InícioCriptomoedasO que é o ETF de Bitcoin, quanto vale e onde comprar

O que é o ETF de Bitcoin, quanto vale e onde comprar

Uma das maiores dificuldades do investidor de criptoativos é a insegurança de fazer a custódia dos seus próprios ativos. Além disso, outra característica marcante deste mercado é a sua alta volatilidade, que consequentemente representa um risco elevado para o investidor.

Por isso, para quem está iniciando nesse mercado, lidar com uma dificuldade de cada vez pode ser um caminho interessante. 

Então, começar apenas com a preocupação da volatilidade no primeiro momento, investir pelos ETFs de criptoativos pode ser uma solução interessante. Deste modo, o investidor consegue se expor a este mercado de forma prática, pois todo processo pode ser feito pela própria corretora já utilizada para se investir em ações e fundos imobiliários. 

Siga conosco neste artigo para aprender:

  • O que é ETF e como funciona?
  • O que significa ETF do Bitcoin?
  • Quanto vale um ETFs de Bitcoin?
  • Quais as vantagens dos ETFs de Bitcoin?
  • Quais as desvantagens dos ETFs de Bitcoin?
  • Quais os impactos do ETF de Bitcoin no mercado de criptomoedas?
  • Quem pode investir em ETF de Bitcoin?
  • Onde comprar ETF de Bitcoin?
  • Qual o melhor ETF de Bitcoin?

Ao final, além de sair daqui entendendo como os ETFs de criptomoedas funcionam, ainda vai receber algumas dicas sobre onde seguir aprendendo. Vamos lá?

O que é um ETF e como funciona?

A sigla ETF vem do inglês e significa Exchange-Traded Fund. Por isso, podemos dizer que um ETF nada mais é do que um fundo de investimento, mas diferentemente dos fundos tradicionais, ele tem suas cotas negociadas na bolsa, assim como uma ação

Esse é um instrumento financeiro que replica o movimento de determinado índice — por exemplo, o BOVA11, que replica o desempenho do Ibovespa. É um modelo de ativo que pode ser aplicado nos mais diversos mercados como renda fixa, commodities, ações e mais recentemente também foi adaptado para os criptoativos.

A administração dos ETFs é feita por uma gestora e, de forma geral, são compostos por uma carteira de ativos, o que facilita bastante a diversificação da carteira, pois é possível comprar um ETF que representa diversos ativos. Devido a essa praticidade, agrada bastante os investidores. 

Outra diferença dos fundos tradicionais é que, no ETF, por simplesmente replicar um índice, eles se enquadram na chamada “gestão passiva”. Ou seja, diferem dos fundos que possuem um gestor responsável para a tomada de decisão das posições, e que são considerados “gestão ativa”.

O que significa ETF de Bitcoin?

Os ETFs de BTC negociados na B3 hoje replicam índices que, por sua vez, replicam o movimento do BTC em algumas exchanges de criptoativos. Pegando como exemplo a gestora Hashdex que, em parceria com a Nasdaq, criaram o índice “Nasdaq Bitcoin Reference Price”, utilizado para ser a referência para o seu ETF de Bitcoin BITH11.

Isso significa que se você comprar o BITH11, você terá um desempenho equivalente ao índice da Nasdaq, o qual reflete as oscilações de preços do BTC. Por isso, se o BTC se valorizar 100% o ETF deve se desempenhar de forma semelhante.

Além desse modelo de índices negociados no Brasil, em janeiro de 2024, também tivemos os ETFs de BTC à vista aprovados nos Estados Unidos

Diferentemente dos modelos anteriores de ETFs, nos quais as gestoras não precisavam efetivamente comprar o BTC pois simplesmente seguiam um índice, nos ETFs à vista, o fundo precisa comprar o BTC efetivamente e fazer a custódia deles nas exchanges, para então emitir as cotas do fundo que serão negociadas no mercado. Deste modo, neste novo modelo de ETFs, a gestora realmente captura capital para o mercado cripto, o que não acontecia nos ETFs baseados em índices.

Quantos ETFs de BTC existem?

Se analisarmos os ETFs negociados na B3, que são exclusivamente de BTC, temos quatro: o BITH11, BITI11, IBIT39 e o QBTC11. Entretanto, atualmente já existem diversos outros ETFs de criptoativos no Brasil, como aqueles baseados no segundo maior criptoativo do mundo, o ETH. Ou até mesmo aqueles compostos por uma cesta de ativos, como o CRPT11, DEFI11, HASH11, WEB311, entre outros. No total, já são 15 ETFs focados no mercado cripto listados na B3.

CódigoNomeGestoraTaxa de adm.Índice de referência
BITH11Hashdex Nasdaq Bitcoin Reference Price Fundo de ÍndiceHashdex0,70%Nasdaq Bitcoin Reference Price
BITI11ETF IT NOW Bloomberg Galaxy Bitcoin Fundo de ÍndiceItaú Asset0,70%Bloomberg Galaxy Bitcoin Index
BKCH39Global X Blockchain ETFGlobal X0,50%Solative Blockchain Index
BLOK11Investo VanEck ETF Crypto Compare Smart Contract Leaders Fundo de ÍndiceInvesto0,75%MVIS Crypto Compare Smart Contract Leaders Index
CRPT11Empiricus Teva Criptomoeda Top 20 Fundo de Índice Investimento no ExteriorVitreo0,75%Teva Criptomoeda Top 20
DEFI11HASHDEX DEFI INDEX FUNDO DE ÍNDICEHashdex1,30%CF DeFi Market Cap Weight Composite Index
ETHE11HASHDEX NASDAQ ETHEREUM REFERENCE PRICE FUNDO DE ÍNDICEHashdex0,70%Nasdaq Ether Reference Price
HASH11HASHDEX NASDAQ CRYPTO INDEX FUNDO DE ÍNDICEHashdex1,30%Nasdaq Crypto
IBIT39IShares Bitcoin Trust ETFBlackRock0,12%CME CF Bitcoin Reference Rate (BRRNY)
META11Hashdex Crypto Metaverse Fundo de ÍndiceHashdex1,30%CF Digital Culture Composite Index – Modified Market Cap Weight – BRT
NFTS11INVESTO VANECK ETF CRYPTO INVESTIMENTO NO EXTERIORInvesto0,75%MVIS CryptoCompare Media & Entertainment Leaders Index
QBTC11QR CME CF BITCOIN REFERENCE RATE FUNDO DE ÍNDICEQR Capital0,75%CME CF Bitcoin Reference Rate
QDFI11QR BLOOMBERG DEFI FUNDO DE ÍNDICEQR Capital0,90%Bloomberg Galaxy DEFI Index
QETH11QR CME CF ETHER REFERENCE RATE FUNDO DE ÍNDICEQR Capital0,75%CME CF Ether-Dollar Reference Rate
WEB311HASHDEX SMART CONTRACT PLATFORMS INDEX ETFHashdex1,30%CF Web 3.0 Smart Contract Platforms Market Cap Index – Brazil

Nos ETFs que são de apenas BTC ou apenas ETH, o diferencial fica principalmente na taxa de administração. Porém nos demais ETFs, compostos por uma carteira de ativos, daí sim a estratégia e o desempenho do ETF pode variar bastante. 

Conforme a tabela acima, podemos notar que, de forma geral, as taxas ficam predominantemente entre 0,70% e 0,75%, onde você consegue se expor ao ETF de BTC e  de ETH separadamente para compor uma exposição ao mercado cripto. 

Já as carteiras mais temáticas, como as da Hashdex — por exemplo, a de Metaverso (META11) — é composta por 12 ativos; a de WEB3 (WEB311) com 22, e a de Finanças Descentralizadas (DEFI11) com 14 ativos. possuem uma taxa mais elevada de 1,30%, justificada pela complexidade maior na operação em relação aos ETFs que possuem somente um ativo na carteira.

Apesar da taxa mais elevada do HASH11, de 1,30%, ele é de longe o maior ETF de cripto brasileiro, com um patrimônio líquido de quase R$2,3 bilhões. Isso acontece principalmente porque foi o primeiro ETF de criptoativos a ser lançado na B3, em abril de 2021 — e se beneficiou bastante da temporada de alta do mercado na época. 

Atualmente, o HASH11 é composto por 67% de BTC, 22% de ETH, 6% de SOL e o restante dividido em outros oito ativos. É uma carteira equilibrada de outros ativos além do Bitcoin, que atende bem o público em geral, e por isso ela faz tanto sucesso, já que é um jeito prático de investir de forma relativamente diversificada. Só para termos uma referência do seu tamanho, o BITH11, ETF só de BTC da mesma gestora, fica em segundo lugar, com apenas R$750 milhões.

Quanto vale um ETF de Bitcoin?

Apesar de ser um ativo negociado na bolsa, o valor do ETF pouco importa, pois isso depende do número de cotas em circulação, o que varia de um ativo para o outro. Não há uma relação direta ao preço do BTC no mercado à vista. Por exemplo, no momento da escrita deste artigo, a cota do BITH11 está sendo negociada a R$75,00, enquanto o BTC nas corretoras de criptoativos está sendo negociado aos R$322 mil. 

O importante, nesse caso, é que a oscilação da cota tende a ser semelhante ao do ativo, independentemente do preço de tela do ETF. Por isso, a referência principal para o investidor, deve ser o valor financeiro aportado e quanto ele rendeu, sendo pouco relevante o preço em si.

Como os ETFs de Bitcoin pagam?

Os ETFs de criptoativos não pagam dividendos. O investimento, então, é baseado na valorização ou desvalorização da cota. Ou seja, o seu preço reflete o desempenho de determinado índice ao qual ele é relacionado.

Quais as vantagens dos ETFs de Bitcoin?

Praticidade, segurança operacional, custos e credibilidade são algumas das principais vantagens de investir em um ETF de Bitcoin

Entenda:

Praticidade

Podemos destacar a praticidade de investimento como maior vantagem dos ETFs de BTC e de criptoativos no geral. 

Isso porque você não precisa abrir conta em uma corretora especializada em criptoativos ou ter saldos separados em outras plataformas, o que acaba dificultando a gestão dos seus investimentos. Além disso, não precisa se preocupar com a auto custódia dos seus próprios ativos.

Segurança operacional

Além de não precisar se aventurar em aprender a operar uma nova plataforma de negociação, investindo por um ETF não há a necessidade de aprender a operar um carteira de criptoativos. Também não é necessário entender sobre as taxas da rede e muito menos saber realizar uma transação de criptoativo. 

Transações do tipo, quando feitas de forma errada, têm alta possibilidade de te fazerem perder dinheiro, pois é impossível reverter uma transação. 

Isso porque, ao investir no ETF, você não possui o BTC de verdade — e sim uma cota, o que impossibilita você de sacar o BTC de verdade. Suas cotas ficam armazenadas na B3, registradas no seu nome, com total segurança.

Custo

Geralmente as taxas dos ETFs são menores do que as praticadas nos Fundos de Investimentos.Afinal, como os ETFs são estratégias de gestão passiva, dão muito menos trabalho do que os fundos de gestão ativa, nos quais um gestor está tomando as decisões para uma boa performance do fundo. Porém, dependendo do valor investido, o custo de um ETF fica mais elevado do que se investir diretamente no criptoativo.

Credibilidade

Agora, falando efetivamente do mercado cripto, podemos dizer que, apesar dos ETFs baseados em índice não captarem diretamente para o mercado cripto, certamente eles tornam o mercado mais conhecido. Isso porque facilitam a adaptação dos investidores a esse mercado e, aos poucos, esses investidores tendem a migrar gradativamente para o investimento direto no criptoativo

Os ETFs tendem a ser mais compatíveis com os investidores institucionais, que precisam seguir normas rígidas de investimentos e que não podem se preocupar com a custódia dos ativos por conta própria, o que deve ser feito pelos investidores pessoa física. 

Chegou até aqui e está cada vez mais interessado em conhecer os melhores ativos para o seu portfólio? Aproveita e conheça as carteiras recomendadas da Finclass, desenvolvidas pelos nossos especialistas para servir de norte na sua jornada!

Quais as desvantagens dos ETFs de Bitcoin?

Custos operacionais, falta de isenção do Imposto de Renda, ausência de flexibilidade e horário limitado de negociação são as desvantagens dos ETFs de Bitcoin.

Entenda melhor cada uma delas:

Custo operacional

Para você compreender essa desvantagem, vamos fazer uma comparação entre o custo do ETF em relação ao investimento diretamente no criptoativo. 

No mercado financeiro tradicional, temos a taxa de administração, cobrada continuamente e baseada em um percentual do valor investido. Ou seja, quanto maior o valor investido, maior é a taxa — e isso não existe ao se fazer a custódia do criptoativo. 

Por outro lado, nas corretoras de criptoativos, temos as taxas operacionais (corretagem), das quais algumas corretoras são isentas, e a taxa de saque da exchange

Contudo, essas taxas do mercado cripto são pagas apenas uma vez. Por isso, esse custo é diluído com o passar do tempo e com o aumento do valor investido, já que a taxa de saque é fixa independente do valor transferido. Devido às taxas de administração do ETF, também há o risco do ETF não conseguir acompanhar o índice fielmente no longo prazo, pois ela é descontada do valor investido.

Isenção no imposto de renda

Uma das principais desvantagens do ETF é a cobrança de IR independentemente do lucro. 

Apesar de serem ativos negociados na bolsa, não há isenção de venda de até R$20  mil por mês, assim como temos no mercado de ações. Inclusive, também não há isenção de alienação de até R$35 mil por mês, como se tem ao investir diretamente em criptoativos. 

Por isso, qualquer realização de lucro em ETF haverá tributação de 15%, que deve ser feita ao gerar o DARF pelo Sicalc e pagá-lo até o final do mês seguinte à operação. 

Para lançar no programa da receita, ele é informado nos “ganhos líquidos em operações de bolsa”. Como esse é um mercado com forte potencial de valorização, estar isento da tributação de 15% ao se realizar menos de R$35 mil por mês, certamente pode fazer grande diferença no final das contas.

Falta de flexibilidade

Por rastrear um índice e negociar apenas as cotas dos fundos, quem investe em criptoativos por meio de um ETF de índice tem maior dificuldade na escolha dos ativos. Afinal,só há a opção do BTC e ETH separadamente. No caso do investimento em um ETF composto por uma carteira, o investidor fica impossibilitado de retirar algum ativo que não o interessa. Nem mesmo a gestora pode retirar, pois a gestão é passiva. 

Horário de negociação

Os ETFs seguem o horário da bolsa, das 10h às 17h, enquanto o mercado cripto opera 24h por dia nas exchanges. Essa flexibilidade acaba sendo bem interessante para quem não consegue operar no mercado financeiro durante o horário comercial.

Quais os impactos dos ETFs de Bitcoin no mercado de criptomoedas?

Nos ETFs baseados em índices, as gestoras não precisavam efetivamente comprar o BTC e, por isso, não colaboram diretamente para o crescimento do mercado.Assim, auxiliam apenas com a propagação dos criptoativos por facilitar seu acesso e trazer mais credibilidade.

Por isso, o impacto principal veio somente depois da aprovação dos ETFs de BTC à vista nos Estados Unidos, em janeiro deste ano. A partir deste momento, as gestoras precisaram efetivamente comprar o ativo para emitir as cotas que serão negociadas, favorecendo assim o crescimento dos criptoativos.

Desde o lançamento dos ETFs de BTC à vista, foram captados cerca de US$17 bilhões — a capitalização total do BTC hoje é de aproximadamente US$1,1 trilhões. 

Pode parecer pouco proporcionalmente, mas estima-se que cada dólar que entra no ativo causa uma valorização média entre US$2,00 a US$4,00 no seu preço. Mais recentemente, no dia 23 de julho, também tivemos o início das negociações de nove ETFs de ETH à vista, que assim como no BTC, também tendem a beneficiar bastante o ativo.

Outro impacto inegável foi o aumento da relação dos criptoativos com o mercado financeiro tradicional. Isso aconteceu porque os ETFs atraíram capital institucional e esses investidores operam conforme o risco do mercado financeiro tradicional. Ou seja, se o risco aumenta, eles tendem a tirar exposição dos mercados agressivos, como o de criptoativos.

Deste modo, a partir de 2020, acabou com a narrativa de que o BTC é um ativo descorrelacionado ao mercado financeiro. Inclusive, a expectativa é que, daqui pra frente, essa relação seja cada vez mais próxima.

Apesar disso, o mercado cripto também tem seu ciclo próprio e podemos considerar que o mercado financeiro tradicional pode tanto reforçar, quanto amenizar, as temporadas de alta e de baixa do BTC. 

Quem pode investir em ETF de Bitcoin?

Qualquer pessoa que tenha acesso a um homebroker da corretora pode investir em um ETF cripto. Essa é a mesma plataforma para quem já opera no mercado de ações ou FIIs, basta buscar pelo código do ativo desejado.

Aqui, é importante destacarmos que as criptos são a classe de ativos mais arriscadas de todas. Por isso, o investimento pode não ser compatível com o seu perfil de investidor. 

Caso você ainda não esteja acostumado nem mesmo com a volatilidade do mercado de ações, o ideal é começar devagar no mercado cripto. Uma sugestão é começar com 1% da sua carteira de investimentos, para simplesmente acompanhar a oscilação do mercado. Conforme você se sinta mais confortável, pode ir aumentando aos poucos sua posição.

Onde comprar ETF de Bitcoin?

Para negociar qualquer ETF, é necessário abrir conta em uma corretora — um processo bem simples, que demanda apenas alguns documentos básicos como CPF, comprovante de residência, entre outros. 

Depois de aprovada, basta transferir seu dinheiro para a corretora e acessar o home broker. Como os ETFs são negociados na bolsa, a sua operação é semelhante à compra de uma ação ou de um FII. Por isso, dependendo da sua corretora, fique atento às diversas taxas, como a de corretagem, taxa de custódia, encargos da B3 e emolumentos.

Agora, se você quer colaborar com o crescimento do mercado cripto de fato, investindo por um ETF de BTC à vista, você precisará de uma corretora que disponibilize acesso ao mercado internacional para investir nos ETFs dos Estados Unidos, como a XP, BTG, Avenue, Inter, entre outras. Atenção: mesmo assim, você não conseguirá sacar seus criptoativos para sua carteira, pois isso só é possível ao se investir diretamente por uma exchange.

Qual o melhor ETF de Bitcoin?

O maior ETF de BTC negociado na B3 atualmente é o BITH11, da gestora Hashdex. Inclusive, conforme a tabela citada neste artigo, ele também possui uma das menores taxas entre os principais ETFs de cripto. Além disso, é o segundo maior ETF de cripto do Brasil em patrimônio, perdendo somente para o pioneiro HASH11, composto por uma cesta de criptoativos.

Para quem quer investir da forma mais barata e segura neste mercado, pode optar pelo BITH11 e se expor apenas ao maior criptoativo do mundo. Caso queira se expor ao ETH, também é possível comprar o ETHE11, com a mesma taxa de administração do BITH11 de 0,7% ao ano. 

Agora, quem preferir uma carteira relativamente diversificada de ativos, investindo em um só ETF, pode optar pelo HASH11 — porém a taxa de administração é mais elevada, de 1,30% ao ano.

Como esse mercado é extremamente volátil, essa diferença de apenas 0,6% ao ano não fará tanta diferença no seu patrimônio. Por isso, o HASH11 é uma excelente alternativa que concilia o desempenho de uma carteira diversificada, com a praticidade de ter só um ativo na sua carteira de investimentos.

Os ETFs são uma ótima ferramenta do mercado financeiro, pois facilitam a negociação das cotas de fundos, proporcionando liquidez para o mercado e ao mesmo tempo proporcionam uma facilidade enorme de acesso aos criptoativos.

Em relação ao desempenho dos ETFs, certamente vão acompanhar quase que fielmente o desempenho dos criptoativos relacionados.Porém, devido à cobrança de taxa de administração, haverá um leve deslocamento no desempenho em relação ao ativo.

Outro benefício que se é perdido em troca da praticidade é a isenção de imposto para vendas de até R$ 35 mil todo mês — vantagem que temos ao negociar o criptoativo efetivamente. Em um mercado com forte potencial de valorização, ter essa margem para realização pode fazer bastante diferença no final das contas.

De qualquer forma, para quem está começando no mercado cripto, ainda não está acostumado com a volatilidade, se sente inseguro em fazer a custódia dos próprios ativos, os ETFs podem ser uma boa porta de entrada para o mercado.

No meio do caminho, estão os ETFs de BTC à vista nos Estados Unidos que, por não serem baseados no índice e obrigarem as gestoras a comprarem o ativo, este modelo efetivamente colabora para o crescimento do mercado.

Lembre-se: independentemente do modelo de ETF, não é possível sacar seus ativos. Por tudo isso, mesmo que você comece a investir por meio dos ETFs, o ideal é continuar estudando o mercado até conseguir investir nele, idealmente fazendo a custódia por conta própria.

Antes de começar a investir, esteja ciente do risco. O ganho pode ser bastante significativo, mas no período de baixa, os criptoativos historicamente corrigiram na casa dos 80%. Por isso, nesse mercado é extremamente importante o acompanhamento de um profissional, com uma estratégia traçada, a fim de evitar ao máximo as temporadas de baixa e também manter a tranquilidade nesse mercado extremamente volátil.

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Thales Inada
Thales Inada
Especialista em criptoativos e investimentos alternativos da Finclass. Engenheiro, com MBA em investimentos e Asset Allocation. Iniciou no mercado de criptoativos em 2017, com passagem por importantes exchanges como Binance (a maior do mundo), Mercado Bitcoin (a maior da América Latina) e XDEX, a antiga exchange da XP Inc. Agora, deixou as instituições para ficar do lado de investidoras e investidores, com missão de democratizar o universo dos criptoativos e investimentos alternativos por meio de uma linguagem simples e direta, a fim de tornar esse mercado visionário acessível a todas as pessoas.
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