InícioInvestimentosRenda FixaRenda fixa ou variável: qual tem mais lucro e rentabilidade?

Renda fixa ou variável: qual tem mais lucro e rentabilidade?

Quando falamos de investimentos, duas classificações dos ativos logo vêm à cabeça: renda fixa ou variável.

Esses dois conceitos agregam todo o mercado financeiro e ajudam a classificar os investimentos.  

Depois de se aprofundar na parte conceitual, no entanto, muitos investidores costumam chegar à mesma dúvida: renda fixa ou variável, qual a melhor? Qual eu escolho para potencializar os meus lucros?  

Nós temos a resposta, que costuma ser praticamente um consenso entre muitos especialistas de investimentos. De qualquer maneira, é importante apresentar antes o que são essas duas classificações e quais as diferenças entre elas. 

Portanto, caso queira se aprofundar mais no tema e aprender com detalhes sobre renda fixa e variável, siga com a gente no artigo e fique por dentro de tudo sobre o assunto.  

renda fixa ou variável
Escolher entre renda fixa ou variável é uma das principais dúvidas dos investidores (Foto: Pixabay) 

O que é Renda Fixa? 

Como definição, a renda fixa agrega os tipos de investimentos dos quais você já sabe qual é a forma de remuneração de forma antecipada, ou seja, sabe quais são as regras de rendimento antes de investir. 

Portanto, se você for investir em algum ativo e, antes de realizar a operação, o emissor já te fornece qual será a taxa acordada no vencimento do investimento, você está investindo em um produto de renda fixa. 

Além disso, ao investir em renda fixa, você na verdade está emprestando o seu dinheiro para alguma instituição, que vai fazer uso dele no momento presente e te devolver o valor no futuro com prazo definido e acréscimo de juros.  

Cada tipo de instituição vai emitir um tipo de título diferente. Abaixo você vai conhecer com mais detalhes cada uma delas.  

Quais são os tipos de renda fixa? 

Dentro da renda fixa, existem dois tipos principais de emissão de investimentos, que são feitos por três tipos de instituições diferentes. Conheça com mais detalhes essas diferenças. 

Títulos públicos 

O primeiro tipo de emissão e emissor são os títulos públicos emitidos pelo Governo. Nessa categoria, o próprio Tesouro Nacional busca captar recursos para financiar as contas do país.  

Com isso, emite esses títulos públicos que podem ser comprados por investidores em troca de uma taxa de remuneração. 

Portanto, ao comprar um título público você está emprestando dinheiro para o Governo em troca da devolução do valor corrigido por juros no vencimento do investimento. 

Alguns exemplos de título público são o Tesouro Selic, o Tesouro Prefixado e o Tesouro IPCA+

Crédito privado 

Já o segundo tipo de emissão são as de crédito privado. Nesse caso aqui, em vez de emprestar dinheiro para o Governo, você está emprestando para empresas de diversos segmentos da economia.  

No crédito privado, no entanto, ainda existem dois tipos de classificação de emissores diferentes, que você verá a seguir.  

Instituições financeiras 

O primeiro tipo de emissor no crédito privado são as instituições financeiras. Nesse caso aqui, você está emprestando o dinheiro para empresas como bancos, securitizadoras, cooperativas de crédito, entre outros.  

Para esses tipos de instituições, existem uma infinidade de tipos de investimentos que você já deve ter ouvido falar, como os CDBs, LCIs, LCAs, CRIs, CRAs, letras de crédito, entre outros.  

Instituições não financeiras 

O terceiro e último tipo de emissor de investimentos de renda fixa são as instituições não financeiras. Como o nome já sugere, aqui estão todas as empresas de outros setores: construtoras, mineradoras, varejistas, elétricas e muitas outras que você pode imaginar. 

No caso desse tipo de empresa, o formato para conseguir crédito é diferente. Elas precisam emitir um tipo de título chamado debênture. Dessa forma, elas conseguem captar dinheiro para financiar as suas atividades e oferece aos credores — no caso você investidor — uma taxa de rentabilidade por esse dinheiro.   

Quais os formatos de rentabilidade na Renda Fixa? 

Já quando falamos em rentabilidade, a Renda Fixa possui três principais formatos. Conheça mais sobre eles abaixo.  

Rendimento Renda Fixa
Os cálculos de rendimento dentro da Renda Fixa são diferentes (Foto: Pixabay) 

Renda fixa prefixada 

Os investimentos prefixados em renda fixa são aqueles nos quais você já sabe exatamente qual será a remuneração no vencimento do título.  

Exemplos: 12% ao ano, 13% ao ano, 15% ao ano. 

Portanto, quando você investe não há mistério quanto à rentabilidade. Ao adquirir o investimento e mantê-lo até o final, você receberá exatamente a taxa de retorno especificada no contrato.  

Renda fixa pós-fixada 

Já na renda fixa pós-fixada, você não sabe exatamente quanto o seu dinheiro vai render no vencimento do título. 

Isso acontece porque esse tipo de investimento é indexado a algum índice da economia que varia ao longo do tempo. 

Por exemplo: CDI, taxa Selic, IPCA, IGP-M etc. 

Apenas para ficar mais claro, vamos pegar como exemplo a taxa Selic. Esse indicador é a taxa básica de juros da economia brasileira e varia de acordo com o momento econômico do país.  

Em 2021, por exemplo, a taxa Selic estava em 2% ao ano. Já em 2022, ela subiu até 13,25% e pode aumentar ainda mais.  

Portanto, se você tem um investimento que tem a Selic como indexador — como é o caso, por exemplo, do Tesouro Selic — a sua rentabilidade vai variar junto com ele. Se ela estiver em 2% ao ano, ele renderá 2%. Se estiver 13,25%, também seguirá essa taxa.  

Dessa forma, então, a rentabilidade do seu investimento fica sujeita à oscilação do indicador que serve como parâmetro para ele. Esses são os títulos pós-fixados.  

Renda fixa híbrida 

Já a Renda Fixa híbrida é aquela que junta ambos os tipos de rentabilidade em um só investimento: a prefixada e a pós-fixada. 

Para exemplificar, vamos usar o título público Tesouro IPCA+. Esse investimento rende uma taxa prefixada somada à inflação medida pelo índice IPCA. 

Portanto, nesse caso o índice IPCA é a parte pós-fixada do investimento, já que ele varia a cada mês. Enquanto isso, a taxa somada ao título é a parte prefixada, já que ela é especificada com exatidão no momento do investimento.  

Veja um exemplo abaixo: 

Tesouro IPCA
Nesse exemplo, o IPCA é o indexador pós-fixado, somado de uma taxa prefixada de 6,01% ao ano. 

Quais são as vantagens e desvantagens da Renda Fixa? 

A Renda Fixa é bastante complexa. Portanto, cada investimento terá vantagens e desvantagens diferentes. De qualquer forma, podemos destacar algumas características comuns a todos eles. Confira abaixo.  

Principais vantagens da renda fixa 

  • Menor risco: é claro que isso não é uma regra, já que existem investimentos mais arriscados nessa classe. No entanto, de modo geral, a renda fixa costuma reunir um menor risco, principalmente em comparação à renda variável. 

Portanto, a renda fixa pode ser uma boa opção para investidores iniciantes ou conservadores, que têm como característica evitar um grande risco em sua carteira de investimentos.   

  • Previsibilidade do retorno: outra característica geral é que na renda fixa é possível ter uma previsibilidade do retorno, já que você já conhece o formato de remuneração antes de investir. Dessa maneira, dá uma maior confiança ao investidor quanto ao rumo dos seus investimentos.  
  • Facilidade de contratação: um último ponto de vantagem da renda fixa é que geralmente é muito fácil aplicar dinheiro nesse tipo de investimento. Basta contratar na conta do seu banco ou corretora e rapidamente começar a investir. 

Já na renda variável há uma maior complexidade em todos os pontos de investimento: análise, compreensão do investimento, compra na prática, venda e até mesmo na parte tributária. Portanto, a renda fixa é uma opção menos complexa para se investir, principalmente quando se é iniciante.  

Maiores desvantagens da renda fixa 

  • Menores ganhos: por ser mais segura de modo geral, naturalmente a renda fixa perde na outra ponta, que é a rentabilidade. Até é possível encontrar grandes retornos, mas de modo geral é a renda variável que vai te dar ganhos muito expressivos e exponenciais.  
  • Taxas: não é exatamente uma regra geral, mas alguns investimentos de renda fixa costumam apresentar taxas que corroem a sua rentabilidade, que já costuma ser menor de modo geral. Portanto, é preciso estar atento a isso, principalmente nos casos dos fundos e investimentos de bancos grandes. 
  • Aporte inicial alto: outra característica que não é geral, mas que é comum, é o fato de alguns tipos de investimento de renda fixa exigirem um aporte inicial alto. Dessa forma, o investidor minoritário ainda precisa ficar de fora de alguns tipos de ativos.  

O que é renda variável? 

A renda variável, como o nome já indica, é a classe de investimentos em que o investidor não tem ideia de qual será a rentabilidade ao longo do tempo, ou seja, ela varia até um período de tempo infinito ou até a extinção de determinado ativo. 

Além disso, diferentemente da renda fixa, onde é possível ter previsibilidade do retorno e do período do investimento, na renda variável não há prazo para vencimento dos ativos.  

Portanto, o prazo do investimento é infinito, a não ser que você venda o ativo ou ele vá à falência em algum momento.  

O mesmo acontece com a rentabilidade, que pode ir de zero ao infinito sem um prazo lógico especificado.  

Quais são os tipos de Renda Variável? 

Dentro da Renda Variável, existem uma infinidade de ativos e operações diferentes. Vamos destacar algumas das principais abaixo. 

Volatilidade na renda variável
Os ativos de renda variável costumam apresentar mais volatilidade (Foto: Pixabay) 

Ações 

As ações, de forma resumida, são partes de participação de uma empresa. Com o objetivo de captar recursos financeiros, essas companhias vão ao mercado negociar parte da participação do negócio. O intuito é encontrar investidores que estão interessados a comprar para se tornarem sócios.  

Feita a negociação, a instituição recebe o dinheiro da venda dessa participação para utilizar como bem entender. De maneira geral, esse dinheiro é usado para a empresa expandir os seus negócios e crescer mais. 

Já no lado do investidor, ele detém essa pequena parte da empresa, que leva o nome de ação. Com isso, conforme a companhia vai ganhando valor, a parte dele também se valoriza. Dessa forma, ambos os lados podem sair ganhando com essa operação.  

Há, no entanto, a possibilidade de negociar ações não só diretamente com a empresa, mas também com outros investidores no que chamamos de mercado secundário.  

O mercado de ações, porém, é muito mais complexo que essa breve explicação. Por isso, confira o artigo completo que fizemos sobre o tema para entender melhor. 

Fundos 

Já os fundos são ativos de renda variável com uma dinâmica um pouco diferente. Diferentemente das ações, em que o investidor compra a participação na empresa diretamente, no fundo há toda uma equipe por trás intermediando a carteira de ativos. 

Portanto, um fundo geralmente é emitido por uma grande gestora de investimentos, que vai ao mercado emitir cotas para investidores que têm interesse em fazer parte dessa emissão, como se fosse uma espécie de “clube”.  

Depois de vender as cotas, a gestora coleta todo o dinheiro e usa para comprar ativos para o fundo. Essa compra é feita por um gestor, que conta com uma equipe de profissionais extremamente qualificados para fazer essa seleção.  

Feito isso, a carteira do fundo está formada e todos aqueles investidores que compraram as cotas vão ter os seus resultados de acordo com o desempenho desses ativos. Se eles se valorizarem, as cotas se valorizam. Caso contrário, elas desvalorizam. 

A grande diferença é que nos fundos os seus resultados vão estar atrelados ao desempenho do gestor e, nas ações, a escolha dos ativos é exclusivamente sua.  

No entanto, nos ganhos a relação é a mesma. Enquanto nos fundos você paga taxas para todo o processo de gestão, nas ações os ganhos são exclusivamente seus.  

Dentro do universo de fundos existe uma infinidade de opções de gestoras e tipos de fundos. 

Você encontra fundos de ações, fundos de renda fixa, fundos multimercado, fundos imobiliários e muitas outras opções.  

ETFs 

Os Exchange Traded Funds, ou ETFs, são os chamados fundos de índice. Eles são ativos que costumam replicar o desempenho de algum índice de mercado ou uma cesta de ativos.  

Portanto, ao comprar um ETF, você terá o retorno de forma passiva, ou seja, a valorização ou desvalorização do ativo se dará de acordo com o desempenho desse índice ou cesta.  

Para esclarecer, vamos trazer como exemplo o ETF BOVA11. Esse ativo replica o índice Bovespa, que conta com cerca de 90 das principais empresas negociadas dentro da bolsa de valores brasileira

Portanto, ao investir em BOVA11, o seu resultado seguirá esse índice de cerca de 90 empresas.

Criptoativos 

Mais recentemente, foram criados no mercado o que conhecemos como criptoativos.  

Esses tipos de ativos têm como principal característica o fato de serem descentralizados, ou seja, não precisarem de nenhuma instituição intermediando as operações, que podem ser feitas diretamente entre os investidores.  

Entre os ativos mais conhecidos estão as criptomoedas, como é o caso do bitcoin e das altcoins, os NFTs, contratos inteligentes, entre outras muitas opções de operações que vieram para modificar a forma como vemos os investimentos e as finanças.  

Criptomoedas
As criptomoedas são ativos de renda variável (Foto: Pixabay) 

Quais são as vantagens e desvantagens da Renda Variável 

Investir em renda variável também reúne uma série de vantagens e desvantagens. Conheça algumas das principais. 

Principais vantagens da renda variável 

  • Possibilidade de maiores retornos: na renda variável, a possibilidade de ganhos é infinita. Afinal, as cotas dos ativos podem se valorizar por diversas vezes. Portanto, é possível ganhar muito dinheiro apenas com uma escolha certa, enquanto na renda fixa isso é algo inviável.  
  • Remuneração múltipla: outra vantagem é que na renda variável você pode ser remunerado de diversas maneiras. Nas ações, por exemplo, além de poder ganhar dinheiro vendendo os seus ativos, você ainda ganha uma remuneração periódica por meio de dividendos e juros sobre capital próprio.  

Portanto, as possibilidades de retornos ao investir em renda variável não se limita a apenas uma alternativa. 

  • Liquidez: outro ponto positivo é a liquidez, já que você consegue vender grande parte dos ativos de renda variável com facilidade caso precise, principalmente aqueles que são negociados em bolsa de valores. 

Maiores desvantagens da renda variável 

  • Risco: junto à grande possibilidade de retorno, vem também uma maior chance de riscos. Portanto, ao mesmo tempo que se pode ganhar muito na renda variável, há também a chance de perder todo o seu dinheiro.  
  • Exige muito conhecimento: analisar um ativo de renda variável costuma ser muito mais complexo que um de renda fixa. Portanto, você provavelmente terá um maior trabalho na seleção de opções ao investir. 
  • Volatilidade: outro problema, principalmente para os investidores mais conservadores, é a oscilação dos preços dos ativos. Até mesmo boas opções de investimentos podem ter grandes quedas em alguns períodos. Portanto, quem não está acostumado com volatilidade pode sofrer na renda variável.  

Diferença entre Renda Fixa e Renda Variável 

Agora você já deve saber que a principal diferença entre a renda fixa e a variável é o fato de conhecer ou não a rentabilidade acordada no momento do investimento. 

Existem, porém, algumas diferenças específicas entre as duas opções. Saiba mais a seguir. 

Rentabilidade e riscos 

Quanto à rentabilidade, de modo geral, a renda variável costuma ter opções mais atrativas. Isso, no entanto, é compreensível, já que essa classe de ativos costuma ser mais arriscada. 

A regra, porém, não está nas duas classes de ativos, e sim na relação risco-retorno. 

Portanto, quanto maior a possibilidade de retorno em um investimento, maior o risco a se correr por aquela rentabilidade. Isso acontece independentemente de se tratar de um ativo de renda fixa ou variável. 

Sendo assim, um ativo de renda fixa pode ter um maior retorno do que um de variável, caso o risco a se correr por ele seja também maior. 

Se há um desequilíbrio nessa relação, provavelmente alguns dos ativos pode não ser uma boa opção para se investir.    

Volatilidade 

Quanto à volatilidade, a renda variável costuma contar com uma maior oscilação dos preços em comparação com a renda fixa.  

Se engana, porém, quem acredita que os ativos de renda fixa não possuem variação de preço.  

Eles não só variam, como existem algumas opções que possuem grande oscilação de preço.  

Um dos exemplos são os próprios títulos do Tesouro Direto, mais especificamente as opções de Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+, que oscilam os preços em virtude de uma operação denominada marcação a mercado. 

Para saber um pouco mais como essa relação funciona, confira nosso artigo completo sobre o Tesouro Direto

Vale reforçar, porém, que se você mantiver o seu investimento até o vencimento na renda fixa, essa volatilidade não interfere e você terá o seu retorno exato no momento do resgate.  

Liquidez 

A liquidez é outro fator que não depende exclusivamente do ativo ser de renda fixa ou variável.  

Afinal, existem ativos de renda fixa com baixa liquidez e também opções de renda variável que possuem as mesmas características.  

De modo geral, os ativos de renda variável possuem maior liquidez. De qualquer maneira, é sempre importante você checar antes de investir em qualquer ativo. 

Assim, você poderá saber se conseguirá vender esses ativos com antecedência caso precise ou não.  

Exemplos de investimentos em Renda Fixa 

Agora que você já sabe as principais diferenças entre renda fixa e variável, vamos te apresentar algumas das muitas opções de investimentos de ambas as classes para você começar a se familiarizar.  

Confira com detalhes a seguir as opções de renda fixa.

Títulos públicos 

Como já antecipamos no texto, os títulos públicos são opções de investimento em renda fixa na qual você empresta dinheiro para o Governo.  

Eles são emitidos pelo Tesouro Nacional e podem ser comprados por meio do site do Tesouro Direto.  

Existem 5 tipos de títulos principais sendo negociados: Tesouro Selic, Tesouro Prefixado, Tesouro IPCA+, Tesouro Prefixado com juros semestrais e Tesouro IPCA+ com juros semestrais. 

Cada um possui características únicas que você pode ver com mais detalhes aqui.  

Dentro dessas categorias, existem diferentes títulos que são negociados com prazos e taxas de retorno diferentes. 

Títulos do Tesouro Direto
Títulos do Tesouro Direto. 

CDB 

Já os CDBs são títulos emitidos por bancos, ou seja, ele está dentro da categoria de crédito privado de instituições financeiras. 

O CDB é um dos tipos de investimentos mais simples de se entender dentro da renda fixa. 

Geralmente eles possuem prazos que variam desde a liquidez diária até 5 anos de vencimento.  

Sua taxa de retorno costuma ser pós-fixada, geralmente indexada ao CDI (100% do CDI; 110% do CDI etc.). 

Caso queira se aprofundar neste investimento, confira dois artigos do Blog que falam sobre o tema e saiba mais sobre o que são os CDBs e a sua rentabilidade

LCI/LCA 

Outro tipo de investimento em renda fixa que é bastante encontrado nas corretoras são as LCIs e LCAs. 

As Letras de Crédito Imobiliário e Letras de Crédito do Agronegócio são títulos emitidos para financiar especificamente esses dois setores da economia. 

A grande vantagem deles é que eles são isentos de imposto de renda, como uma forma de o Governo incentivar esses dois setores fundamentais para a economia brasileira.  

Eles costumam ter prazos de vencimento que variam de 90 dias a 2 anos e também tem como característica a rentabilidade pós fixada (apesar de existirem opções prefixadas). 

Poupança 

A poupança é um dos investimentos de renda fixa mais conhecidos do mercado e que mais possui captação financeira no Brasil. 

Com a evolução da educação financeira, porém, ele vem sendo um investimento cada vez menos utilizado. Afinal, a poupança é considerada por todos os especialistas, por unanimidade, como um investimento ruim. 

Isso porque, em qualquer situação de mercado, a poupança rende menos do que um título público, como o Tesouro Selic, que é considerado o investimento mais seguro do país. 

Portanto, a poupança é uma opção de investimento com rentabilidade muito baixa e que não compensa a relação risco retorno.   

Debêntures  

Por último, vale citar uma opção de crédito privado de empresas não financeiras, que são as famosas debêntures. 

Nessa opção de investimentos, empresas de diversos setores emitem títulos para captar dinheiro para financiar as suas atividades. 

Portanto, basicamente pede dinheiro emprestado no momento para devolver para o investidor no futuro com o acréscimo de juros. 

As debêntures, porém, são uma classe de ativo muito complexa. Afinal, cada emissão tem características próprias e únicas. Dessa maneira, o investidor que decidir comprar esse título de empresa deve avaliar com bastante cautela o documento da emissão para saber se vale a pena ou não.  

Caso não haja uma boa análise, esse investidor corre alguns riscos, que podem ir desde a inadimplência até a perda total do patrimônio investido.  

Exemplos de investimento em renda variável 

Agora chegou a hora de apresentar com mais detalhes opções de investimento em renda variável. Confira: 

Ações 

As ações, como já adiantamos acima, são uma parte de participação em determinada empresa. 

Para adquiri-las, você deve abrir uma conta em uma corretora e realizar uma operação de compra por meio da bolsa de valores. 

A partir do momento que você efetiva a compra de uma ação que seja, você garante participação naquela empresa, podendo se beneficiar do crescimento de valor dela, lucros e outros benefícios proporcionalmente à sua parte. 

Para aprender com mais detalhes como investir em ações, confira o artigo completo que fizemos sobre esse tema.

Fundos imobiliários 

Acima no artigo, falamos também sobre os fundos de modo geral. Existe, porém, uma opção específica que tem caído nas graças dos investidores brasileiros recentemente, com milhões de pessoas físicas investindo: os fundos imobiliários. 

Nesta classe de ativos, o investidor compra cotas de um fundo que investe especificamente em empreendimentos imobiliários de grande porte.  

Além de ganhar com a possível valorização da cota, o investidor ainda recebe rendimentos mensais, como se fosse o pagamento de parte dos aluguéis dos imóveis presentes dentro do portfólio do fundo. 

Por garantir esse fluxo de renda recorrente, os FIIs se tornaram um dos queridinhos da renda variável. 

Assim como as ações, os fundos imobiliários também são negociados em bolsa. Para saber mais sobre eles, confira o artigo completo sobre FIIs.  

ETFs 

Os ETFs, como também explicamos mais acima, são os chamados fundos de índice. 

Eles são negociados em bolsa de valores e costumam replicar algum grande índice do mercado financeiro. 

Existem ETFs que replicam milhares de índices: bolsa brasileira (BOVA11), bolsa norte-americana (IVVB11), índice de fundos imobiliários (XFIX11) e assim por diante. 

A grande vantagem dos ETFs é que é possível diversificar o seu patrimônio com pouco dinheiro. Afinal, ao comprar somente uma cota, você basicamente está diversificando entre dezenas ou até centenas de ativos dentro de um só.  

É uma boa opção para investidores iniciantes que têm medo do risco da bolsa de valores. 

BDRs 

Os Brazilian Depositary Receipts (BDRs) são títulos lastreados em ações de alguma empresa global e que são vendidos na bolsa de valores brasileira.  

BDR Apple
Por meio de BDRs, você pode investir em empresas como a Apple (Foto: Pixabay) 

Para explicar em palavras mais simples, são ativos que replicam o desempenho de ações de países do exterior.   

Portanto, você pode comprar BDRs lastreados em ações de empresas como a Apple, Google, Meta, Tesla, entre outras grandes companhias globais. 

A grande vantagem dele é poder investir em empresas globais de forma facilitada, sem precisar tirar o dinheiro do Brasil. 

Criptomoedas 

Dentro dos criptoativos, as criptomoedas são as opções que são mais parecidas com investimentos em bolsa de valores. 

Afinal, elas também possuem oscilação nas cotas e variação de preço conforme o comportamento do mercado.  

Existem diversas criptomoedas atualmente no mercado, mas as mais usuais são o bitcoin e o ether, que faz parte da rede Ethereum. 

Ambas são moedas descentralizadas, ou seja, que não precisam da intermediação de nenhuma instituição financeira para serem comercializadas. Apenas a rede por si própria é suficiente para fazer essa transação.  

Atualmente, é uma opção bastante procurada por investidores principalmente pela grande possibilidade de ganhos e pela crença de que elas serão parte extremamente presente de nossa sociedade em um futuro próximo.  

Renda fixa ou variável: como escolher 

Agora chegou o grande momento. Afinal, renda fixa ou variável: qual é a melhor? Como escolher entre uma e outra? 

A resposta certa, porém, é que não existe uma escolha. Ambas são boas e importantes dentro de uma carteira de investimentos diversificada. 

O que pode mudar é apenas o tamanho da exposição a cada uma das duas classes e os ativos a serem escolhidos especificamente.  

Abaixo vamos falar um pouco mais sobre o processo de escolha.  

Perfil de investidor 

Um dos fatores que vai determinar o tamanho da sua exposição em renda fixa ou variável é o seu perfil de investidor. 

Afinal, se você possui um perfil mais conservador, provavelmente a sua carteira será majoritariamente de renda fixa. Em contrapartida, caso você seja mais arrojado, é recomendável uma exposição maior à renda variável. 

Portanto, faça o teste de perfil de investidor para ter um maior autoconhecimento de suas características nos investimentos e, a partir daí, defina a sua alocação. 

O teste de perfil de investidor está disponível facilmente ao abrir uma conta em uma corretora.  

Prazos e objetivos 

Outro fator determinante para definir a sua alocação está nos prazos e objetivos pessoais com os investimentos. 

Portanto, para os seus objetivos de curto prazo, a estratégia de investimentos deve ser uma, com ativos mais líquidos e com menos oscilação. Já para o longo prazo, será outra, com alternativas que podem até oscilar mais, mas que tem maior rentabilidade. 

Tudo vai depender de qual será o prazo e objetivo com determinado investimento. Feito isso, basta adequar ao seu perfil de investidor e pronto! Você já terá uma clareza bem maior sobre qual produto investir. 

Diversificação 

Por último, mas não menos importante, vale reforçar que independentemente de escolher entre renda fixa ou variável, um fator fundamental para os investimentos é a diversificação. 

Isso serve até para o investidor mais conservador ou o mais arrojado. Mesmo que sua carteira seja majoritariamente de renda fixa, você deve diversificar na renda fixa. O mesmo acontece no caso da renda variável. 

Portanto, sempre foque em diversificar, mesmo que dentro de uma classe de ativos. Assim, você evita riscos atrelados a apenas um tipo de investimento e tem menos chances de perda considerável de patrimônio no longo prazo.  

Conclusão  

Pronto! Agora você já sabe com clareza as principais diferenças entre renda fixa e variável. Dessa forma, pode garantir mais confiança no momento de realizar as suas escolhas de investimentos. 

Caso queira se aprofundar mais no tema e aprender a escolher melhor entre renda fixa ou variável, te convidamos a conhecer a Finclass, a maior plataforma de educação financeira do Brasil. 

Nela, você encontra diversas aulas, com grandes nomes do mercado financeiro, que te ensinam como investir da melhor maneira, passando por todas as classes de ativos possíveis. 

Entre elas, podemos destacar a aula do Thiago Nigro com o tema Diversificação. Nela, você pode entender com mais clareza como diversificar os investimentos da melhor forma e pode começar a investir da maneira certa, diluindo os riscos e aumentando os retornos. 

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Hugo Gonçalves
Hugo Gonçalveshttps://finclass.com/
Hugo é economista e copywriter no Grupo PRIMO. Trabalha com finanças há mais de 7 anos.
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