Não fez uma lista de resoluções para 2025? Nunca é tarde para incluir um objetivo bem importante no seu ano: investir melhor o seu dinheiro, e explorar os títulos e ativos mais adequados para o seu perfil.
Antes de tudo, uma boa notícia: começar a investir é mais simples do que você imagina, até mesmo para aqueles que não possuem nenhuma experiência no assunto. Na dúvida, preparamos este artigo com alguns dos conceitos mais básicos e importantes que você deve ter em mente na hora de fazer a sua seleção, bem como algumas dicas que vão te ajudar nesta jornada.
Vem com a gente para aprender:
- O que é investimento;
- Quais são os tipos de investimentos;
- O que é preciso fazer antes de investir o meu dinheiro;
- O que é importante considerar ao escolher o seu investimento;
- Como descobrir o meu perfil de investidor;
- Quais são os investimentos para quem tem pouco dinheiro;
- Como começar a investir.
No fim, ainda deixamos uma sugestão de plataforma para você maratonar conteúdos sobre finanças e investimentos que vão transformar a sua relação com o dinheiro em 2025. Vamos lá?
O que é investimento?
Investimento é quando você usa seu dinheiro para fazê-lo crescer, em vez de deixá-lo parado. Na prática, funciona assim: você aplica uma quantia hoje esperando que ela se desenvolva e aumente no futuro. O faz, então, com a expectativa de receber um retorno maior do que colocou inicialmente.
Para quem é leigo, pode até parecer complicado ou arriscado no início, mas investir não significa apostar ou correr grandes riscos, necessariamente. Existem, afinal, opções seguras, como investir em títulos de renda fixa, que tendem a oferecer mais estabilidade e previsibilidade.
Aqui, o segredo é entender seus objetivos e escolher investimentos alinhados com o que você precisa. Começar pequeno, com algo que caiba no seu orçamento, é uma ótima forma de ganhar confiança e perceber que investir é um aliado poderoso na realização dos seus sonhos e metas.
Com o tempo, ao investir de forma consistente e aprender mais sobre o assunto, você começa a entender melhor como o mercado funciona e a se sentir mais seguro para explorar novas possibilidades.
Essa experiência, então, vai abrir as portas para investimentos mais arriscados, como ações ou fundos multimercados, que, apesar do maior risco, também oferecem maior potencial de retorno. O importante é respeitar o seu ritmo e avançar de forma gradual, sempre com base no seu perfil e objetivos financeiros. Afinal, investir é uma jornada de aprendizado contínuo.
Quais são os tipos de investimentos?
Os investimentos se dividem em duas categorias principais: renda fixa e renda variável. Em resumo, a diferença entre ambos está na previsibilidade dos rendimentos.
Na renda fixa, você sabe ou tem uma boa ideia de quanto irá receber ao final do investimento, pois os rendimentos seguem regras predefinidas. Já na renda variável, os retornos dependem das oscilações do mercado, variando tanto para cima quanto para baixo.
Vamos nos aprofundar melhor em cada um desses conceitos?
Renda fixa
Na renda fixa, as regras para os rendimentos são definidas no momento da aplicação. Em outras palavras, você já sabe, ou consegue prever com mais clareza, quanto e como o seu dinheiro vai crescer.
Isso ocorre porque os títulos dessa classe têm condições predefinidas, como uma taxa de juros fixa, ou indexada a indicadores — como o CDI ou a inflação. Veja só os três formatos de remuneração que existem:
- Prefixada: a taxa de rendimento é fixa e conhecida no momento da aplicação, logo, o retorno é previsível com exatidão;
- Pós-fixada: o rendimento está atrelado a um indicador econômico, como o CDI ou a taxa Selic, variando ao longo do tempo;
- Híbrida: combina uma taxa fixa com um índice de correção, como o IPCA, para fins de proteção contra a desvalorização do patrimônio.
É como emprestar dinheiro para o governo, bancos ou empresas e, em troca, receber pagamentos com juros. Por exemplo, ao investir em um CDB ou no Tesouro Direto, você está “emprestando” seu dinheiro e sendo remunerado por isso. É uma alternativa mais segura para quem busca estabilidade e quer evitar grandes oscilações no valor investido.
Alguns títulos populares de renda fixa são:
- CDBs;
- Tesouro Direto;
- Fundos de Investimento em renda fixa;
- LCIs (Letras de Crédito Imobiliário);
- LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio).
Renda variável
Já na renda variável, por sua vez, os rendimentos não são previsíveis, pois dependem de fatores como o desempenho do mercado, da economia e de empresas específicas. Nesse caso, o valor investido pode subir ou cair ao longo do tempo, o que oferece a possibilidade de ganhos maiores, mas também traz mais riscos.
Ao investir em ações, por exemplo, você se torna sócio de uma empresa e seus ganhos dependem do crescimento e dos lucros dela. A renda variável é, em termos gerais, uma opção interessante para quem busca multiplicar o patrimônio no longo prazo e está disposto a lidar com oscilações e incertezas no curto prazo.
Eis aqui alguns dos ativos mais populares de renda variável:
- Ações;
- Fundos Imobiliários;
- ETFs;
- Opções;
- Criptomoedas.
Qual a diferença entre renda fixa ou renda variável?
A principal diferença entre renda fixa e renda variável está na previsibilidade de rendimentos.
Veja esta tabela para compreender todos os pontos:
Critério | Renda fixa | Renda variável |
Previsibilidade | Oferece retornos previsíveis, com taxas definidas ou indexadas. | Retornos imprevisíveis, dependem de fatores de mercado. |
Risco | Menor risco, ideal para perfis mais conservadores. | Maior risco, com possibilidade de ganhos elevados. |
Exemplos | CDB, Tesouro Direto e LCI/LCA. | Ações, fundos imobiliários, ETFs, criptomoedas. |
Perfil do investidor | Indicado para iniciantes ou quem busca estabilidade no portfólio. | Indicado para investidores que aceitam oscilações. |
Volatilidade | Geralmente baixa, com valores que tendem a apresentar mais estabilidade ao longo do tempo. | Alta, com oscilações significativas no curto prazo. |
O que é preciso fazer antes de investir o meu dinheiro?
Por mais que começar a investir o seu dinheiro seja simples, é importante seguir alguns passos antes de montar o seu portfólio — para garantir que esse planejamento vai extrair o melhor das suas finanças. Olha só o checklist:
- Organize suas contas;
- Adote hábitos financeiros saudáveis;
- Defina orçamentos;
- Construa uma reserva de emergência;
- Estude sobre o mercado financeiro.
Vamos juntos entender exatamente o que fazer em cada uma dessas etapas, além da importância desse passo a passo.
Organize suas contas
Em termos mais simples: quite as suas dívidas. Isso porque os débitos acumulados vão aumentando gradualmente, por conta do acréscimo de juros, gerando um efeito bola de neve. Assim, não há investimento cujo retorno seja estável e alto o suficiente para servir ao propósito de quitar uma dívida.
O ideal, portanto, é que esteja com as contas livres antes de investir. Se precisar, pode se valer de plataformas de renegociação de dívidas, para buscar condições e valores mais favoráveis para completar essa missão.
Adote hábitos financeiros saudáveis
Aqui, não queremos que você abra mão de tudo aquilo que te deixa feliz. Muito pelo contrário: a recomendação é apenas que você aja com mais propósito. Na prática, isso significa:
- Pesquisar preços antes de fazer uma compra;
- Cancelar assinaturas de streaming que você não usa;
- Criar uma lista de prioridades antes de fazer grandes aquisições;
- Revisar regularmente suas despesas para identificar possíveis cortes;
- Reservar uma parte do salário assim que recebê-lo, em vez de esperar que algo sobre no fim do mês;
- Descobrir quais são os seus gatilhos emocionais para evitar compras por impulso.
Acredite: por mais que a tarefa possa parecer difícil no início, todos esses hábitos vão se tornando mais naturais com o passar do tempo.
Defina orçamentos
Registre todas as suas entradas e saídas de dinheiro e, após isso, defina limites de gastos para todas as áreas da sua vida. Saiba, por exemplo, quanto você deve gastar mensalmente com alimentação e lazer. Dessa maneira, reduz as chances de gastar mais do que deveria e de perder o controle das contas.
Nesse orçamento, não esqueça de reservar uma parcela para investir. Afinal, suas metas financeiras devem ser a sua prioridade.
Construa uma reserva de emergência
Antes de começar a investir, também é ideal que você conte com uma reserva de emergência, para fins de segurança e proteção contra imprevistos. A recomendação é que a quantia seja o suficiente para te amparar durante cerca de 6 meses caso perca o emprego ou deixe de receber uma renda recorrente.
Dica: é possível manter a sua reserva em um investimento de renda fixa com liquidez diária. Assim, o dinheiro vai rendendo com o passar do tempo, em vez de simplesmente ficar parado.
Estude sobre o mercado financeiro
Conhecimento é dinheiro. E mais do que isso: o conhecimento é o que vai te trazer mais segurança e racionalidade na hora de selecionar os investimentos para o seu portfólio. Além disso, dedicar um tempo para se aprofundar nesse assunto evita que você eventualmente tome decisões impulsivas ou caia em promessas irreais de retorno.
Na dúvida sobre por onde começar, temos aqui algumas sugestões de conceitos que vão fazer diferença na sua jornada:
- Renda fixa e variável;
- Relação entre risco e retorno;
- Ciclos econômicos;
- Diversificação;
- Liquidez e prazos de investimento;
- Tributação e impostos sobre investimentos;
- Taxa Selic e seu impacto nos investimentos;
- Inflação e como ela afeta o poder de compra;
- Fundos de investimento e como funcionam.
Dica extra: não sabe por onde começar? Na Finclass, temos trilhas de conhecimento sobre finanças e investimentos para te guiar na sua jornada de aprendizado, personalizadas para qualquer que seja o seu momento atual.
O que é importante considerar ao escolher o seu investimento?
Na hora escolher um investimento, é importante considerar seus objetivos financeiros, perfil de risco e o prazo disponível para aplicação. Na dúvida, aqui vai um checklist daquilo que você deve levar em conta:
- Objetivo do investimento: reserva de emergência, aposentadoria ou compra de um bem, por exemplo;
- Perfil de investidor: conservador, moderado ou arrojado. Cada um diz respeito a um grau diferente de tolerância ao risco;
- Prazo do investimento: curto, médio ou longo prazo;
- Rentabilidade esperada: potencial de retorno oferecido;
- Riscos envolvidos: possibilidade de perda ou oscilações;
- Liquidez: é a facilidade de resgate quando necessário;
- Tributação: impacto de impostos sobre os ganhos.
Importante: esses critérios não devem ser analisados individualmente. Aqui, temos uma série de fatores que precisam ser checados em conjunto, para que você chegue à decisão sobre determinada aplicação ser ou não válida e vantajosa para o seu caso.
Como descobrir o meu perfil de investidor?
Assim que você abrir conta em uma corretora, vai ser submetido a um questionário para descobrir o seu perfil de investidor. O processo também pode ser feito com o auxílio de um profissional das finanças e é extremamente importante para que entenda quais títulos e ativos são mais adequados aos seus objetivos, expectativas e preferências.
Dá uma olhada nas características de cada perfil.
Investidor conservador
Um investidor conservador é aquele que prioriza a segurança do patrimônio e está menos disposto a correr riscos. Logo, é alguém que vai investir em aplicações mais estáveis e previsíveis.
Alguns exemplos são:
- Títulos públicos;
- CDBs de bancos bem avaliados pelo mercado;
- LCIs/LCAs.
Investidor moderado
Um investidor moderado, por sua vez, é aquele que está disposto a renunciar parte da segurança em prol de um retorno acima da média. Em outras palavras, ainda é um perfil cuidadoso com os riscos, mas com maior flexibilidade do que o conservador.
Exemplos de investimentos para perfis moderados incluem:
- Debêntures;
- Ações;
- Fundos multimercado;
- Fundos Imobiliários.
Investidor arrojado
Por fim, temos um perfil que aceita assumir riscos mais elevados para conquistar rendimentos mais robustos. Alguns exemplos de aplicações são:
- BDRs;
- Criptomoedas;
- Ações de small caps;
- Fundos de Investimentos em ações.
Atenção: ter um determinado perfil de investidor não significa que a pessoa em questão vá aplicar somente nos títulos e ativos que se enquadram na sua classificação. Um investidor arrojado, por exemplo, terá uma parcela maior de seu portfólio voltado aos ativos de maior risco, mas nada o impede de reservar uma parte do seu patrimônio para aplicações mais seguras, para fins de proteção.
Quais são os investimentos para quem tem pouco dinheiro?
Tanto na renda variável quanto na renda fixa há alternativas de aplicação de baixo custo para quem deseja começar aos poucos. No Tesouro Direto, por exemplo, há títulos disponíveis para comprar a partir de R$30. No que diz respeito às ações, por outro lado, existem alternativas com preços acessíveis também.
Aqui, vale o lembrete de que, na hora de fazer essa seleção, não deixe de lado o seu perfil de investidor. Se você tiver pouca experiência no mercado, o ideal é que prefira aplicações mais seguras de início, para futuramente avançar para ativos mais rentáveis e arriscados.
Além disso, recomendamos que, conforme for possível, faça aportes mais robustos nos seus investimentos. Afinal, os rendimentos tendem a ser mais atrativos quando as quantias investidas são mais significativas.
Como começar a investir?
Começar a investir é fácil, basta seguir esse passo a passo:
- Defina seus objetivos;
- Entenda seu perfil de investidor;
- Abra uma conta em uma corretora;
- Escolha um tipo de investimento;
- Diversifique o portfólio;
- Acompanhe seus investimentos.
Vem com a gente entender o que fazer em cada uma dessas etapas.
1- Defina seus objetivos
Antes de tudo, é importante que você saiba por quê está investindo. Nesse momento, deve ter clareza sobre quais são os seus objetivos para que consiga encontrar os títulos e ativos que melhor se alinham a essas metas.
2- Entenda seu perfil de investidor
É o perfil de investidor que vai definir qual é o seu apetite para o risco. Na prática, vai servir como guia para as suas escolhas. Periodicamente, inclusive, é aconselhável que refaça o teste para descobrir seu perfil, já que suas condições, preferências e grau de conhecimento certamente vão mudar com o passar do tempo.
3- Abra uma conta em uma corretora
O processo é simples e, em geral, basta que você informe alguns documentos básicos para abrir sua conta. Na dúvida sobre qual empresa escolher, cheque a lista de corretoras autorizadas pela B3.
Com a conta aberta, é só transferir fundos de uma conta corrente para esta conta recém aberta. Em breve, o saldo estará disponível para que você explore as alternativas de investimento disponíveis e emita suas ordens de compra.
4- Escolha um tipo de investimento
Esse é o momento de colocar em prática tudo o que aprendeu até aqui. Afinal, quando for fazer suas escolhas, é imprescindível que verifique esses fatores:
- Prazo de vencimento;
- Grau de risco da operação;
- Formato de remuneração;
- Emissor do título ou da ação;
- Histórico de rendimento.
Lembre-se: esses critérios devem ser analisados em conjunto e o ideal é que estejam alinhados ao seu perfil de investidor e objetivos financeiros, ok?
Quando souber onde vai investir, basta informar a quantia que deseja aportar na aplicação em questão.
5- Diversifique o portfólio
Diversificar o portfólio é possível mesmo que você seja iniciante e, neste momento, esteja explorando unicamente a renda fixa. Ao mesclar emissores distintos, bem como prazos formatos diferentes de remuneração, você otimiza retornos e dilui riscos.
Aqui, cabe o cuidado de não distribuir o seu patrimônio em uma quantidade exagerada de aplicações, especialmente se você estiver aportando pouco por vez. Isso porque, dessa maneira, vai diluir também os lucros.
6- Acompanhe seus investimentos
Depois de ter montado a sua carteira de investimentos, basta acompanhar sua performance. A periodicidade da checagem vai depender de quais aplicações você selecionou e do horizonte de tempo dos seus objetivos (se são de curto, médio ou longo prazo). Por exemplo: se você investiu uma quantia em um título do Tesouro Direto e pretende mantê-lo até o vencimento, não há a necessidade de monitorá-lo o tempo todo.
Aprenda a investir do zero com os melhores
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Dá uma conferida nos conteúdos que vão te ajudar a construir um portfólio de sucesso este ano:
- Renda Fixa Ativa, com Guilherme Cadonhotto;
- Lançamento: Guia do Tesouro, com Guilherme Cadonhotto;
- Guia para Começar a Investir: Monte a sua Carteira.
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Nos vemos por lá?