InícioInvestimentosRenda FixaComo investir em renda fixa em 2023

Como investir em renda fixa em 2023 [GUIA COMPLETO]

A Renda Fixa é uma das classes de investimentos mais procuradas pelos investidores em virtude da sua infinidade de opções, maior segurança e outros atributos. 

No ano de 2023, mais especificamente, essa classe de ativos está ainda mais atrativa, gerando o interesse generalizado de muitos investidores. 

Se você é uma dessas pessoas que quer aproveitar as boas oportunidades na renda fixa, este artigo é para você! 

Nele vamos contar tudo sobre essa classe de investimentos e dar dicas valiosas para você aprender como investir em renda fixa em 2023 da melhor maneira. Confira na sequência.   

A Renda Fixa possui alguns dos investimentos mais seguros do Brasil (Foto: Pixabay) 

O que é Renda Fixa 

A definição de renda fixa é bastante simples. Essa classe de investimentos engloba todas as opções em que você sabe quais serão as regras de remuneração antes de investir. 

Portanto, se antes de comprar o investimento você já tem a informação de qual será o formato de remuneração para o prazo determinado no contrato do título, você está comprando um ativo de renda fixa.  

Saiba mais informações a seguir. 

Rendimento: CDI, Selic, inflação e TR 

Por ser uma classe de ativos em que já se sabe a forma de remuneração antes de investir, os investimentos de renda fixa costumam ter o que chamamos de indexadores.  

Eles geralmente são algum índice da economia, como o CDI, taxa Selic, TR, medidores de inflação, entre outras opções que servem como base para calcular a rentabilidade desses investimentos.  

Esses indexadores aparecem primordialmente nos investimentos de renda fixa pós-fixados e híbridos, mas não nos prefixados. 

Mais à frente no artigo, explicaremos de forma detalhada essas opções de investimentos e também o que significam esses índices que são indexadores. 

Tributação 

Os investimentos de renda fixa também possuem regras específicas quanto à tributação, variando em cada título. Existem até mesmo opções isentas de Imposto de Renda. 

Mais à frente no artigo também falaremos com detalhes sobre os modelos de tributação e quais investimentos são impactados por eles e quais não são.   

Qual é a diferença entre Renda Fixa e Variável? 

Como você viu há pouco, a renda fixa é uma classe de investimentos em que se sabe o modelo de remuneração antes de se investir no título. Além disso, eles costumam ter um prazo determinado para vencimento. 

Dito isso, podemos afirmar que a renda variável é justamente o oposto. Ao comprar um ativo dessa classificação, você não sabe qual será o modelo de remuneração, ou seja, há a possibilidade de perda total e também de ganhos infinitos. 

O mesmo acontece quanto ao prazo. Na renda variável não há um período de vencimento dos ativos. Você só perderá a posse deles em caso de venda ou de falência da empresa responsável, que terá o seu valor indo a zero.  

Portanto, esses são os conceitos que diferenciam a renda fixa e a variável.  

Como funciona a rentabilidade da renda fixa 

A rentabilidade na renda fixa costuma seguir basicamente três modelos. Confira mais sobre eles abaixo.  

Prefixada 

Na renda fixa prefixada, o investidor já sabe exatamente qual vai ser o rendimento do título no momento do vencimento.  

Geralmente a sua rentabilidade é medida por uma porcentagem ao ano. Por exemplo: 12% a.a.; 13% a.a.; 14% a.a. 

Dessa maneira, é o título mais previsível para quem mantém a aplicação até o vencimento, já que você já consegue medir o seu retorno com antecedência. 

Pós-fixada 

Já a renda fixa pós-fixada é exatamente o oposto: você não sabe qual vai ser o retorno do título no momento do vencimento. 

Isso acontece porque esses títulos têm a sua rentabilidade indexada a algum índice da economia que varia conforme o tempo, como é o caso do CDI, taxa Selic, IPCA etc.  

Portanto, ao investir nesse tipo de título, você sabe a taxa contratada, mas não o seu retorno final, já que esses índices variam periodicamente. 

Investimentos pós-fixados são aqueles com porcentagem que seguem a linha de 100% do CDI; 110% do CDI, 100% da Selic, e assim por diante.  

Híbrida 

Já a renda fixa híbrida é aquela que agrega ambos os tipos de rendimento no mesmo título: prefixado e pós-fixado. 

Dessa forma, ao investir você sabe parte da rentabilidade que terá no vencimento do título e a outra fatia dependerá da variação do índice escolhido. 

Alguns exemplos de títulos híbridos são aqueles que pagam uma taxa de IPCA + 5%; IGP-M + 3%, e assim por diante. Não existe um padrão de porcentagem, a regra é apenas em haver uma parte prefixada e outra pós-fixada.  

Quais são os índices de rentabilidade da renda fixa 

Como falamos acima, os investimentos de renda fixa pós-fixados e híbridos têm a sua rentabilidade influenciada por índices de economia. 

Quais são esses índices? Como eles funcionam? Neste tópico vamos mostrar com detalhes cada um deles. 

rentabilidade renda fixa
A rentabilidade na renda fixa é dada por índices da economia (Foto: Pixabay) 

Taxa Selic 

A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira.  

A sua função é ser o principal parâmetro para balizar quais as taxas ideais para se tomar ou conceder crédito na economia brasileira. 

Se a taxa Selic aumenta, fica mais caro conseguir crédito para empréstimos, financiamentos, entre outras atividades. Já se ela cai, há um estímulo para se tomar dinheiro emprestado. 

Portanto, essa taxa acaba regulando o mercado de investimentos, já que os ativos tomam um rumo contrário.  

Como investir em renda fixa consiste basicamente em emprestar dinheiro para determinada instituição, seja ela pública ou privada, a taxa Selic acaba afetando os investimentos também. 

Se ela está baixa, os investimentos acabam rendendo uma porcentagem menor. Já se ela sobe, esses títulos vão pagar taxas mais atrativas para quem quer emprestar o dinheiro. 

A taxa Selic serve como indexador para diversos investimentos. O mais conhecido deles, entretanto, é o Tesouro Selic, título público considerado como um dos mais seguros do mercado.  

Portanto, para fixar o conceito, se um investimento tem a Selic como rendimento e a taxa está no patamar de, por exemplo, 13% ao ano, esse título vai render a mesma porcentagem. Se ela cair, a rentabilidade também cai, e assim segue, sempre acompanhando o movimento dos juros.

 

CDI (Certificado de depósito interbancário) 

Já o Certificado de depósito interbancário, conhecido como CDI, na prática é uma taxa usada como parâmetro pelos bancos para a realização de empréstimo entre eles no chamado mercado interbancário. 

O CDI é um instrumento que ajuda a equilibrar todo o mercado bancário, servindo como referência para essas relações de trocas financeiras entre os bancos.  

Para você investidor, no entanto, o que mais interessa é saber que o CDI, que também leva o nome de taxa DI, é um dos principais indexadores da renda fixa, servindo como parâmetro para diversas aplicações. 

O valor do CDI costuma acompanhar sempre o da taxa Selic, ficando 0,10% abaixo da taxa básica de juros da economia. 

Portanto, na prática, o CDI e a taxa Selic possuem o mesmo valor.  

Então, aplicando o conceito, ao ver um investimento que paga 100% do CDI, isso significa que esse título paga o valor da taxa DI atual em sua totalidade.  

Portanto, se o CDI estiver em 13,15% ao ano, essa será a taxa que esse investimento vai pagar ao investidor.  

O mesmo acontece em outros exemplos: se pagar 110% do CDI, o investimento retornará 110% do valor da taxa DI no momento. Se paga 200% do CDI, será 200% da taxa DI, e assim por diante.  

IPCA (Índice geral de preços ao Consumidor Amplo) 

Já o IPCA é um índice mais conhecido do brasileiro. Afinal, trata-se da taxa oficial de inflação no Brasil, sendo utilizada pelo Governo como parâmetro para definição de políticas econômicas. 

O IPCA é bastante comum na renda fixa, principalmente quando falamos em investimentos híbridos. Afinal, esses títulos acabam servindo como uma oportunidade para o investidor comprar um investimento que rende acima da inflação.  

Na prática, se você compra um título que rende IPCA + 6%, por exemplo, isso significa que esse ativo renderá essa porcentagem acima do índice oficial de inflação do país. 

Portanto, são investimentos bastante utilizados por investidores como garantia de ganho real acima do aumento geral dos preços.  

IGP-M (Índice geral de preços do mercado) 

Assim como o IPCA, o IGP-M também é um índice de inflação que é bastante utilizado como referencial para investimentos de renda fixa. 

A principal diferença entre os dois é que o IGP-M costuma considerar a variação dos preços em todas as etapas de produção, indo desde o início até chegar ao consumidor final. Já o IPCA considera apenas o preço final do produto.  

De modo geral, o IGP-M costuma oscilar mais do que o IPCA, alcançando porcentagens maiores.  

Na prática, o uso desse índice nos investimentos é bem semelhante ao do IPCA. Apesar de aparecer nos pós-fixados, é mais comumente vista em títulos híbridos, pagando IGP-M somado a uma taxa prefixada. 

TR (Taxa referencial) 

Já a taxa referencial, conhecida como TR, é um indexador menos utilizado na renda fixa. É mais conhecido por incidir sobre a poupança.  

A TR é uma taxa que foi criada no início dos anos 90 no Brasil como um instrumento para desindexação da economia e combate à inflação.  

Nos investimentos, porém, ela não chega a ter grande influência atualmente, já que ela recorrentemente está zerada ou em um patamar irrisório de casas decimais. 

Portanto, por mais que incida sobre alguns investimentos, ela não costuma ter grande influência na rentabilidade.  

Qual o melhor investimento em renda fixa? 

Dentro da renda fixa, existe uma infinidade de opções de investimentos. Abaixo, separamos algumas das principais para que você conheça. Confira! 

1. Tesouro Direto 

Uma das principais modalidades de investimentos em renda fixa são os títulos públicos negociados no Tesouro Direto.  

Esse tipo de investimento é emitido pelo próprio Tesouro Nacional. Portanto, ao investir em um título público você está emprestando dinheiro diretamente para o Governo Federal.  

Por ter garantia do Tesouro Nacional, os títulos do Tesouro Direto são considerados um dos investimentos mais seguros na renda fixa em relação ao risco de crédito, ou seja, dificilmente você não terá o dinheiro do investimento de volta. Em virtude disso, não possuem garantia do FGC.  

Entre as opções de títulos, estão exemplos como o Tesouro Selic, Tesouro Prefixado, Tesouro Prefixado com juros semestrais, Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com juros semestrais.  

Como investir em renda fixa: títulos públicos
Títulos públicos do programa Tesouro Direto. 

Cada um desses investimentos possui características próprias de rentabilidade, prazo e regras, das quais os investidores precisam estudar com mais profundidade antes de investir.   

Os títulos públicos costumam seguir a tabela regressiva do imposto de renda sobre os lucros (que você conhecerá mais a frente). Em relação aos títulos que pagam juros semestrais, existem regras específicas sobre os pagamentos de cupom.  

Já em relação ao investimento inicial, podemos afirmar que ele é bem baixo para todas as opções. No Tesouro Selic, dá para começar com pouco mais de 100 reais. Já no restante, é possível um aporte inicial abaixo dos 40 reais.  

2. CDB (Certificado de Depósito Bancário) 

O CDB é um investimento que está dentro do que chamamos de crédito privado. Nesse caso, o título é emitido por instituições financeiras, mais especificamente os bancos. 

Dentro dos CDBs, também existe uma grande variedade de opções. É possível encontrar títulos com os três principais tipos de rendimento: prefixado, pós-fixado e híbrido. Além disso, os prazos também variam, podendo ir desde liquidez diária até 5 anos de duração.   

Os CDBs são emitidos por bancos de todos os tamanhos. Portanto, é fácil encontrá-los para investir dentro das corretoras e das próprias instituições bancárias. 

Geralmente, quanto mais arriscado o CDB, maior rentabilidade ele vai pagar para compensar esse risco. Dessa maneira, geralmente as opções que dão maiores retornos são emitidas por bancos menores e com maior risco de crédito.  

Em relação à tributação, os CDBs seguem a tabela regressiva de imposto de renda sobre o lucro. Sobre ele incide também o IOF para investidores que resgatam nos primeiros 30 dias de investimento. Possui garantia do FGC. 

Já o investimento inicial vai variar de acordo com o CDB, mas de forma geral costuma ser de no mínimo 100 a 1.000 reais.  

3. LCI/LCA 

Já as Letras de crédito imobiliário (LCIs) e Letras de crédito do agronegócio (LCAs) são investimentos emitidos por instituições financeiras com foco nesses dois setores da economia.  

Como são usados para financiar o agronegócio e o setor imobiliário, que são setores estratégicos para o país, o Governo mantém isenção de imposto de renda para esses investimentos. Portanto, caso você invista em LCIs e LCAs você não pagará IR sobre os lucros.  

As LCIs podem ser prefixadas e pós-fixadas, mas de modo geral costumam seguir o segundo modelo, sendo indexadas ao CDI.  

Esse tipo de investimento possui garantia do FGC. 

O investimento mínimo costuma ser na cada dos 100 reais para as LCIs e 1.000 reais para as LCAs.  

4. Debêntures 

Já as debêntures são os chamados títulos de crédito privado para instituições não financeiras, ou seja, aqui estão investimentos emitidos por empresas de outros setores, como mineração, energia, varejo, construção e qualquer outro exemplo. 

As debêntures são um tipo de investimento um pouco mais complexo, já que elas não costumam seguir um padrão único. Cada emissão das diferentes empresas possui características próprias, com regras específicas quanto a prazo, rentabilidade, segurança, entre outros fatores. 

Por isso, ao investir em uma debênture, é fundamental que você estude bem o documento emitido pela empresa, identificando todos os riscos e regras que aquela operação possui. 

Geralmente, as taxas impressas na rentabilidade das debêntures segue o modelo híbrido, com uma taxa prefixada e outra pós-fixada.   

Não possuem garantia do FGC.  

5.LCs (Letras de câmbio) 

As letras de câmbio, por mais que tenham esse nome, nada tem a ver com operação com moedas.  

Elas são títulos emitidos por aquelas instituições financeiras que trabalham geralmente com crédito consignado, pessoal e operações desse tipo. 

Elas costumam ter uma rentabilidade maior que outros títulos de renda fixa, como é o caso dos CDBs, mas ao mesmo tempo oferecem mais riscos, já que são emitidos por instituições financeiras menores.  

A respeito dos prazos, as LCs costumam ter vencimentos que costumam variar de 1 a 3 anos. Não existem opções com liquidez diária.  

O investimento inicial costuma ser alto, iniciando em um patamar de pelo menos 5 mil reais.  

Nesse tipo de investimento há cobrança de imposto de renda e IOF. A boa notícia é que há também a garantia do FGC.  

6. CRI/CRA 

Os CRIs (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e o CRAs (Certificado de Recebíveis Agrícolas) também são investimentos focados em setores específicos da economia. 

A diferença entre eles e as LCIs/LCAs é que esses títulos são emitidos por securitizadoras, que são instituições que adquirem dívidas de outras companhias para repassar esses títulos de dívida para os investidores.  

Os CRIs e os CRAs também são isentos de imposto de renda, seguindo a lógica de favorecimento do Governo aos setores agrícola e imobiliário, que são dois pilares estratégicos para a economia do país. 

Crédito ao agronegócio
O Governo favorece o crédito ao agronegócio concedendo isenção de IR para investimentos atrelados a esse setor (Foto: Pixabay) 

Os rendimentos desses investimentos costumam seguir também uma rentabilidade híbrida, geralmente seguindo os índices IPCA, IGP-M ou CDI somados de uma taxa prefixada. 

Os CRIs e os CRAs são investimentos mais indicados para investidores com perfil arrojado e focados no longo prazo, já que os títulos costumam possuir menor liquidez e maior risco.  

Como não possuem garantia do FGC, também é fundamental que o investidor leia com cautela a emissão do investimento antes de investir. 

Os CRIs e os CRAs habitualmente eram investimentos restritos a investidores qualificados, ou seja, que possuíssem mais de 1 milhão de reais de patrimônio. 

Atualmente, porém, eles vêm se tornando cada vez mais acessíveis aos investidores minoritários, sendo possível achar até aplicações iniciais abaixo de 1.000 reais.  

7. Poupança 

A poupança é uma velha conhecida do investidor brasileiro, sendo até hoje uma das opções com maior captação no mercado financeiro. 

A poupança, no entanto, é um investimento que possui baixa rentabilidade, sendo possível encontrar opções melhores com o mesmo grau de risco.  

O rendimento da poupança costuma ser 70% da taxa Selic + TR quando a taxa de juros é menor ou igual a 8,5%. Já quando a Selic está acima desse patamar, esse investimento rende 0,5% ao mês + TR. 

Esse cenário de rentabilidade mostra que em qualquer situação a poupança renderá menos que o Tesouro Selic, investimento mais seguro do mercado brasileiro. Portanto, trata-se de um investimento desfavorável para os investidores. 

A poupança é um investimento isento de imposto e que possui a garantia do FGC. Não há valor mínimo para investir.  

8. Fundo de Renda Fixa 

Para fechar as principais opções dessa classe de ativos estão os fundos de renda fixa.  

Os fundos, explicando de forma rápida e simples, são produtos criados por gestoras profissionais, que colocam cotas à venda para investidores interessados em fazer parte da emissão.  

A partir do momento que arrecada esse valor, esse fundo utiliza os recursos para comprar ativos para compor o portfólio. Esse processo é feito por um gestor profissional, que conta com o auxílio de diversos especialistas em sua equipe.  

Ao final, o fundo começará a ter rendimento de acordo com o desempenho dos ativos que estão dentro dessa carteira de investimentos, e os cotistas poderão aproveitar desse retorno de acordo com o tamanho da participação que possuem.  

Existem, porém, fundos de diversos tipos de características. Cada um com suas próprias especificidades.  

O fundo de renda fixa é um deles, que tem como característica ter a grande maioria de sua carteira em ativos dessa classe de investimentos. 

Ao falarmos em questões como tributação, rentabilidade e aporte inicial, no entanto, isso é um fator que vai variar para diferentes classificações de fundos.  

Portanto, o investidor deve pesquisar e ler todos os detalhes presentes no documento do fundo antes de investir na prática.   

Como funciona o Imposto de Renda para a Renda Fixa 

Agora chegamos a um item essencial que precisa ser compreendido na renda fixa: a tributação nos investimentos. Saiba mais abaixo. 

IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) 

Um dos impostos que são a maior pegadinha da renda fixa e que você deve tomar cuidado é o IOF. Geralmente, esse tributo incide apenas nos primeiros 30 dias de aplicação, apenas sobre o lucro.  

A sua principal função é evitar que o investidor venda muito rápido o seu ativo, funcionando como uma espécie de “punição” pela liquidação precoce. 

Confira abaixo como funciona a tabela de tributação do IOF: 

IOF na renda fixa
Tabela regressiva do IOF na renda fixa.

Imposto sobre o lucro no resgate 

O imposto mais comum dentro da renda fixa, no entanto, é o que conhecemos como tabela regressiva de IR.  

Essa tabela possui um modelo de tributação que vai caindo conforme você mantém o investimento por mais tempo. 

Portanto, quanto maior o prazo de aplicação, menor o imposto a ser pago no momento do resgate. 

Confira como funciona a tabela regressiva de imposto de renda. 

Tabela regressiva de IR
Tabela regressiva de imposto de renda na renda fixa

A tabela regressiva incide sobre a grande maioria dos investimentos de renda fixa.  

No entanto, existem alguns tipos de ativos que possuem modelo de tributação própria, como é o caso dos fundos de renda fixa.  

Investimentos de Renda Fixa isentos de IR 

Ainda existem alguns tipos de investimentos de renda fixa, como citamos anteriormente, que são isentos de imposto de renda. 

Geralmente, trata-se de projetos que possuem incentivos do Governo para serem colocados para frente, premiando os investidores interessados com a isenção do imposto de renda. 

Alguns exemplos são as LCIs, LCAs, CRIs, CRAs, debêntures incentivadas e a poupança.  

Quais são as melhores dicas para aplicação em Renda Fixa? 

Agora chegou a hora de dar algumas dicas para você que está aqui para aprender como investir em renda fixa em 2023 e não sabe como começar. Confira abaixo: 

1 – Atenção aos riscos 

Uma das grandes armadilhas da renda fixa é o fato de algumas pessoas pensarem que se trata de investimentos extremamente seguros. Isso, porém, está longe de ser verdade.  

Com isso, negligenciam os riscos e acabam se dando mal com os investimentos.  

Um dos exemplos claros é o investidor que se apega à garantia do FGC. Por mais que o fundo garantidor de crédito tenha sim a obrigação de resgatar o investidor, chegar ao ponto de precisar dele em caso da falência de um banco pode não ser das experiências mais legais. 

Isso porque o FGC pode demorar meses para te pagar o valor de volta e, enquanto isso, o seu dinheiro fica parado e sem render. 

avaliação de risco na renda fixa
As classificações de rating ajudam a identificar o risco das instituições, mas não devem ser usadas isoladamente. 

Portanto, tenha noção dos riscos antes de investir na renda fixa: evite bancos pequenos e instituições financeiras com alto risco de crédito e não invista em debêntures de empresas que também tenham alto risco.  

No caso das debêntures, o prejuízo pode ser ainda maior, levando em conta que você pode perder 100% do seu patrimônio investido no título caso a empresa vá à falência ou recuperação judicial.  

Sendo assim, não negligencie os riscos. Faça uma análise detalhada das instituições e leve em conta a relação risco/retorno nos investimentos.  

2 – Atenção com as pegadinhas 

Se atentar aos riscos, porém, não quer dizer que você tem que abrir mão da rentabilidade apenas para investir em instituições sólidas. 

Essas empresas, por sinal, ainda costumam executar diversas “pegadinhas” com investidores desavisados, que podem investir em produtos ruins sem saber o que estão fazendo.  

É comum encontrar, por exemplo, investimentos de grandes bancos que rendem abaixo do Tesouro Selic, que é o título mais seguro da economia brasileira. Portanto, evite esse tipo de investimento, já que você está correndo um risco maior para uma rentabilidade menor.  

Outro evento comum é em relação aos fundos de renda fixa que cobram altas taxas. Afinal, isso pode impactar significativamente na sua rentabilidade final com o investimento. Portanto, evite fundos que tenham taxas de administração maiores que 1%.   

Portanto, a segunda dica é para que você se atente a essas pegadinhas que tiram a sua rentabilidade e te levam a investimentos ruins.  

3 – Invista de acordo com o seu perfil de investidor 

Outra dica importante é para que você identifique o seu perfil de investidor antes de investir. Afinal, isso vai ser fundamental para saber quais investimentos escolher para a sua carteira. 

Com isso, você evita adquirir produtos muito arriscados caso você tenha um perfil ultraconservador ou conservador, e também não deixa de aproveitar opções mais rentáveis caso tenha um perfil de moderado a arrojado. 

Portanto, lembre-se sempre de adequar a sua carteira e escolha de ativos ao seu perfil.  

4 – Diversifique 

Esse é um conceito que é fundamental para qualquer investidor. Por mais conservador ou arrojado que você seja, nunca deixe de montar uma carteira diversificada. 

Dessa forma, você dilui riscos de ativos ou setores específicos, tendo menos chances de perder dinheiro e rentabilidade ao longo de sua trajetória como investidor. 

Sendo assim, lembre-se de sempre diversificar tanto entre ativos (CDBs de bancos diferentes, por exemplo), tipos de investimento (CDBs, títulos públicos, LCIs, LCAs, debêntures) e modalidades (renda fixa ou variável).  

5 – Comece! 

A quinta e última dica é a mais importante: não espere o melhor momento para investir, apenas comece! 

É claro que é importante ter uma base de como investir para não cometer erros grandes – e a Finclass pode te ajudar com isso. De qualquer forma, a melhor maneira de aprender a investir é fazendo isso na prática, pois vai acelerar o seu processo de aprendizado.  

Portanto, caso você já tenha feito a sua reserva de emergência e tem um dinheiro guardado para investir, comece nem que seja aos poucos. Assim, você deixa de procrastinar o início nos investimentos e vai evoluir muito mais rápido.  

Conclusão 

Pronto, agora você sabe como investir em renda fixa e pode usar os conhecimentos adquiridos para começar já em 2023.  

Aproveite o momento de alta da renda fixa, com diversos investimentos oferecendo taxas atrativas em virtude do aumento da taxa Selic, e comece agora mesmo! 

Caso queira conhecer um passo a passo para começar na prática agora mesmo, confira o nosso artigo em que ensinamos como investir no Tesouro Direto.  

Já se você deseja se aprofundar ainda mais nos conhecimentos sobre Renda Fixa, temos um convite especial a te fazer.

Nós acabamos de lançar na Finclass um curso que vai te ensinar a ganhar dinheiro através da renda fixa – mas não de qualquer jeito. Nós vamos te mostrar uma parte da renda fixa que muitas pessoas não te contaram: a renda fixa ativa.

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Hugo Gonçalves
Hugo Gonçalveshttps://finclass.com/
Hugo é copywriter no Grupo PRIMO. Trabalha com finanças há mais de 7 anos.
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