Não tem erro: quem começa a dar os primeiros passos no mercado de investimentos, procura, antes de tudo, por segurança. Não é à toa que a renda fixa é a modalidade preferida daqueles investidores cujo perfil é conservador, ou seja, que têm baixa tolerância aos riscos financeiros.
Dentre todas as opções de investimentos em renda fixa, o Tesouro Prefixado se destaca como uma das preferidas da população. Afinal, o que pode soar mais seguro do que emprestar dinheiro ao próprio Governo Federal? Aliás, você sabia que este é o destino dos recursos aplicados por quem investe nesses títulos?
Se você ainda não conhece em detalhes o Tesouro Prefixado, siga conosco para descobrir o que é esse título, como ele funciona, suas vantagens e diferenças quando comparado a outros papéis emitidos pelo Governo.
Aliás, recomendamos que você fique por aqui até o fim: no final, vamos explicar por que a Finclass é valiosa para quem deseja dominar a renda fixa e extrair o melhor de seus investimentos.
O que é o Tesouro Prefixado?
O Tesouro Prefixado é um título de investimento emitido pelo Governo Federal, no qual as taxas de juros são conhecidas desde o momento da aplicação. O investidor sabe, portanto, exatamente quanto vai receber ao final do prazo combinado.
O rendimento desse papel é nominal. Ou seja, para saber o valor real do dinheiro resgatado com o acréscimo de juros, é preciso descontar a inflação do momento.
A lógica é simples: o que você compra hoje com R$100 e o que poderia ser comprado com esse mesmo valor, porém 10 anos atrás? Em termos simples, o valor do dinheiro muda com o passar do tempo. Logo, o montante do investimento poderá representar um poder aquisitivo diferente do que representaria hoje.
Como funciona o Tesouro Prefixado?
Ao aplicar no Tesouro Prefixado, o investidor está basicamente emprestando dinheiro ao Governo Federal. O valor é, então, utilizado para desenvolver setores como saúde e educação. Essa captação de recursos é compensada com uma taxa de juros a quem fez a aplicação, que é onde mora o lucro do investidor.
Embora o Tesouro Prefixado — nem nenhum título do Tesouro Direto — seja coberto pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), ele é considerado de baixíssimo risco. Afinal, para que o Governo falte com o seu compromisso de devolver o recurso ao investidor após o prazo de aplicação, uma situação econômica de gravidade extrema precisaria assolar o país — algo que não consta no histórico brasileiro, como veremos mais adiante.
Como você já conhece a rentabilidade desse título, trouxemos alguns outros detalhes importantes para você entender o seu funcionamento:
- Vencimento: o ano de resgate muda anualmente. Por exemplo, em 2023, há opções com vencimento em 2026 e 2029. Há, ainda, opções com prazos mais longos (como 2033), porém, nesse caso, os juros são pagos semestralmente;
- Liquidez: como você já sabe, os juros do Tesouro Prefixado são pagos no momento do resgate da aplicação, ou semestralmente. No entanto, a liquidez desse papel é diária. Caso o investidor decida vendê-lo antes do prazo, irá fazê-lo no mercado secundário. Na prática, isso significa que o valor do título vai depender da marcação a mercado. Em termos bem simples, é quanto o mercado está disposto a pagar pelo papel naquele momento. Caso esse valor seja menor do que aquele pago no momento da aplicação, o investidor não somente perde a rentabilidade dos juros, como ainda sai no prejuízo.
Quais são as vantagens e desvantagens de investir em Tesouro Prefixado?
Mesmo que seja de renda fixa, um investimento ainda apresenta vantagens e desvantagens, tal qual quanto qualquer outro papel. Com o Tesouro Prefixado, é claro, não poderia ser diferente.
Vem conosco entender os pormenores dessa modalidade e aprender a avaliar esse tipo de aplicação.
Vantagens de investir em Tesouro Prefixado
Apenas o fato de ser um investimento em renda fixa já torna o Tesouro Prefixado bastante vantajoso para os investidores, mesmo que o seu rendimento não seja tão alto quanto em títulos de renda variável, como as ações.
No entanto, a lista de benefícios pode ir além. Veja só:
- Segurança: o Brasil tem um histórico bem sólido no que tange ao pagamento de dívidas, e ainda conta com uma série de mecanismos de controle, como o Banco Central, para garantir que as finanças públicas permaneçam em ordem. Por isso, o investimento é considerado de baixo risco e atrativo para quem está começando a investir;
- Acessibilidade: o valor mínimo de investimento no Tesouro Prefixado fica na casa dos R$30, o que o torna bastante acessível para a população. Dessa forma, mesmo quem ainda não esteja se sentindo seguro para aplicar grandes quantias, ou quem ainda não tem todo esse recurso disponível para investir,investir pode começar a fazer o dinheiro render;
- Boa rentabilidade: embora o Tesouro Prefixado não ofereça uma rentabilidade tão alta quanto aquelas dos investimentos de maior risco, é verdade que a porcentagem de juros paga ao investidor é muito melhor do que a da poupança, por exemplo;
- Transparência: o Tesouro Direto compila de forma bem simples e completa as informações referentes aos seus títulos, como características principais e formas de rentabilidade. Essa é uma grande vantagem para o investidor ciente de que as melhores decisões financeiras são aquelas tomadas após uma análise completa da negociação.
Desvantagens de investir em Tesouro Prefixado
Como já mencionado, mesmo os títulos mais seguros da renda fixa, como é o caso do Tesouro Prefixado, podem apresentar riscos e desvantagens para o investidor. Na dúvida se essa opção vale ou não a pena, considere esses pontos antes de tomar uma decisão:
- Falta de proteção contra a inflação: ao investir no Tesouro Prefixado, já se sabe exatamente qual vai ser o valor resgatado futuramente. Ou seja, ele não será corrigido de acordo com a inflação. Para ilustrar melhor a desvantagem, relembramos o exemplo dado anteriormente — o que você compra, hoje, com R$100 não é o mesmo que seria comprado 10 anos atrás. Logo, o que hoje pode parecer uma rentabilidade boa, pode não valer tanto assim no futuro;
- Marcação a mercado: esse fator significa que os títulos do Tesouro Prefixado têm seu preço alterado diariamente, refletindo as variações e oscilações do mercado. Assim, o investidor que se desfazer do papel antes do prazo de resgate, poderá sair no prejuízo, caso seu valor tenha diminuído.
- Tributação: o Imposto de Renda (IR) incide sobre os lucros desse tipo de título, seguindo uma alíquota regressiva. Na prática, aplicações menores que 180 dias sofrerão a incidência de uma porcentagem de 22,5%. Caso o recurso permaneça investido por mais de 721 dias, a taxa cai para 15%.
Quais são as diferenças entre Tesouro Prefixado com e sem juros semestrais?
Quando um título do Tesouro Prefixado conta com juros semestrais, o investidor receberá seus rendimentos, como o nome indica, a cada seis meses. Já as opções sem essa característica pagam os juros apenas no momento do resgate, ao final do prazo combinado.
Os papéis com juros semestrais geralmente são aqueles com maior tempo de aplicação — duração de 10 anos, por exemplo. Assim, o investidor que não deseja esperar tanto por retornos pode optar por essa modalidade com pagamentos mais frequentes.
Quando o Tesouro Prefixado vale a pena?
Primeiramente, para analisar se o Tesouro Prefixado vale a pena, é preciso estar atento às movimentações esperadas para a inflação durante o período de aplicação. Caso as previsões indiquem que a Taxa Selic vai subir, ultrapassando os juros pagos pelo título, então ele deixa de ser uma boa opção de investimento.
Em geral, pode-se dizer que esse papel vale a pena quando a perspectiva da inflação seja menor do que a dos juros do Tesouro Prefixado.
Partindo para outro viés de análise, a aplicação é vantajosa para quem não pretende utilizar o valor antes do prazo de resgate, já que a venda dos papéis pode terminar em prejuízo, dadas as oscilações constantes do mercado.
Por fim, e não menos importante, investidores de perfil conservador podem encontrar no Tesouro Prefixado uma boa opção inicial de aplicação. Afinal, sua dinâmica de desempenho é simples e a rentabilidade definida no princípio da negociação traz mais segurança para quem ainda dá passos financeiros mais incertos.
Como investir em Tesouro Prefixado?
O processo de investimento no Tesouro Prefixado é extremamente simples: basta abrir conta em uma corretora ou banco credenciado a comercializar os papéis do Tesouro Direto, selecionar o título desejado e aplicar o valor que desejar.
Por lei, essas plataformas são obrigadas a disponibilizar ao público informações verídicas e completas sobre cada ativo oferecido. Logo, o investidor terá à mão todos os dados necessários para analisar bem a decisão antes de enviar o dinheiro.
Ainda nesses ambientes, normalmente pode-se encontrar calculadoras de simulação. Dessa forma, pode-se estimar com maior precisão quais serão os ganhos futuros, dependendo do aporte inicial e do tempo de aplicação.
Tesouro Prefixado ou Tesouro Selic: qual é o melhor?
Por mais que esse tipo de decisão dependa bastante do perfil e dos objetivos do investidor, podemos levantar alguns pontos comparativos entre ambas as opções. Para começar, a maior diferença, aqui, é que o Tesouro Selic acompanha a Taxa Selic, como o seu nome indica.
Na prática, isso significa que a rentabilidade da aplicação estará sempre alinhada com a política monetária do país. Dito de forma mais simples, o dinheiro do investidor está protegido contra a inflação e, futuramente, o seu poder aquisitivo não será comprometido. Desse ponto de vista, o Tesouro Selic se destaca como uma opção melhor em relação ao Tesouro Prefixado.
Agora, se a expectativa seja de que a inflação vai cair, ou se o investidor realmente preferir realizar uma aplicação sabendo exatamente quanto receberá no futuro, então o Tesouro Prefixado deve, sim, ser considerado.
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