No que você pensará primeiro se alguém te perguntar qual o seu interesse em investir no mercado imobiliário? Muito provavelmente vai deduzir que, para isso, seria necessário comprar uma casa ou edifício, para então alugá-lo a um inquilino, ou revendê-lo por um valor maior. Acertamos?
Na verdade, esse setor é acessível de outras formas também: investir em Fundos Imobiliários, por exemplo, é fácil e bastante rentável — razões pelas quais a modalidade tem atraído tantos investidores nos últimos anos.
Nesse artigo, queremos que você compreenda o funcionamento desse tipo de ativo de uma maneira diferente: tem ideia de quanto rende 100 mil reais em fundos imobiliários? Aqui, te daremos essa resposta, e ainda ensinaremos 5 dicas imbatíveis para montar uma carteira rentável com esses papéis. Veja só o que vai descobrir:
- Por que investir 100 mil reais em FIIs;
- Quanto rende por mês 100 mil em Fundos Imobiliários;
- 10 dicas para montar uma carteira de Fundos Imobiliários.
Se fôssemos você, inclusive, não sairíamos dessa página: no final, vamos te apresentar a plataforma mais completa para quem deseja aprender a investir com inteligência e ter acesso aos fundos imobiliários selecionados pela nossa equipe de especialistas.
Vamos lá?
Por que investir 100 mil reais em FIIs?
Embora os rendimentos de uma aplicação desse porte possam variar, a depender do FII específico escolhido para os aportes, investir 100 mil reais em um bom Fundo Imobiliário traz proventos bem interessantes ao investidor.
Além disso, algumas outras razões fazem dessa uma boa decisão. Olha só.
Gestão profissional
Ao investir em um FII, ou qualquer outra modalidade de Fundo de Investimento, você terá profissionais experientes e altamente capacitados por trás da distribuição dos seus recursos. Consequentemente, os cotistas acabam expondo a si mesmo a uma série de boas oportunidades de aplicação que talvez não seriam capazes sozinhos. Isso, é claro, se a administração do FII for sólida e tiver boa reputação — fatores que devem ser checados antes de fazer um aporte.
Menor volatilidade
É verdade que os FIIs são investimentos de renda variável e, geralmente, de alto risco. Contudo, as cotações costumam oscilar de maneira mais suave do que acontece com as ações, por exemplo.
Além disso, é possível analisar com atenção os relatórios gerenciais do fundo, a fim de escolher opções cujo setor imobiliário é menos propenso a variar com frequência — como acontece com os galpões, entre outros setores. Entretanto, não se esqueça de que não é aconselhável depositar a maior parte do seu patrimônio em um segmento só, já que isso aumenta o risco financeiro ao qual você está se expondo.
Diversificação
E por falar em equilibrar o portfólio de investimentos, é pertinente destacar que existem vários tipos de Fundos Imobiliários, cujas cotas estão atreladas a categorias distintas de imóveis e setores. Logo, com R$ 100 mil em mãos, há recursos de sobra para construir uma carteira eficaz e rentável, considerando esses ativos.
Quanto rende por mês 100 mil em Fundos Imobiliários?
O valor exato dos lucros nesse cenário vai depender de qual o dividend yield do FII em questão, das condições do mercado e do desempenho do fundo. Esse dividend yield, aliás, é como uma porcentagem que indica o dinheiro que você poderia receber por ano em relação ao valor das cotas que você tem. Ou seja, é uma métrica muito utilizada que indica o quanto um fundo paga de dividendos em relação ao seu valor de mercado, expresso em porcentagem ao ano.
Para você ter ideia dessa simulação e seus rendimentos estimados, vamos tomar de exemplo um Fundo Imobiliário que possui um dividend yield, nesse caso, é de 12%, de acordo com as informações divulgadas nos relatórios gerenciais daquele FII e sua gestora.
Logo, R$ 100.000,00 reais aplicados nesse FII renderiam cerca de R$ 1.000,00 reais mensais. Não entendeu como chegamos a esse resultado? Então, olha só o próximo tópico do artigo.
Como fazer o cálculo para saber quanto rende 100 mil em FIIs?
A fórmula para descobrir quanto 100 mil reais rendem em FIIs é extremamente simples. Veja só:
Rendimento estimado= dividend yield x valor investido
Encontrar o dividend yield de um Fundo Imobiliário é fácil: a informação está presente em todos os documentos divulgados pelas gestoras ao público geral e aos cotistas, mantendo-se sempre atualizado para que você possa consultar esse valor a qualquer momento. Você pode acessá-los no próprio site da gestora.
Existe uma maneira ainda mais fácil: basta encontrar qual o dividendo por cota pago pelo FII. Este valor é divulgado pelas gestoras e administradores em seus informes de rendimentos.
O DY, note, aparecerá sempre em forma de porcentagem. Por isso, antes de aplicá-lo à fórmula, é preciso dividi-lo por 100. Usando novamente o exemplo acima, temos um DY de 12% que, dividido por 100, resulta em 0.12.
Logo, a fórmula fica assim:
Rendimento estimado = 0.12 x 100.000
Rendimento estimado =12.000
Dividindo, então, esse resultado por 12 (os meses do ano), temos o total de R$1.000 reais. Nada difícil, concorda?
Exemplos de rentabilidade de 100 mil reais em FIIs
Se um Fundo Imobiliário tem um DY de 8% ao ano, aplicamos a fórmula:
Rendimento estimado = 0.08 x 100.000 = 8.000 ao ano
Isso significa que o investidor receberia cerca de R$ 666,67 por mês em dividendos.
Por outro lado, Se o FII escolhido tiver um DY de 10% ao ano, o cálculo será:
Rendimento estimado = 0.10 x 100.000 = 10.000 ao ano
Isso daria aproximadamente R$ 833,33 por mês em dividendos. Importante: note que ambos os exemplos servem apenas para que você entenda com mais clareza a forma como um FII rende. Aqui, usamos dados fictícios para essas simulações.
Lembre-se ainda que o dividend yield muda periodicamente, a depender dos rendimentos distribuídos e dos valores das cotas do FII. Afinal, os lucros dos cotistas podem ser mais ou menos previsíveis, acompanhando as tendências das categorias específicas de imóveis nas quais os aportes foram feitos.
A previsibilidade dos rendimentos não depende apenas do setor, mas das características específicas de cada fundo. Alguns FIIs de logística, por exemplo, divulgam intervalos de distribuição entre determinados valores, enquanto há FIIs de shopping que mantêm o pagamento de dividendos estáveis por meses consecutivos. Por outro lado, setores como os FIIs de papel, que distribuem rendimentos atrelados ao IPCA ou ao CDI, podem apresentar maior volatilidade, já que seus pagamentos variam mês a mês de acordo com os índices econômicos.
Por isso, um investidor inteligente precisa saber disso: antes de aplicar em qualquer Fundo Imobiliário, verifique os documentos atualizados das cotas e cheque não somente o dividend yield atual e histórico da opção, mas também todos os demais dados relevantes para avaliar se o investimento vale, ou não, a pena.
5 dicas para montar uma carteira de Fundos Imobiliários
Assim como o dividend yield de um Fundo Imobiliário pode variar periodicamente, ou de um FII e outro, é fato que cada ativo dessa classe terá uma dinâmica própria de funcionamento, especialmente se considerarmos o fato de que diferentes fundos lastreiam os seus proventos em setores e imóveis distintos.
Além disso, nunca é demais frisar que os Fundos Imobiliários são investimentos de renda variável. Consequentemente, seus lucros são imprevisíveis e os riscos inerentes à operação podem ser altos. Logo, nunca é demais se munir com algumas dicas de ouro antes de definir o que fazer com o seu patrimônio, certo?
- Analise os relatórios gerenciais do FII
Certamente, o dividend yield é um dado bem importante a ser considerado pelo investidor que busca o retorno mais atrativo possível. No entanto, uma boa decisão só pode ser tomada após uma análise minuciosa de todos os documentos e relatórios publicados regularmente pelo FII. O documento que você poderá encontrar as principais informações é o Relatório Gerencial.
Para te ajudar, aqui vai um checklist de todos os pontos importantes que não devem ser ignorados:
- Avalie a periodicidade e a consistência dos rendimentos distribuídos pelo fundo aos cotistas;
- Analise as perspectivas do setor imobiliário, com o objetivo de compreender o contexto exato no qual o FII em questão está operando;
- Verifique quais tipos de imóveis são considerados na estratégia e suas respectivas localizações, para entender qual o grau de qualidade desses espaços e se há expectativa de uma possível valorização futura;
- Confira o histórico, a reputação e a confiabilidade da administradora do FII, avaliando as suas estratégias e habilidades de gestão;
- Cheque, também, o histórico dos rendimentos em questão, observando se as cotas têm valorizado ou não, e até identificando oscilações;
- Revise o prospecto do FII, para se inteirar sobre taxas e custos, regulamentos, tipos de imóveis e inquilinos considerados no contrato, estratégia adotada, fatores de risco e objetivos da gestora.
- Prefira FIIs com maior liquidez de mercado
O grau de liquidez de um Fundo Imobiliário (ou qualquer ativo financeiro) diz respeito à capacidade de transformar a cota em dinheiro, quando você decide vendê-la. Os FIIs mais líquidos são, portanto, os mais negociados no mercado. Por conta dessa característica, ao se desfazer de um papel, suas chances de encontrar outros investidores em adquiri-lo são maiores.
Essa característica, afinal, é vantajosa para quem busca flexibilidade e rapidez para atuar no mercado de FIIs, garantindo maior fluidez na realização das transações de compra e venda de cotas.
- Equilibre as proporções de alocação em FIIs
Seja em Fundos de Tijolo ou em Fundos de Papel, esse equilíbrio é crucial para a construção de uma carteira diversificada e resiliente, sólida o bastante para não performar mal e trazer grandes prejuízos em casos de oscilações micro ou macroeconômicas.
Os Fundos de Tijolo, vale explicar, investem diretamente em imóveis físicos, como edifícios comerciais, galpões logísticos ou empreendimentos residenciais. Por outro lado, os de Papel aplicam recursos em ativos financeiros ligados ao mercado imobiliário, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), sendo que, predominantemente, você encontrará FIIs que investem em CRIS.
Ao diversificar a alocação, você se beneficia das diferentes dinâmicas dessas categorias. Ou seja, pode aproveitar tanto a valorização e a exploração dos imóveis físicos, quanto os retornos provenientes de contratos de aluguéis e rendimentos de ativos financeiros.
Aliás, equilibrar a presença em ambas as categorias pode ajudar a mitigar riscos associados a um único segmento do mercado imobiliário, e ainda oferecer uma gama mais ampla de fontes de renda.
- Analise o segmento do fundo
Afinal, cada setor tem suas particularidades e reage de forma diferente às oscilações do mercado. Por exemplo, FIIs de shoppings tendem a ser impactados pelo consumo e pela economia do varejo, enquanto FIIs logísticos são mais influenciados pelo crescimento do e-commerce e pela demanda por distribuição eficiente.
Antes de investir, aconselhamos entender qual segmento está mais alinhado com sua estratégia e tolerância ao risco, para se prevenir contra mudanças de cenário que você não previu.
Outro ponto importante é a previsibilidade e resiliência do setor escolhido. Imóveis corporativos, por exemplo, podem sofrer com períodos de baixa ocupação em crises econômicas, enquanto FIIs de recebíveis (também chamados de FIIs de papel) oferecem rendimentos mais estáveis, pois são lastreados em títulos de crédito imobiliário.
Além disso, fundos híbridos tendem a ser uma alternativa interessante para quem busca diversificação dentro de um único ativo.
- Entenda a taxa de vacância
Quanto maior a vacância, maior a incerteza sobre a geração de receita, pois imóveis vazios não geram aluguel. Por isso, um fundo com alta vacância irá enfrentar dificuldades para distribuir rendimentos consistentes aos cotistas, além de sofrer com uma desvalorização no mercado caso a situação se prolongue.
Antes de investir, dê uma olhada no histórico de ocupação do fundo e se há perspectivas concretas de redução da vacância ao longo do tempo.
E mais: a vacância precisa ser analisada dentro do contexto do segmento do fundo. Em imóveis corporativos, por exemplo, é comum que contratos de locação sejam longos, mas períodos de crise podem gerar um aumento na vacância se as empresas reduzirem espaços.
Já em shoppings, a rotatividade dos lojistas costuma ser maior, mas a diversificação de inquilinos ajuda a mitigar riscos. FIIs com boa gestão costumam ter estratégias para reduzir a vacância, como reformas para tornar os imóveis mais atrativos ou renegociação de contratos para manter bons inquilinos.
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Pode confessar: não é nada difícil compreender como funcionam os Fundos Imobiliários e quanto rende 100 mil reais em FIIs, não é? Por mais que essa modalidade de investimento seja de renda variável e alto risco, estudar com atenção a sua dinâmica torna o processo de decisão mais simples para o investidor.
Afinal, conhecimento é poder. Ou melhor: conhecimento é dinheiro.
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