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Tesouro prefixado: o que é, quanto rende e como investir

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Não tem erro: quem começa a dar os primeiros passos no mercado de investimentos, procura, antes de tudo, segurança. Não é à toa que a renda fixa é a modalidade preferida daqueles investidores cujo perfil é conservador, ou seja, que têm baixa tolerância aos riscos financeiros.

Dentre todas as opções de investimentos em renda fixa, o Tesouro Prefixado se destaca como uma alternativa popular — dependendo do cenário, até mesmo investidores mais experientes e com maior apetite ao risco aproveitam suas vantagens. 

Se você ainda não conhece em detalhes o Tesouro Prefixado, siga conosco para descobrir:

  • O que é o Tesouro Prefixado?
  • Como funciona o Tesouro Prefixado?
  • Quanto rende o Tesouro Prefixado?
  • Quando vale a pena investir no Tesouro Prefixado?
  • Qual a diferença do Tesouro Selic para o Tesouro Prefixado?
  • Quais são as vantagens do Tesouro Prefixado?
  • Qual o risco do Tesouro Prefixado?
  • Quais são os custos e impostos do Tesouro Prefixado?
  • Como investir no Tesouro Direto?

E mais: recomendamos que você fique por aqui até o fim: vamos explicar por que a Finclass é valiosa para quem deseja dominar a renda fixa e extrair o melhor de seus investimentos.

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O que é o Tesouro Prefixado?

O Tesouro Prefixado é um título de investimento emitido pelo Governo Federal, no qual as taxas de juros são conhecidas desde o momento da aplicação. O investidor sabe, portanto, exatamente quanto vai receber ao final do prazo combinado.

O rendimento desse papel é nominal. Ou seja, para saber o valor real do dinheiro resgatado com o acréscimo de juros, é preciso descontar a inflação do momento

A lógica é simples: o que você compra hoje com R$100 e o que poderia ser comprado com esse mesmo valor, porém, 10 anos atrás? Em termos simples, o valor do dinheiro muda com o passar do tempo. Logo, o montante do investimento poderá representar um poder aquisitivo diferente do que representaria hoje.

Inclusive, em momentos econômicos nos quais as projeções apontam para uma baixa na taxa Selic, o rendimento do Tesouro Prefixado passa a ser bastante atrativo dentro das possibilidades da renda fixa, já que a taxa contratada pode superar os rendimentos futuros de outras opções conservadoras.

Como funciona o Tesouro Prefixado?

Ao aplicar no Tesouro Prefixado, o investidor está basicamente emprestando dinheiro ao Governo Federal. O valor é, então, utilizado para desenvolver setores como saúde e educação. Essa captação de recursos é compensada com uma taxa de juros a quem fez a aplicação, que é onde mora o lucro do investidor.

Embora o Tesouro Prefixado — assim como os demais títulos do Tesouro Direto — não seja coberto pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), ele é considerado de baixíssimo risco. Afinal, para que o Governo falte com o seu compromisso de devolver o recurso ao investidor após o prazo de aplicação, uma situação econômica de gravidade extrema precisaria assolar o país.

Quanto aos seus prazos, o ano de resgate muda anualmente. Por exemplo, em 2025, há opções com vencimento em 2028, 2032 e 2035.

Já em relação à liquidez, o Tesouro Prefixado paga juros no momento do resgate, ou a cada seis meses. No entanto, a liquidez desse papel é diária

Caso o investidor decida vendê-lo antes do prazo, esse processo é feito no mercado secundário. Na prática, isso significa que o valor do título vai depender da marcação a mercado. Em termos bem simples, é quanto o mercado está disposto a pagar pelo papel naquela ocasião. Caso esse valor seja menor do que aquele pago no momento da aplicação, o investidor não somente perde a rentabilidade dos juros, como ainda sai no prejuízo.

Quanto rende o Tesouro Prefixado?

O rendimento do Tesouro Prefixado depende da taxa de juros contratada no momento da compra e do prazo do título. Se você mantiver o investimento até o vencimento, receberá exatamente a taxa combinada inicialmente, de forma anual. 

Por exemplo, se esse valor fosse de 10% ao ano, um investimento de R$1.000 se tornaria aproximadamente R$1.610 em cinco anos — já descontado o Imposto de Renda correspondente.

Quanto rende R$1 mil no Tesouro Prefixado?

Para fins de simulação, vamos analisar quanto R$1 mil renderia no Tesouro Prefixado, se permanecesse aplicado por 10 anos e considerando uma taxa nominal anual de 15,02%.

Nesse caso, os resultados seriam os seguintes:

Fonte: Finclass

Ao final de 10 anos, portanto, o retorno líquido seria de R$3.527,34, já descontando a alíquota correspondente de IR e a taxa de custódia da B3.

Quando vale a pena investir no Tesouro Prefixado?

Primeiramente, para analisar se o Tesouro Prefixado vale a pena, é preciso se atentar às movimentações esperadas para a inflação durante o período de aplicação. Caso as previsões indiquem que a taxa Selic vai subir, ultrapassando os juros pagos pelo título, então ele deixa de ser uma boa opção de investimento.

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Em geral, pode-se dizer que esse papel vale a pena quando a perspectiva da inflação é menor do que a dos juros do Tesouro Prefixado.

Partindo para outro viés de análise, a aplicação é vantajosa para quem não pretende utilizar o valor antes do prazo de resgate, já que a venda dos papéis pode terminar em prejuízo, dadas as oscilações constantes do mercado.

Por fim, e não menos importante, investidores de perfil conservador podem encontrar no Tesouro Prefixado uma boa opção inicial de aplicação. Afinal, sua dinâmica de desempenho é simples e a rentabilidade definida no princípio da negociação traz mais segurança para quem ainda dá passos financeiros mais incertos.

Qual a diferença do Tesouro Selic para o Tesouro Prefixado?

A diferença entre o Tesouro Selic e o Tesouro Prefixado está na forma como cada um deles rende ao longo do tempo. Embora ambos sejam títulos públicos do Tesouro Direto, funcionam de maneiras distintas e atendem a objetivos diferentes.

O Tesouro Selic acompanha a taxa básica de juros da economia, a Selic, como seu nome indica. 

Na prática, isso significa que sua rentabilidade varia conforme essa taxa sobe ou desce. Mesmo que haja oscilações no mercado, ele continua rendendo positivamente, o que o torna uma opção mais segura e recomendada para quem deseja liquidez e proteção contra imprevistos. Inclusive, é muito utilizado para reserva de emergência, já que pode ser resgatado sem grandes perdas e apresenta liquidez diária.

o Tesouro Prefixado tem uma taxa de juros fixa determinada no momento da compra. Então, se o investidor mantiver o título até o vencimento, vai receber exatamente essa rentabilidade, independentemente das variações da economia. 

No entanto, atenção: antes do vencimento, o preço desse título pode oscilar no mercado, o que pode gerar ganhos ou perdas caso seja necessário vender o título antes da data final. Por isso, ele tende a ser mais indicado para quem pode esperar até o prazo estipulado e quer garantir uma taxa conhecida de antemão.

Quais são as vantagens do Tesouro Prefixado?

Segurança, acessibilidade, boa rentabilidade a depender do cenário econômico e transparência são alguns dos principais benefícios do Tesouro Prefixado. Inclusive, apenas o fato de ser um investimento em renda fixa já o torna bastante vantajoso para os investidores, mesmo que o seu rendimento não seja tão alto quanto em títulos de renda variável, como as ações. 

Siga em frente para entender melhor as vantagens desse título.

Segurança

O Brasil tem um histórico bem sólido no que tange ao pagamento de dívidas, e ainda conta com uma série de mecanismos de controle, como o Banco Central, para garantir que as finanças públicas permaneçam em ordem. Por isso, o investimento é considerado de baixo risco e atrativo para quem está começando a investir.

Acessibilidade

O valor mínimo de investimento no Tesouro Prefixado fica entre R$3 e R$7, o que o torna bastante acessível para a população. Dessa forma, é indicado para quem ainda não esteja se sentindo seguro para aplicar grandes quantias, ou quem ainda não tem todo esse recurso disponível para investir.

É claro que aportes mais substanciais resultam em rendimentos melhores, no entanto, é vantajoso saber que, mesmo com pouco, você pode começar a fazer o dinheiro render.

Boa rentabilidade

Embora o Tesouro Prefixado não ofereça uma rentabilidade tão alta quanto aquelas dos investimentos de maior risco, é verdade que a porcentagem de juros paga ao investidor é muito melhor do que a da poupança, por exemplo.

Em cenários nos quais a Selic está em queda, esse título se torna mais promissor dentro das possibilidades de renda fixa, já que a sua taxa de juros nominal pode ultrapassar o indicador.

Transparência

O Tesouro Direto compila de forma bem simples e completa as informações referentes aos seus títulos, como características principais e formas de rentabilidade. 

Essa é uma grande vantagem para o investidor ciente de que as melhores decisões financeiras são aquelas tomadas após uma análise completa da negociação.

Inclusive, investindo em um Tesouro Prefixado (assim como em qualquer outro título do Governo Federal), você vai receber relatórios periódicos sobre a aplicação, para se manter a par de sua performance.

Qual o risco do Tesouro Prefixado?

Mesmo os títulos mais seguros da renda fixa, como é o caso do Tesouro Prefixado, podem apresentar riscos e desvantagens para o investidor. Alguns deles são: falta de proteção contra a inflação, marcação a mercado e tributação.

Siga para entender melhor cada um desses pontos.

Falta de proteção contra a inflação

Ao investir no Tesouro Prefixado, já se sabe exatamente qual vai ser o valor resgatado futuramente. Ou seja, ele não será corrigido de acordo com a inflação

Para ilustrar melhor a desvantagem, de maneira bem simplificada, imagine só: o que você compra, hoje, com R$100 não é o mesmo que seria comprado 10 anos atrás. Logo, o que hoje pode parecer uma rentabilidade boa, pode não valer tanto assim no futuro.

Marcação a mercado

Esse fator significa que os títulos do Tesouro Prefixado têm seu preço alterado diariamente, refletindo as variações e oscilações do mercado. Assim, o investidor que se desfizer do papel antes do prazo de resgate poderá sair no prejuízo, caso seu valor tenha diminuído. A depender do momento, também é possível obter lucro nessa operação

Tributação

O Imposto de Renda (IR) incide sobre os lucros desse tipo de título, seguindo uma alíquota regressiva. Na prática, aplicações menores que 180 dias sofrerão a incidência de uma porcentagem de 22,5%. Caso o recurso permaneça investido por mais de 721 dias, a taxa cai para 15%.

Para evitar que os impostos sejam uma grande desvantagem no seu investimento, nossa recomendação é que se planeje bem antes de investir, para evitar fazer um resgate no qual vai incidir as alíquotas mais altas do IR.

Quais são os custos e impostos do Tesouro Prefixado?

IOF, Imposto de Renda e taxa de custódia da B3 são os custos e impostos aos quais o Tesouro Prefixado está sujeito.

Entenda cada um deles a seguir.

IOF

Aqui, temos o Imposto sobre Operações Financeiras, que incide somente quando um resgate é feito antes de a aplicação completar 30 dias. Depois desse período, o tributo é zerado e não vai mais afetar o seu investimento.

A tabela do IOF é a seguinte:

DiasIOFDiasIOFDiasIOF
196%680%1163%
293%776%1260%
390%873%1356%
486%970%1453%
583%1066%1550%
1646%2130%2613%
1743%2226%2710%
1840%2323%286%
1936%2420%293%
2033%2516%30+0%

Imposto de Renda

O Imposto de Renda nos títulos do Tesouro Direto segue uma tabela regressiva de alíquota, que favorece aplicações mais longas. Observe:

Prazo do investimentoAlíquota IR sobre o rendimento
Até 180 dias22,5%
De 181 a 360 dias20%
De 361 a 720 dias17,5%
Acima de 720 dias15%

Importante: o imposto incide somente sobre os rendimentos do seu título, não sobre o total (aportes + retornos).

Taxa de custódia da B3

A taxa de custódia nada mais é do que uma tarifa cobrada pela B3, a bolsa de valores brasileira, para guardar os títulos do Tesouro Direto. Além disso, ela existe para remunerar os serviços de informações e movimentações dos saldos. 

Atualmente, ela está em 0,20% ao ano, cobrada de forma proporcional ao tempo em que você mantiver os títulos em sua carteira. Outro detalhe é que ela só é praticada em casos de resgates antecipados, vencimentos ou pagamentos de juros.

Como investir no Tesouro Direto?

Investir no Tesouro Direto é bem simples. Basta você seguir este passo a passo:

  1. Abra conta em um banco, corretora ou na plataforma do Tesouro Direto: o processo é digital e basta informar alguns dados pessoais;
  2. Transfira saldo para a conta recém-aberta: isso pode ser feito via transferência ou Pix. Caso esteja usando seu banco para investir, é só usar o saldo da conta corrente;
  3. Explore os títulos do Tesouro Direto: aqui, lembre-se de analisar os formatos de remuneração, taxas e prazos, para escolher aqueles que melhor se alinharem aos seus objetivos e expectativas;
  4. Emita a ordem de compra: indique quanto você deseja aplicar no título. Posteriormente, você pode fazer novos aportes para deixar o seu investimento mais robusto;
  5. Acompanhe o investimento: caso pretenda manter a aplicação até o fim, não precisa se preocupar com as oscilações que acontecerem no caminho, já que a rentabilidade será a mesma combinada inicialmente.

Vá além do Tesouro Prefixado

De fato, o Tesouro Prefixado tem seu valor dentro de um portfólio. No entanto, ainda assim recomendamos que você dê uma olhada em outras aplicações do Tesouro Direto e da renda fixa como um todo para dar aquela diversificada na sua carteira. Topa?

Se sim, separamos esta sugestão Finclass que pode ser do seu interesse: Renda Fixa Ativa, com Guilherme Cadonhotto. Enquanto muitos investidores lucram com ações, esse conteúdo vai te ensinar a lucrar com a renda fixa.  E mais: não importa se o seu grau de conhecimento seja básico, intermediário ou avançado. Afinal, ao assinar a Finclass, você tem à disposição uma plataforma completa de educação financeira, com mais de 70 conteúdos que vão te ensinar tudo o que precisa saber para se tornar um investidor mais inteligente. Nos vemos por lá!

Guilherme Cadonhotto
Guilherme Cadonhotto
Além de Estrategista da Finclass, Guilherme Cadonhotto é reconhecido como um grande especialista em Renda Fixa. Bacharel em Economia pela FGV e pela Nova School of Business and Economics e mestrando em Economia e Finanças pelo IDP. Tem experiência na gestão de fundos de investimento de Renda Fixa, Crédito Privado e Multimercado, hoje ele ensina seus alunos e seguidores como conseguir, investindo em renda fixa, rendimentos tão grandes (ou até maiores) que os das ações.
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