O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um dos investimentos mais acessíveis e populares entre os investidores brasileiros, principalmente por sua simplicidade e segurança. Oferecido por bancos, o CDB permite que o investidor empreste seu dinheiro à instituição financeira em troca de uma rentabilidade pré-acordada. Mas você sabe exatamente como funciona o rendimento desse ativo?
Neste artigo, vamos explicar detalhadamente como o CDB gera retorno para o seu bolso, explorando as diferentes formas de rentabilidade e como calcular quanto esse investimento pode render. Além disso, vamos apresentar as melhores oportunidades de CDB disponíveis no mercado em 2024.
Continue a leitura para descobrir:
- O que é CDB e quais são seus tipos?
- Como funciona o rendimento do CDB?
- Como calcular a rentabilidade do seu CDB?
- Quanto o CDB rende por mês e como compará-lo com outros investimentos?
- Quais são os melhores rendimentos de CDBs hoje?
- E mais, como você pode começar a investir em CDB com segurança e eficiência!
No final, ainda reservamos uma recomendação excelente sobre onde seguir estudando e sobre como acessar uma recomendação de carteira eficiente para os seus objetivos!
O que é o CDB?
O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um investimento de renda fixa emitido por bancos. Quando você aplica em um CDB, basicamente está emprestando seu dinheiro para a instituição bancária em troca de juros, que serão pagos ao longo do período em que o dinheiro permanecer investido. Esses juros variam de acordo com o tipo de CDB e as condições acordadas no momento da aplicação.
Esse tipo de investimento é bastante popular por ser simples, relativamente seguro e por oferecer diversas opções de rentabilidade, o que permite que o investidor escolha o CDB que melhor se adequa aos seus objetivos e perfil de investidor.
Existem três principais tipos de CDBs, cada um com características específicas de rentabilidade:
CDB prefixado
No CDB prefixado, a taxa de juros é determinada no momento da aplicação e não muda até o vencimento do título. Isso significa que o investidor sabe exatamente quanto irá receber no final do prazo, o que oferece previsibilidade, principalmente em cenários de juros baixos ou quando se deseja garantir uma taxa fixa.
Exemplo: se você aplicar R$ 10.000 em um CDB pré-fixado com taxa de 10% ao ano, no final de um ano, receberá R$ 11.000 (bruto), sem surpresas.
CDB pós-fixado
No CDB pós-fixado, a rentabilidade está atrelada a um índice de referência, como o CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Isso significa que os juros podem variar ao longo do tempo, de acordo com o comportamento do indicador ao qual o CDB está vinculado.
Essa modalidade é mais comum e costuma acompanhar as variações da taxa de juros no mercado, o que a torna uma opção interessante em períodos de alta da Selic (que influencia diretamente o CDI). Porém, o valor exato que você vai receber só será conhecido no momento do resgate.
Exemplo: se o CDB paga 100% do CDI e a taxa CDI subir, sua rentabilidade aumentará. Se cair, a rentabilidade também será menor.
CDB híbrido
O CDB híbrido combina as características dos CDBs prefixados e pós-fixados. Ele oferece uma parte da rentabilidade fixa, definida no momento da aplicação, e uma parte atrelada a um índice de inflação, como o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Esse tipo de CDB é vantajoso em cenários de inflação elevada, já que protege o poder de compra do investidor ao longo do tempo.
Exemplo: um CDB híbrido pode oferecer IPCA + 5% ao ano. Isso significa que, além de garantir 5% de rendimento real, o valor do principal será corrigido de acordo com a inflação, protegendo o poder de compra do seu dinheiro.
Como funciona o rendimento do CDB?
O rendimento dos CDBs ocorre de maneira contínua, ou seja, seu dinheiro “trabalha” diariamente, o que é diferente de investimentos como a poupança, onde o rendimento segue uma “data de aniversário” mensal. Nos CDBs, os juros são calculados sobre os dias úteis, com base em um padrão de 252 dias por ano. Isso significa que, a cada dia útil, o valor investido está gerando retorno proporcional ao período.
A forma como esse rendimento é resgatado varia de acordo com o tipo de CDB que você escolhe — pode ser um CDB de liquidez diária ou de prazo fechado. Vamos entender melhor cada um:
CDBs de liquidez diária
Nos CDBs de liquidez diária, você pode retirar o dinheiro a qualquer momento sem perder o rendimento acumulado até aquele dia. Isso porque o rendimento é atualizado diariamente, garantindo que o investidor receba o valor proporcional ao período em que manteve o dinheiro aplicado, mesmo que decida resgatá-lo antes do prazo previsto.
Esse tipo de CDB é ideal para quem busca flexibilidade e precisa de um investimento que ofereça fácil acesso ao dinheiro em caso de necessidade, mas sem abrir mão de uma rentabilidade interessante, geralmente atrelada ao CDI.
Conheça algumas vantagens do CDB de liquidez diária
- Acesso ao dinheiro a qualquer momento, sem perda de rendimento;
- Indicado para reservas de emergência ou objetivos de curto prazo;
- Rentabilidade diária, garantindo ganhos proporcionais ao tempo de aplicação.
Exemplo: se você investir R$ 10.000 em um CDB de liquidez diária que pague 100% do CDI, e precisar resgatar após 30 dias, você vai recebero valor investido acrescido do rendimento acumulado nesse período.
CDBs de prazo fechado
Nos CDBs de prazo fechado, o dinheiro só pode ser resgatado ao final do período acordado (que pode variar de meses a anos). Embora o rendimento também seja diário, como em qualquer CDB, esse tipo de investimento costuma oferecer taxas de juros mais atrativas, justamente por exigir que o dinheiro fique aplicado até o vencimento.
Caso o investidor opte por retirar o dinheiro antes do prazo, poderá enfrentar penalidades, como a perda parcial dos rendimentos ou até mesmo custos adicionais. Por isso, é importante que o CDB de prazo fechado seja escolhido com base em objetivos de longo prazo e em uma análise cuidadosa das necessidades de liquidez do investidor.
Dá uma olhada em algumas vantagens do CDB de prazo fechado
- Geralmente oferece taxas de juros mais elevadas em comparação aos CDBs de liquidez diária;
- Indicado para objetivos de médio e longo prazo, quando não há necessidade de resgatar o dinheiro antes do vencimento;
- Rentabilidade garantida, desde que o investimento seja mantido até o final do prazo.
Exemplo: se você aplicar R$ 20.000 em um CDB de prazo fechado por 2 anos, com uma taxa de 110% do CDI, terá uma rentabilidade superior à de um CDB de liquidez diária, mas precisará esperar até o vencimento para ter acesso ao montante total.
Como calcular a rentabilidade do investimento CDB?
A rentabilidade de um CDB depende de vários fatores, como o tipo de CDB (pré-fixado, pós-fixado ou híbrido), o prazo de investimento e a porcentagem do CDI que ele paga, no caso dos CDBs pós-fixados. No entanto, o principal ponto é que a rentabilidade diária é calculada sobre os dias úteis, seguindo o padrão de 252 dias no ano.
Nos CDBs pós-fixados, a rentabilidade é atrelada ao CDI, uma taxa que costuma ficar muito próxima da taxa Selic. Isso significa que, se o CDB paga 100% do CDI, o rendimento acompanhará o valor desse índice. Já nos CDBs prefixados, a taxa de juros é definida no momento da aplicação, garantindo previsibilidade ao investidor.
Para calcular a rentabilidade nominal do seu investimento, você precisará:
- Saber o índice de referência, como o CDI, no caso dos CDBs pós-fixados;
- Verificar a taxa acordada no momento da aplicação, que pode ser uma porcentagem do CDI (como 100%, 110% etc.) ou uma taxa fixa no caso dos CDBs pré-fixados.
Ao analisar um CDB, sempre leve em conta a rentabilidade oferecida, ajustando-a para o período que você pretende deixar o dinheiro investido. Assim, é possível ter uma visão clara do quanto o seu investimento pode render.
Quanto o CDB rende por mês?
Para calcular o rendimento mensal de um CDB, seja ele prefixado ou pós-fixado, usamos uma fórmula para converter a taxa anual em taxa mensal:
Taxa Mensal=1+Taxa Anual112-1
Exemplo de cálculo para CDBs pós-fixados
Suponha que o CDI atual seja de 13,15% ao ano e você investiu R$10.000 em um CDB que paga 100% do CDI. Primeiro, convertemos a taxa anual para a taxa mensal:
Taxa Mensal=1+0,1315112-1 ≈1,0272% ao mês
No primeiro mês, a rentabilidade seria:
Rendimento do Primeiro Mês=R$10.000 x 1,0272%=R$102,72
Nos meses seguintes, o valor investido aumenta devido ao efeito dos juros compostos. Para calcular o valor acumulado no segundo mês, usamos a fórmula dos juros compostos:
Valor Acumulado=Valor Inicial x 1+Taxa Mensaln
Considere “n” como o número de meses. No final do segundo mês, o cálculo fica assim:
Valor Acumulado=R$10.000 x 1+0,0102722≈R$10.000 x 1,020649 ≈R$10.206,49
O rendimento do segundo mês é, então:
Rendimento do Segundo Mês=R$10.206,49-R$10.102,72=R$103,77
Portanto, o valor recebido no segundo mês é maior do que no primeiro devido ao efeito dos juros compostos.
Exemplo de cálculo para CDBs prefixados
Se você investiu em um CDB prefixado com uma taxa anual de 12%, a taxa mensal é:
Taxa Mensal=1+0,12112-1 ≈0,95% ao mês
No primeiro mês, o rendimento seria:
Rendimento do Primeiro Mês=R$10.000 x 0,95%=R$95
Para calcular o valor acumulado no segundo mês, o cálculo fica assim:
Valor Acumulado=R$10.000 x 1+0,00952≈R$10.000 x 1,0191 ≈R$10.191
O rendimento do segundo mês é:
Rendimento do Segundo Mês=R$10.191-R$10.095=R$96
Portanto, assim como no exemplo pós-fixado, o valor recebido no segundo mês é maior devido ao efeito dos juros compostos.A rentabilidade real pode variar com base nos dias úteis do mês, mas a fórmula de juros compostos sempre será aplicável, aumentando o retorno ao longo do tempo.
Qual é o impacto do Imposto de Renda e do IOF nos CDBs?
Ao investir em CDB, o efeito dos impostos pode alterar a rentabilidade final do investidor. Existem duas principais tributações que podem incidir sobre os rendimentos: o Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Imposto de Renda (IR)
O Imposto de Renda é aplicado de forma regressiva sobre o lucro obtido no CDB. Isso significa que, quanto mais tempo você deixar o dinheiro investido, menor será a alíquota que incidirá sobre o rendimento.
As alíquotas são as seguintes:
(Tabela regressiva que incide sobre o Tesouro Selic.)
Ou seja, se você resgatar o investimento antes de 180 dias, a mordida do IR será maior. Isso reforça a importância de escolher um CDB com um prazo adequado ao seu planejamento financeiro. Sempre que possível, mantenha o investimento por mais de 720 dias para usufruir da menor alíquota.
Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)
O IOF é aplicado apenas sobre os rendimentos obtidos em resgates realizados nos primeiros 30 dias de aplicação. A alíquota começa em 96% no primeiro dia e diminui gradualmente até chegar a 0% no trigésimo dia. Portanto, quanto antes você resgatar o dinheiro, maior será o impacto do IOF sobre o rendimento. Passados 30 dias, o IOF deixa de ser cobrado.
(Modelo de tributação do IOF nos primeiros 30 dias do investimento.)
Para calcular a rentabilidade líquida de um CDB, você precisa descontar o Imposto de Renda (IR) e o IOF (se aplicável). Vamos detalhar esse processo com um exemplo, considerando um investimento de R$10.000 em um CDB cujo rendimento bruto é de R$500 após 20 dias. Lembre-se que a alíquota do IR para CDBs varia conforme o prazo do investimento. Nesse exemplo, então, como o investimento foi de 20 dias, a alíquota do IR é de 22,5%. Na fórmula, fica assim:
- IR=Rendimento Bruto x Alíquota=>IR=R$500 x 22,5%=R$112,50
Da mesma forma que fizemos com o IR, também temos que verificar a alíquota de IOF. Em 20 dias de investimento, a alíquota de IOF ficaria algo próximo a 33%. O cálculo, portanto, é este:
IOF=Rendimento Bruto x Alíquota=>IOF=R$500 x 33%=R$165,00
Agora, para encontrar a rentabilidade líquida, basta subtrair o IR e o IOF do rendimento bruto:Rentabilidade Líquida=Rendimento Bruto-IR-IOF=>Rentabilidade Líquida=R$500-R$112,50-R$165,00=R$222,50
Portanto, após descontar o IR e o IOF, a rentabilidade líquida do seu CDB seria de R$ 222,50.
Como identificar se vale a pena investir em determinado CDB?
Para saber se vale a pena investir em determinado CDB, é preciso que você considere quais são os seus objetivos financeiros, o período pelo qual deseja manter o dinheiro aplicado e qual o seu grau de tolerância ao risco.
Abaixo, apresentamos os principais critérios para avaliar um CDB:
Rendimento
O rendimento é um dos fatores mais atraentes em um CDB. No entanto, é fundamental ir além da taxa anunciada e analisar como ela se encaixa em seu planejamento financeiro. Os principais pontos a considerar são:
- Taxa nominal: verifique a taxa de rentabilidade oferecida e a compare com outros investimentos para se certificar de que o valor é competitivo, sem deixar de lado o risco associado;
- Rendimento real: lembre-se de que o rendimento bruto pode ser impactado pelo imposto de renda. Por isso, calcule o rendimento líquido após impostos para ter uma visão clara do retorno efetivo.
Taxa de rendimento do CDB
Os CDBs podem ter três tipos de taxa de rendimento:
- Prefixada: a taxa é definida no momento da aplicação e você sabe exatamente quanto vai receber ao final do período. Por exemplo, um CDB com taxa de 12% ao ano significa que você receberá 12% de rendimento ao final do período;
- Pós-fixada: a rentabilidade é atrelada a um indexador, como o CDI. Você só saberá o retorno exato no final do período. Exemplo: 100% do CDI. Se o CDI for de 13,15% ao ano, você receberá 13,15% ao ano.
- Híbrida: combina uma parte prefixada com uma parte pós-fixada. Exemplo: IPCA + 5% ao ano. A parte prefixada é fixa, enquanto a parte atrelada ao IPCA varia conforme a inflação.
3. Risco de crédito e segurança
O risco de crédito é a possibilidade de a instituição emissora não cumprir com o pagamento. Para avaliar o risco de crédito de um CDB, siga essas dicas:
- Verifique a saúde financeira do banco emissor, pesquisando sobre sua estabilidade e histórico;
- Utilize classificações de agências especializadas para entender o grau de risco de crédito da instituição. Essas agências avaliam a capacidade de pagamento dos emissores;
- O FGC protege investimentos de até R$250.000 por CPF e por instituição financeira em caso de falência. Contudo, o processo de recuperação pode demorar, e seu dinheiro pode ficar sem render durante esse período.
4. Liquidez ou resgate
A liquidez do CDB é a facilidade com a qual você pode resgatar o investimento. Aqueles com liquidez diária permitem o saque a qualquer momento, sem penalidades. No entanto, costumam oferecer rentabilidades menores. Se o CDB tiver prazo fechado, então o dinheiro deve permanecer aplicado por um período específico, que pode variar de 1 a 5 anos. Assim, o resgate antecipado pode acabar em penalidades ou perda de rendimento.
5. Aplicação mínima
A aplicação mínima é o valor necessário para iniciar o investimento. Alguns CDBs estão disponíveis a preços bem acessíveis, enquanto outros exigem aportes maiores — acima de R$50.000,00, por exemplo. Na dúvida, escolha o ativo que mais se encaixa no seu orçamento e não se esqueça de cultivar um portfólio que seja bem diversificado, sem depositar todo o seu patrimônio em um título só. Está lendo sobre CDBs na dúvida sobre quais ativos vão potencializar melhor o seu portfólio? Então, aproveite e dê uma olhada nas carteiras recomendadas pelos especialistas da Finclass, com sugestões pontuais de ativos, personalizadas para a sua estratégia.
Como comparar o rendimento do CDB?
Para tomar uma decisão informada sobre investimentos, é essencial comparar o rendimento do CDB com outros tipos de aplicações financeiras.
Vamos explorar as comparações mais relevantes abaixo.
CDB x poupança
A comparação entre CDB e poupança é bastante comum, pois ambos são produtos oferecidos por instituições financeiras e têm baixo risco de crédito. Veja as diferenças de um para outro:
O rendimento da poupança funciona assim:
- Quando a Selic está igual ou menor que 8,5% ao ano, a poupança rende 70% da Selic + TR (Taxa Referencial);
- Com a TR geralmente próxima de zero, a poupança rende efetivamente 70% da Selic. Por exemplo, se a Selic for 8,0% ao ano, o rendimento da poupança será cerca de 5,6% ao ano;
- Quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês + TR. Por exemplo, com a Selic a 9%, a poupança renderia aproximadamente 6,0% ao ano.
Já o rendimento do CDB segue essa dinâmica:
- Os CDBs geralmente oferecem uma rentabilidade atrelada ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Em cenários atuais, é comum encontrar CDBs que rendem 100% do CDI ou mais;
- Com a Selic a 9% ao ano, o CDI fica em torno de 9% ao ano, e um CDB que paga 100% do CDI renderia cerca de 9% ao ano antes dos impostos.
Em qualquer cenário, os CDBs tendem a oferecer uma rentabilidade superior à da poupança. Além disso, mesmo considerando o imposto de renda, o CDB ainda é mais vantajoso devido à sua maior rentabilidade.
Vamos considerar um exemplo para comparação.Nele, leve em conta essas aplicações:
- Poupança, com a Selic a 9% ao ano e rendimento de 6% ao ano;
- CDB de 100% do CDI, com o CDI a 9% e rendimento de 9% ao ano.
Agora, vamos calcular a rentabilidade líquida do CDB após o Imposto de Renda, assumindo um investimento de 1 ano (alíquota de 17,5%):
IR=Rendimento Bruto x Alíquota=>IR=9% x 17,5%=1,575%
Com isso, basta descontar esse valor do rendimento bruto:
Rendimento Líquido do CDB=9%-1,575%=7,425% ao ano
Perceba que, mesmo após o desconto do imposto de renda, o CDB ainda oferece uma rentabilidade superior à poupança. Portanto, para quem busca maximizar o retorno, o CDB é a opção mais vantajosa.
CDB x títulos públicos
Para essa comparação, considere um investidor avaliando um CDB pós-fixado que oferece 110% do CDI e o Tesouro Selic.
Supondo que a Selic e o CDI estejam em 13,25% ao ano, o Tesouro Selic renderia 13,25% ao ano, enquanto o CDB renderia 14,58% ao ano. Após o desconto do Imposto de Renda (15% para investimentos com prazo superior a dois anos), a rentabilidade líquida do Tesouro Selic seria de 11,26% ao ano — e a do CDB seria de 12,39% ao ano.
Embora o CDB ofereça uma rentabilidade líquida superior, ele também apresenta um risco de crédito maior, já que depende da solvência do banco emissor, ao passo que os títulos públicos são garantidos pelo governo, o que os torna mais seguros. Assim, para além da rentabilidade, a escolha entre um CDB e um título público deve considerar o nível de segurança desejado pelo investidor.
3. CDB x LCI / LCA
Para comparar o rendimento entre CDBs e LCIs/LCAs, é importante considerar alguns fatores-chave. As LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) são opções interessantes para quem busca investimentos isentos de Imposto de Renda, uma das suas principais vantagens.
Essas letras podem oferecer taxas de rendimento semelhantes ou até superiores às dos CDBs, dependendo do emissor e do prazo. No entanto, assim como os CDBs, as LCIs/LCAs são garantidas pelo FGC. No entanto, já que estão vinculadas a setores específicos — como o imobiliário e o agronegócio, pode haver riscos adicionais.
Em termos de flexibilidade, os CDBs geralmente oferecem maior facilidade de resgate, com algumas opções de liquidez diária, enquanto as LCIs e LCAs podem ter prazos mais longos e menor flexibilidade para retirada do dinheiro investido.
Para comparar a rentabilidade, lembre-se do impacto da isenção fiscal das LCIs e LCAs. Por exemplo: considere uma LCI com uma taxa de 90% do CDI; e um CDB com 100% do CDI, ambos com prazo de um ano e levando em conta um CDI de 9% ao ano.
Para o CDB, o rendimento bruto seria de 9% ao ano. Aplicando a alíquota de IR de 17,5%, o imposto seria 1,575%, resultando em um rendimento líquido de 7,425% ao ano.
Já a LCI, por ser isenta de IR, teria um rendimento líquido de 8,1% ao ano, calculado diretamente como 90% do CDI.
Embora o rendimento bruto do CDB seja superior, a isenção fiscal da LCI faz com que, no final das contas, ela ofereça uma rentabilidade líquida maior.
Quais são os melhores rendimentos para os CDBs hoje?
Para escolher os melhores CDBs disponíveis atualmente, é importante considerar as taxas de retorno oferecidas e como elas se comparam com outras opções de investimento. Aqui estão os principais pontos a considerar:
CDBs prefixados
As taxas atuais para CDBs pré-fixados variam entre 11,5% e 14% ao ano, o que os torna atraentes em um cenário de juros elevados, já que oferecem um retorno fixo e previsível. Esses CDBs são ideais para investidores que buscam estabilidade e têm certeza de que não precisarão acessar o dinheiro antes do vencimento, garantindo uma rentabilidade imutável até o final do período.
CDBs pós-fixados
Com o CDI em torno de 11,40% ao ano, os melhores CDBs pós-fixados oferecem entre 100% e 120% do CDI, resultando em rendimentos anuais que variam entre 11,40% e 13,68%.
São, inclusive, adequados para investidores que esperam que a Selic permaneça alta, já que garantem uma rentabilidade que acompanha as taxas de juros do mercado e que é bastante competitiva em comparação com outros produtos financeiros.
CDBs híbridos
Os CDBs híbridos combinam uma taxa prefixada entre 4% e 6% ao ano com a variação do IPCA. Com a inflação em torno de 6%, pode gerar um retorno total de 10% a 12% ao ano.
- Esses CDBs são vantajosos para quem busca proteção contra a inflação, uma vez que oferecem não somente previsibilidade de retorno e segurança em momentos de alta da inflação, mas também proteção ao poder de compra.
Na hora de escolher o melhor CDB, verifique as taxas oferecidas por diferentes alternativas e não se esqueça de que nem sempre a maior taxa é a melhor opção. Bancos menores podem oferecer taxas mais altas para atrair investidores, mas isso geralmente reflete um maior risco de crédito.CDBs com prazos mais longos geralmente oferecem melhores taxas. Aqui, avalie se você pode deixar o dinheiro investido pelo período necessário sem precisar resgatar antes do vencimento.
Já em relação à liquidez — especialmente sobre os CDBs que oferecem liquidez diária, pode ser interessante comparar a rentabilidade com outras opções, como LCIs e LCAs, que são isentas de Imposto de Renda. Também considere o tempo que o dinheiro ficará investido, pois CDBs de liquidez diária podem oferecer menores rendimentos do que CDBs de prazo fixo.
Por fim, analise o risco de crédito da aplicação, ou seja, a capacidade da instituição emissora de honrar com os seus compromissos. Embora as taxas mais altas de bancos menores sejam tentadoras, um eventual problema financeiro da instituição pode gerar transtornos para o investidor, como atrasos no pagamento do FGC ou até perda de rendimento. Portanto, vale a pena optar por um banco mais sólido, mesmo com uma taxa um pouco mais baixa, para maior segurança no longo prazo.
Como investir em CDB em 2024?
Para investir em CDBs, basta que você siga um passo a passo simples, olha só:
- Entenda o que o CDB representa em um portfólio;
- Abra conta em uma corretora e escolha um CDB adequado à sua estratégia;
- Não se baseie somente na taxa de retorno, mas na solidez da emissora também;
- Ajuste e reavalie o seu investimento periodicamente.
Entenda o que fazer em cada um:
1 – Entenda o que o CDB representa em um portfólio
O CDB é um ativo de renda fixa, o que significa que oferece previsibilidade em termos de rendimento e é ideal para compor a parcela mais conservadora de uma carteira diversificada. Ele pode ser usado para equilibrar o risco de investimentos em renda variável, como ações e fundos imobiliários.
Na Finclass, sugerimos usar CDBs para reservas de emergência, por sua liquidez e segurança, bem como para proteger a carteira contra oscilações. Afinal, CDBs pós-fixados atrelados ao CDI podem ser usados para mitigar a volatilidade de ativos de maior risco, como ações ou FIIs. Portanto, incluir CDBs na sua carteira permite que você tenha uma base de segurança enquanto busca maiores rentabilidades com ativos de risco. Eles ajudam a suavizar eventuais perdas de ativos mais arriscados, garantindo que sua carteira não fique excessivamente exposta a flutuações.
2 – Abra conta em uma corretora e escolha um CDB adequado à sua estratégia
Abrir conta em uma corretora é fácil: basta eleger uma entre as corretoras autorizadas pela B3 e preencher um formulário básico, informando documentos como CPF e RG. Depois de transferir fundos de uma conta corrente para a conta recém-aberta, basta explorar os CDBs disponíveis. O mesmo processo pode ser feito diretamente nos bancos, que costumam oferecer plataformas de investimentos também.
Na hora da seleção, dependendo dos seus objetivos e da alocação desejada na carteira, diferentes tipos de CDBs podem ser mais indicados:
- CDB prefixado: ideal para quem quer ter clareza total do rendimento. Se sua meta é garantir uma taxa fixa em um cenário de queda de juros, o CDB prefixado será útil na parte da carteira destinada à preservação de capital.
- CDB pós-fixado: essencial para a parcela da carteira que precisa acompanhar as taxas de juros. Caso a expectativa seja de manutenção ou alta dos juros, o pós-fixado pode trazer maiores retornos e flexibilidade.
- CDB híbrido: um mix de proteção contra inflação e rendimento fixo, útil para a parte de longo prazo da sua carteira.
3 – Não se baseie somente na taxa de retorno
Quando escolher um CDB, é importante considerar não apenas as taxas oferecidas, mas também a segurança do emissor. Bancos menores podem oferecer taxas atrativas, mas é fundamental avaliar a saúde financeira da instituição.
4 – Ajuste e reavalie o seu investimento periodicamente
Assim como com outros investimentos, é essencial acompanhar a evolução dos seus CDBs e reavaliar sua carteira com certa frequência. No cenário atual, onde mudanças econômicas podem influenciar a rentabilidade dos pós-fixados, manter uma avaliação contínua é crucial para garantir que a alocação ainda esteja alinhada com seus objetivos.
Seguindo esses passos, você estará bem-preparado para investir em CDBs com mais segurança e potencial de retorno em 2024.
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Funciona assim: tudo o que você precisa fazer é informar qual é o patrimônio que deseja investir, selecionar o objetivo do portfólio (se é proteger o patrimônio ou gerar renda) e explorar os ativos e as estratégias sugeridas para o seu caso.
E se você quiser entender ainda melhor os conceitos por trás da rentabilidade de um CDB, como o CDI, a Selic e o IPCA, temos algumas sugestões de Finclasses que podem ajudar:
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