Se a ideia de uma moeda digital fosse levantada três ou quatro décadas atrás, como o conceito soaria? Futurístico? Improvável? Essas são alternativas perfeitamente plausíveis, especialmente se considerarmos que, mesmo hoje, uma fatia bem grande da população ainda não está familiarizada com as criptomoedas — e alguns países inclusive as consideram como proibidas.
De qualquer forma, o bitcoin é uma realidade bastante promissora. Afinal, embora já tenha valido centavos, hoje pode ser considerado um ativo milionário. Dá pra acreditar?
Se o seu entendimento sobre o assunto não é profundo o suficiente para opinar apropriadamente, recomendamos que siga nesta leitura para descobrir:
- O que é o bitcoin;
- Como ele funciona;
- Se vale a pena comprar em 2024;
- Como fazer essa compra;
- Vantagens e riscos;
- História do bitcoin.
Basicamente, um guia completo sobre o tema. E mais: no final, ainda apontamos o caminho para quem deseja seguir se aprofundando nas criptomoedas, a fim de incluí-las no seu portfólio! Bora?
O que é bitcoin?
Em poucas palavras, o bitcoin pode ser descrito como a primeira e a mais conhecida moeda virtual, ou criptomoeda, do mundo. Trata-se, como o real, o dólar ou o euro, de uma forma de dinheiro que pode ser usada para adquirir produtos ou serviços, ou guardada como reserva de valor. A grande diferença está no fato de ser um ativo totalmente digital. Isto é, não possui forma física tangível. Não é impresso em forma de papel-moeda.
Além disso, o bitcoin também se distingue por ser uma moeda descentralizada. Ao contrário das moedas tradicionais, não é emitido por nenhum governo e suas operações não são intermediadas por nenhuma instituição financeira. Assim, nenhum banco ou governo pode influenciar em sua valorização ou produção.
A história do bitcoin é relativamente recente e repleta de lendas. O ativo foi mencionado pela primeira vez em um “white paper” (documento que introduz e guia os leitores sobre o funcionamento de um tema em específico) em um fórum aberto ou em uma lista de mailing — a depender da versão — em 31 de outubro de 2008, com o título “Bitcoin: um sistema de efetivo eletrónico usuário-a-usuário“, por uma pessoa (ou um grupo) sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto.
O fato do ativo ter surgido na cola da crise financeira de 2008, sugere que tenha sido criado com princípios políticos, como uma alternativa ao sistema financeiro convencional. Restrito inicialmente a uma pequena comunidade interessada em criptografia, os 50 primeiros bitcoins minerados tinham um valor praticamente simbólico (US$0,00076). Menos de 15 anos depois, em março de 2023, essa moeda bateu seu recorde histórico sendo cotada acima de US$70 mil.
Entre polêmicas, sucessos e episódios curiosos, a ainda curta história do bitcoin é marcada por inúmeras datas simbólicas e mistérios. O maior deles provavelmente ainda é a identidade de Satoshi Nakamoto.
No dia 26 de abril de 2011, o nome por trás da criação da primeira criptomoeda fez sua última aparição na internet, orientando Gavin Andresen, um dos desenvolvedores pioneiros da moeda digital a deixar de citá-lo como uma “figura misteriosa”, e se concentra em falar sobre a revolução propiciada pelo blockchain, de modo que o bitcoin deixa-se de ser visto como uma “moeda pirata” . Deixava claro que não queria assumir nenhum papel de protagonista ou anti-herói. Os holofotes deviam estar em sua criação.
Desde então, Sakamoto não apenas sumiu, como jamais registrou movimento em sua carteira digital, onde estão armazenados 1 milhão de bitcoins. Apesar de sua fortuna estimada o posicionar como uma das pessoas mais ricas do mundo, ele/ela/eles/elas nunca tocou em um só centavo desse dinheiro.
Como o bitcoin funciona
As transferências de bitcoins são feitas por um sistema “peer-to-peer“, uma arquitetura de rede onde computadores se comunicam diretamente entre si, sem a necessidade de um intermediador. Esse é o mesmo princípio, por exemplo, do Torrent (utilizado para compartilhamento de arquivos) ou do Skype (usado para compartilhamento de vídeo e voz). Assim, é possível enviar valores a um terceiro, sem que esses recursos passem antes por um banco ou instituição intermediária para conectar depositante e depositário.
Tanto a emissão de novos bitcoins, quanto às operações com essa moeda são feitas por meio de criptografia, usando uma tecnologia chamada “blockchain” (“cadeia de blocos”, em tradução literal), uma espécie de livro aberto e imutável, onde as movimentações de cada unidade de moeda em circulação são registradas para verificação pública.
Esse trabalho de auditoria contínua é garantido pelos chamados “mineradores”, conceito também introduzido pioneiramente pelo bitcoin. Em alusão aos mineradores do mundo real, os mineiros de criptomoedas são desenvolvedores que usam seu poder computacional para processar dados complexos de transações, em troca de bitcoins. Para deixar tudo mais claro, permita-nos explicar o processo de mineração em etapas:
1. Criação de blocos
As transações de criptomoedas são agrupadas em grandes blocos.
2. Prova de trabalho
Os mineradores competem entre si para validar essas transações e adicionar um novo bloco à blockchain. Isso exige a resolução de problemas matemáticos complexos, conhecidos como “prova de trabalho” (proof-of-work, no original em inglês). Essas decodificações exigem um alto poder computacional, mas sua solução é facilmente verificável.
3. Validação e recompensas
Quando um minerador encontra a solução para o problema, ele pode validar o novo bloco pela rede, recebendo uma quantia determinada de bitcoins como recompensa pelo trabalho;
4. Criação de novas unidades
Automaticamente, ao validar as transações, a mineração também cria novas unidades de bitcoins. Importante citar, que o número máximo de bitcoins que podem ser mineradas é de 21 milhões. Essa quantia determinada desde a invenção da criptomoeda em 2008, é uma forma de manter seu valor.
Importante citar que o número de moedas mineradas é cadenciado por um evento chamado “halving”, que periodicamente reduz as recompensas dos mineiros, mantendo a demanda da moeda em alta, como um mecanismo de deflação.
Mas não coloquemos a carroça à frente dos bois. Falaremos mais sobre o halving a seguir. Spoiler: a proximidade desse evento é um dos motivos pelos quais 2024 deve ser um ano histórico para quem investe em bitcoins.
Vale a pena comprar bitcoin em 2024?
A depender das previsões do mercado, a resposta é um sonoro “SIM”. Desde 2023, muitos analistas já previam que o ano que viria seria um marco na história do Bitcoin. Em 8 de março, essas previsões parecem ter sido consolidadas, com a criptomoeda alcançando seu recorde de preço histórico, sendo cotada acima de US$70 mil.
Se você perdeu esse momento, a boa notícia é que esse está longe de ser o teto previsto. Ou seja, ainda dá tempo de embarcar nesta aventura. Grosso modo, há uma expectativa de que a moeda virtual rompa a barreira dos US$100 mil até o fim de 2024 — e olha que, para evitar cair em euforia, nem sequer estamos falando das previsões mais otimistas. Longe disso.
Esse otimismo — que já deu indícios de se confirmar — está embasado em uma série de fatores singulares que, juntos, parecem compor o cenário ideal para que 2024 se converta em grande ano para investidores interessados em bitcoins: a proximidade do próximo halving, a aprovação dos primeiros ETFs de moeda digital, e o provável fechamento da curva de juros nos EUA.
Mas calma, não tenhamos pressa. Abaixo explicaremos como cada um desses fatores pode impactar positivamente na valorização do rei das criptomoedas: o bitcoin.
Novo Halving
Conforme adiantamos, a iminência de um novo halving em abril de 2024 é considerado o principal motivo para a valorização do bitcoin. Mas, afinal, o que significa esse conceito?
Na falta de um termo melhor, o halving pode ser traduzido de forma aproximada como “cortar pela metade” ou “reduzir à metade”. Trata-se de um mecanismo integrado ao protocolo do bitcoin por seu inventor, Satoshi Nakamoto, como um meio de manter e aumentar o valor da moeda com o passar dos anos.
Na prática, o halving é um processo que reduz pela metade o número de bitcoins novos pagos aos mineiros como recompensa por seu serviço de manutenção do blockchain, sempre que são desbloqueados um total de 210 mil blocos de transações. Esse processo passa por uma lógica bastante simples e inteligente: ao reduzir o número de novas moedas, as bitcoins tornam-se cada vez mais escassas, diminuindo as chances de adquiri-las sem ter que negociá-las com um terceiro.
Caminhando em um sentido contrário das moedas convencionais que perdem poder de compra a cada nova emissão, a primeira criptomoeda do mundo foi criada para ser uma moeda deflacionária e um bem limitado que se torna cada vez mais valiosa, conforme se aproxima de sua última emissão. Até o momento, já foram criadas cerca de 19.6 milhões dessas moedas, de um total de 21 milhões de possíveis. A última unidade está calculada para ser minerada no ano de 2.140.
Atualmente, a cada 10 minutos os mineiros finalizam um bloco na blockchain, recebendo 6,25 bitcoins como pagamento. A partir do próximo halving, essa recompensa será cortada pela metade, passando para 3,125 bitcoins a cada dez minutos. Essa diminuição, contudo, é compensada pela valorização do bitcoin. Vale citar ainda que a dificuldade da mineração é ajustada automaticamente, garantindo que o ritmo seja mantido dentro do originalmente previsto.
Embora existam críticos que defendam que a escassez fabricada não seja capaz, sozinha, de gerar valor subjacente, a história mostra que em todos os 3 halvings até agora, esse processo funcionou à perfeição, conforme os números abaixo:
Halving / Ano | Recompensa dos mineiros | Valorização aproximada do bitcoin |
2012 | 25 | 30.000% |
2016 | 12,5 | 800% |
2020 | 6,25 | 700% |
Fonte: CNN EUA
Para esclarecer a tabela acima, faz-se necessário destacar que o primeiro bloco foi minerado em 2009, rendendo 50 bitcoins de recompensa aos mineiros. Seguindo o esquema projetado por Nakamoto, em 2019, com a adição dos primeiros 210 mil blocos, esse prêmio caiu pela metade (25). Por fim, a evolução percentual dos preços acima considera o período de um ano antes e um ano após a data do halving em questão, medindo tanto a demanda antes, quanto após o evento.
Por mais que a velha máxima de que rendimentos passados não são garantia de lucro futuro deva sempre ser levada a sério, não dá para negar que a valorização do bitcoin nos meses que antecedem o quarto halving é um sinal de que a história pode estar se repetindo.
Aprovação de ETFs de bitcoin nos EUA
Além do halving, 2024 também já entrou para história por outro evento singular: a aprovação dos Exchange Traded Funds (ETFs) de Bitcoins pela Securities Exchange Commission (SEC) — a agência reguladora do mercado de capitais dos Estados Unidos. Isso é visto como um momento chave, já que agora as criptomoedas, até então mantidas como algo à parte do mercado financeiro tradicional, romperam essa barreira e passaram a ser indiretamente negociadas em bolsas de valores norte-americanas, assim como as ações.
Conhecidos no Brasil como “Fundos de Índice”, os ETFs podem ser descritos como fundos de investimento que buscam espelhar ou acompanhar o desempenho de um indicador de mercado ou de um segmento específico. Existem fundos que seguem, por exemplo, a performance geral de bolsas de valores, setores econômicos ou mesmo commodities, como metais preciosos. Agora, pela primeira vez, estão permitidos Exchange Traded Funds que acompanham as flutuações de uma moeda virtual, no caso, o bitcoin.
Os primeiros 11 ETFs de bitcoins aprovados pela SEC já estão sendo livremente negociados desde 14 de janeiro de 2024. São eles:
Nome | Ticker (código de negociação) | Bolsa de valores onde está listado |
ARK 21Shares Bitcoin ETF | ARKB | NYSE |
Bitwise Bitcoin ETF | BITB | NYSE |
Fidelity Wise Origin Bitcoin Trust | FBTC | NYSE |
Franklin Bitcoin ETF | EZBC | NYSE |
Grayscale Bitcoin Trust | GBTC | NYSE |
Hashdex Bitcoin ETF | DEFI | NYSE |
Invesco Galaxy Bitcoin ETF | BTCO | NYSE |
iShares Bitcoin Trust | IBIT | Nasdaq |
Valkyrie Bitcoin Fund | BRRR | Nasdaq |
VanEck Bitcoin Trust | HODL | NYSE |
WisdomTree Bitcoin Fund | BTCW | NYSE |
Com a abertura do mercado financeiro tradicional para os bitcoins, a expectativa é que a demanda pelas criptomoedas seja cada vez maior, uma vez que a praticidade de investir em moedas virtuais pode atrair investidores mais convencionais. Além disso, agora esses ativos também podem ser recomendados por consultores financeiros a seus clientes e os investidores têm um meio relativamente mais seguro para armazenarem suas moedas digitais.
Vale citar que o mercado norte-americano não está sozinho nesta. Além dos EUA, a autoridade reguladora de Hong Kong também deu sinal verde para a oferta de ETFs de Bitcoins. Mais recentemente, em 11 de março, a bolsa de valores de Londres, a London Stock Exchange (LSE), também informou estar disposta a dar as boas-vindas a produtos atrelados as duas maiores criptomoedas do mercado, o bitcoins e o ethereum, nos próximos meses.
Queda nas taxas de juros norte-americanas
Por último, as expectativas de corte nas taxas de juros nos Estados Unidos podem ser a cereja do bolo para quem investe ou pretende investir em bitcoins em 2024.
Após um 2023 em que os EUA mantiveram suas taxas de juros em alta, no maior patamar dos últimos 22 anos, espera-se que esse valor tenha atingido o teto e que o Federal Reserve (o banco central dos EUA) faça algum corte ao longo deste ano.
Caso a taxa de juros realmente seja reduzida — ou mesmo se mantenha estável neste ano —, o bitcoin pode tornar-se em uma aplicação bastante atrativa para investidores tradicionais, já que seu mecanismo programado de escassez pode ser usado como estratégia de hedge (proteção) contra a perda de valor de compra das moedas tradicionais.
Além disso, existe um movimento natural de realocações de aplicação em renda variável sempre que há expectativas de queda nas taxas de juros.
Por fim, mas não menos importante, existe a chance de os EUA e outras grandes economias entrarem em recessão a partir da segunda metade de 2024, como efeito defasado aos constantes aumentos na taxa de juros desde a pandemia. De igual modo, novas falências de bancos — como as de 2023 — não são descartadas. Qualquer um desses dois fatores, crises bancárias ou econômicas, pode intensificar a inflação, na medida em que obrigaram o governo a imprimir mais dinheiro. Como moeda descentralizada, o bitcoin é imune a esses riscos.
Explicados os três grandes motivos pelos quais o bitcoin tem tudo para brilhar em 2024, vale sempre a ressalva de que estamos falando de um ativo extremamente volátil. As expectativas podem ou não se concretizar, independentemente dos eventos acima citados. Embora tudo indique uma subida acentuada no preço dessas criptomoedas, muitas vezes o otimismo do mercado pode levar a previsões exageradas. Em 2017, o especialista em cibersegurança, John McAfee, por exemplo, chegou a prever que o bitcoin bateria US$500 mil em 2020. Nada mais longe do real.
O bitcoin é regulado no Brasil?
O bitcoin não só está sujeito a regulamentação no país, como o Brasil está na vanguarda do movimento que visa regulamentar esses ativos virtuais, sendo um dos primeiros países do mundo a aprovar uma lei específica sobre criptomoedas. Apesar disso, ainda existem muitos pontos da legislação que seguem em aberto.
O primeiro passo para a regulamentação foi a sanção da Lei Nº 14.478/22, o chamado “Marco Legal das Criptomoedas”, em dezembro de 2022 e sua posterior efetivação em 20 de junho de 2023.
Via de regra, a legislação já em vigor discorre sobre a necessidade das prestadoras de serviços de ativos virtuais (exchanges) serem autorizadas a operar no Brasil, e seu alinhamento, principalmente, à Lei de Prevenção à Lavagem de Dinheiro (Lei nº 9613/98). Entre as medidas que precisam ser acolhidas por essas empresas estão, por exemplo, a coleta de informações sobre os clientes, o registro das operações, e as declarações de atividades suspeitas, entre outras.
Além disso, o texto acrescentou um novo tipo de crime de estelionato vinculado exclusivamente às criptomoedas, ao Código Penal, atribuindo multa e 4 a 8 anos de prisão para quem “organizar, gerir, ofertar ou distribuir carteiras ou intermediar operações envolvendo ativos virtuais, valores mobiliários ou quaisquer ativos financeiros com o fim de obter vantagem ilícita em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento“.
Entre as medidas mais recentes, ficou decidido, por decreto, que o Banco Central é a entidade reguladora do mercado de cripto ativos, enquanto a eventual negociação de ativos na bolsa será regulada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
No momento (março de 2024), o Banco Central trabalha na segunda etapa de regulamentação de criptomoedas: a “regulação infralegal”, pela qual serão definidos decretos regulamentares, atos normativos, portarias e instruções mais específicas sobre o tema.
Além disso, ainda corre no Congresso Nacional, o Projeto de Lei (PL) 4932/2023, que discute a necessidade de separação patrimonial das exchanges que operam com cripto ativos dos recursos de seus clientes.
Como comprar bitcoins?
Uma das dúvidas mais comuns de quem pretende começar a investir em bitcoins é justamente como comprá-las ou consegui-las. A boa notícia é que, conforme esse tipo de dinheiro vai ganhando força, o mercado tem organicamente criado novas maneiras para negociá-lo. Prova ainda fresca disso, você já sabe, é a inserção dos ETFs de bitcoins na NYSE e na Nasdaq (as duas maiores bolsas de valores do mundo) no começo deste ano.
Portanto, se você está considerando comprar seus primeiros bitcoins, mas não sabe ainda por onde começar, acompanhe-nos. Abaixo, listamos as quatro principais formas para isso:
- Exchanges de criptomoedas
Comprar bitcoins por meio de uma exchange talvez seja o caminho mais prático para quem já está habituado a investimentos tradicionais, mas ainda não tem experiência com criptomoedas. Isso porque as exchanges nada mais são do que uma espécie de corretora especializada em criptoativos.
Entre outras tantas, algumas das exchanges mais conhecidas disponíveis no Brasil incluem a Binance, BityBank, Foxbit, Mynt e NovaDax. O processo de cadastro nestas plataformas é similar, para não dizer idêntico, ao de abrir conta em uma corretora convencional. Basicamente, é preciso preencher seus dados pessoais e apresentar os documentos solicitados.
Após concluir o registro, tudo o que você precisa fazer é transferir dinheiro para sua conta e comprar seus bitcoins, seguindo as instruções da plataforma da exchange. Sua ordem de compra pode ser pelo preço de mercado atual ou por uma ordem limite, especificando o valor máximo que você está disposto a pagar. Depois de concluir a compra, seus bitcoins serão armazenados em sua carteira digital dentro da plataforma.
A partir de sua carteira, você pode administrá-los como quiser: mantê-los, vendê-los ou transferi-los. Tudo de forma extremamente prática, rápida e intuitiva.
- P2P (peer-to-peer)
Mais do que apenas um método para comprar criptomoedas, o peer-to-peer é a própria essência e filosofia por trás da criação do bitcoin. Esse sistema consiste na transferência de moedas virtuais entre diferentes usuários sem a mediação de uma instituição centralizada, como uma exchange. Essa troca é tão simples quanto o envio de um e-mail e geralmente é realizada sem custos, além de ser totalmente privada, pois não requer cadastro.
Nesse caso, um usuário transfere uma quantidade determinada de dinheiro para outro que possui bitcoins, recebendo em troca a chave da criptomoeda em sua carteira digital (digital wallet). A responsabilidade pela custódia dos bitcoins fica completamente a cargo do próprio usuário, que precisa memorizar ou manter em um lugar seguro uma chave de 12 a 24 palavras, irrecuperável e imutável.
Apesar do risco envolvido, muitos defendem que o peer-to-peer é a forma mais segura de negociar e armazenar moedas virtuais, já que o dinheiro não fica sob controle de uma corretora, que pode falir ou desaparecer com os recursos dos clientes.
Existem diversas formas de comprar bitcoins por meio do peer-to-peer. Isso pode ser feito, por exemplo, buscando grupos de Telegram ou Discord criados para compra e venda de criptomoedas, por contato direto (telefone, e-mail, entre outros), pessoalmente ou por meio de plataformas criadas para conectar compradores e vendedores de criptomoedas.
- Caixas eletrônicos de bitcoin
Os caixas eletrônicos de Bitcoin são livremente inspirados nos caixas eletrônicos convencionais. Podem ser descritos como máquinas que permitem o “saque de moedas digitais”. Na prática, esses pontos permitem que os usuários comprem moedas virtuais usando dinheiro, cartão de crédito ou débito.
Após inserir o valor desejado, o usuário precisa digitalizar o QR Code de sua carteira digital ou solicitar a impressão do recibo com os códigos e as instruções para transferir os ativos comprados para sua carteira.
Alguns desses caixas eletrônicos oferecem funcionalidade bidirecional, possibilitando tanto a compra de Bitcoins quanto sua venda por dinheiro. É importante mencionar que essas máquinas cobram comissões, que variam entre 3 e 8% sobre o valor total da operação.
Embora seja um serviço relativamente novo — a primeira máquina foi instalada em Vancouver, no Canadá, em outubro de 2013 — o número de caixas eletrônicos de Bitcoin tem crescido rapidamente, tendo o potencial de se tornarem uma das formas mais populares de negociar moedas virtuais.
Segundo o Coin ATM Radar, uma plataforma que mapeia todos os ATMs (Automated Teller Machine) de bitcoin ao redor do mundo, só nos Estados Unidos existem mais de 32 mil dessas máquinas. Na Europa são quase 2 mil espalhadas em quase todos os países. No Brasil existem 9 — 5 em São Paulo, e outras 4 no Rio de Janeiro.
- Fundos de bitcoin
Para investidores com conhecimento limitado sobre criptomoedas, existe outra opção bastante prática para começar a se expor ao bitcoin: os fundos de investimento.
Desde 2018, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) permite que fundos de investimento brasileiros invistam indiretamente em criptomoedas negociadas no exterior, por meio da compra de derivativos ou cotas de outros fundos, por exemplo.
Essa é uma boa alternativa, principalmente para investidores mais tradicionais ou para quem não se sente seguro para investir em bitcoin e acompanhar seu desempenho de perto, já que essas tarefas ficam a cargo de um gestor profissional com domínio sobre o mercado de moedas virtuais.
Como mencionado anteriormente, quem possui conta internacional agora também tem a oportunidade de adquirir cotas de ETFs de bitcoin listados nas principais bolsas de valores norte-americanas.
Antes de investir por meio de fundos, é preciso apenas ter o cuidado de considerar alguns fatores básicos como: o histórico do fundo e do gestor, as taxas cobradas, os custos de transferências internacionais em caso de ETFs negociados nos EUA, entre outros.
- Mineração
Você compraria bitcoins se tivesse a chance de simplesmente “encontrá-los”? Certamente não, correto? É por isso que muitas pessoas, ao começar a explorar as criptomoedas, têm a ilusão de enriquecer minerando a partir do conforto de suas casas.
Por mais que isso não seja impossível, a verdade é que quem está pensando em começar agora perdeu o momento oportuno. Em 2010, quando os bitcoins tinham um valor simbólico, era possível minerá-los com um computador pessoal relativamente simples. No entanto, esse cenário mudou drasticamente.
Com o passar do tempo, a dificuldade dos processos de decodificação aumentou consideravelmente, e a valorização exponencial dos bitcoins levou o mercado a uma “corrida virtual do ouro”.
Atualmente, a mineração exige uma capacidade de processamento de hardware imensa, conexão constante com a internet e alto consumo de energia. Esse processo é dominado por “fazendas de mineração” — galpões inteiros com supercomputadores conectados, sistemas de resfriamento e dispositivos desenvolvidos especificamente para essa função.
Apesar disso, sempre existe a possibilidade de ter sorte e ficar rico ao começar a minerar. No entanto, é muito mais provável que quem tentar fazer isso sozinho apenas gaste uma quantidade significativa de energia elétrica e tempo.
Quais as vantagens de investir em bitcoins?
Se mesmo após considerar as previsões positivas para o mercado de bitcoins em 2024, você ainda está hesitante em investir nesta moeda, aqui estão mais algumas vantagens que podem ajudá-lo a tomar uma decisão:
Potencial de valorização
Para ilustrar essa vantagem, façamos uma breve viagem ao passado, até 18 de maio de 2010, uma data emblemática na história das criptomoedas. Foi nesse dia que Laszlo Hanyecz, um minerador de bitcoin de Jacksonville, nos Estados Unidos, compartilhou em um fórum online seu desejo peculiar: comprar pizzas com bitcoins, mostrando ao mundo que essa moeda virtual poderia ser usada como meio de pagamento legítimo.
Essa transação pioneira foi nada menos que a primeira compra comercial feita com moedas virtuais: 10 mil bitcoins por duas pizzas.
Naquela época, com base na cotação, era possível adquirir — pasme — 7 bitcoins com apenas um centavo de real! Hoje, 7 bitcoins valem mais de R$2,5 milhões. Uma valorização extraordinária, não acha?
Como já mencionamos anteriormente, o bitcoin foi concebido para ser um ativo deflacionário, ganhando valor ao longo do tempo à medida que sua oferta se torna mais limitada.
Ou seja, se esse mecanismo continuar a operar como tem feito até agora, é provável que o bitcoin continue se valorizando potencialmente. Quanto ao seu limite? Bem, para descobrir isso, precisaríamos fazer outra viagem no tempo, desta vez rumo ao futuro.
Descentralização
A descentralização não é só uma vantagem do bitcoin frente às moedas convencionais, como um de seus princípios. De modo revolucionário, essa criptomoeda criou uma forma de dinheiro que não passa pelo controle de nenhuma entidade central.
Assim, seu preço ou produção não pode ser influenciado por nenhum governo ou instituição financeira. Desse modo, seu desempenho também está livre de riscos políticos e crises financeiras internas. Inclusive, ao manter seu dinheiro fora de um banco, não há o risco de vê-lo ser confiscado. Alguém mais se lembrou do que ocorreu no Brasil em 1990? Pois, isso teria sido impossível com ativos digitais.
Portabilidade
Por ser totalmente imaterial e virtual, o bitcoin pode ser armazenado em dispositivos portáteis, como smartphones, pendrives e notebooks.
Além disso, já que não é vinculado a nenhum país específico, o bitcoin pode ser transferido e acessado em qualquer lugar do mundo, sem fronteiras geográficas ou limitações de horário.
Transações privadas
Embora todas as transações com bitcoins sejam registradas e acessíveis em um “livro aberto” (o blockchain), elas não são associadas de nenhuma forma à identidade dos usuários, com exceção daqueles que operam moedas por meio de uma plataforma de Exchange.
Além de maior privacidade, isso também garante maior segurança do que transações tradicionais, já que protege dados e informações pessoais, impossibilitando o roubo de identidade — um dos problemas mais comuns de quem usa cartão de crédito, por exemplo.
Custo das transações
De forma geral, por dispensar o papel de uma instituição financeira intermediadora, a tecnologia blockchain garante uma redução considerável nos custos e no tempo das transações de bitcoins.
Essa redução de custos é uma vantagem ainda mais valiosa para quem necessita fazer transações internacionais, já que permite o envio de dinheiro a qualquer parte do mundo sem a cobrança de taxas de câmbio ou longas esperas. É tão rápido e simples como enviar um e-mail.
Comercialização
Como mencionado anteriormente, o bitcoin possibilita o envio ou o recebimento de qualquer quantia de valor, de maneira instantânea e em qualquer ponto do mundo. Tudo isso sem limites e sem comissões de transferências internacionais.
Diferentemente de moedas emitidas por países, o bitcoin é universal. Ou seja, não precisa passar por nenhuma conversão monetária para ser comercializado. Isso evita, por exemplo, que uma pessoa tenha que adquirir dólares sempre que precisar viajar aos EUA.
Por mais que não seja uma unanimidade, é cada vez mais comum encontrar comércios onlines, e mesmo físicos, que aceitem esse tipo de dinheiro.
O que deve se considerar antes de comprar bitcoins?
Existem, conforme já explicamos, fortes indícios para que 2024 tenha tudo para ser um ano ímpar para os bitcoins. Isso somado aos anúncios constantes de recorde sobre recorde de preço certamente têm despertado o interesse de muitas pessoas que, até então, talvez nunca tenham considerado investir em criptoativos.
É compreensível que a sensação de estar perdendo uma grande oportunidade possa causar ansiedade e levar a decisões impulsivas. Quando se trata de dinheiro, contudo, toda cautela é pouca. Para não trocar os pés pelas mãos, é importante ponderar se os criptoativos são realmente adequados para o seu perfil de investidor e para a sua situação financeira.
Com isso em mente, aqui estão alguns pontos importantes a serem considerados antes de comprar bitcoin:
Volatilidade
Ao contar grandes histórias de sucesso, é comum que alguns percalços sejam esquecidos ou ofuscados. Ao pensar no preço dos bitcoins, por exemplo, é normal que as pessoas relembrem a anedota das duas pizzas mais caras já feitas, e de como seria possível comprar um terço da rede Papa John’s hoje em dia com esse valor. Contudo, essa valorização não foi linear. Muito longe disso.
A verdade é que seu preço despenca e sobe em alta velocidade, como uma queda de bungee jumping. Certamente, não é uma aventura para cardíacos ou para investidores com horror a riscos.
Que tal só um par de exemplos?
Em 2011, após ter experimentado uma subida de US$2 para US$32 na primeira metade do ano, um ataque hacker permitiu que a moeda fosse vendida por um centavo. Uma queda de 99,9% em um dia. Se bem que isso durou pouco, certamente teria assustado muita gente nos dias atuais.
Um evento muito mais comentado, contudo, foi o chamado Inverno Cripto, iniciado em dezembro de 2017. Após ter alcançado US$19.497 no dia 15 de dezembro daquele ano, a moeda começou a cair se mantendo por todo 2018 entre US$6 mil e US$10 mil. Em dezembro, já valia menos de US$3.300.
Com os casos acima expostos, nem precisamos dizer que bitcoins são produtos extremamente voláteis. São, portanto, um investimento para quem tem a vida financeira organizada e possui tolerância a riscos.
Segurança
Por mais que a descentralização e a tecnologia blockchain façam com os bitcoins não compartilhem de riscos comuns às moedas e métodos de pagamento tradicionais (incluindo a perda de valor por crises financeiras e políticas, confiscos, ou mesmo o roubo de identidade), investir em criptomoedas também tem seus riscos.
Como bons conselhos costumam ser melhor fixados quando associados a casos, permita-nos contar duas breves histórias que ilustram os riscos dessas moedas: a primeira é sobre um homem que perdeu uma fortuna por descuido, e ilustra os riscos do método peer-to-peer; a segunda fala sobre o desaparecimento de uma plataforma com o dinheiro de todos os seus clientes, e explora os riscos de investir por exchanges.
Caso James Howells
Já pensou no que você faria se por acaso descarta-se acidentalmente R$2,8 bilhões no lixo? Parece uma pergunta bastante estranha, não é? Mas apesar de soar absurdo, foi exatamente isso que o engenheiro de TI inglês, James Howells, fez em 2013, ao jogar fora, por descuido, um HD contendo 8.000 bitcoins. Atualmente esse “baú de tesouro” encontra-se soterrado abaixo de 11 toneladas de dejetos em um aterro de Newport.
Apesar de ser, provavelmente, o caso mais emblemático envolvendo perda de criptomoedas, não é o único. Perdas de carteiras com criptomoedas são mais comuns do que você pode imaginar. Estima-se que das 19,6 milhões de moedas já emitidas, algo entre 2,4 e 3,1 milhões estão extraviadas, seja por esquecimento da chave de acesso ou perda do hd ou pendrive onde a carteira digital está armazenada.
Logo, quem pretende negociar bitcoins no modelo tradicional, sem mediação de corretoras, tem que estar ciente que será o responsável único pela guarda da carteira e da chave de acesso (constituída de uma sequência de 12 palavras). É recomendado ainda ter cuidado com malwares (vírus) que podem acessar seus arquivos e roubar sua senha, caso esteja armazenada sem segurança.
Caso FTX
Imagine que um dia você acorde e não consiga acessar seu aplicativo do banco, que o site esteja fora do ar, e nenhum serviço de atendimento esteja disponível. Alguns dias depois, a empresa simplesmente some com os seus recursos em conta e te deixa com as mãos abanando.
Pois foi exatamente isso que aconteceu com todo mundo que contava com contas em uma plataforma de criptomoedas chamada FTX. Em 2022, a empresa, que era até então a terceira maior do mundo no mercado de criptoativos, decretou falência afirmando que havia sofrido um ataque hacker e perdido os valores que mantinha guardados. Em resumo, todo o dinheiro dos clientes simplesmente virou fumaça.
Logo, embora o mercado conte com exchanges já consolidadas, existe sempre algum risco de que seu dinheiro “desapareça”. Todas as perdas devido a roubo em corretoras, erros de software, vírus, entre outros são simplesmente irreversíveis. Ao contrário de alguns outros ativos, não há proteção de depósitos para aplicações em bitcoin. Cada usuário deve assumir todos esses riscos ao aplicar em moedas virtuais.
Regulamentação
A invenção do bitcoin pode ser vista como um processo revolucionário no mercado financeiro. Como toda proposta anti-sistêmica, ela não está isenta de desafios, desencadeando uma série de eventos controlados e não controlados em um curto espaço de tempo. À medida que ganha espaço, porém, também emerge da obscuridade e se torna um tema comum e rotineiro.
Os caixas eletrônicos de criptomoedas, por exemplo, já são uma realidade em muitos países. Da mesma forma, a regulamentação de ETFs de bitcoins nos EUA mostra que lutar contra esses ativos pode ser como nadar contra a maré. Enquanto o uso do bitcoin como moeda comercial ainda é proibido em alguns países como China, Bolívia, Equador, Bangladesh e Islândia, outros países, como o Brasil, estão correndo para regularizar esse ativo, visando proteger os investidores.
A verdade é que 15 anos ainda não foram suficientes para que esse processo seja completamente absorvido. Debates e processos regulatórios estão em curso em todo o mundo. Portanto, quem pretende começar a investir em bitcoins agora precisa ficar atento às notícias para entender de que forma suas aplicações podem ser impactadas por novas legislações e normativas. A história ainda está sendo escrita.
O que fazer após comprar um bitcoin?
Existem três possibilidades de ação após comprar sua primeira bitcoin: usar esse valor para pagamentos, trocar por outras moedas ou criptomoedas, ou fazer holding – isto é, guardá-las, esperando sua valorização futura.
Quem pretende armazenar bitcoins, contudo, precisa tomar alguns cuidados básicos após comprar dinheiro virtual:
Nunca informar quantos bitcoins possui
Existe um motivo pelo qual os ganhadores da loteria nunca tem sua identidade divulgada. Da mesma forma, se você investe em criptomoedas, evite divulgar quanto tem aplicado ou onde. Esse dinheiro pode atrair atenção indesejada.
Armazenar sua chave em segurança
Memorize e guarde sua frase em segurança. Nunca informe a ninguém onde a armazena, ou a deixe desprotegida e sem criptografia. Sua chave deve ter de 12 a 24 palavras que devem ser criptografadas e guardadas em lugar seguro.
Olhar para o longo prazo
Se a sua intenção não for fazer trading (comprar e vender bitcoins no curto prazo, valendo-se das flutuações constantes deste ativo), evite cair no erro de checar seu saldo com frequência. Lembre que bitcoins são extremamente voláteis. Não é estranho, por exemplo, que o preço apresenta quedas de 10% a 30% em um único dia. Quem, por ansiedade, vendeu essas moedas em 2022, quando o preço despencou, certamente está arrependido ao ver as máximas alcançadas em 2024.
Fazer cópia das carteiras
O indicado para quem investe por corretoras, é não manter seus recursos na plataforma. Sempre que puder transfira esses valores para carteiras pessoais, mantendo na exchange apenas o necessário para aplicações imediatas.
Comprar novos bitcoins
Após adquirir sua primeira bitcoin, é comum ganhar confiança para investir mais. Quando isso ocorrer, existem duas estratégias que podem ser adotadas para novos aportes:
- Aportes constantes: essa estratégia consiste em fazer pequenas compras todos os meses, independentemente do momento do mercado;
- Aportes de oportunidade: outra maneira é usar o valor reservado mensalmente para criptomoedas em outros investimentos mais seguros e líquidos. Assim, sempre que o bitcoin estiver em baixa, é só usar esse valor que foi acumulando em uma aplicação única, mas mais consistente.
Como armazenar suas criptomoedas com segurança?
Diferentemente do dinheiro convencional, criptomoedas não podem ser guardadas no banco, no bolso e nem embaixo do colchão. Moedas virtuais são armazenadas em programas conhecidos como “carteiras digitais” (digital wallets).
Essas carteiras são onde você armazena suas chaves públicas, que permitem que outros usuários depositem em sua conta, e as privadas, por onde é possível acessar o seu saldo. De modo geral, as digitais wallets são divididas em três categorias:
Hot wallet ou software wallets
“Carteiras quentes” são programas de computador conectados à internet, que funcionam como uma internet banking. Alguns exemplos conhecidos incluem as carteiras da Samourai, Mycelium e Coinomi. Além delas também existem a carteiras oferecidas pelas próprias exchanges em suas plataformas.
Cold wallet ou hardware wallets
As carteiras frias são dispositivos offlines de armazenamento, sem conexão com a internet, semelhantes a pendrives e HDs externos. Essas opções são facilmente encontradas e não costumam custar mais de R$500,00.
Paper wallet
São carteiras impressas que não permitem administração online.
Cada digital wallet tem suas limitações e riscos. Carteiras frias costumam ser mais recomendadas, já que estão livres de ataques hackers e roubos online. Contudo, podem ser perdidas ou mesmo danificadas como qualquer produto eletrônico.
Qual o risco de investir em bitcoin?
De modo geral, existem dois grandes riscos de investir em bitcoins: a volatilidade e a chance de perder ou roubarem sua carteira digital.
Por serem produtos relativamente novos e ainda com alguma suspeita do sistema financeiro tradicional, as criptomoedas costumam sofrer flutuações mais constantes e impactantes do que as ações, por exemplo. Por isso, são indicados somente para quem tem tolerância a riscos, está com as finanças em dia e possui experiência com produtos de renda variável.
Já o segundo risco engloba a chance de hackers roubarem suas moedas, ou que você perca fisicamente sua carteira ou esqueça da chave de acesso. Em qualquer um desses casos, não há onde pedir socorro: seu dinheiro foi para sempre.
Assim como já citamos, é possível tomar algumas precauções para minimizar todos esses riscos, como armazenar suas moedas em um hardware mantido em segurança e criptografar sua senha.
Ler sobre o bitcoin despertou o seu interesse no assunto?
Então, vai gostar de saber que, na Finclass, temos um especialista que também encontrou nos bitcoins o seu hobby: Fernando Ulrich. Ao assinar esse streaming de finanças, você pode ter acesso ao curso “Bitcoin – A moeda na era digital” com este que se tornou um dos grandes nomes dos criptoativos no país. O que acha? Dá logo o play!