Rentabilidade atrativa e segurança são alguns dos atributos dos CDBs que os tornam tão populares entre investidores em busca de alternativas em renda fixa para aplicar o patrimônio.
Emitidos por bancos, contam com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) e estão disponíveis no mercado com diferentes prazos, formatos de remuneração e taxas de juros.
Essa descrição básica despertou o seu interesse? Então, siga esta leitura para entender por completo os CDBs e como incluir estes títulos na sua carteira. Com a gente, você vai aprender:
- O que é CDB?
- Quais são os tipos de CDB?
- Como funciona o CDB?
- Quais são os custos para investir em CDB?
- Quais são as vantagens e os riscos de investir em CDB?
- Investir em CDB é seguro?
- Vale a pena investir em CDB?
- Como investir em CDB?
Não saia do artigo sem aproveitar uma vantagem extra, reservada para o final: separamos algumas sugestões de onde você pode seguir a sua jornada de aprendizado sobre CDBs e renda fixa!
O que é CDB?
CDB é a sigla para Certificado de Depósito Bancário — um título emitido por bancos, que o disponibilizam como forma de captar recursos e financiar suas atividades. Cada CDB apresenta taxas, prazos e formatos de rentabilidades distintos, assim, o investidor lucra por meio do acréscimo de juros ao capital aplicado no título.
Os CDBs pertencem à classe de títulos de renda fixa, ou seja, oferecem maior previsibilidade de ganhos. Além disso, contam com a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) — um mecanismo de proteção que reembolsa até R$250.000,00 por CPF e por instituição, caso uma emissora quebre ou não consiga pagar seus investidores. Atenção: esse ressarcimento não é automático e deve ser solicitado pelo próprio titular do CDB.
Dadas essas características — estabilidade e previsibilidade, os CDBs são bastante buscados por perfis conservadores e moderados.
Quais são os tipos de CDB?
Os CDBs estão disponíveis em três formatos de remuneração: prefixado, pós-fixado e híbrido. Cada um oferece uma forma distinta de calcular os rendimentos, permitindo ao investidor escolher conforme suas expectativas e perfil de risco.
Entenda melhor:
CDB prefixado
Os CDBs prefixados remuneram os investidores a partir de uma taxa de juros fixa, combinada no momento da aplicação. Por isso, desde o início se sabe com certeza quanto o dinheiro vai render no futuro.
Nesse caso, a desvantagem é que os rendimentos não acompanham a inflação. Por isso, o investidor pode ver o seu patrimônio perder valor futuramente.
Por exemplo, se você investir R$10.000 em um CDB prefixado com taxa de 8% ao ano e a inflação durante esse período for de 6% ao ano, seu rendimento real será de apenas 2% ao ano.
Isso significa que, apesar de seu dinheiro estar crescendo nominalmente, o poder de compra poderá estar diminuindo ao longo do tempo, já que os preços dos bens e serviços estão aumentando a uma taxa maior.
CDB pós-fixado
A rentabilidade dos CDBs pós-fixados estão atrelados ao CDI. Dessa maneira, não é possível saber de antemão quais serão os lucros exatos no fim do prazo combinado. Porém, há uma vantagem: é certo que o investimento vai, pelo menos, se aproximar da taxa básica de juros.
Considerando um CDI de 10,40% ao ano, por exemplo, e um CDB que renda 100% dessa taxa, o rendimento acompanhará a porcentagem ao longo do tempo. Se o CDI aumentar, seu investimento também renderá mais, protegendo parcialmente seu poder de compra contra a inflação.
Vamos supor que você invista R$10.000 por um ano em um CDB pós-fixado que rende 100% do CDI. Nesse caso, o rendimento bruto seria de R$1.040. Isso significa que, ao final de um ano, seu investimento totalizaria R$11.040, antes do desconto do Imposto de Renda. Lembre-se: a taxa do IR varia de 22,5% a 15% sobre os rendimentos, dependendo do tempo de aplicação, o que reduz o ganho líquido final.
CDB híbrido
A versão híbrida de rendimento combina características prefixadas e pós-fixadas. Na prática, significa que uma parte da rentabilidade virá de uma taxa de juros fixa, enquanto a outra será corrigida pela inflação, de acordo com um índice econômico — geralmente o IPCA.
Por exemplo: se você investir R$10.000 em um CDB híbrido com uma parcela prefixada de 8% ao ano e o IPCA acumulado no ano for de 4,62%, a rentabilidade total seria a soma dessas duas partes.
Ao final de um ano, o rendimento bruto seria de aproximadamente R$1.262, somando os R$800 da taxa fixa (8% de R$ 10.000) e R$462 da correção pela inflação (4,62% de R$10.000). Assim, ao encerrar esse período ilustrativo, o valor total acumulado seria de R$11.262, protegendo o poder de compra do seu dinheiro contra a inflação e oferecendo um retorno superior ao de investimentos puramente prefixados.
Como funciona o CDB?
Um CDB funciona assim: ao investir neste título, é como se estivesse “emprestando” dinheiro ao banco, que utiliza os recursos para financiar suas atividades. O investidor, por outro lado, recebe o valor aportado com um acréscimo de juros, no fim do prazo combinado.
Entenda em detalhes cada um dos atributos dos CDBs.
Prazo de vencimento
No momento da aplicação, é possível escolher entre diferentes prazos de vencimento, variando desde meses até anos.
Atenção: CDBs com prazos mais longos tendem a oferecer taxas de juros mais atrativas, mas em contrapartida, o dinheiro fica indisponível para resgate até o término do prazo combinado. Por isso, é importante que o investidor alinhe o prazo com seus objetivos financeiros e necessidades de liquidez, para evitar resgates antecipados, que podem resultar em perda de rendimento ou no pagamento de tributações extras.
Prazo de carência
Alguns CDBs contam com um prazo de carência — um período no qual o investidor fica impossibilitado de resgatar o dinheiro aplicado. Então, antes de fazer uma aplicação, fica o alerta para que você se atente a esse detalhe, e esteja certo sobre quais são os seus objetivos financeiros ao investir e sobre não precisar do dinheiro em caso de emergência.
Valor mínimo para investimento
O valor mínimo de aplicação vai depender da instituição emissora do CDB. No entanto, o investidor não tem com o que se preocupar: há alternativas de todos os tamanhos, desde opções a R$10 até títulos mais caros.
Rentabilidade
O formato de rentabilidade de um CDB vai depender da opção escolhida pelo investidor: se é prefixada (segue uma taxa de juros fixa), pós-fixada (atrelado ao CDI) ou híbrido (uma parte é fixa e outra corrigida pelo IPCA). A grande vantagem é que, em geral, os rendimentos de um CDB superam os ganhos da poupança, principalmente em momentos de taxa Selic alta.
Liquidez
Os CDBs são ativos conhecidos por estarem disponíveis em diversos graus de liquidez — aqueles de liquidez diária, por exemplo, são bastante populares. Com títulos assim na carteira, o investidor pode resgatar o dinheiro aplicado com mais facilidade — tudo a depender das condições específicas do investimento.
Importante: antes de fazer uma aplicação, tenha certeza sobre as características do CBD escolhido, como prazo de vencimento, liquidez e carência. Se um CDB tiver um prazo mais longo, por exemplo, você pode ter prejuízos ou ter que arcar com a perda de valor do título para ter liquidez.
Quais são os custos para investir em CDB?
Ao aplicar em CDBs, o investidor tem dois custos que podem impactar o seu rendimento: o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e o Imposto de Renda (IR).
Entenda quando exatamente eles incidem sobre o investimento:
IOF
O IOF é uma cobrança que incide somente sobre investimentos resgatados em menos de 30 dias após a aplicação. Dessa maneira, a alíquota começa em 96% (caso o saque antecipado seja feito um dia após a aplicação) e termina em 0% (no 30º dia após a aplicação).
Imposto de Renda
A alíquota do Imposto de Renda, por outro lado, segue uma dinâmica regressiva. Observe a tabela abaixo para entender melhor:
Tempo de investimento | Alíquota |
Até 180 dias | 22,5% |
De 181 a 360 dias | 20% |
De 361 até 720 dias | 17,5% |
Acima de 720 dias | 15% |
Note que a incidência do Imposto de Renda afeta unicamente a rentabilidade do CDB, não o investimento total. O mesmo vale para o IOF.
Quais são as vantagens e os riscos de investir em CDB?
Dentre as vantagens dos CDBs, temos a possibilidade de alta liquidez de alguns títulos, a diversificação de portfólio, a rentabilidade maior que a da poupança e a previsibilidade de rendimentos. Quanto aos riscos, o investidor precisa estar atento ao risco de crédito, de mercado e de liquidez.
Siga conosco para conhecer cada um deles em detalhes:
Vantagens de investir em CDB
Quando você investe em CDBs, consegue se valer destes pontos positivos:
- Alta liquidez: a depender do CDB, é possível até mesmo se valer de liquidez diária, ou seja, da possibilidade de resgatar o dinheiro aplicado sempre que precisar;
- Diversificação: fortalece o equilíbrio entre risco e retorno do portfólio quando combinado com outros ativos, seja de renda fixa ou variável;
- Rentabilidade: geralmente rende mais que a poupança e, no mercado, há alternativas com várias taxas de juros para o investidor escolher;
- Previsibilidade: por ser um título de renda fixa, é possível saber de antemão de que maneira o seu dinheiro vai render até o fim do prazo de vencimento.
Riscos de investir em CDB
Já em relação aos riscos atrelados aos CDBs, temos:
- Risco de crédito: a possibilidade de o banco emissor do título quebrar, sem arcar com o pagamento dos juros combinados ou do valor total do investimento;
- Risco de mercado: quando fatores como mudanças nas taxas de juros interferem no rendimento do título;
- Risco de liquidez: resgates feitos antes do prazo do vencimento podem te causar prejuízos ou causar a desvalorização do título caso ele seja vendido no mercado secundário, a depender das condições dos CDBs.
Investir em CDB é seguro?
Sim! Afinal, o CDB é uma aplicação de renda fixa, que oferece aos investidores rentabilidade mais previsível. Além disso, conta com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que ampara o investidor em caso de inadimplência da empresa emissora em até R$250.000,00 por CPF e por instituição.
No caso dos CDBs emitidos por bancos mais sólidos, há ainda uma camada extra de segurança, já que instituições do tipo se destacam por sua estabilidade.
Vale a pena investir em CDB?
Para os investidores que desejam agregar ao portfólio ativos com mais segurança e previsibilidade, investir em CDBs vale, sim, muito a pena. Por mais que sejam frequentemente recomendados para perfis conservadores, também são válidos para aqueles que desejam aumentar a fatia da carteira destinada à renda fixa.
Aos conservadores, existe a vantagem de se valer de uma aplicação tão segura quanto a poupança, mas que costuma render mais que a caderneta. Aproveitando o assunto da rentabilidade, cabe dizer que os juros pagos ao investidor variam de acordo com a instituição bancária que está emitindo o título. Assim, há diferentes alternativas para escolher — lembre-se: juros mais altos resultam em rendimentos maiores, mas também implicam em investimentos mais arriscados, já que os títulos são emitidos por bancos menores.
Dada a liquidez diária que alguns CDBs oferecem, a aplicação também pode ser útil para aqueles que pretendem utilizar o dinheiro no curto prazo ou que simplesmente querem alocar parte do patrimônio em ativos mais líquidos — para construir uma reserva de emergência acessível, por exemplo.
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Como investir em CDB?
Para investir em um CDB, basta seguir esse passo a passo simples:
- Defina quais são os seus objetivos financeiros e respectivos prazos;
- Escolha os CDBs de acordo com o seu perfil de investidor;
- Compare diferentes alternativas de títulos, avaliando taxas de juros, prazos, formato de remuneração e banco emissor;
- Abra conta em uma corretora de valores ou em um banco;
- Acesse os CDBs escolhidos e informe qual a quantia será aplicada no título.
Dá uma olhada no que fazer em cada etapa abaixo.
1 – Definir objetivos financeiros
Tenha clareza sobre os seus objetivos ao investir. Quando você sabe quais são as suas metas, bem como de quanto tempo e dinheiro precisa para alcançá-las, fica mais fácil tomar decisões inteligentes na hora de montar o seu portfólio. Ou seja, a escolha dos CDBs, dos prazos e das remunerações é otimizada.
2 – Escolher os CDBs
É importante que a sua seleção de títulos esteja de acordo com o seu perfil do investidor, que pode ser:
- Conservador: a segurança é a prioridade, por isso, busca investimentos de baixo risco e retornos previsíveis;
- Moderado: investe equilibrando rentabilidade e segurança, e aceita assumir riscos baixos em nome de retornos mais altos;
- Arrojado: os investimentos com maior potencial de retorno são a prioridade deste investidor, que se sente confortável em assumir riscos mais altos;
- Agressivo: faz investimentos de grande risco e aplica em ativos de alta volatilidade, já que a sua meta é maximizar os ganhos.
Em geral, os CDBs são bastante adequados para perfis conservadores e moderados, já que são títulos de renda fixa e, portanto, são mais previsíveis. No entanto, quando um banco menor é o responsável pelo título, o risco é mais alto. Ao mesmo tempo, analisar se a alternativa é uma boa oportunidade de investimento se torna uma tarefa mais difícil. Na dúvida, opte pela estabilidade.
3 – Comparar alternativas de títulos
Diferentes CDBs vão oferecer prazos e formatos de remuneração distintos. Por isso, na hora de fazer a comparação, verifique a taxa de juros, qual a liquidez do título e se a dinâmica de rendimento será prefixada, pós-fixada ou híbrida.
Além disso, se o CDB for pós-fixado, esteja atento à taxa CDI como referência da comparação, uma vez que, neste formato, o investimento oferece um percentual deste indicador, que também pode variar.
Por fim, antes de seguir para o próximo passo, considere as taxas administrativas e a alíquota do Imposto de Renda, que vão incidir sobre o seu rendimento.
4 – Abrir conta em uma corretora de valores ou banco
Esse passo é simples: abra conta em uma corretora de valores autorizada pela B3, responda ao questionário para descobrir o seu perfil de investidor, transfira fundos para esta conta e comece a investir.
Nos bancos que oferecem a possibilidade de realizar investimentos, é possível realizar a aplicação na mesma plataforma onde você tem sua conta corrente, por exemplo.
5 – Fazer o aporte no CDB
Após selecionar o CDB desejado, informe qual é a quantia de dinheiro que deseja aportar e finalize a aplicação. Neste mesmo ambiente, você pode eventualmente conferir o rendimento da aplicação.
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