de Investimento Internacional

Para quem não está familiarizado, os fundos de investimento funcionam como aplicações coletivas, onde os recursos de diferentes investidores — pessoas físicas e jurídicas — são reunidos em único montante e aplicados, de maneira conjunta, por um profissional (o gestor) ou por uma instituição financeira. Ao fim, os retornos obtidos são distribuídos de forma proporcional ao valor aportado por cada um — ou seja, de acordo com o número de cotas adquiridas.

Nos fundos de investimento, a administração do patrimônio, a seleção dos produtos e as aplicações de estratégias são tarefas delegadas ao gestor, tornando esses produtos uma forma fácil e acessível de diversificar a carteira, especialmente para aqueles que ainda não estão acostumados com o mercado e seus diferentes produtos.

Quando falamos em investir no exterior, essa vantagem se destaca ainda mais, já que a tarefa de acompanhar ativos vinculados aos mercados internacionais é ainda mais complexa do que compreender o mercado doméstico — que além da facilidade linguística e acesso facilitado a informações, também é consideravelmente menor.

Outra vantagem dos fundos de investimento internacional é a abrangência desse mercado, que oferece opções de aplicação adequadas para diferentes estratégias. Suas carteiras podem se concentrar, por exemplo, em ações, apenas em ativos de renda fixa, como títulos governamentais ou privados de outros países, ou mesmo em uma mescla de diferentes classes de ativos.

Importante citar que esse tipo de investimento está cada vez mais acessível e abrangente para todos os investidores brasileiros. Exemplo ainda fresco disso é a Resolução 175 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que, desde outubro de 2023, permite o acesso de investidores pessoas físicas a fundos que aplicam 100% do patrimônio em títulos estrangeiros.

Como em qualquer fundo de investimento, os riscos desse tipo de aplicação são associados ao desempenho dos ativos que compõem o portfólio.

Fundos cambiais

Com funcionamento semelhante ao dos Fundos de Investimento Internacional, a particularidade dos Fundos Cambiais está na composição de suas carteiras que, como você já deve ter deduzido, é formada essencialmente por ativos ligados a moedas estrangeiras. Para sermos mais exatos, para que seja considerado como um fundo cambial, ao menos 80% do portfólio deve ser destinado a esse tipo de ativo.

Em fundos cambiais, os aportes são realizados em reais, tendo como base a taxa de câmbio da moeda estrangeira como indexador. A estratégia é, portanto, acompanhar a flutuação cambial, lucrando com as valorizações do euro.

Obviamente, o risco cambial é maior neste tipo fundo, impactando diretamente nos retornos distribuídos entre os cotistas. Sempre que o real valoriza, o fundo perde valor.

ETFs

Uma das formas mais práticas de investir em euro desde o Brasil, os ETFs — sigla para o termo original em inglês “Exchange Traded Fund” — permitem que o investidor acesse uma cesta de ativos estrangeiros por meio de uma única aplicação. 

Também conhecidos como “Fundos de Índice” no mercado brasileiro, os ETFs são fundos de investimento criados para espelhar a performance de algum indicador do mercado financeiro em específico, incluindo carteiras teóricas de indicadores nacionais, internacionais, de renda fixa e variável. 

Exemplos de ETFs europeus incluem: o BIEV39, que acompanha o S&P Europe 350, índice composto pelas 350 maiores empresas da Europa; e o EURP11, que segue o MSCI Europe, indicador que mensura o desempenho de empresas de média e alta capitalização do continente europeu.

Devido à sua praticidade e à diversificação automática que proporcionam aos seus ativos, os ETFs são uma excelente opção para investidores que desejam evitar o esforço de analisar, escolher e acompanhar ações específicas. Além disso, dado que seguem uma estratégia passiva de gestão, na qual há menos intervenção por parte do gestor, as taxas dessas aplicações são, geralmente, mais baixas do que as de outros fundos de investimento.

Por outro lado, quem investe nestes produtos se expõem às flutuações naturais do indicador acompanhado pelo fundo. Assim, se o que você busca é rendimento em euro, precisa ter em mente que seus retornos não dependerão apenas das variações cambiais.

Mercado futuro

Regulados pela B3 e negociados com exclusividade na bolsa de valores, os contratos futuros funcionam como um acordo de compra e venda entre duas partes, que se comprometem a negociar um ativo em uma data adiante por um valor previamente acertado. 

Para que sejam listados, esses contratos precisam ser padronizados, garantindo que sejam idênticos em valor, tamanho de lote e data de maturidade. Falando unicamente do mercado futuro de euro, há duas categorias de títulos operados na B3:

  • Euro cheio (EUR): o contrato cheio do euro custa €50.000,00 e possui lote mínimo de 5 contratos;
  • Mini Euro (WEU): o Mini Euro corresponde a 20% do valor do contrato cheio. Isto é, o contrato é igual a €10.000,00 e o lote é unitário.

Criado e popularizado como uma estratégia para garantir os ganhos das safras agrícolas, os contratos futuros se expandiram para outros segmentos, incluindo as moedas, servindo a um papel dualista e antagônico: pode ser utilizado tanto como ferramenta de hedge, quanto de especulação financeira.

A primeira estratégia é comumente utilizada por empresas importadoras ou exportadoras que possuam dívidas em euro e que, diante da previsão de desvalorização do real, busquem garantir a cotação momentânea da moeda estrangeira.

Por outro lado, valendo-se do mesmo cenário do exemplo anterior, esse tipo de contrato também pode ser usado por investidores que em vez de tentar garantir o preço atual do contrato, podem comprá-lo com a expectativa de resgatá-lo em uma data futura, onde acreditam que o euro estará em alta.

Vale citar que o mercado cambial é considerado altamente volátil. Antecipar tendências e fazer previsões com moedas é tarefa complexa e incerta. Por isso, esse tipo de aplicação só costuma ser indicada para investidores com perfil mais arrojado, que não se preocupam em assumir grandes riscos.

Bonds

Os bonds são uma das opções menos arriscadas de investir em euro, sendo ideais, principalmente, para quem ainda não tem segurança o suficiente para investir em produtos muito voláteis no exterior.

Isso porque, esse termo, que pode ser traduzido como “obrigação”, é a maneira como são denominados os títulos de Renda Fixa no exterior, incluindo tanto os papéis emitidos por empresas (corporate bonds), quanto aqueles emitidos pelos Governos (treasury bonds).

Quem já investe em produtos no mercado doméstico pode fazer um paralelo entre os bonds e os títulos de renda fixa brasileiros: as debêntures emitidas por empresas privadas e os títulos do Tesouro emitidos pelo Governo.

Na prática, investir em bonds significa “emprestar” dinheiro ao emissor, recebendo uma taxa de juros como remuneração pelo tempo em que os recursos ficaram indisponíveis. Sendo uma aplicação de rentabilidade fixa, o investidor já tem conhecimento antecipado do montante a receber por seu “empréstimo” ou, pelo menos, das regras de rentabilidade, permitindo uma previsão mais precisa do retorno.

Além do risco cambial, investir em bonds também implica exposição aos riscos comuns à renda fixa, como o risco de crédito. Em linhas gerais, os bonds costumam ser menos arriscados que ativos semelhantes negociados no mercado doméstico, uma vez que têm origem em países com economias mais estáveis. Na dúvida, os títulos públicos são sempre a opção mais segura, pois é improvável que um governo europeu deixe de cumprir suas obrigações.

Abertura de conta em uma corretora europeia

Por fim, para aqueles que não abrem mão da autonomia ao montar a carteira de investimentos, há a opção de abrir uma conta em uma corretora europeia para ter acesso direto às bolsas de valores de diferentes países desenvolvidos.

Um benefício significativo dessa escolha é a ampliação das opções de investimento na Europa, comparadas às disponíveis na B3 ou oferecidas por corretoras brasileiras por meio de contas internacionais.

Entretanto, é importante notar que essa via nem sempre é o caminho mais direto ou descomplicado para investir no exterior. A abertura de uma conta no exterior para estrangeiros pode ser um processo burocrático e algumas instituições podem não aceitar brasileiros. Contudo, essa não é a maior desvantagem de acessar esses mercados diretamente.

O principal ponto a considerar é justamente o quanto isso pode pesar no seu bolso, já que essas aplicações incluem gastos adicionais como a cobrança de IOF (imposto sobre operações financeiras) e a possibilidade de tributação no mercado local.

Quem opta por abrir uma conta internacional em uma corretora brasileira que ofereça esse tipo de serviço, deve considerar que as remessas ao exterior serão feitas em euro, o que pode reduzir o valor disponível para aplicação, por causa das taxas de conversão. 

Adicionalmente, essas instituições geralmente exigem a comprovação de um patrimônio mínimo dos investidores, e é preciso considerar os investimentos mínimos necessários. Por exemplo, os aportes em treasury bonds costumam girar em torno de US$5 mil (dólares).

Vale a pena investir em euro?

No mercado financeiro, esse tipo de pergunta pode ter respostas variadas — afinal, nunca é demais lembrar que a decisão final é unicamente do investidor, já que deve considerar aspectos individuais, como objetivos, expectativas, condições financeiras, nível de tolerância ao risco e tamanho da reserva de emergência.

Mesmo assim, em muitos casos, o investimento em euro vale a pena. Por ser uma moeda forte e utilizada em países que, por si só, já representam economias relativamente mais estáveis e sólidas, aplicações do tipo podem fortalecer um portfólio, deixando-o mais diverso e rentável. Não menos importante, você terá a chance de aplicar em títulos que não existem no Brasil, valendo-se do crescimento de algumas das maiores empresas do mundo.

Caso você esteja preocupado com as flutuações do euro, saiba que elas serão frequentes, para o bem ou para o mal. Logo, para otimizar a sua estratégia, uma sugestão é que distribua o seu patrimônio geograficamente, não se limitando aos ativos de um país europeu só. Consequentemente, enquanto uma nação passa por um momento conturbado, por exemplo, outra tem chances de estar em plena ascensão, ou apenas vivendo um período de maior estabilidade.

Além disso, aplicar em outras moedas simultaneamente — como o dólar — é outra maneira de equilibrar os riscos assumidos com as operações internacionais. Por fim, tenha em mente que, quaisquer que sejam as suas estratégias, o mais importante é que você disponha de um bom planejamento financeiro, considerando a construção de uma reserva de emergência, a diversificação do portfólio e a distribuição de patrimônio entre ativos de diferentes classes, localizações e empresas. 

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Mal pode esperar para colocar todo o seu conhecimento em prática e começar a investir em euro? Antes de ir, preste atenção nesta última dica que temos para dar e que vai ajudar você a montar um portfólio de sucesso, com ativos até mesmo de empresas do velho continente.

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Perguntas frequentes sobre investir em euro

É bom guardar euro?

Embora comprar e guardar euro esperando sua valorização possa, à primeira vista, parecer uma boa ideia, isso só costuma ser indicado para quem está planejando uma viagem a turismo para um país europeu. Além de riscos banais como o de perda ou roubo, a compra do dinheiro em espécie também inclui taxas maiores, já que é feita com base no câmbio turismo, mais caro que o dólar comercial considerado nas cotações de mercado. Logo, se você não está preparando suas malas para conhecer o Velho Continente, talvez seja melhor considerar outras formas de investir na moeda europeia.

Quanto rende renda fixa na Europa?

Não há uma resposta definitiva para essa pergunta. Afinal, assim como para títulos de renda fixa negociados por aqui, o rendimento dos ativos de rentabilidade fixa negociados na Europa, dependem de uma série de fatores, incluindo a categoria do ativo, regras de rentabilidade e condições de mercado. De modo geral, vale citar que as taxas de juros europeias são historicamente menores do que as do Brasil. A título de comparação, mesmo com a sequência de quedas, a taxa básica de juros brasileira fechou 2023 em 11,75%, enquanto França e Alemanha fecharam em 4,50%, e o Reino Unido em 5,25%. Na prática, isso significa que os retornos dos títulos de renda fixa brasileiros são maiores. Esse não é, contudo, motivo para não aplicar em bonds, já que além de mais seguros, esses papéis também garantem a diversificação geográfica e uma fonte de renda passiva em euro.

É melhor investir em euro ou em dólar?

Essa é outra pergunta sem resposta certa, afinal, tratam-se das duas moedas mais fortes mundialmente. Na prática, o euro tem apresentado uma cotação superior ao dólar com maior regularidade (no momento em que escrevo este texto, em janeiro de 2024, €1 equivale a US$1,09). Por outro lado, além do dólar ser considerado a moeda referência mundial, o mercado financeiro dos EUA é o maior do mundo. Outro ponto favorável em favor da moeda norte-americana é que as taxas de juros dos Estados Unidos, que passam por uma alta histórica, estão acima da média apresentada pelas principais economias da Europa. Na dúvida, se você nunca investiu no exterior, uma boa ideia pode ser começar pelo dólar e então, posteriormente, avançar para o euro — ou fazer as duas coisas simultaneamente, colocando os EUA em primeiro plano. Como o mercado cambial é dos mais voláteis que existe, obviamente, vale dar uma olhada na cotação antes de se decidir entre um investimento ou outro. Atente também para as taxas de conversão que podem variar a depender do país.

Qual a melhor moeda estrangeira para investir?

Seja pelo tamanho do mercado, pela aceitação ou pela solidez, a dupla euro e dólar sai na frente. São, afinal de contas, as duas moedas mais fortes do mundo. Quem já tem alguma experiência com investimentos no estrangeiro, contudo, deve sim considerar ampliar as fronteiras e diversificar o portfólio com investimentos em outros países de economia estável. Alguns exemplos de moedas consideradas seguras incluem: libra esterlina (GBP), franco suíço (CHF), Iene Japonês (JPY), coroa norueguesa (NOK) e o dólar australiano (AUD).

TedDuarte
TedDuarte
Economista formado e conteudista da Finclass.
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