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Mercado financeiro: função, como funciona e quais os tipos

Mercado financeiro: uma expressão ampla o suficiente para caber muitas dúvidas, especialmente entre aqueles que desejam administrar melhor o dinheiro ou começar a investir, mas acreditam que essas tarefas são complexas demais.

Dessa vez, trouxemos um artigo feito especialmente para descomplicar esses assuntos e te fazer entender de uma vez por todas como o mercado financeiro funciona e de que maneiras você pode se beneficiar deles.

Curioso? Siga conosco para aprender:

  • O que é o mercado financeiro?
  • Qual é a função do mercado financeiro?
  • Como funciona o mercado financeiro?
  • Quais as instituições do mercado financeiro?
  • Quais são os principais mercados?
  • Quais os principais tipos de investimentos no mercado financeiro?
  • Como começar a investir no mercado financeiro?
  • Como ganhar dinheiro com o mercado financeiro?
  • O que estudar para aprender a investir?

Aqui, a jornada de aprendizado é completa: no fim, separamos alguns links úteis para continuar entendendo o assunto até dominar o mercado financeiro completamente.

Vem com a gente!

O que é o mercado financeiro?

O mercado financeiro é o ambiente no qual se negociam ativos moedas, ações, derivativos, commodities, títulos, opções, entre outros. Ele ainda é composto por outros segmentos, cada um especializado em um tipo de negociação. Mercado de ações, mercado de câmbio e mercado de crédito são alguns exemplos.

Para viabilizar essas negociações, há a presença de diversas instituições financeiras, servindo a propósitos distintos, como intermediar transações, ou regular e fiscalizar toda a dinâmica.

De maneira resumida, podemos dizer que o objetivo do mercado financeiro é facilitar a transferência de recursos entre agentes econômicos. Assim, investidores e empresas conseguem captar e aplicar recursos de maneiras mais eficientes, resultando no crescimento econômico e na estabilidade financeira de uma nação inteira.

Qual a diferença entre mercado de capitais e mercado financeiro?

Enquanto o mercado financeiro é um termo mais amplo e que abrange todos os tipos de negociações de ativos, o mercado de capitais é um ambiente no qual se pode comprar e vender ativos financeiros, como ações, debêntures e títulos públicos.

Em outras palavras, o mercado de capitais é parte do mercado financeiro. Nele, investidores encontram todos os ativos e títulos emitidos por empresas e bancos, por exemplo, com o objetivo de captar recursos para financiar as suas atividades.

Qual é a função do mercado financeiro?

A principal função do mercado financeiro é facilitar a transferência de recursos entre agentes econômicos, descomplicando a captação e aplicação eficiente de capital. Na prática, este mercado permite que investidores e empresas negociem ativos financeiros mais livremente — como ações, títulos e moedas.

Configurado dessa forma, percebemos ainda outra serventia do mercado financeiro: a contribuição para o crescimento econômico do país e a manutenção da estabilidade financeira. 

Isso acontece, por exemplo, ao facilitar a expansão de empresas que precisam de recursos para isso — algo que também resulta em mais inovação e produtividade nacional. Ao viabilizar a alocação eficiente de capital, por outro lado, o mercado financeiro é capaz de gerar empregos, desenvolver infraestruturas e aumentar a confiança dos investidores.

Qual a importância do mercado financeiro para a sociedade?

À sociedade, o mercado financeiro traz contribuições significativas, como estimular a economia de recursos, facilitar transações, aumentar a liquidez e tornar o ambiente de negociação mais seguro para todas as partes envolvidas.

Para começar, a importância deste ambiente se traduz na função de conectar agentes econômicos — compradores e vendedores de ativos. Além disso, o mercado financeiro trabalha para que as transações sejam feitas com segurança e sem interferências externas. Importante: por “agentes econômicos”, considere não somente instituições financeiras e empresas, mas famílias e indivíduos também.

Dá uma olhada com mais atenção aos benefícios que a sociedade encontra no mercado financeiro:

  • Estimular a economia de recursos: o mercado financeiro ajuda a direcionar dinheiro para onde ele pode ser melhor usado, como em novos negócios e projetos, o que ajuda a economia a crescer;
  • Facilitar transações: torna a compra e venda de ativos mais simples para todos os participantes;
  • Aumentar a liquidez: trabalha para que assegure que os investidores possam facilmente converter ativos em dinheiro, oferecendo flexibilidade e acesso rápido a recursos quando necessário;
  • Tornar negociações mais seguras: com regulamentações e práticas padrão, o mercado financeiro minimiza riscos e fraudes, para proteger tanto os investidores quanto as instituições.

Como funciona o mercado financeiro?

O mercado financeiro funciona a partir da conexão entre duas partes fundamentais: aqueles que tomam recursos (agentes deficitários) e aqueles que emprestam (agentes superavitários). Para viabilizar as transações, há o intermédio das instituições financeiras. Quanto às quantias movimentadas, estas retornam a quem as cedeu com o acréscimo de juros — a depender de qual seja o formato de rentabilidade do título ou ativo negociado.

Para você visualizar melhor essa relação, vamos a alguns exemplos. Uma família que esteja em busca da casa própria tem a opção de recorrer a um banco para solicitar um financiamento. Neste caso, a família é o agente deficitário (pois precisa dos recursos e não tem a quantia disponível no momento) e o banco é o intermediário da operação, já que se vale dos recursos captados via depósitos de poupança para viabilizar e conceder o financiamento.

Os recursos, por sua vez, deverão ser pagos ao banco futuramente, com o acréscimo de juros, seguindo uma taxa combinada no momento da solicitação. Inclusive, você pode pensar nessa taxa como uma forma de “compensação” para a instituição financeira, que cedeu a quantia à família quando esta não a tinha disponível para seguir com seus planos.

Outro exemplo de operação no mercado financeiro é o investimento em títulos do Tesouro Direto. 

O Governo Federal emite esses títulos com o propósito de levantar capital para financiar obras públicas, como empreender melhorias no setor de educação ou saúde. Nesse caso, o Governo seria o agente deficitário e os investidores seriam os agentes superavitários

Em outras palavras, um investidor que tenha dinheiro sobrando e queira aplicá-lo para que renda e não perca valor para a inflação pode adquirir um título do Tesouro, que será futuramente devolvido com o acréscimo de juros, também combinados no momento da operação. É, em termos bem simples, como se essa pessoa estivesse “emprestando dinheiro ao Governo”.

Atenção: essa é uma explicação bastante simplificada sobre a mecânica de um investimento e serve somente para que você compreenda o funcionamento do mercado financeiro.  

O que move o mercado financeiro?

O mercado financeiro é movido por vários fatores principais, como oferta e demanda, taxa de juros, eventos políticos, sentimento dos investidores, e políticas monetária e fiscal.

Analise cada um deles junto conosco:

  • Oferta e demanda: a compra e a venda de ativos são influenciadas pela quantidade disponível e pelo interesse dos compradores e vendedores;
  • Oscilações do mercado econômico: dados sobre o desempenho econômico, como crescimento do PIB, taxas de inflação e desemprego, afetam a confiança dos investidores e as decisões de investimento;
  • Taxas de juros: alterações nas taxas de juros e na inflação influenciam o custo do crédito e o retorno dos investimentos, afetando a movimentação do mercado;
  • Eventos políticos e econômicos de grande ou pequena escala: eventos políticos, econômicos e naturais — como eleições e desastres — podem causar flutuações no mercado;
  • Expectativa e interesse do investidor: a confiança e as expectativas futuras dos investidores impactam as decisões de compra e venda de ativos;
  • Política monetária e fiscal: as decisões do Banco Central e do governo sobre dinheiro e impostos também influenciam o mercado financeiro.

Quem controla o mercado financeiro?

O mercado financeiro é controlado por órgãos normativos (CMN, CNSP e CNPC) e por órgãos supervisores (Bacen, CVM, Susep e Previc). Enquanto os primeiros determinam regras gerais, os outros garantem que as orientações sejam seguidas por todos os participantes do ambiente. 

Entenda o papel fundamental de cada uma delas: 

  • Conselho Monetário Nacional (CMN): formula a política da moeda e de crédito do país, com o objetivo de fomentar a estabilidade, bem como o desenvolvimento socioeconômico brasileiro;
  • Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP): atua no desenvolvimento do mercado de seguros privados, protegendo os direitos do consumidor e assegurando a sua estabilidade;
  • Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC): regula os planos de Previdência Complementar, oferecidos por entidades fechadas deste tipo de produto financeiro;
  • Banco Central (Bacen): trabalha para manter a inflação sob controle, pela política de juros básicos e para garantir a estabilidade e o poder de compra do real;
  • Comissão de Valores Mobiliários (CVM): tem a função de fiscalizar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores mobiliários;
  • Superintendência de Seguros Privados (Susep): seu papel é regularizar e fiscalizar as empresas de seguro, como seu nome indica, bem como de Previdência Privada aberta, resseguros e capitalização;
  • Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc): a entidade gerencia as operadores de Previdência Privada também, porém na modalidade fechada. 

Quais as instituições do mercado financeiro?

As instituições e integrantes do mercado financeiro são:

  • Banco Central (BACEN);
  • Comissão de Valores Mobiliários (CVM);
  • Bancos comerciais;
  • Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES);
  • Corretoras de valores;
  • Corretoras de câmbio;
  • Banco de investimento;
  • Caixa Econômica.

Siga conosco para entender o papel de cada uma neste ambiente:

Banco Central (BACEN)

O Banco Central do Brasil, ou simplesmente Bacen, é uma autarquia federal. Esse termo indica que o banco é o responsável pela autoridade monetária do país e que está ligada ao Ministério da Economia.

Criado em 1964, a principal função do Bacen é executar o que é discutido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Ou seja, trabalha em prol da estabilidade econômica, do cumprimento de regras e leis e da sustentabilidade do Sistema Financeiro Nacional.

Vale o lembrete de que o Bacen é uma peça-chave para garantir mais segurança à população. Por exemplo, é ele que garante que cartões de crédito sejam oferecidos sem custos aos clientes, assim como asseguram que as operações feitas por investidores nas corretoras de valores sejam supervisionadas e protegidas.

Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

A CVM, por sua vez, também é uma autarquia. No entanto, tem personalidade jurídica e patrimônio próprios, bem como autonomia administrativa. Na prática, podemos dizer que o vínculo da entidade com o Governo Federal existe, porém, isso não significa que ela está subordinada a ele.

Quanto à função da CVM no mercado financeiro, seu papel é fiscalizar o mercado de valores mobiliários. Ou seja, defende os interesses do investidor e atua em prol de um ambiente de investimento mais seguro e transparente para todos — até mesmo para as empresas que abrem o seu capital em busca de recursos para financiar as suas atividades.

Outro propósito interessante desta autarquia é a missão de educar financeiramente a população. Dessa maneira, ensina as pessoas a gerirem melhor o próprio dinheiro, a controlar gastos e a evitar o endividamento compulsório.

Bancos comerciais

Os bancos comerciais são aqueles que a população já conhece muito bem. Ou seja, são as instituições que oferecem serviços e produtos financeiros como contas corrente, poupança, cartões de débito e crédito, empréstimos, entre outros. Podem ser públicos ou privados e atende ao público em geral.

Quando você deposita seu dinheiro em uma conta corrente, por exemplo, está ajudando o banco a captar recursos. Quando este banco oferece empréstimos ou financiamentos para pessoas e empresas, ele está utilizando o dinheiro captado (de depósitos ou títulos) para promover o crescimento econômico. Afinal, empresas podem investir em novos projetos, comprar equipamentos ou expandir seus negócios, enquanto as pessoas podem adquirir bens como casas e carros.

Em outras palavras, para além de serem as instituições que você já conhece, são também agentes importantes na economia, uma vez que ajudam na circulação da moeda e mantêm a economia em movimento.

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)

Aqui temos outra autarquia do Governo Federal, criada para estimular o desenvolvimento socioeconômico do país. Para isso, concede empréstimos e financiamentos para empresas com taxas menores e condições mais favoráveis. 

De acordo com o próprio BNDES, a atuação atua com foco em três objetivos principais:

  • Financiamento de projetos de inovação tecnológica, que podem resultar em mais emprego e renda para os brasileiros;
  • Desenvolvimento regional, para estimular econômica e socialmente as áreas do país que estão passando por algum tipo de desigualdade;
  • Iniciativas com foco social e no meio ambiente.

Corretoras de valores

As corretoras de valores atuam como intermediárias, conectando investidores ao mercado financeiro. Ou seja, facilitam a compra e venda de ativos — como ações, títulos, fundos de investimento e outros produtos financeiros. Basicamente, se você quer investir em algo, como em ações de uma empresa, é a corretora que vai realizar essa transação para você na bolsa de valores.

Além de executar ordens de compra e venda, as corretoras também oferecem serviços adicionais, como: 

  • Análises de mercado; 
  • Recomendações de investimento; 
  • Plataformas de negociação online. 

Em suma, elas ajudam os investidores a tomar decisões mais informadas, fornecendo dados, relatórios e ferramentas que simplificam o processo de investir

Importante: as corretoras ganham dinheiro principalmente por meio de taxas cobradas pelos serviços prestados. Isso pode incluir taxas de corretagem (por transação), taxas de administração (em fundos de investimento) e outras cobranças relacionadas aos serviços oferecidos. 

Por isso, ao escolher uma corretora, é essencial comparar os custos e os benefícios que cada uma oferece para garantir que ela atenda às suas necessidades como investidor. Afinal, nem todas praticam o mesmo valor, ao passo que nem todas vão cobrar essas taxas.

Banco de investimento

Ao contrário dos bancos comerciais, que oferecem serviços como contas correntes e empréstimos para o público em geral, os bancos de investimento focam em serviços mais complexos, digamos assim, como a emissão de ações e títulos, fusões e aquisições, ou assessoria financeira estratégica.

Bancos de investimento auxiliam empresas, governos e outras entidades em operações diversas, como a captação de recursos e a realização de grandes investimentos

Inclusive, um dos principais papéis dos bancos de investimento é ajudar empresas a levantar capital no mercado financeiro. Isso pode ser feito através de ofertas públicas iniciais (IPOs), onde uma empresa vende ações ao público pela primeira vez, ou pela emissão de títulos de dívida, como debêntures. Consultorias para empresas que desejam expandir, comprar outras empresas, ou mesmo se reestruturar financeiramente fazem parte da gama de serviços aqui.

Indivíduos também têm a chance de se valer destes serviços, encontrando nos bancos de investimento a possibilidade de alocar seus recursos em ativos financeiros.

Curiosidade: como muitos bancos hoje em dia apresentam características comerciais e de investimentos, essas instituições levam uma nova denominação — bancos múltiplos.

Caixa Econômica

A Caixa Econômica Federal é uma instituição financeira pública brasileira. Foi criada pelo governo para oferecer não só serviços bancários tradicionais, mas também programas sociais

Como um banco estatal, a Caixa tem um papel enorme na promoção de políticas públicas e no apoio a áreas como habitação, infraestrutura, educação e inclusão social. Inclusive, ela é conhecida por gerenciar programas importantes como o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e o financiamento habitacional do Minha Casa, Minha Vida.

Além de suas funções sociais, a Caixa também atua como um banco tradicional, oferecendo os serviços que você já conhece: contas correntes, poupança, empréstimos, cartões de crédito e seguros para pessoas físicas e jurídicas. 

Por fim, a instituição ainda assume a responsabilidade pela operação de loterias federais, cujas receitas são em parte destinadas a investimentos em áreas como saúde, educação, cultura e esporte.

Quais são os principais mercados?

Os principais mercados que integram o mercado financeiro são:

  • Mercado de capitais;
  • Mercado de câmbio;
  • Mercado de crédito;
  • Mercado monetário;
  • Mercado derivativo;
  • Mercado de obrigações.

Cada um deles é especializado em um tipo de operação e serve para facilitar e tornar mais seguras as transações entre agentes superavitários e deficitários.

Veja só:

Mercado de capitais

O mercado de capitais é o ambiente onde empresas e governos captam recursos para financiar suas atividades. Ou seja, é onde emitem ações ou títulos de dívida, como as debêntures. 

Quando uma empresa precisa de dinheiro para crescer ou investir em novos projetos, ela pode vender uma parte de sua propriedade (ações) ao público ou emitir títulos que prometem pagar juros aos investidores. Em troca, os investidores esperam obter retorno sobre seu investimento, seja através de dividendos e da valorização das posições (no caso das ações) ou dos juros pagos pelos títulos.

Esse integrante do mercado financeiro é uma peça-chave do desenvolvimento econômico. A lógica é simples: ao viabilizar que empresas obtenham recursos para expandir e inovar, torna a economia mais sustentável e competitiva, assim como gera mais empregos. 

Já no que diz respeito aos investidores, estes têm a oportunidade de diversificar suas carteiras e potencialmente aumentar seu patrimônio ao longo do tempo. Inclusive, a Bolsa de Valores é o principal local onde as negociações do mercado de capitais ocorrem.

Mercado de câmbio

Como seu nome indica, o mercado de câmbio é onde ocorre a troca de moedas entre diferentes países. Quando alguém viaja para o exterior, compra ou vende produtos para fora do país — ou ainda investe em ativos estrangeiros — precisa trocar sua moeda local por outra, como reais por dólares ou euros. O mesmo se passa com empresas que exportam e importam produtos para o país.

Além de servir aos indivíduos e empresas, o mercado de câmbio também é utilizado por governos e grandes instituições financeiras para ajustar suas reservas internacionais ou até para se proteger contra variações no valor das moedas. Já sobre as taxas de câmbio, que determinam quanto vale uma moeda em relação a outra, estas podem variar, já que são influenciadas por fatores como a oferta e demanda de moedas, políticas econômicas e eventos globais.

Mercado de crédito

O mercado de crédito é bastante conhecido: afinal, se trata do ambiente onde pessoas e empresas obtêm empréstimos e financiamentos

Quando alguém precisa de dinheiro para comprar uma casa, um carro, ou expandir um negócio, por exemplo, pode recorrer a bancos ou outras instituições financeiras que oferecem crédito. Esses empréstimos, é claro, vêm com a obrigação de pagar de volta o valor tomado, acrescido de juros e dentro de um prazo determinado.

Analisando o panorama geral do mercado financeiro, temos no crédito uma das partes fundamentais para estimular a economia, facilitando o acesso de pessoas e empresas aos recursos necessários para consumir, investir e crescer. Sem isso, seria muito mais difícil financiar grandes compras ou expansão de negócios.

Mercado monetário

Aqui, temos o segmento financeiro no qual se negociam ativos de curto e curtíssimo prazo, com duração de até um ano — como títulos do governo, certificados de depósito e letras do Tesouro. Esses ativos são altamente líquidos, ou seja, podem ser rapidamente convertidos em dinheiro, e têm vencimentos curtos. 

Esse mercado é utilizado por bancos, empresas e governos para gerir o caixa e garantir que tenham recursos disponíveis para cumprir suas obrigações diárias.

Além de fornecer liquidez ao sistema financeiro, o mercado monetário ainda é basicamente o centro da implementação da política monetária do Banco Central. Por meio da compra e da venda desses ativos, o Bacen tem o poder de influenciar as taxas de juros de curto prazo e controlar a oferta de dinheiro na economia, ajudando a manter a estabilidade financeira.

Por exemplo, quando o Banco Central vende títulos, ele está retirando dinheiro de circulação, o que tende a elevar as taxas de juros e encarecer o crédito, desestimulando o consumo. Por outro lado, se o objetivo é aumentar a quantidade de dinheiro em circulação, o Banco Central compra títulos, injetando recursos no mercado e tornando o crédito mais acessível, o que pode estimular a economia.

Mercado derivativo

Aqui, são negociados contratos que derivam seu valor de outros ativos, como ações, moedas, commodities ou índices financeiros. 

Nesse caso, os derivativos — opções e contratos futuros, por exemplo —, permitem que investidores se protejam contra variações nos preços desses ativos ou especulem sobre seus movimentos futuros. 

Para entender melhor, vamos fazer uma suposição: uma empresa que exporta produtos para o exterior pode usar contratos futuros para garantir uma taxa de câmbio fixa. Dessa maneira, estará protegida contra a volatilidade da moeda, que oscila com frequência e geralmente tem o seu preço alterado várias vezes dentro do mesmo dia.

Atenção: esse é um mercado complexo e pode ser utilizado tanto para proteção (hedge) quanto para estratégias de alto risco. Afinal, muito embora os derivativos possam ajudar a gerenciar riscos de variação de preços, eles também podem gerar prejuízos enormes se usados de forma imprudente e desinformada.

Mercado de obrigações

Também conhecido como mercado de títulos de dívida, aqui é onde se negociam instrumentos financeiros como debêntures, títulos públicos e outros tipos de dívida emitidos por empresas e governos. 

Se alguém compra uma obrigação, está essencialmente emprestando dinheiro ao emissor em troca de receber pagamentos de juros periódicos, além do reembolso do valor principal no vencimento do título.

De um lado, as empresas utilizam os recursos captados para investir em projetos de expansão, enquanto os governos financiam obras de infraestrutura, educação, saúde e outros serviços públicos. Já para os investidores, as obrigações são uma forma de buscar rendimentos com menos risco do que investimentos em ações, já que os títulos de dívida geralmente têm prioridade em caso de liquidação do emissor.

Outros mercados financeiros

Além dos mercados mencionados, existem outros mercados financeiros que desempenham papéis específicos na economia. É o caso do mercado de seguros: neste, as pessoas e empresas compram proteção contra riscos financeiros, como acidentes, doenças ou desastres naturais. 

Outro exemplo é o de commodities, no qual são negociados matérias-primas como ouro, café e soja, permitindo que produtores e consumidores fixem preços para efetuar transações e, consequentemente, se protejam contra variações de mercado.

Quais os principais tipos de investimentos no mercado financeiro?

Os investimentos do mercado financeiro se dividem entre renda fixa e renda variável. No primeiro, temos títulos de dívidas emitidos por empresas e pelo governo, ou seja, você está emprestando dinheiro. No segundo, temos títulos de propriedade, em outras palavras, você está se tornando dono de uma parte do ativo. 

Dentro de cada uma dessas classes há uma série de títulos e ativos que seguem esses formatos de rentabilidade. Com dinâmicas distintas, é importante que você conheça os principais para conseguir identificar quais fazem mais sentido para o seu portfólio e para a sua estratégia de investimento.

Investimentos em renda fixa

A renda fixa é bastante popular entre aqueles que estão dando os primeiros passos nos investimentos, ou que buscam títulos mais estáveis para equilibrar a carteira em momentos de crise. Tesouro Direto, CDBs, debêntures, LCIs e LCAs estão entre os exemplos mais populares.

Conheça mais sobre eles: 

Caderneta de poupança

A caderneta de poupança é um dos investimentos mais populares no Brasil, principalmente por sua simplicidade e segurança. Qualquer pessoa pode abrir uma conta poupança em um banco e começar a guardar dinheiro, que rende mensalmente de acordo com uma fórmula determinada pelo governo. 

Esse rendimento, aliás, é isento de impostos e não tem custos de administração, o que torna a poupança acessível para todos os perfis de investidores.

No entanto, há uma grande desvantagem: o rendimento da poupança está atrelado à Selic (taxa básica de juros da economia) e é relativamente baixo em comparação com outros tipos de investimentos.

Quando a taxa está acima de 8,5%, a poupança rende 0,5% ao mês. Se estiver abaixo, o rendimento é de 70% da Selic + a Taxa Referencial, que costuma estar em zero, ou bastante próxima a isso. Em termos mais práticos, os retornos podem ser ainda mais baixos que 0,5% e você pode ver o dinheiro perder valor por causa da inflação.

Tesouro Direto

Este é um programa do Governo Federal que permite que qualquer pessoa invista em títulos públicos, ou seja, “empreste dinheiro ao governo” em troca de um retorno financeiro

Aqui, temos uma alternativa de investimento mais rentável que a poupança e que é mais segura. Afinal, é o próprio Governo que oferece as garantias necessárias aos investidores. Inclusive, existem diferentes tipos de títulos, como o Tesouro Selic, Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+, cada um com características específicas de rentabilidade e prazos, categorizados entre prefixado, pós-fixado e híbrido. Entenda:

  • Prefixada: a taxa de juros a ser acrescida ao investimento é informada ao investidor no início da aplicação. Assim, se sabe exatamente quais serão os retornos futuros caso o investidor aguarde até o vencimento do título;
  • Pós-fixada: aqui, os retornos estão atrelados à Selic. Por conta disso, o lucro futuro seja desconhecido, mas o valor final vai acompanhar a taxa básica de juros para que o investidor não tenha prejuízos por conta da inflação;
  • Híbrida: une características prefixadas e pós-fixadas, ou seja, uma parcela da rentabilidade é fixa e a outra é corrigida pela inflação.

Uma das grandes vantagens do Tesouro Direto é a acessibilidade, afinal, é possível começar a investir com valores muito baixos — e as taxas de administração são reduzidas. 

Previdência Privada

A Previdência Privada é um investimento de longo prazo, popularmente conhecido por ser uma alternativa de investimento complementar à aposentadoria. No entanto, a aplicação é válida para qualquer um que tenha metas com horizontes temporais mais longos.

Na Previdência, existem dois tipos principais: o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). A maior diferença entre ambos está na tributação. O PGBL é indicado para quem faz a declaração completa do Imposto de Renda, pois permite deduzir as contribuições até 12% da renda bruta anual. Já o VGBL é mais adequado para quem opta pela declaração simplificada, pois os aportes não são dedutíveis, mas o imposto incide apenas sobre o rendimento.

Esse tipo de investimento permite que o investidor acumule recursos ao longo do tempo, que podem ser resgatados em forma de renda ou saque único na fase de usufruto do patrimônio aposentadoria. E tem mais: a Previdência Privada oferece a possibilidade de escolher entre diferentes perfis de risco e gestão — um excelente ponto positivo, já que torna o investimento flexível e adaptável às necessidades de cada investidor. 

Atenção: um fundo previdenciário funciona de maneira similar a um Fundo de Investimento tradicional. Ou seja, a administradora pode trabalhar com uma seleção específica de ativos, a depender da estratégia adotada. Em termos mais simples, não necessariamente um fundo desse tipo vá alocar os seus recursos somente em renda fixa. 

Na dúvida, sempre verifique com atenção o contrato do plano escolhido.

CDB

CDB é a sigla para Certificado de Depósito Bancário e se trata de um investimento de renda fixa emitido pelos bancos para captar recursos. 

Quando você investe em um CDB, portanto está emprestando dinheiro ao banco, que em troca paga juros sobre o valor investido — uma dinâmica bastante similar à do Tesouro Direto. Inclusive, CDBs também estão disponíveis em formatos de remuneração prefixado, pós-fixado e híbrido.

Por contar com a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), é tido como bastante seguro. O ressarcimento é feito até um limite de R$250.0000,00 por CPF e não é automático. Ou seja, o investidor precisa solicitar o reembolso em caso de prejuízo.

Atenção: diferentemente da poupança, o rendimento do CDB está sujeito ao Imposto de Renda, que é cobrado no momento do resgate.

LCI e LCA

As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA) são títulos emitidos por bancos e lastreados em operações de crédito imobiliário ou do agronegócio, respectivamente. O funcionamento, nestes casos, é semelhante aos CDBs, mas têm uma vantagem adicional: são isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas e também contam com a proteção do FGC. Isso faz com que as LCIs e as LCAs sejam bastante atrativas para quem busca uma boa rentabilidade, sem abrir mão de segurança.

Atenção: esses títulos têm prazos variados e, geralmente, exigem um valor mínimo de aplicação — o que pode limitar o acesso para pequenos investidores. Contudo, para aqueles que têm um capital maior e podem deixar o dinheiro investido por um período mais longo, LCI e LCA são opções muito interessantes de investimento em renda fixa.

CRI e CRA

Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e do Agronegócio (CRA), por sua vez, representam direitos creditórios de operações do setor imobiliário e do agronegócio, emitidos por securitizadoras. 

Olha só essa vantagem: ambos são isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas.

Essas alternativas são populares por oferecerem um potencial de rentabilidade maior do que outros produtos de renda fixa, porém, vêm com um risco mais elevado. Como não são garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), o risco de crédito é uma consideração importante para quem investe em CRI e CRA. 

Debêntures

Por fim, temos as debêntures, que são títulos de dívida emitidos por empresas com o objetivo de captar recursos diretamente no mercado. Quando uma empresa emite debêntures, ela está pedindo uma espécie de “empréstimo” aos investidores. Em troca, se compromete a pagar juros periodicamente e devolver o principal no vencimento do título. 

Existem debêntures simples e debêntures incentivadas — inclusive, as incentivadas são isentas de Imposto de Renda, pois são destinadas a financiar projetos de infraestrutura.

Investir nesses ativos pode oferecer uma rentabilidade superior à de outros títulos de renda fixa, mas também envolve um risco maior, assim como acontece nos CRIs e CRAs. Afinal, o pagamento dos rendimentos depende da saúde financeira da empresa emissora. 

Investimentos em renda variável

Na renda variável, os ativos estão vulneráveis às oscilações do mercado econômico. Como os preços podem variar de acordo com uma série de fatores, não é possível ter uma previsão de quais serão os lucros do investidor, ou se sequer haverá algum ganho.

  Aqui estão algumas das razões pelas quais um ativo de renda variável pode ter seu processo de precificação alterado, valorizando ou desvalorizando:

  • Desempenho da empresa, como lucros, receitas e crescimento;
  • PIB, inflação e taxa de juros;
  • Anúncios de fusões, aquisições e mudanças na gestão, ou notícias relevantes em geral;
  • Expectativas do mercado, previsões e análises de especialistas;
  • Sentimento dos investidores e percepção do mercado;
  • Mudanças em leis e políticas governamentais;
  • Desempenho do setor em que a empresa opera;
  • Oferta e demanda dos ativos.

Compreenda melhor como a renda variável funciona conhecendo alguns dos seus ativos mais populares:

Ações

Ações são pequenas frações do capital de uma empresa. Quando uma companhia abre o seu capital desse modo, o faz em busca de recursos para financiar as suas atividades — abrir novas lojas ou investir em inovação, por exemplo.

Os investidores que compram esses ativos se tornam, então, acionistas. Em relação aos lucros, estes vêm se as posições eventualmente se valorizarem no mercado. Algumas empresas também pagam dividendos aos acionistas, ou seja, fazem uma distribuição periódica dos lucros.

Fundos de investimento

Fundos de investimento são modalidades coletivas de investimento, onde o dinheiro de vários investidores (chamados de cotistas) é gerido por um profissional. 

Esse gestor é responsável por decidir onde investir o dinheiro do fundo, comprando e vendendo ativos como ações, títulos, imóveis ou outros instrumentos financeiros, com o objetivo de obter o melhor retorno possível para os investidores.

Atenção: a escolha de ativos vai depender de qual é o objetivo do fundo. Existem, por exemplo, fundos de renda fixa, de criptomoedas, imobiliários, múltiplos, de câmbio, de índice… Cada variação com uma estratégia (e uma seleção de ativos) diferente, atendendo a perfis de investidores distintos também.

Cada pessoa que investe em um fundo adquire cotas, que representam sua participação proporcional nesse investimento coletivo. Ou seja, os lucros ou prejuízos gerados pelas decisões do gestor, por sua vez, são divididos entre os investidores, de acordo com o número de cotas que cada um possui. 

Câmbio

Primeiramente, saiba que, quando falamos em câmbio, não nos referimos à simples compra de moedas estrangeiras. Isso por si só não configura um investimento.

Dentro do mercado financeiro, o investimento em câmbio envolve a negociação de moedas estrangeiras como ativos, buscando lucro com a variação das taxas dessas operações. Para aplicar desta forma, um investidor pode alocar o seu patrimônio em Fundos Cambiais, por exemplo, bem como em contratos futuros ou em BDRs, que são certificados negociados na Bolsa de Valores brasileira que representam ações de empresas estrangeiras.

Esse tipo de investimento é considerado de renda variável, pois o valor das moedas pode mudar rapidamente devido a fatores econômicos, políticos ou até eventos globais inesperados. O mercado de câmbio é altamente volátil e, por isso, assim como pode proporcionar lucros significativos, também envolve o risco de gerar grandes perdas. 

Contratos futuros

Contratos futuros são acordos de compra ou venda de um ativo a um preço determinado, com a liquidação da operação marcada para uma data futura. Aqui, estamos falando de commodities, moedas, índices financeiros ou até taxas de juros. 

Em resumo, no mercado futuro os investidores especulam sobre a direção dos preços desses ativos e podem lucrar com as variações de valor até a data de vencimento do contrato.

Além disso, são úteis para hedgers — aqueles que procuram se proteger contra variações adversas nos preços de ativos que afetam diretamente seus negócios, como o preço do petróleo ou das commodities agrícolas. 

Atenção: embora ofereçam a possibilidade de altos retornos, os contratos futuros também envolvem riscos significativos. Afinal, o mercado pode perfeitamente se mover na direção oposta ao esperado pelo investidor.

Opções

As opções são contratos que dão ao investidor o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender um ativo a um preço específico dentro de um período determinado

Aqui, existem dois tipos principais: as de compra (call) e as de venda (put). Uma opção de compra permite adquirir o ativo pelo preço estipulado, enquanto uma opção de venda permite vendê-lo nesse mesmo preço, independentemente do valor de mercado no momento do exercício.

Na renda variável, as opções são instrumentos poderosos, já que permitem estratégias diversificadas, que podem não somente amplificar os ganhos, mas também limitar as perdas. Ao mesmo tempo, são complexas e exigem um bom entendimento dos mecanismos do mercado, o que não as tornam adequadas para perfis mais conservadores.

Como começar a investir no mercado financeiro?

Para investir no mercado financeiro de forma segura e a partir de decisões informadas, é importante que você siga algumas boas práticas. Olha só:

  1. Avalie o seu perfil de investidor;
  2. Elabore o seu planejamento financeiro;
  3. Crie um orçamento para investir;
  4. Reserve uma quantia para emergências;
  5. Defina os prazos dos seus investimentos;
  6. Inicie com investimentos em renda fixa.

1. Avalie o seu perfil de investidor

O perfil de investidor é uma forma de avaliar qual é o seu grau de tolerância ao risco. Quando abrir sua conta em uma corretora de valores, você será submetido a um questionário para identificar qual é o seu. As perguntas, aliás, serão relacionadas aos seus conhecimentos sobre finanças, experiência investindo, condições financeiras atuais e objetivos para o futuro.

Dentre os possíveis resultados, temos: 

  • Conservador: a segurança e a estabilidade são suas prioridades, bem como preservar o capital. Tesouro Selic, CDB e Fundos de Renda Fixa estão entre os ativos recomendados para este perfil;
  • Moderado: tende a aceitar riscos maiores em nome de rendimentos mais atrativos. Fundos multimercado, debêntures, Fundos Imobiliários (FIIs) e ações de empresas estáveis com histórico de dividendos são algumas de suas escolhas;
  • Agressivo: prioriza os altos retornos e se sente confortável em assumir perdas e riscos significativos. Por isso, aplica em ações de empresas em crescimento, Fundos de Ações, ETFs e criptomoedas;
  • Arrojado: o foco deste perfil é maximizar os ganhos, ao investir em ativos de alto risco e maior volatilidade, como startups, investimentos em venture capital, opções e derivativos.

Atenção: a depender das regras de cada corretora, pode ser que você não tenha acesso aos ativos que não se enquadram no seu perfil, por motivos de segurança. Em outras, é possível explorar as alternativas e um alerta será emitido toda vez que você fizer uma aquisição que fuja do seu resultado.

Além disso, a recomendação é que este questionário seja refeito periodicamente. Afinal, com o passar do tempo é natural que você ganhe mais conhecimento e experiência no mercado financeiro e de investimentos, se tornando pronto para arriscar passos maiores.

2. Elabore o seu planejamento financeiro

Esse passo envolve entender claramente suas receitas, despesas e compromissos financeiros — para isso, recomendamos que utilize planilhas e recursos visuais para te ajudar na tarefa. 

Um bom planejamento financeiro vai além de simplesmente saber quanto você ganha e gasta — ele deve incluir seus objetivos de curto, médio e longo prazo, como comprar uma casa, fazer uma viagem ou garantir uma aposentadoria confortável. 

Quando se tem uma visão clara do seu fluxo de caixa e das suas metas, fica muito mais fácil definir quanto pode destinar para investimentos sem comprometer seu bem-estar financeiro, tomando unicamente decisões bem informadas.

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3. Crie um orçamento para investir

Depois de analisar as suas finanças, na etapa do planejamento, é hora de determinar quanto do seu dinheiro pode ser destinado mensalmente para investimentos

Esse valor deve ser realista e sustentável, levando em conta as suas despesas, objetivos financeiros e, é claro, sua realidade atual. Aconselhamos a estabelecer uma quantia fixa para investir todo mês, mesmo que seja pequena — a consistência é a chave para o sucesso no longo prazo.

Dica extra: dividir esse orçamento em diferentes categorias — como renda fixa, renda variável e reservas de emergência — também pode ser uma boa estratégia. Assim, consegue diversificar os investimentos e reduzir os riscos inerentes a cada um deles. 

Importante: não se esqueça de ajustar seu orçamento de tempos em tempos, especialmente se sua situação financeira mudar, para garantir que seus investimentos continuem a crescer de forma saudável e alinhada com suas metas.

4. Reserve uma quantia para emergências

A reserva de emergência é uma quantia de dinheiro guardada para situações imprevistas — como perda de emprego, problemas de saúde ou reparos urgentes. Essa reserva deve ser suficiente para cobrir suas despesas básicas por um período de seis a doze meses, dependendo da sua segurança financeira (se o seu emprego é estável ou se é empreendedor). 

O ideal é que essa quantia esteja aplicada em um investimento de alta liquidez, como o Tesouro Selic, para que possa ser acessada facilmente quando necessário.

Esses recursos especialmente separados evitam que você precise recorrer aos seus investimentos de longo prazo em momentos de crise. 

Não menos importante, essa segurança financeira traz mais tranquilidade e estabilidade, e serve para que você tome decisões de investimento com mais confiança e menos pressão.

5. Defina os prazos dos seus investimentos

Cada investimento tem características diferentes em termos de rentabilidade, risco e liquidez — e o prazo é um fator determinante para escolher o produto certo. Por exemplo: se o seu objetivo é de curto prazo (uma viagem ou a compra de um bem), optar por investimentos mais conservadores e de alta liquidez, como um CDB ou um fundo de renda fixa, é uma decisão adequada.

Já para metas de longo prazo (como a aposentadoria), investimentos mais arrojados, como ações ou Fundos Imobiliários, podem ser mais adequados, já que oferecem maior potencial de retorno, mesmo com a possibilidade de oscilações ao longo do tempo. 

Importante: além de definir claramente os prazos para cada objetivo, jamais se esqueça de montar uma carteira de investimentos diversificada e adequada ao seu perfil. Se ainda tiver um perfil conservador, adquira conhecimento e experiência antes de explorar os ativos de renda variável.

6. Inicie com investimentos em renda fixa

Os investimentos em renda fixa têm uma dinâmica mais simples de funcionamento e oferecem rentabilidades mais previsíveis. Por isso, são bastante seguros e ideais para que investidores iniciantes se sintam mais confortáveis em explorar o mercado de investimentos. 

Inclusive, vale lembrar que é perfeitamente possível diversificar o portfólio mesmo aplicando em apenas uma classe. Para isso, recomendamos que faça uma seleção de títulos com diferentes formatos de remuneração, por exemplo, ou emitidos por empresas distintas. Dessa maneira, consegue equilibrar os riscos assumidos e proteger o patrimônio.

Como ganhar dinheiro com o mercado financeiro?

Para ganhar dinheiro com o mercado financeiro, também é possível se tornar um de seus profissionais, atuando como gestor financeiro, analista, Assessor de Investimentos (AI) ou trader, por exemplo.

Veja um resumo da atuação de cada um:

  • Consultor financeiro: auxilia indivíduos e empresas na gestão das finanças. Ou seja, oferece orientações sobre investimentos, planejamento, aposentadoria, impostos e seguros, com o objetivo de ajudar a alcançar metas financeiras;
  • Gestor financeiro: administra recursos pessoais ou empresariais, tomam decisões estratégicas para maximizar retornos e minimizar riscos e alinham investimentos com os objetivos do cliente ou empresa;
  • Analista: avalia dados econômicos e de mercado, fornece recomendações de compra, venda ou manutenção de ativos, e ajuda investidores e empresas a tomar decisões financeiras informadas;
  • Assessor de Investimentos (AI): orienta investidores na escolha de produtos financeiros de acordo com o perfil e objetivos do cliente;
  • Trader: compra e vende ativos no curto prazo, em busca de lucro com as oscilações de preços, e opera em mercados voláteis, tomando decisões rápidas e precisas.

Qual é o salário de um consultor financeiro?

A média salarial mensal de um consultor financeiro é de R$3.140, com ganhos totais que podem ultrapassar R$8.000,00.

Aqui, a variação se justifica não somente pela empresa para a qual o profissional trabalha, mas também pelas comissões recebidas dos clientes.

Qual é o salário de um gestor financeiro?

De acordo com o Glassdoor, plataforma de compartilhamento de informações sobre postos de trabalho, a média salarial brasileira para gestores financeiros é de aproximadamente R$8.000,00

No entanto, note que esse valor pode variar de acordo com as atribuições específicas do profissional, do local onde trabalha e da região do país.

Qual é o salário de um analista financeiro?

A média salarial dos analistas financeiros gira em torno dos R$3.500,00. Essa remuneração, no entanto, pode ser distinta dependendo da empresa onde o profissional atua e da região do país — alguns postos alcançam ganhos de até R$8.000,00 mensais.

Qual é o salário de um Assessor de Investimentos?

A média salarial mensal dos Assessores de Investimentos (AIs) é de R$5.564, com ganhos totais chegando a R$9.730,00. Aos valores, também se somam possíveis comissões recebidas, que podem variar.

Qual o salário de um trader?

A remuneração média para um Trader no Brasil é de R$7.500,00 mensais, com potencial de alcançar um total de R$11.667,00. Os ganhos, no entanto, podem variar de acordo com a região do país e a instituição financeira em questão.

O que estudar para aprender a investir?

Para aprender a investir, dominar o assunto e tomar decisões mais informadas, é importante que o seu aprendizado considere estes tópicos:

  • Fundamentos de economia e finanças: inflação, juros, oferta e demanda, além de princípios de finanças pessoais;
  • Tipos de investimentos: características e diferenças entre renda fixa (CDB, Tesouro Direto) e renda variável (ações, fundos imobiliários);
  • Análise de investimentos: análise fundamentalista (balanços financeiros, indicadores) e análise técnica (gráficos de preços, tendências);
  • Gestão de riscos e diversificação: mapeamento de riscos e diversificação de portfólio para fins de proteção do patrimônio;
  • Planejamento financeiro: como criar um plano financeiro alinhado com seus objetivos de curto, médio e longo prazo;
  • Psicologia do investidor: influência das emoções no mercado e como tomar decisões racionais;
  • Legislação e tributação: regras e impostos que incidem sobre diferentes tipos de investimentos no Brasil.

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Hugo Gonçalves
Hugo Gonçalveshttps://finclass.com/
Hugo é economista e copywriter no Grupo PRIMO. Trabalha com finanças há mais de 7 anos.
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