InícioFinanças PessoaisComo começar a investir do zero e com pouco dinheiro em 2025?

Como começar a investir do zero e com pouco dinheiro em 2025?

Quais são as suas resoluções para o ano novo? Nós temos uma sugestão: finalmente administrar bem o seu dinheiro e aprender a preservar o seu patrimônio. E se você ainda acredita que apenas guardar as sobras do fim do mês na Poupança é suficiente, está no lugar certo: vamos ensinar como essa é, na verdade, a pior alternativa para a sua saúde financeira.

Afinal, o rendimento da caderneta é baixíssimo, mesmo quando comparado a títulos de renda fixa, que são opções seguras de investimento — ideais para quem está começando a aplicar

Não está entendendo muita coisa? Calma! Escrevemos esse artigo especialmente para ajudar você a extrair o melhor do seu patrimônio em 2025 e começar a investir de maneira estratégica e inteligente, mesmo que você ainda não tenha dado um primeiro passo. 

Dá uma olhada em tudo o que você vai aprender até o final:

  • Por que começar a investir;
  • Qual o primeiro passo para começar a investir;
  • Como começar a investir do zero com pouco dinheiro;
  • Quais os conceitos básicos para investidores iniciantes;
  • Qual o melhor tipo de investimento para iniciantes;
  • Onde fazer o primeiro investimento;
  • Quais são os principais erros dos investidores iniciantes.

Depois de tudo isso, ainda vamos te mostrar o melhor recurso possível para você seguir a sua jornada de aprendizado no âmbito dos investimentos, e adquirir todo o conhecimento necessário para ver o seu dinheiro começar a render em 2025. Bora?

Por que começar a investir?

Começar a investir é dar o primeiro passo para construir um futuro financeiro mais seguro e cheio de possibilidades. Ao investir, você faz o seu dinheiro trabalhar para você, consegue potencializar seus ganhos e proteger o seu patrimônio contra a perda de valor causada pela inflação. 

Em resumo, é uma maneira de transformar pequenas economias em realizações maiores, como a compra de um imóvel, a conquista da liberdade financeira ou a garantia de uma aposentadoria confortável. Mais do que apenas guardar, investir permite que o seu dinheiro cresça de forma consistente ao longo do tempo.

Não menos importante, também podemos mencionar que investir ensina lições valiosas sobre disciplina, planejamento e paciência. Cada investimento feito com consciência aproxima você de seus objetivos — sejam eles de curto, médio ou longo prazo. E o mais importante: nunca é tarde para começar. Mesmo pequenas quantias, aplicadas regularmente, podem se transformar em valores significativos no futuro. 

É possível investir com pouco dinheiro?

Sim! Mesmo que as suas condições financeiras atuais não permitam que você invista grandes quantias de dinheiro, é perfeitamente possível começar com pouco e fazer aportes periódicos mais modestos até que a situação mude.

Há ainda outra boa notícia: tanto a renda fixa quanto a renda variável contam com opções de investimento acessíveis. Logo, independentemente de quanto você tem disponível no momento, há uma gama ampla de ativos para explorar e para diversificar a sua carteira de investimento. No entanto, não se esqueça: caso seja um iniciante nos investimentos, o ideal é que se mantenha na renda fixa antes de começar a incluir a renda variável no seu portfólio, já que, embora essa classe apresente retornos mais atrativos, também implica em um maior grau de risco. Combinado?

Se ainda está na dúvida, saiba que o ideal é que comece a aplicar o seu dinheiro o quanto antes. A longo prazo, as chances de sucesso de uma carteira de ativos é maior. Tome por exemplo os juros compostos: o crescimento através dele é exponencial, ou seja, quanto mais você acumular, maiores serão seus rendimentos sobre o seu patrimônio investido.

Em termos mais precisos, de início você pode fazer aportes pequenos — R$50 reais, por exemplo, ou o que couber no seu bolso. Nessa etapa, o mais importante é que mantenha a constância desse hábito. Futuramente, se o cenário mudar, faça aumentos graduais — vá de R$50 para R$100, de R$100 para R$150 e assim sucessivamente.

Vale a pena investir endividado?

Embora cada condição financeira seja única, não é recomendado que uma pessoa comece a investir antes de quitar as dívidas que tem pendentes. Afinal, como as despesas acumuladas geralmente aumentam de forma gradual por conta do acréscimo de juros, não há um tipo de aplicação cujo retorno consiga superar esses valores. Em termos mais simples, a conta não fecha.

Em geral, grande parte da população endividada está nessa situação por conta de saldos negativos no cartão de crédito e no cheque especial. Esses produtos financeiros costumam estar atrelados a taxas de juros bastante altas. A dívida, então, facilmente se torna uma bola de neve de difícil controle.

Nesse contexto, quanto mais alta for a despesa, menos provável será que um investimento a cubra. Assim, a melhor saída é que você vá pagando a dívida conforme tiver dinheiro para isso, para “domar” os juros acumulados.

Dica: se a situação estiver muito ruim, tente estabelecer uma negociação com o seu credor. Essa é uma alternativa possível e que pode resultar em uma redução significativa dos juros que estão aumentando os seus débitos. Com condições favoráveis, se livrar das dívidas é mais fácil e, consequentemente, você estará livre o quanto antes para começar a investir.

Qual o primeiro passo para começar a investir?

Primeiramente, você deve quitar as dívidas e ter uma reserva de emergência. Imprevistos acontecem e, quando um problema surge, é sempre necessário ter uma quantia de dinheiro acessível à mão, de forma a assegurar o seu padrão de vida e as suas necessidades. 

Normalmente, se indica que essa reserva seja o suficiente para cobrir os seus gastos rotineiros por mais de 6 meses, em uma situação hipotética na qual você deixe de receber os seus ganhos mensais. 

Após, é preciso compreender a si mesmo. Aqui, é preciso ir além de simplesmente separar uma quantia para investir mensalmente ou controlar de perto a sua vida financeira — embora esses dois aspectos sejam importantes também. Essa jornada de autoconhecimento também significa descobrir qual a sua tolerância ao risco e quais os seus objetivos para o futuro, a curto, médio e longo prazo.

Além disso, é claro, entender os conceitos básicos dos investimentos é um dos primeiros passos mais importantes, e que vão te orientar na direção certa na hora de escolher os seus primeiros ativos. É a partir deles que você conseguirá avaliar as opções disponíveis, escolhendo aquelas que mais fazem sentido para você nesse momento.

Como começar a investir do zero com pouco dinheiro?

Para iniciar a sua jornada investindo com pouco dinheiro, é recomendado que siga essas recomendações:

  1. Tenha uma reserva de emergência;
  2. Estabeleça metas claras;
  3. Identifique o seu perfil de investidor;
  4. Inicie os seus investimentos;
  5. Diversifique;
  6. Acompanhe o mercado;
  7. Estude sobre finanças e investimentos;
  8. Seja paciente com os resultados;
  9.  Busque auxílio profissional;
  10. Não se deixe levar pela emoção.

Vem com a gente aprender o que fazer em cada etapa.

1- Tenha uma reserva de emergência

Para começar, é indispensável que você conte com essas economias de segurança para te amparar caso algum imprevisto aconteça. 

Assim, na hora de construir essa reserva de emergência, busque juntar uma quantia que seja suficiente para custear o seu padrão de vida em até 6 meses em caso de perda de sua renda mensal. 

Você pode, inclusive, usar os investimentos para essa missão — apenas tome o cuidado de manter o seu patrimônio-reserva em um título de liquidez diária, como os CDBs que ofertam essa condição, ou o Tesouro Selic.

2- Estabeleça metas claras

Sem saber exatamente qual a finalidade dos seus investimentos, você terá dificuldades para criar uma estratégia eficaz. Na prática, vai acabar realizando qualquer aplicação, desperdiçando oportunidades melhores ou que façam mais sentido para as suas expectativas e realidade. 

Então, antes do primeiro aporte, defina os seus objetivos — veja alguns exemplos frequentes:

  • Economizar para o futuro;
  • Planejar a aposentadoria;
  • Adquirir um imóvel;
  • Financiar os estudos;
  • Comprar um carro;
  • Ter liberdade financeira.

Concorda que cada uma dessas metas exige valores distintos, bem como prazos diferentes? Com essa clareza, é possível explorar investimentos que estejam alinhados a essas condições.

3- Identifique seu perfil de investidor

O perfil de investidor é um indicador das suas preferências de investimento, e diz respeito principalmente à sua tolerância ao risco. Assim, serve como forma de orientação para que as suas decisões sejam melhor embasadas e alinhadas com os seus objetivos e expectativas.

Os perfis possíveis são:

  • Conservador: prefere segurança e liquidez, evitando riscos. Investe principalmente em renda fixa, como CDBs e Tesouro Direto, com foco na preservação do capital;
  • Moderado: busca equilíbrio entre segurança e rentabilidade. Aceita assumir riscos controlados, diversificando entre renda fixa e variável para obter ganhos consistentes;
  • Agressivo: tolera altos riscos em busca de maior rentabilidade. Investe em ações, fundos multimercado e ativos mais voláteis, com foco no longo prazo;
  • Arrojado: semelhante ao agressivo, mas com maior experiência e estratégia. Investe em ativos de alta complexidade, como derivativos e mercado internacional.

As corretoras de valores são obrigadas por lei a definir o seu perfil de investidor antes de permitir que você faça uma aporte. Por isso, ao abrir sua conta em uma delas, será preciso responder a um questionário sobre as suas preferências. É aconselhável que, periodicamente, você responda novamente a essas perguntas, para avaliar se o seu perfil continua o mesmo, ou mudou.

4- Inicie seus investimentos

À primeira vista, essa dica é simples: abrir uma conta na corretora de sua preferência e começar a investir. No entanto, é preciso cautela: há muitas instituições fraudulentas por aí e é preciso que você saiba identificá-las.

Antes de transferir o seu dinheiro e fazer qualquer aporte, verifique a reputação da corretora e se ela está autorizada legalmente a operar. Além disso, não caia em promessas de retornos altíssimos e garantidos — no mercado de investimentos, isso não é uma realidade viável e você deve se manter cético.

Outra obrigação destas instituições financeiras é a disponibilização de informações completas, atualizadas e verídicas sobre os ativos que comercializam. 

5- Diversifique

É fundamental que você distribua o seu patrimônio em diferentes ativos, por razões de segurança. Mesmo tendo um perfil conservador, é possível encontrar opções distintas de aplicação em renda fixa, cumprindo a missão de diversificar o portfólio, sem assumir nenhum risco com o qual ainda não esteja se sentindo confortável.

Quando você diversifica a carteira, dilui os riscos inerentes a cada aplicação. A porcentagem exata que você vai destinar a cada tipo de título vai depender de qual é a sua estratégia. No entanto, seja qual for a sua meta, fazer essa mescla é um dos passos mais importantes na hora de investir. 

6- Acompanhe o mercado de perto

Com os aportes realizados, é hora de monitorar o desempenho dos papéis. Na própria plataforma da corretora escolhida você encontrará gráficos e informações que te atualizam sobre a performance dos seus ativos. Manter esse controle periódico é importante para avaliar se determinada estratégia está atendendo às suas expectativas, ou se é necessária alguma mudança.

Lembre-se: na renda fixa, nos títulos de longo prazo, é normal que um título passe por momentos de baixa e apresente rentabilidade negativa. Isso não significa que você está perdendo dinheiro — o valor negativo apenas reflete qual seria o preço do título se fosse vendido naquele momento. Se a sua intenção é mantê-lo até o vencimento, não há com o que se preocupar: você terá o rendimento combinado inicialmente.

            Nessas horas, o ideal é que você controle as emoções e não tome nenhuma decisão por impulso. Em outras palavras, resgatar o seu dinheiro de forma impensada e antecipada pode trazer prejuízos e afetar a saúde do seu portfólio.

7- Estude sobre finanças

Ao fazer uma aplicação, não se prenda a um ativo só. É importante que você dedique um tempo para analisar todas as opções disponíveis, explorar prazos diferentes e considerar porcentagens de retorno distintas. 

Mesmo dentro de uma mesma classe — renda fixa ou variável, por exemplo — um papel pode apresentar diversas características que vão ditar o seu comportamento ao longo do tempo, e é importante que você as entenda para tomar uma decisão mais assertiva.

Além disso, busque entender como diferentes ciclos econômicos afetam os investimentos, qual o impacto da inflação no seu portfólio e todos os demais fatores que vão interferir nas suas escolhas e nos seus resultados. Em constante movimentação, o mercado financeiro é um objeto permanente de estudo.

Dica extra: não sabe por onde começar a estudar? Na Finclass, temos trilhas de conhecimento sobre finanças e investimentos para te guiar na sua jornada de aprendizado, personalizadas para qualquer seja o seu momento atual.

8- Seja paciente com os resultados

A liberdade financeira — ou qualquer que seja o seu objetivo investindo — não é algo que se conquista do dia para noite. Para chegar lá, é necessário estudar o mercado financeiro, realizar aportes consistentemente, avaliar o desempenho da carteira e, é claro, ter a certeza de que a sua estratégia de investimento segue sendo adequada para as suas metas.

Além disso, é importante lembrar que o mercado pode apresentar oscilações no curto prazo, o que não necessariamente significa que sua estratégia esteja errada. Confie no planejamento, ajuste quando for realmente necessário e mantenha o foco no longo prazo, pois é aí que os benefícios reais dos juros compostos e da disciplina financeira se manifestam.

9- Busque auxílio profissional

Seja para estudar ou para confiar os seus recursos nas mãos de quem entende do assunto, o auxílio profissional é uma boa maneira de navegar com mais segurança sobre os caminhos do mercado de investimentos.

Se for buscar a ajuda de um planejador ou consultor financeiro para te auxiliar, cheque a idoneidade desse profissional ou da empresa em questão. Na hora de estudar, o conselho é o mesmo: tome o cuidado de consumir conteúdos produzidos por pessoas que realmente são profissionais.

10- Não se deixe levar pela emoção

É bastante comum que o dinheiro desperte impulsos nas pessoas — algo compreensível, mas que precisa ser evitado. Quando as emoções predominam, decisões financeiras são muitas vezes tomadas sem análise profunda, o que pode levar a escolhas impulsivas e arriscadas. 

A ansiedade por um ganho rápido ou o medo de perder uma oportunidade podem fazer com que alguém ignore os riscos envolvidos ou opte por estratégias inadequadas. Para tomar decisões mais racionais e fundamentadas, a gente recomenda que você mantenha o autocontrole, procure informações de fontes confiáveis, busque aconselhamento quando necessário e sempre avalie as consequências a longo prazo.

Quais os conceitos básicos para investidores iniciantes?

Para escolher onde alocar o seu patrimônio, é importante que você analise, antes de tudo, cada um desses atributos: liquidez, risco e retorno, e diversificação.

Não está familiarizado com esses termos? Então, siga conosco para aprender cada um deles.

Liquidez

A liquidez é a capacidade de transformar um bem em dinheiro. Vamos começar por um exemplo simples: se você tem um carro e deseja vendê-lo, deverá encontrar alguém que queira comprá-lo. Para isso, precisará tirar fotos e anunciá-lo, por exemplo, em algum site ou nas suas redes sociais. 

             Em outras palavras, não é uma tarefa exatamente fácil e pode levar algumas semanas até que a venda se concretize. Além disso, é muito possível que você o venda por um preço menor do que aquele pago anteriormente. Um carro, portanto, não é um bem líquido.

Trazendo o assunto para os investimentos, um ativo com alta liquidez é aquele que pode ser vendido rapidamente, sem prejuízos ao investidor. As ações e alguns títulos do Tesouro Direto, por exemplo, têm liquidez diária, ou seja, podem ser negociados todos os dias. No entanto, como os seus preços podem variar de acordo com as oscilações do mercado, talvez você saia no prejuízo ao passar adiante um papel. 

Por outro lado, temos os ativos com baixa liquidez, que exigem que você mantenha o seu dinheiro aplicado neles até o fim do prazo combinado. Se precisar vendê-los antes disso, perderá rentabilidade.

Antes de escolher, portanto, tenha a certeza de que será possível manter a aplicação pelo tempo informado no título.

Risco e retorno

No mercado de investimentos, existe uma lógica que é basicamente um padrão: ativos com maior risco serão mais rentáveis, enquanto os mais seguros oferecerão lucros menores. Normalmente, quem recém começou a investir prefere dar os primeiros passos com mais segurança, mesmo que isso signifique obter rendimentos menores. 

De início, é compreensível que, mesmo diversificada, as suas decisões de aplicação sigam por um caminho menos oscilante. E não precisa se preocupar: esse comportamento é comum e bastante inteligente. Aos poucos, com o passar do tempo, você se sentirá confortável para realizar aportes mais ousados.

Diversificação

A diversificação é a primeira grande estratégia de proteção que todo investidor deve aprender. Afinal, quem investe, quer ganhar dinheiro, e não perder, certo? A lógica dessa técnica é bem simples: nunca deposite todo o seu patrimônio em um ativo (ou classe de ativos) só

Como você já sabe, cada modalidade tem seus riscos específicos. Logo, se colocasse todo o dinheiro em um só, uma única ameaça seria capaz de te deixar em um prejuízo enorme. 

Quando se distribui o patrimônio entre papéis distintos, porém, será possível obter uma espécie de equilíbrio, no qual os riscos são diluídos. Imagine, por exemplo, a estratégia clássica de alocar 20% dos recursos em ações e os outros 80% em renda fixa. As ações são mais voláteis, e não é possível prever com absoluta certeza se elas renderão lucros ou perdas. 

             Então, nesse cenário hipotético, a renda fixa — mais previsível — cumpriria o papel de prover mais segurança ao investidor, e “segurar as pontas” caso o preço de suas ações caísse abruptamente. Em outras palavras, o rendimento de um compensaria os prejuízos de outro.

Com o passar do tempo, e conforme for ganhando mais experiência e conhecimento no mercado financeiro, você entenderá que há várias formas diferentes de diversificar o seu portfólio, e também de se proteger contra os riscos aos quais estará exposto.

Por enquanto, a diversificação será extremamente útil para os seus primeiros passos, bem como o próximo tópico que temos para explicar.

Qual o melhor tipo de investimento para iniciantes?

Tesouro Direto, Fundos de Investimento de renda fixa, CDBs, e LCIs e LCAs costumam ser as aplicações em renda fixa mais adequadas para os iniciantes. 

Entenda melhor cada uma delas a seguir.

Tesouro Direto

O Tesouro Direto é a modalidade de investimento na qual você “empresta” o seu dinheiro ao Governo Federal, que o utiliza para o financiamento de projetos de desenvolvimento de setores gerais, como educação e saúde. No fim do prazo combinado, o montante volta ao investidor com o acréscimo de juros — e é aí que você, investidor, vai lucrar. 

As opções de ativos disponíveis são várias, com durações diversas. Além disso, há opções prefixadas, pós-fixadas e híbridas, com porcentagens de rendimento distintas para cada. Veja quais as diferenças entre cada uma delas:

  • Títulos prefixados: o investidor sabe desde o início exatamente quanto vai receber no futuro, se mantiver a aplicação até o vencimento. É normalmente vantajoso, por exemplo, em cenários nos quais a Selic está em queda;
  • Títulos pós-fixados: o retorno acompanha um indicador econômico, a taxa Selic. Nessa dinâmica, os lucros futuros serão corrigidos de acordo com esse benchmark, por isso, o investidor não sabe quanto exatamente vai receber no vencimento;
  • Títulos híbridos: mesclam atributos prefixados e pós-fixados. Uma parcela do retorno é calculada a partir de uma taxa fixa, enquanto a outra acompanha um indicador econômico — nesse caso, o IPCA, índice oficial de inflação no Brasil.

Em resumo, existem várias alternativas para que você possa realizar um primeiro aporte com total segurança.

Fundos de Investimento de renda fixa

Os Fundos de Investimentos podem ser descritos basicamente como uma modalidade de investimento coletivo — cada investidor (chamado de cotista) realiza os seus aportes individualmente. 

            O gestor do Fundo, então, vai coletar o patrimônio de todos os cotistas e distribuir em uma carteira de ativos, de classes distintas, a depender da estratégia que consta em contrato (se é um Fundo de renda fixa, variável, multimercado etc.).

Como você pode observar, quem toma as decisões sobre onde aplicar o dinheiro é o gestor, um profissional especializado que trabalha para extrair o máximo de rendimentos do portfólio que administra. 

No caso dos fundos de renda fixa, o gestor aloca a maior parte do patrimônio dos cotistas (80% no mínimo) em aplicações dessa classe. É, portanto, uma alternativa mais conservadora dentro desse tipo de investimento, na qual as decisões de aplicação ficam nas mãos de um especialista.

CDBs

Os Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) também estão disponíveis em categorias pré, pós-fixadas e híbridas, com rendimentos distintos e várias alternativas de prazo de resgate. 

Se a sua intenção é fazer um primeiro investimento com o máximo de segurança que puder, recomendamos que opte por instituições financeiras grandes e sólidas. Por outro lado, deixamos o adendo de que bancos menores costumam pagar taxas de juros mais atrativas nesse tipo de aplicação. Mas como você já sabe, maiores taxas representam também maiores riscos. Fique ligado na hora de investir!

Na dúvida, caso tenha um perfil mais conservador, prefira operações mais seguras, investindo em bancos bem avaliados por agências de rating, que analisam o risco de crédito de cada instituição. Importante: o risco de crédito nos CDBs está relacionado à possibilidade de a instituição financeira emissora não honrar o pagamento do valor investido, incluindo os juros, no vencimento. Portanto, escolher emissores com boa avaliação de crédito reduz significativamente esse risco.

Além disso, os CDBs são assegurados pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Então, para patrimônios de até R$250.000,00 por CPF e por CNPJ, a entidade garante o seu reembolso caso a instituição emissora do papel não cumpra com a sua obrigação.

LCI e LCA

O funcionamento desses ativos se assemelha bastante aos do Tesouro Direto e dos CDBs. O dinheiro aplicado nas Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio (LCI e LCA) serve para financiar esses setores e, em troca, o investidor recebe o seu patrimônio de volta com o acréscimo de juros.

Assim como os CDBs, aliás, esses títulos também contam com a proteção do FGC — mais uma razão para avaliar esse investimento enquanto iniciante no mercado de capitais. Além disso, esse investimento conta com a isenção de Imposto de Renda, fazendo com que a rentabilidade seja bem mais atrativa do que a Poupança.

Onde fazer o primeiro investimento?

A escolha do primeiro investimento vai depender do seu grau de tolerância ao risco, ou seja, do quão confortável se sente sobre aplicar o seu dinheiro em um ativo. Investidores iniciantes geralmente optam por alternativas mais conservadoras e seguras, como as de renda fixa — frequentemente realizando aportes nos títulos do Tesouro Direto.

Nessa etapa, aplicações de menor complexidade são mais indicadas. Afinal, você ainda está “sentindo o terreno”, tendo as primeiras experiências no mercado de capitais para futuramente ter mais firmeza nas suas decisões.

Nesse caso, a renda fixa é o caminho mais adequado principalmente dada a sua previsibilidade

Menos arriscada, no momento do primeiro aporte é possível visualizar com clareza quais serão os ganhos futuros. Mesmo que o mercado oscile no período em que o dinheiro estiver aplicado, o combinado permanece o mesmo até o fim do prazo estipulado. Em termos mais simples, é extremamente improvável que você tenha prejuízo nesse tipo de operação.

Quais são os principais erros dos investidores iniciantes?

Compreender, de antemão, os erros mais cometidos por quem não tem experiência no assunto é a melhor forma de não repeti-los. Os equívocos mais frequentes são:

  • Falta de planejamento e impaciência;
  • Não diversificar os investimentos;
  • Ignorar taxas e custos operacionais.

Siga conosco para entender cada um deles.

1 – Falta de planejamento e impaciência

Primeiramente, é fundamental que você faça uma reserva de emergência antes de investir. Assim, caso precise do dinheiro por conta de um imprevisto, não precisará resgatar as suas aplicações antes do prazo — o que pode resultar em prejuízos.

Além disso, muitas pessoas alocam o seu patrimônio em qualquer ativo, sem refletir o suficiente sobre a decisão. Sem ter total consciência sobre os seus objetivos a curto e longo prazo e que tipo de estratégia deseja adotar para alcançá-los, é muito improvável que as suas aplicações deem certo do jeito que você imagina.

No que diz respeito à impaciência, temos uma quantidade esmagadora de investidores que resgatam seu dinheiro antes do prazo, toda vez que identificam uma queda nos rendimentos. O resultado é inevitável: prejuízo

Especialmente para os ativos de longo prazo, é natural que as oscilações econômicas alterem o seu preço enquanto o patrimônio permanece aplicado. Assim, quando você acessar os gráficos da sua carteira, pode ser que encontre uma rentabilidade negativa. 

             Nesse caso, é ideal que a emoção não sobreponha a razão, já que esses resgates antecipados podem ser bem prejudiciais à sua saúde financeira. Lembre-se: a impulsividade é inimiga do investidor inteligente.

2 – Não diversificar os investimentos

Por mais que essa estratégia seja um clássico, muitos investidores iniciantes sentem receio de distribuir o seu patrimônio em ativos diferentes. Equivocadamente, então, fazem aportes únicos em um ativo só, o que é extremamente perigoso.

Ao fazer isso, você estaria expondo todo o seu dinheiro aos riscos financeiros inerentes à aplicação, sem nenhum outro aporte paralelo para garantir a sua rentabilidade, caso alguma movimentação do mercado impacte os seus investimentos. 

3 – Ignorar taxas e custos operacionais

Ao estudar uma possibilidade de investimento, considerar apenas o aporte e o lucro futuro é uma visão bastante unilateral da estratégia, e deixa de lado outros aspectos importantes, como taxas extras que podem estar incluídas — de custódia da B3 e tributação do Imposto de Renda, por exemplo.

A maioria das corretoras não cobra nenhum valor extra pela custódia dos títulos, no entanto, outros encargos podem incidir sobre as suas aplicações, como: taxa de corretagem e emolumentos. Outros exemplos são as taxas de performance cobradas por alguns Fundos de Investimento. 

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Se você chegou até aqui, saiba que já tem conhecimento suficiente para realizar os seus primeiros aportes no mercado de capitais. Para extrair o máximo do seu patrimônio e encontrar as melhores opções de investimento, porém, o aprendizado deve ser contínuo.

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Guilherme Cadonhotto
Guilherme Cadonhotto
Além de Estrategista da Finclass, Guilherme Cadonhotto é reconhecido como um grande especialista em Renda Fixa. Bacharel em Economia pela FGV e pela Nova School of Business and Economics e mestrando em Economia e Finanças pelo IDP. Tem experiência na gestão de fundos de investimento de Renda Fixa, Crédito Privado e Multimercado, hoje ele ensina seus alunos e seguidores como conseguir, investindo em renda fixa, rendimentos tão grandes (ou até maiores) que os das ações.
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