InícioFinanças PessoaisComo começar a investir do zero e com pouco dinheiro em 2024?

Como começar a investir do zero e com pouco dinheiro em 2024?

Quais são as suas resoluções para o ano novo? Nós temos uma sugestão: finalmente administrar bem o seu dinheiro e multiplicar o seu patrimônio. E se você ainda acredita que apenas guardar as sobras do fim do mês em uma poupança é suficiente, está no lugar certo: vamos ensinar como essa é, na verdade, a pior alternativa para a sua saúde financeira.

Afinal, o rendimento da caderneta de poupança é baixíssimo, mesmo quando comparado a títulos de renda fixa, que são opções seguras de investimento — ideais para quem está começando a aplicar

Não está entendendo muita coisa? Calma! Escrevemos esse artigo especialmente para ajudar você a extrair o melhor do seu patrimônio em 2024 e começar a investir de maneira estratégica e inteligente, mesmo que você ainda não tenha dado um primeiro passo no mercado de capitais. 

Dá uma olhada em tudo o que você vai aprender até o final:

  • O que fazer antes de começar a investir;
  • Conceitos básicos que todo investidor precisa saber;
  • Tipos de investimento disponíveis;
  • O melhor investimento para iniciantes;
  • Os principais erros de quem está começando e como evitá-los;
  • 10 dicas para investir com inteligência.

Depois de tudo isso, ainda vamos te mostrar o melhor recurso possível para você seguir a sua jornada de aprendizado no âmbito dos investimentos, e adquirir todo o conhecimento necessário para ver o seu dinheiro começar a render em 2024. Bora?

É possível investir com pouco dinheiro?

Sim! Mesmo que as suas condições financeiras atuais não permitam que você invista grandes quantias de dinheiro, é perfeitamente possível começar com pouco e fazer aportes periódicos mais modestos até que a situação mude.

Há ainda outra boa notícia: tanto a renda fixa quanto a renda variável contam com opções de investimento acessíveis. Logo, independentemente de quanto você tem disponível no momento, há uma gama ampla de ativos para explorar e para diversificar o seu portfólio.

Se ainda está na dúvida, saiba que o ideal é que comece a aplicar o seu dinheiro o quanto antes. A longo prazo, as chances de sucesso de uma carteira de ativos é maior. Tome por exemplo os juros compostos: quanto mais acumulam, a tendência de você obter retornos mais altos no futuro também é maior.

Em termos mais precisos, de início você pode fazer aportes pequenos — R$50, por exemplo, ou o que couber no seu bolso. Nessa etapa, o mais importante é que mantenha a constância desse hábito. Futuramente, se o cenário mudar, faça aumentos graduais — vá de R$50 para R$100, de R$100 para R$150 e assim sucessivamente.

Para que visualize melhor o potencial do seu investimento, vamos a uma simulação. Imagine que começará a aplicar R$50 hoje no Tesouro IPCA+, com vencimento para 2029 — 5 anos, contando a partir da data de publicação deste artigo. Ao longo do prazo, os aportes mensais também serão de R$50. 

Nesse cenário fictício, o total investido seria de R$3.000,00. Aplicados ao dito título, porém, seus ganhos líquidos (aqueles que você realmente recebe, após os descontos e a alíquota do Imposto de Renda), seria de R$3.679,17. Por mais que o lucro pareça modesto, lembre-se que, no exemplo, você teria recebido R$679 a mais sem ter feito nenhum esforço para isso.

Embora a recomendação mais basilar dos investimentos diga que o patrimônio sempre deve ser distribuído entre vários ativos, para mitigar riscos financeiros, essa simulação serve como um ponto de partida para que você tome a iniciativa de finalmente fazer o seu dinheiro render, mesmo que os primeiros passos sejam mais curtos.

O que fazer antes de começar a investir?

À primeira vista, o mercado de investimento pode parecer bastante complexo. No entanto, essa fase de preparação é relativamente simples e vai te ajudar a enxergar as possibilidades com mais clareza.

Primeiramente, você deve ter uma reserva de emergência. Imprevistos acontecem e, quando um problema surge, é sempre necessário ter uma quantia de dinheiro acessível à mão, de forma a assegurar o seu padrão de vida e as suas necessidades. 

Normalmente, se indica que essa reserva seja o suficiente para cobrir os seus gastos rotineiros por mais de 6 meses, em uma situação hipotética na qual você deixe de receber os seus ganhos mensais. 

Após, é preciso compreender a si mesmo. Aqui, é preciso ir além de simplesmente separar uma quantia para investir mensalmente ou controlar de perto a sua vida financeira — embora esses dois aspectos sejam importantes também. Essa jornada de autoconhecimento também significa descobrir qual a sua tolerância ao risco e quais os seus objetivos para o futuro, a curto, médio e longo prazo.

Além disso, é claro, entender os conceitos básicos dos investimentos é um dos primeiros passos mais importantes, e que vão te orientar na direção certa na hora de escolher os seus primeiros ativos. É a partir deles que você conseguirá avaliar as opções disponíveis, escolhendo aquelas que mais fazem sentido para você nesse momento.

Vamos a eles?

Quais são os cinco conceitos básicos que todo investidor precisa conhecer?

Assim que abrir sua conta em uma corretora, verá que as opções de títulos disponíveis são inúmeras, distribuídas em várias modalidades. Para escolher onde alocar o seu patrimônio, é importante que você analise, antes de tudo, cada um desses atributos: liquidez, risco, retorno, diversificação, e relação entre risco e retorno.

Não está familiarizado com esses termos? Então, siga conosco para aprender cada um deles.

Liquidez

A liquidez é a capacidade de transformar um bem em dinheiro. Vamos começar por um exemplo simples: se você tem um carro e deseja vendê-lo, deverá encontrar alguém que queira comprá-lo. Para isso, precisará tirar fotos e anunciá-lo, por exemplo, em algum site ou nas suas redes sociais. 

             Em outras palavras, não é uma tarefa exatamente fácil e pode levar algumas semanas até que a venda se concretize. Além disso, é muito possível que você o venda por um preço menor do que aquele pagou anteriormente. Um carro, portanto, não é um bem líquido.

Trazendo o assunto para os investimentos, um ativo com alta liquidez é aquele que pode ser vendido rapidamente, sem prejuízos ao investidor. As ações e alguns títulos do Tesouro Direto, por exemplo, têm liquidez diária, ou seja, podem ser negociados todos os dias. No entanto, como os seus preços podem variar de acordo com as oscilações do mercado, talvez você saia no prejuízo ao passar adiante um papel. 

Por outro lado, temos os ativos com baixa liquidez, que exigem que você mantenha o seu dinheiro aplicado neles até o fim do prazo combinado. Se precisar vendê-los antes disso, perderá rentabilidade.

Antes de escolher, portanto, tenha a certeza de que será possível manter a aplicação pelo tempo informado no título.

Risco

Todo investimento representa algum tipo de risco financeiro. Ou seja, a chance de enfrentar perdas ou mudanças negativas nos ganhos de um investimento devido a coisas como alterações no mercado, taxas de juros ou câmbio.

Isso, porém, não deve representar um empecilho ao investidor — é apenas mais um conhecimento que deve ser dominado. 

Para os iniciantes, existe uma gama ampla de opções bastante seguras de investimento, cujo risco é imensamente reduzido. Os títulos do Tesouro Direto, por exemplo, são aplicações nas quais você “empresta” o seu dinheiro ao Governo Federal, que te devolverá a quantia com o acréscimo de juros — e é desses juros que vem o seu lucro. 

            Aqui, o risco de crédito (ou seja, de você não receber o seu dinheiro de volta) é extremamente improvável, já que o Governo é uma instituição bastante sólida e dificilmente daria um calote do tipo nos investidores.

Outro risco possível dentro desse contexto é o de perder a rentabilidade ao vender os títulos comprados antes do fim do prazo combinado. Como explicamos, nesse tipo de negociação, é possível que o preço do ativo esteja menor do que aquele que você pagou inicialmente, te deixando no prejuízo.

Resumindo, cada modalidade de investimento apresentará riscos específicos. Por isso, antes de alocar o seu patrimônio em alguma, é preciso que você dedique um tempo a compreendê-los, a fim de avaliar as melhores estratégias para minimizá-los e proteger o seu dinheiro.

Retorno

O retorno em investimentos é como ganhar dinheiro extra com o dinheiro que você colocou para trabalhar. De forma simples, é o lucro que você obtém com uma aplicação, mostrando o quanto você ganhou, além do valor originalmente investido. Ao realizar um investimento, é comum visualizar essa informação em formato percentual, indicando o potencial ganho.

Vale a pena destacar que o retorno nem sempre é garantido, pois está sujeito a diversas variáveis, como condições econômicas, movimentações do mercado e características específicas de cada investimento. 

Alguns investimentos, porém, oferecem ganhos mais previsíveis, enquanto outros podem ser mais voláteis, proporcionando a oportunidade de lucros mais expressivos, mas também trazendo um maior grau de risco.

Para os investidores iniciantes, a renda fixa é a modalidade mais indicada justamente por possibilitar que estas pessoas saibam, de antemão, quanto receberão de volta no futuro. Isto é, essa previsibilidade traz segurança e confiança para quem ainda não tem muita experiência no assunto. 

Diversificação

A diversificação é a primeira grande estratégia de proteção que todo investidor deve aprender. Afinal, quem investe, quer ganhar dinheiro, e não perder, certo? A lógica dessa técnica é bem simples: nunca deposite todo o seu patrimônio em um ativo (ou classe de ativos) só

Como você já sabe, cada modalidade tem seus riscos específicos. Logo, se colocasse todo o dinheiro em um só, uma única ameaça seria capaz de te deixar em um prejuízo enorme. 

Quando se distribui o patrimônio entre papéis distintos, porém, será possível obter uma espécie de equilíbrio, no qual os riscos são mitigados ao máximo. Imagine, por exemplo, a estratégia clássica de alocar 20% dos recursos em ações e os outros 80% em renda fixa. As ações são mais voláteis, e não é possível prever com absoluta certeza se elas renderão lucros ou perdas. 

             Então, nesse cenário hipotético, a renda fixa — mais previsível — cumpriria o papel de prover mais segurança ao investidor, e “segurar as pontas” caso o preço de suas ações caísse abruptamente. Em outras palavras, o rendimento de um compensaria os prejuízos de outro.

Com o passar do tempo, e conforme for ganhando mais experiência e conhecimento no mercado financeiro, você entenderá que há várias formas diferentes de diversificar o seu portfólio, e também de se proteger contra os riscos aos quais estará exposto.

Por enquanto, a diversificação será extremamente útil para os seus primeiros passos, bem como o próximo tópico que temos para explicar.

Relação entre risco e retorno

No mercado de investimentos, existe uma lógica que é basicamente um padrão: ativos com maior risco serão mais rentáveis, enquanto os mais seguros oferecerão lucros menores. Normalmente, quem recém começou a investir prefere dar os primeiros passos com mais segurança, mesmo que isso signifique obter rendimentos menores. 

Essa relação também representa a estratégia que você acabou de compreender, com o exemplo citado anteriormente. Nele, uma carteira fictícia equilibrou riscos e retornos ao mesclar aplicações em papéis menos seguros, porém mais rentáveis, e papéis mais seguros, porém menos rentáveis.

De início, é compreensível que, mesmo diversificada, as suas decisões de aplicação sigam por um caminho menos oscilante. E não precisa se preocupar: esse comportamento é comum e bastante inteligente. Aos poucos, com o passar do tempo, você se sentirá confortável para realizar aportes mais ousados.

Quais são os tipos de investimentos?

Existem dois tipos de investimentos: renda fixa e renda variável. Até aqui, já os mencionamos várias vezes, direta e indiretamente. Esse conhecimento também é vital para que você tome decisões mais embasadas na hora de aplicar o seu patrimônio.

Renda fixa

Ativos de renda fixa são aqueles cuja rentabilidade pode ser prevista. Assim, no momento da aplicação, você sabe qual será o seu lucro futuramente, no final do prazo combinado.

Títulos dessa modalidade sempre são apresentados com uma porcentagem de rendimento, que indica o quanto o dinheiro vai render enquanto estiver aplicado. 

Os exemplos mais populares são:

Títulos públicos

Emitidos pelo governo, como os títulos do Tesouro Nacional, já mencionados por aqui. Os principais incluem o Tesouro Selic, o Tesouro IPCA, entre outros.

CDB (Certificado de Depósito Bancário)

Os CDBs são disponibilizados pelos bancos e são uma forma comum de captação de recursos para as instituições financeiras. Em outras palavras, o seu dinheiro é “emprestado” às organizações, que o utilizarão na concessão de crédito e outras atividades, devolvendo a você com o acréscimo de juros.

LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio)

LCI e LCA são títulos emitidos por instituições financeiras para financiar setores específicos, como o imobiliário e o do agronegócio, como seus nomes indicam.

Debêntures

Debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas privadas para captar recursos no mercado financeiro. A lógica é a mesma de todos os outros listados até aqui, porém, dessa vez, o dinheiro da sua aplicação irá para o financiamento das atividades e projetos de expansão dessas companhias.

Quando for investir em renda fixa, verá que as opções disponíveis dividem-se em duas categorias: com taxas de juros prefixadas e pós-fixadas. A diferença entre ambas é a seguinte:

Taxas de juros prefixadas

Aqui, a remuneração do investimento é definida no momento da aplicação. Isso significa que o investidor já sabe, desde o início, qual será a taxa de rendimento que o ativo de renda fixa vai oferecer ao longo do período de investimento. Consequentemente, se tem maior previsibilidade quanto aos ganhos;

Taxas de juros pós-fixadas

Nesse caso, as taxas de juros pós-fixadas não são determinadas no momento da aplicação, mas sim atreladas a um indicador do mercado financeiro. Um exemplo comum é a taxa Selic ou o IPCA. 

Nesse caso, a remuneração do investimento varia conforme as oscilações dessa taxa de referência. Portanto, o investidor só conhecerá o rendimento real ao final do período, o que pode trazer maior volatilidade aos retornos. 

Esse tipo de taxa é mais sensível às condições econômicas e pode proporcionar ganhos adicionais, caso o indicador de referência apresente variações favoráveis ao longo do tempo.

Vale mencionar que, além destas, existe também a modalidade híbrida, que une atributos de ambas — uma parte do rendimento é fixo, enquanto a outra varia conforme o indicador em questão. 

Uma diferença importante entre as taxas de juros pré e pós-fixadas é que, na segunda, o rendimento do investidor será futuramente corrigido com base na inflação — algo que não acontece quando a taxa é prefixada. Dito de forma mais simples, a opção protege o seu poder de compra.

Vamos a um exemplo simples: quantas coisas você consegue comprar, hoje, com R$100? E quantas conseguia há 10 anos, com o mesmo valor? Certamente, as respostas serão bem diferentes, porque o valor do dinheiro muda de acordo com vários fatores: inflação, reajustes salariais etc. 

           A alternativa pós-fixada, portanto, garante que, futuramente, o seu poder de compra seja mantido. Por isso, mesmo sendo mais volátil que os ativos de taxas de juros prefixadas, este oferece uma garantia a mais ao titular.

Renda variável

Com a renda variável, pelo contrário, não é possível prever a sua rentabilidade exata. Isto é, os lucros podem variar — como o nome da modalidade indica — de acordo com as oscilações macro e microeconômicas do país. Os ganhos ou perdas, então, estão diretamente ligados ao desempenho do ativo no mercado.

A principal característica desses ativos é a sua dinâmica, sujeita a flutuações que podem resultar em ganhos expressivos, mas também em perdas, tornando-os potencialmente mais arriscados em comparação aos ativos de renda fixa.

O exemplo mais clássico aqui são as ações. Esses papéis são pequenas parcelas do capital de uma empresa, comercializados na Bolsa de Valores. Quando você compra ações de uma empresa, você se torna acionista, o que significa que você possui uma parte da propriedade da empresa e tem direito a uma parcela dos seus lucros (dividendos).

O preço das ações varia devido a vários fatores, refletindo não somente as condições do mercado financeiro em geral, mas também do desempenho da empresa específica. Olha só:

Oferta e demanda

Se há mais pessoas querendo comprar uma ação do que vendê-la, o preço tende a subir. Da mesma forma, se há mais vendedores do que compradores, o preço pode cair.

Desempenho da empresa

O resultado financeiro, as perspectivas de crescimento, as inovações e outros fatores relacionados ao desempenho da empresa influenciam o valor percebido das suas ações pelos investidores, positiva ou negativamente.

Condições econômicas

Mudanças na economia, taxas de juros, inflação e outros indicadores econômicos podem afetar a confiança dos investidores e, consequentemente, os preços das ações também.

Eventos globais

Notícias sobre eventos globais, como crises econômicas, mudanças políticas, pandemias (como a de Covid-19), entre outros, podem impactar o mercado de ações como um todo, especialmente as empresas mais afetadas pelo evento específico.

Como você pode ver, quando se investe em renda variável, é necessário ficar de olho em muitos fatores, a fim de compreender se vale a pena (ou não) comprar ações de determinada empresa, mantê-las ou vendê-las. Lembre-se: nem sempre essas oscilações mencionadas são sutis. Às vezes, elas são abruptas, te fazendo perder ou ganhar muito dinheiro de um dia para o outro.

Para quem já passou da fase de investir apenas em renda fixa e deseja dar os primeiros passos rumo a aplicações mais ousadas, uma boa estratégia é investir em ações de empresas grandes no mercado. Por serem mais consolidadas em seu nicho, são, também, menos suscetíveis a oscilações.

Qual o melhor investimento para quem está começando?

O investidor que está dando os seus primeiros passos no mercado de capitais busca, em geral, por segurança. A boa notícia é que existem várias excelentes opções para essas pessoas, bastante seguras e que oferecem uma rentabilidade atrativa, especialmente em comparação à tradicional poupança. 

Aqui, listamos algumas boas alternativas de investimento para quem está começando, e vamos recapitular alguns nomes que você já viu nessa leitura.

1 – Tesouro Direto

O Tesouro Direto é a modalidade de investimento na qual você “empresta” o seu dinheiro ao Governo Federal, que o utiliza para o financiamento de projetos de desenvolvimento de setores gerais, como educação e saúde. No fim do prazo combinado, o montante volta ao investidor com o acréscimo de juros — e é aí que você, investidor, vai lucrar. 

As opções de ativos disponíveis são várias, com durações diversas. Além disso, há opções prefixadas e pós-fixadas, com porcentagens de rendimento distintas para cada. Em resumo, existem várias alternativas para que você possa realizar um primeiro aporte com total segurança.

2 – CDBs

Os Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) também estão disponíveis em categorias pré e pós-fixadas, com rendimentos distintos e várias alternativas de prazo de resgate. 

Se a sua intenção é fazer um primeiro investimento com o máximo de segurança que puder, recomendamos que opte por instituições financeiras grandes e sólidas. Por outro lado, deixamos o adendo de que bancos menores costumam pagar taxas de juros mais atrativas nesse tipo de aplicação.

Além disso, os CDBs são assegurados pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Então, para patrimônios de até R$250.000,00, a entidade garante o seu reembolso caso a instituição emissora do papel não cumpra com a sua obrigação.

3 – Fundos de Investimentos

Esses Fundos podem ser descritos basicamente como uma modalidade de investimento coletivo. Cada investidor (chamado de cotista) realiza os seus aportes individualmente. 

            O gestor do Fundo, então, vai coletar o patrimônio de todos os cotistas e distribuir em uma carteira de ativos, de classes distintas, a depender da estratégia que consta em contrato (se é um Fundo de renda fixa, variável, misto etc.).

Como você pode observar, quem toma as decisões sobre onde aplicar o dinheiro é o gestor, um profissional especializado que trabalha para extrair o máximo de rendimentos do portfólio que administra. 

             Inclusive, é justamente por isso que os Fundos de Investimentos são bastante adequados para investidores iniciantes, já que a gestão fica por conta de alguém mais experiente no assunto, capaz de encontrar oportunidades melhores.

4 – LCIs e LCAs

O funcionamento desses ativos se assemelha bastante aos do Tesouro Direto e dos CDBs. O dinheiro aplicado nas Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio serve para financiar esses setores e, em troca, o investidor recebe o seu patrimônio de volta com o acréscimo de juros.

Assim como os CDBs, aliás, esses papéis também contam com a proteção do FGC — mais uma razão para apostar neles enquanto iniciante no mercado de capitais. Com rentabilidades bem mais atrativas do que a poupança, é, sem dúvidas, uma excelente forma de estrear como investidor.

5 – Ações

Por fim, uma opção de renda variável, mas que vale a indicação mesmo para quem está fazendo os primeiros investimentos. Como explicamos, existem ações que oscilam um pouco menos do que as demais, geralmente aquelas emitidas por gigantes do mercado — empresas sólidas que não terão as suas atividades e valor de mercado ameaçados por qualquer movimento pequeno da economia.

Caso se sinta inseguro, uma alternativa é buscar papéis baratos e fazer aplicações menores e aos poucos, para conhecer melhor a dinâmica da renda variável e realizar pequenos “testes”. 

Para que você se sinta mais seguro, reforçamos que todas as empresas listadas na Bolsa de Valores são obrigadas a divulgarem dados relevantes sobre a sua saúde financeira, a fim de manter o público a par do andamento de suas operações. 

             Além disso, tanto na plataforma da corretora onde estiver investindo, quanto em outros sites informativos, com certeza você encontrará muitos materiais de apoio para te ajudar a escolher uma ação de maneira mais inteligente.

Onde fazer o primeiro investimento?

A escolha do primeiro investimento vai depender do seu grau de tolerância ao risco, ou seja, do quão confortável se sente sobre aplicar o seu dinheiro em um ativo. Investidores iniciantes geralmente optam por alternativas mais conservadoras e seguras, como as de renda fixa — frequentemente realizando aportes nos títulos do Tesouro Direto.

Nessa etapa, aplicações de menor complexidade são mais indicadas. Afinal, você ainda está “sentindo o terreno”, tendo as primeiras experiências no mercado de capitais para futuramente ter mais firmeza nas suas decisões.

Nesse caso, a renda fixa é o caminho mais adequado principalmente dada a sua previsibilidade

Menos arriscada, no momento do primeiro aporte é possível visualizar com clareza quais serão os ganhos futuros. Mesmo que o mercado oscile no período em que o dinheiro estiver aplicado, o combinado permanece o mesmo até o fim do prazo estipulado. Em termos mais simples, é extremamente improvável que você tenha prejuízo nesse tipo de operação.

Aqui vai uma lista de investimentos em renda fixa para você considerar:

  • Tesouro Direto: é um investimento em títulos públicos federais, considerado um dos mais seguros do mercado. Seus rendimentos estão atrelados à inflação (o lucro é corrigido de acordo com um indicador) ou são prefixados (você sabe exatamente quanto vai receber no futuro);
  • CDBs: são Certificados de Depósito Bancário, emitidos por bancos, que oferecem rendimentos fixos ou atrelados ao CDI, com garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC);
  • LCIs e LCAs: são, respectivamente, Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio. Se tratam de títulos emitidos por instituições financeiras para financiar o setor imobiliário ou agrícola, com isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas;
  • Fundos de Investimentos de Renda Fixa: são investimentos coletivos que investem em uma cesta de de renda fixa, como Tesouro Direto e CDBs, geridos por profissionais e que oferecem diversificação instantânea e gestão profissional;
  • ETFs de renda fixa: são Fundos negociados em bolsa que replicam índices de renda fixa. Também resultam em diversificação e os custos são geralmente mais baixos para o investidor.

Quanto é preciso para começar a investir em ações?

Não existe uma quantia mínima exigida para investir em ações na B3. A Bolsa de Valores não tem nenhuma regra sobre isso e o investidor pode encontrar ativos de preços variados nela, explorando a possibilidade de obter retornos positivos mesmo com pouco dinheiro.

Com ações comercializadas por centavos ou valores bem acessíveis — abaixo de R$50, é possível diversificar o portfólio a partir da aquisição de mais de um ativo. 

Além disso, a B3 ainda oferece a possibilidade de adquirir frações de ações. Ou seja, pequenas partes de uma ação inteira, acessíveis até mesmo para aqueles com recursos limitados.

Se você ainda não tem muita experiência com renda variável e deseja começar a aproveitar as vantagens desse mercado, uma dica é que opte, de início, por comprar ações de empresas mais sólidas em seus setores de atuação. 

Embora os retornos ainda não sejam garantidos, a rentabilidade histórica dessas companhias costuma ser mais consistente, além de normalmente serem menos vulneráveis às oscilações da economia.

Quais são os principais erros dos investidores iniciantes?

Compreender, de antemão, os erros mais cometidos por quem não tem experiência no assunto é a melhor forma de não repeti-los. Concorda? Então, presta atenção nesses três equívocos que você pode evitar:

1 – Falta de planejamento e impaciência

Como já explicamos, é fundamental que você faça uma reserva de emergência antes de investir. Assim, caso precise do dinheiro por conta de um imprevisto, não precisará resgatar as suas aplicações antes do prazo — o que pode resultar em prejuízos.

Além disso, muitas pessoas alocam o seu patrimônio em qualquer ativo, sem refletir o suficiente sobre a decisão. Sem ter total consciência sobre os seus objetivos a curto e longo prazo e que tipo de estratégia deseja adotar para alcançá-los, é muito improvável que as suas aplicações deem certo do jeito que você imagina.

No que diz respeito à impaciência, temos uma quantidade esmagadora de investidores que resgatam seu dinheiro antes do prazo, toda vez que identificam uma queda nos rendimentos. O resultado é inevitável: prejuízo

Especialmente para os ativos de longo prazo, é natural que as oscilações econômicas alterem o seu preço enquanto o patrimônio permanece aplicado. Assim, quando você acessar os gráficos da sua carteira, pode ser que encontre uma rentabilidade negativa. 

             Nesse caso, é ideal que a emoção não sobreponha a razão, já que esses resgates antecipados podem ser bem prejudiciais à sua saúde financeira. Lembre-se: a impulsividade é inimiga do investidor inteligente.

2 – Não diversificar os investimentos

Por mais que essa estratégia seja um clássico, como já comentamos, muitos investidores iniciantes sentem receio de distribuir o seu patrimônio em ativos diferentes. Equivocadamente, então, fazem aportes únicos em um ativo só, o que é extremamente perigoso.

Ao fazer isso, você estaria expondo todo o seu dinheiro aos riscos financeiros inerentes à aplicação, sem nenhum outro aporte paralelo para garantir a sua rentabilidade, caso alguma movimentação do mercado impacte os seus investimentos. 

3 – Ignorar taxas e custos operacionais

Ao estudar uma possibilidade de investimento, considerar apenas o aporte e o lucro futuro é uma visão bastante unilateral da estratégia, e deixa de lado outros aspectos importantes, como taxas extras que podem estar incluídas.

A maioria das corretoras não cobra nenhum valor extra pela custódia dos títulos, no entanto, outros encargos podem incidir sobre as suas aplicações. Um exemplo são as taxas de performance cobradas por alguns Fundos de Investimento, ou a incidência do Imposto de Renda sobre os rendimentos.

Vale a pena investir endividado?

Embora cada condição financeira seja única, não é recomendado que uma pessoa comece a investir antes de quitar as dívidas que tem pendentes. Afinal, como as despesas acumuladas geralmente aumentam gradualmente por conta do acréscimo de juros, não há um tipo de aplicação cujo retorno consiga superar esses valores. Em termos mais simples, a conta não fecha.

Em geral, grande parte da população endividada está nessa situação por conta de saldos negativos no cartão de crédito e no cheque especial. Esses produtos financeiros costumam estar atrelados a taxas de juros bastante altas. A dívida, então, facilmente se torna uma bola de neve de difícil controle.

Nesse contexto, quanto mais alta for a despesa, menos provável será que um investimento a cubra. Assim, a melhor saída é que você vá pagando a dívida conforme tiver dinheiro para isso, para “domar” os juros acumulados.

Dica: se a situação estiver muito ruim, tente estabelecer uma negociação com o seu credor. Essa é uma alternativa possível e que pode resultar em uma redução significativa dos juros que estão aumentando os seus débitos. Com condições favoráveis, se livrar das dívidas é mais fácil e, consequentemente, você estará livre o quanto antes para começar a investir.

Como começar a investir em 2024?

Chegou até aqui e, após aprender todas as noções básicas sobre investimentos, se sente mais seguro para fazer o seu dinheiro render em 2024? Então, vai fazer bom proveito desses 9 passos fundamentais para te ajudar na missão.

1. Estabeleça os seus objetivos

Sem saber exatamente qual a finalidade dos seus investimentos, você terá dificuldades para criar uma estratégia eficaz. Na prática, vai acabar realizando qualquer aplicação, desperdiçando oportunidades melhores ou que façam mais sentido para as suas expectativas e realidade. 

Então, antes do primeiro aporte, defina os seus objetivos — veja alguns exemplos frequentes:

  • Economizar para o futuro;
  • Planejar a aposentadoria;
  • Adquirir um imóvel;
  • Financiar os estudos;
  • Comprar um carro;
  • Ter liberdade financeira.

2. Poupe para ter capital para investir

O ideal é que, mensalmente, você consiga realizar novos aportes nas suas aplicações. Assim, seu patrimônio será multiplicado de maneira constante. Então, sugerimos que você reserve uma parte dos seus ganhos mensais para essa finalidade.

Para que sobre um pouco do seu salário, não tem jeito: é preciso aprender a poupar e fazer aplicações do tamanho da sua realidade. Algumas alternativas possíveis para otimizar o seu dinheiro é:

  • Guarde uma quantia do seus ganhos assim que recebê-los;
  • Dedique mais tempo comparando preços;
  • Evite despesas desnecessárias;
  • Estabeleça um orçamento mensal.

Além disso, vale a pena ressaltar que controlar de perto as suas finanças é uma excelente maneira de administrar os seus ganhos e despesas, e de manter a sua saúde financeira.

3. Entenda seu perfil de investidor

O perfil de investidor é um indicador das suas preferências de investimento, e diz respeito principalmente à sua tolerância ao risco. Assim, serve como forma de orientação para que as suas decisões sejam melhor embasadas e convenientes com os seus objetivos e expectativas.

Investidores iniciantes normalmente têm um perfil conservador. Ou seja, são indivíduos com menor tolerância ao risco, que preferem apostar em títulos de renda fixa, já que oferecem maior previsibilidade de ganhos e menos oscilações. 

As corretoras de valores são obrigadas por lei a definir o seu perfil de investidor antes de permitir que você faça uma aporte. Por isso, ao abrir sua conta em uma delas, será preciso responder a um questionário sobre as suas preferências. É aconselhável que, periodicamente, você responda novamente a essas perguntas, para avaliar se o seu perfil continua o mesmo, ou mudou.

Além do conservador, existem os perfis moderado, arrojado e agressivo. Como é possível deduzir, a escala muda conforme o investidor se sente mais confortável para assumir riscos maiores em troca de retornos mais atrativos. 

4. Comece com investimentos de baixo risco

E já que mencionamos os perfis de investidores, uma dica que não pode faltar nessa lista é que para você, iniciante, as opções mais adequadas são aquelas que apresentam baixo risco

            Com elas, se sentirá mais confortável para explorar as diferentes possibilidades de aplicação e, com o tempo, ganhará experiência e conhecimento suficientes para se aventurar em outras classes de ativos também.

Algumas das nossas recomendações dentro dessa categoria são:

  • Títulos do Tesouro Direto;
  • Debêntures;
  • CDBs;
  • LCIs e LCAs.

5. Estude diferentes ativos

Ao fazer uma aplicação, não se prenda a um ativo só. É importante que você dedique um tempo para analisar todas as opções disponíveis, explorar prazos diferentes e considerar porcentagens de retorno distintas. 

Mesmo dentro de uma mesma classe — renda fixa ou variável, por exemplo — um papel pode apresentar diversas características que vão ditar o seu comportamento ao longo do tempo, e é crucial que você as entenda para tomar uma decisão mais assertiva.

6. Escolha uma corretora e em quais ativos investir

À primeira vista, essa dica é simples: abrir uma conta na corretora de sua preferência e começar a investir. No entanto, é preciso cautela: há muitas instituições fraudulentas por aí, e é preciso que você saiba identificá-las.

Antes de transferir o seu dinheiro e fazer qualquer aporte, verifique a reputação da corretora e se ela está autorizada legalmente a operar. Além disso, não caia em promessas de retornos altíssimos e garantidos — no mercado de investimentos, isso não é uma realidade viável e você deve se manter cético.

Outra obrigação destas instituições financeiras é a disponibilização de informações completas, atualizadas e verídicas sobre os ativos que comercializam. Por isso, acabam sendo verdadeiras plataformas de educação para os investidores. Aproveite esse recurso na sua estratégia!

7. Diversifique e monitore seus investimentos

Como já mencionamos, é fundamental que você distribua o seu patrimônio em diferentes ativos, por razões de segurança. Mesmo tendo um perfil conservador, é possível encontrar opções distintas de aplicação em renda fixa, cumprindo a missão de diversificar o portfólio, sem assumir nenhum risco com o qual ainda não esteja se sentindo confortável.

Com os aportes realizados, é hora de monitorar o desempenho dos papéis. Na própria plataforma da corretora escolhida você encontrará gráficos e informações que te atualizam sobre a performance dos seus ativos. Manter esse controle periódico é importante para avaliar se determinada estratégia está atendendo as suas expectativas, ou se é necessária alguma mudança.

Lembre-se: ao longo do período de aplicação, é normal que um título passe por momentos de baixa, e apresente rentabilidade negativa. Acontece bastante, por exemplo, com os de renda fixa de longo prazo. 

            Nessas horas, o ideal é que você controle as emoções e não tome nenhuma decisão por impulso. Em outras palavras, resgatar o seu dinheiro de forma impensada e antecipada pode trazer grandes prejuízos e afetar a saúde do seu portfólio.

8. Tenha disciplina e persistência

A liberdade financeira — ou qualquer que seja o seu objetivo investindo — não é algo que se conquista do dia para noite. Para chegar lá, é necessário estudar o mercado financeiro, realizar aportes consistentemente, avaliar o desempenho da carteira e, é claro, ter a certeza de que a sua estratégia de investimento segue sendo adequada para as suas metas.

9. Defina sua estratégia de investimento

Por fim, lembramos que o sucesso nos investimentos depende muito de uma definição estratégica clara. Isso significa entender seus objetivos financeiros, prazos e tolerância ao risco

Seja realista sobre quanto tempo você planeja manter seus investimentos e qual é o seu apetite para enfrentar flutuações no mercado. Se você busca retornos mais rápidos, pode optar por estratégias mais voltadas para o curto prazo, enquanto investidores de longo prazo podem se beneficiar de estratégias mais estáveis e diversificadas.

Além disso, reviste e ajuste sua estratégia ao longo do tempo, à medida que seus objetivos e circunstâncias financeiras evoluem. Manter-se disciplinado em relação à sua estratégia ajuda a evitar decisões impulsivas baseadas em movimentos temporários do mercado, resultando em um planejamento financeiro mais sólido e bem-sucedido.

Qual a importância de começar a investir do zero?

Você gostaria de ver os seus projetos futuros se realizando, viver sem se preocupar com dinheiro ou ter fontes de renda passiva para usufruir? Nós temos certeza que sim. Esses desejos, tão populares e compreensíveis, não são impossíveis — tudo o que você precisa fazer é começar a se educar financeiramente e aprender a investir.

Falando especificamente de 2024, temos a previsão otimista de bons meses pela frente. O Banco Central tem recuperado a credibilidade, a Selic tem tido cortes significativos e a maioria das corretoras já não cobram mais taxas de administração. 

No que tange à Bolsa de Valores, por outro lado, a tendência é que esta se valorize ao longo dos próximos meses. Na somatória, temos um ano excelente para os investimentos, e esta é a oportunidade ideal para quem ainda não começou.

Qual é a relação entre risco e retorno nos investimentos?

A relação entre risco e retorno nos investimentos funciona assim: ativos mais arriscados normalmente têm maior potencial de lucro, embora estes não sejam garantidos. Aplicações menos arriscadas, por outro lado, oferecem rentabilidade menor, ao mesmo tempo em que são mais seguras. 

Como você pode observar, a equação é complexa e o risco é um assunto que demanda uma atenção especial do investidor. Por mais que o potencial de bons retornos seja inegavelmente atrativo, também é verdade que uma operação pode não sair como o esperado, te levando até mesmo ao prejuízo.

Na prática, todos os títulos e ativos do mercado de capitais têm um risco atrelado a eles — seja ele baixo, médio ou alto. 

Simplificando o assunto, uma das estratégias mais eficazes para controlar essas ameaças é diversificando o portfólio. Ou seja, distribuindo o dinheiro entre diversos ativos (e diversos graus de risco, consequentemente), a fim de encontrar um equilíbrio entre todos. Assim, quando um elemento da sua carteira performar mal, outro pode estar em um momento melhor e compensar ou amenizar as perdas do primeiro.

Alguns dos fatores que geram risco a um investimento são:

  • Taxa de juros;
  • Inflação;
  • Economia nacional e internacional;
  • Câmbio;
  • Oscilações setoriais.

Note que não necessariamente todos esses tópicos vão interferir na sua aplicação — mas pode ser que aconteça. 

O ideal, portanto, é que você se mantenha atento ao desempenho do seu portfólio e também às notícias e atualizações do mercado, identificando potenciais perdas e retornos, e realizando ajustes quando necessário.

Comece a entender mais sobre o assunto agora mesmo: listamos os riscos mais comuns que se enfrenta ao investir.

Risco de mercado

É o risco que envolve as variações do mercado financeiro e que podem afetar um investimento. Quando o Banco Central aumenta a Taxa Selic, por exemplo, os títulos de renda fixa passam a apresentar retornos mais atrativos.

Por outro lado, se a inflação prejudicar, de alguma forma, o desempenho de uma empresa emissora de ações, os titulares desses ativos provavelmente verão o preço de suas posições cair. 

Risco de liquidez

A liquidez se trata da facilidade com a qual é possível vender um ativo e transformá-lo em dinheiro outra vez. Caso você queira se desfazer de uma ação, por exemplo, e não conseguir repassá-la, então estará enfrentando o risco de liquidez.

Felizmente, o mercado de capitais é vasto. Logo, existem alternativas com liquidez variada — desde títulos que podem ser resgatados imediatamente, até aplicações de prazos mais longos. 

Para decidir, é fundamental que você tenha clareza sobre seus objetivos financeiros. Se pergunte se a ideia é utilizar o dinheiro em breve ou se pode deixá-lo aplicado por mais tempo. A resposta geralmente está na meta que pretende conquistar com o investimento: se aposentar, financiar os estudos, comprar um carro, entre outros.

Na dúvida, sempre confira atentamente as informações do título ou ativo no qual está investindo, para estar ciente de suas condições e dinâmica. Além disso, recomendamos que você disponha de uma reserva de emergência, para o caso de precisar de dinheiro frente a um imprevisto. Lembre-se: dependendo da aplicação, um resgate antecipado pode te levar ao prejuízo.

Risco de crédito

Em termos bastante simples, o risco de crédito é a chance de uma empresa emissora de títulos ou ações dar calote nos investidores. Se a companhia falir, por exemplo, ou passar por um problema financeiro de alta gravidade, pode ser que não consiga juntar os recursos necessários para devolver o dinheiro que você investiu nela.

Em títulos mais seguros, como os de renda fixa, esse cenário é bastante improvável. Imagine só: para o governo, emissor dos títulos do Tesouro Direto, se encontrar em situação de inadimplência dessa forma, seria necessária uma calamidade de proporções inimagináveis, nacional ou internacional. 

No entanto, uma boa notícia é que existe o Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Essa entidade existe para ressarcir os investidores que saíram no prejuízo nesse tipo de situação, devolvendo até R$250.000,00 por CPF. Atenção: nem todos os títulos contam com essa proteção, por isso, sempre se informe antes de investir.

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Se você chegou até aqui, já tem conhecimento suficiente para realizar os seus primeiros aportes no mercado de capitais. Para extrair o máximo do seu patrimônio e encontrar as melhores opções de investimento, porém, o aprendizado deve ser contínuo.

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Ted Duarte
Ted Duarte
Ted Duarte é economista e Pós-graduado em Mercado de Capitais, e traz em sua bagagem a experiência de trabalhar em uma das maiores auditorias contábeis do mundo, onde se especializou na análise de balanços de fundos de investimento. Atualmente atua no time de analistas da Finclass na área de Fundos Imobiliários.
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