Já ouviu falar por aí que a renda fixa é o investimento ideal para perfis conservadores? A recomendação é verdadeira, porém, essa classe de ativos é ideal para qualquer investidor que tenha por objetivo equilibrar e diversificar o próprio portfólio.
Afinal, as boas oportunidades estão na renda fixa também, principalmente quando o cenário econômico está favorável.
Tudo isso soa complicado demais? Então, siga conosco, pois até o final deste artigo, não te sobrará nenhuma dúvida sobre o assunto — independentemente de qual tipo de investidor você seja, iniciante ou que já tem alguma experiência em aplicações.
Confira o que vai aprender neste conteúdo:
- O que é uma carteira de renda fixa;
- Qual a vantagem de ter uma carteira de renda fixa;
- Quais são os principais investimentos de renda fixa;
- Qual é a rentabilidade da renda fixa;
- Como balancear uma carteira de investimentos;
- Qual a melhor carteira de renda fixa;
- Como funciona o Imposto de Renda para títulos públicos;
- Como montar uma carteira de investimentos de renda fixa;
- Como investir em renda fixa.
O seu objetivo para 2025 é transformar conhecimento em dinheiro? Então, no final deste artigo, ainda vamos te dar uma dica imbatível para ir com tudo no seu propósito de ser um investidor mais inteligente e extrair o máximo do seu patrimônio.
Vem com a gente!
O que é uma carteira de renda fixa?
Uma carteira de renda fixa é o conjunto de ativos financeiros que o investidor possui, focados exclusivamente em investimentos de renda fixa — como CDBs, títulos do Tesouro Direto, LCIs, LCAs, entre outros. O objetivo dessa carteira é preservar o patrimônio, lidar com um nível comedido de risco e gerar rendimentos mais previsíveis ao longo do tempo.
Além de, em geral, apresentar mais segurança, também é possível ajustar uma carteira de renda fixa para diferentes metas financeiras: proteger o capital contra a inflação, construir uma reserva de emergência ou planejar a aposentadoria, por exemplo.
Importante: mesmo que estejamos falando de aplicações em uma única classe, ainda assim cada título escolhido deve levar em conta o perfil do investidor, os prazos de vencimento e a rentabilidade esperada.
Qual a importância de montar uma carteira de investimentos?
Montar uma carteira de investimentos, com diversificação e equilíbrio, serve para equilibrar os riscos inerentes a cada ativo selecionado, potencializar os lucros do investidor e preservar o seu patrimônio. É por conta desses motivos que a recomendação é que você jamais aplique todo o seu dinheiro em uma classe só.
Montando uma carteira de investimentos, você ainda tem a oportunidade de buscar a realização dos seus objetivos de maneira mais estruturada — não importa se a ideia seja acumular patrimônio para o futuro, ter uma renda passiva entrando periodicamente ou se proteger contra os efeitos da inflação, que corrói o poder de compra daqueles que deixam o dinheiro parado.
Aqui, inclusive, a diversificação de investimentos da sua carteira vem para diluir riscos e reduzir o impacto de eventuais perdas em determinados títulos ou ativos. É, em outras palavras, uma estratégia para equilibrar os resultados gerais do portfólio.
Qual a vantagem de ter uma carteira de renda fixa?
Quando você investe em renda fixa, consegue aproveitar alguns benefícios específicos desta classe, olha só:
- Baixo risco;
- Facilidade de resgate;
- Previsibilidade;
- Acessibilidade.
Como nem todos os títulos dessa classe performam da mesma maneira, o ideal é que você entenda melhor cada uma dessas vantagens. Assim, vai saber identificá-las com mais facilidade na hora de montar a sua carteira de renda fixa.
Baixo risco
A renda fixa é a única classe na qual você consegue investir e manter um grau comedido de risco.
Embora cada título apresente condições distintas, esse tipo de investimento tende a ser marcado pela simplicidade de seu funcionamento: em geral, é como se você estivesse “emprestando” dinheiro a uma instituição (um banco ou o governo, por exemplo), que te devolverá o valor com o acréscimo de rendimento.
Em termos mais simples, essa vantagem configura justamente uma característica oposta à renda variável, já que nessa outra classe de investimentos os ganhos não são nem previsíveis ou garantidos.
Facilidade de resgate
Aqui, estamos falando do grau de liquidez, ou seja, da facilidade ou dificuldade que um investidor vai encontrar caso queira vender seu título antes do prazo combinado.
A liquidez na renda fixa varia de título para título. Por isso, recomendamos que você entenda bem as condições de cada alternativa antes de fazer um aporte.
Voltando à facilidade de resgate, damos destaque ao Tesouro Selic e aos CDBs de liquidez diária, que são títulos de renda fixa que você pode vender no momento que desejar, sem ter perdas significativas na rentabilidade.
Em relação aos demais, pode até ser que você venda facilmente o título, porém, tem chances de sofrer os efeitos da marcação a mercado, que se trata do processo de precificação diária de alguns ativos, especialmente os de renda fixa.
De maneira bem simples, ela mostra quanto valeria o ativo se você decidisse vendê-lo naquele exato momento. Essas variações, por sua vez, dependem de vários fatores, como oferta e demanda, alteração da taxa de juros, e outros eventos macroeconômicos.
Se decidir vender o seu título e o preço em questão estiver mais baixo do que você pagou inicialmente, então essa retirada antecipada pode causar perdas de rendimento.
Previsibilidade
Quando você investe em renda fixa, sabe exatamente quanto vai ter de retorno, ou ao menos qual indicador vai ser utilizado na composição da rentabilidade. Em títulos prefixados, por exemplo, a taxa de retorno é conhecida desde o momento da aplicação. Aqueles atrelados ao CDI, por outro lado, vão render de acordo com esse benchmark.
Com esses dois exemplos, queremos ilustrar que essa previsibilidade é uma das maiores vantagens da renda fixa, especialmente para quem busca estabilidade e segurança na hora de investir. Na prática, afinal, ela facilita o planejamento financeiro, ajudando a calcular com maior precisão o montante que você terá disponível no futuro para atingir metas específicas, como a aposentadoria, a compra de um imóvel ou a formação de uma reserva de emergência.
Acessibilidade
Primeiramente, ativos de renda fixa são mais acessíveis pois os seus funcionamentos são bastante simples. Consequentemente, são fáceis de entender até mesmo para quem tem zero experiência no mercado financeiro.
Por outro lado, a acessibilidade também é vista no valor mínimo de aporte destes títulos. Afinal, essas quantias costumam ser bem baixas e você nem sequer precisa dispor de somas imensas para começar a investir, como muitos ainda acreditam. Por exemplo, até a data de publicação deste artigo, com poucos reais já é possível entrar no site do Tesouro Direto e investir em alguns títulos públicos.
Quais são os principais investimentos de renda fixa?
Na renda fixa, os principais investimentos são:
- Títulos do Tesouro Direto;
- Certificados de Depósito Bancário (CDBs);
- LC, LCI e LCA;
- CRI e CRA;
- Debêntures;
- Fundos de Renda Fixa.
Cada um deles tem condições e características específicas, por isso, o ideal é que você siga na leitura e entenda essas alternativas antes de tomar suas decisões.
Tesouro Direto
Estes são títulos públicos emitidos pelo Governo Federal. Ao investir neles, você está basicamente emprestando dinheiro ao governo, que vai utilizar os recursos para financiar obras em setores como educação e saúde. É, então, uma maneira de contribuir com o desenvolvimento nacional. Em troca, o investidor recebe o montante “emprestado” com o acréscimo de juros, dentro do prazo combinado inicialmente.
O Tesouro oferece ao investidor algumas opções específicas:
- Tesouro RendA+: desenvolvido para o planejamento da aposentadoria, é um título pós-fixado focado no longo prazo. O resgate ocorre em 240 parcelas mensais, garantindo uma renda fixa durante 20 anos;
- Tesouro Selic: títulos pós-fixados com rentabilidade atrelada à Taxa Selic, ideais para investidores iniciantes e objetivos de curto prazo. São recomendados para reservas de emergência devido ao alto grau de liquidez e à baixa chance de prejuízo em vendas antecipadas;
- Tesouro IPCA: atrelado à inflação (IPCA), garante rendimentos que acompanham o índice de inflação brasileiro, acrescidos de uma taxa prefixada. Indicado para proteger o poder de compra em investimentos de longo prazo;
- Tesouro Prefixado: apresenta uma taxa de retorno definida no momento da aplicação, ideal para quem busca previsibilidade de ganhos. É recomendado para prazos definidos, especialmente em cenários de queda na taxa de juros.
Certificado de Depósito Bancário (CDB)
Os CDBs são o que chamamos de título de crédito. Funciona assim: os ativos são emitidos pelos bancos para que possam captar recursos e financiar as suas atividades, como concessão de crédito e financiamentos.
O investidor que compra esses ativos, por sua vez, está “emprestando” dinheiro à instituição, em troca de uma remuneração com o acréscimo de juros. Assim como nos títulos do Tesouro Direto, os CDBs estão disponíveis nas modalidades pré e pós-fixadas e alguns oferecem até liquidez diária — ideal para o curto prazo.
É importante saber que bancos menores costumam oferecer rentabilidades mais atrativas ao público, embora a operação, nesse caso, seja mais arriscada que aquelas envolvendo títulos de entidades de maior porte.
No entanto, assim como muitos outros ativos de renda fixa, estes são protegidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito), que reembolsa até R$ 250.000,00 por CPF em caso de inadimplência por parte da empresa emissora do título.
LC
É a sigla para Letra de Câmbio e é emitida por empresas de crédito, também com a finalidade de captar recursos. Novamente, a aplicação segue a dinâmica de emprestar dinheiro à empresa para o receber de volta com um acréscimo de juros.
Em geral, os ativos acompanham os indexadores DI — ligado ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI) — e à Selic. Esse investimento, vale lembrar, sofre a incidência da tributação do Imposto de Renda.
LCI e LCA
Aqui, temos as Letras de Crédito Imobiliário e as Letras do Crédito do Agronegócio. Ao contrário das LCs, elas são emitidas por bancos e os recursos captados vão para empreendimentos do setor imobiliário e do agronegócio.
Uma das vantagens dessas Letras, especialmente sobre as LCs, é que elas não são tributadas no Imposto de Renda. Mesmo assim, atenção: a isenção existe, mas o investimento deve constar na declaração de qualquer forma.
CRI e CRA
Estas são, respectivamente, as siglas para Certificados de Recebíveis Imobiliários e Certificados de Recebíveis Agrícolas. Seus ativos são emitidos por companhias securitizadoras e os recursos são destinados a financiamentos nos mercados que dão nome aos certificados.
A título de conhecimento, entenda quais negociações envolvem os ativos de cada opção:
- CRI: aluguel de terrenos e imóveis comerciais ou residenciais;
- CRA: contratos de arrendamento, venda de produtos e insumos agrícolas, entre outros.
Assim como os demais títulos até aqui, estes podem ser adquiridos como prefixados, pós-fixados ou híbridos. A diferença, porém, é que os CRIs e CRAs não são protegidos pelo FGC e também não oferecem grau alto de liquidez. Ou seja, na hora de vender os ativos, o investidor provavelmente encontrará certa dificuldade para encontrar compradores interessados.
Debêntures
As debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas privadas, não financeiras.
Ao emitir uma debênture, a empresa está recorrendo aos investidores para levantar fundos e expandir ou melhorar as suas operações, em vez de optar por empréstimos e financiamentos em bancos, que podem sair mais caros.
Esses investidores, por sua vez, lucram por meio dos juros sobre o valor recolhido. Aliás, aplicar em debêntures pode render rendimentos mais atrativos, pois geralmente o prazo de vencimento desses títulos são de longo prazo, na casa dos 10/15 anos para cima, no entanto, o risco também é muito maior. Além disso, debêntures normalmente apresentam baixa liquidez — ou seja, existe a chance de você enfrentar dificuldades se eventualmente decidir vender o título.
Como analisar se o investimento em uma debênture vale a pena é uma tarefa complexa até mesmo para os mais experientes, recomendamos que, na dúvida, prefira aplicações mais seguras e previsíveis dentro da renda fixa.
Fundos de Renda Fixa
Por fim, temos os Fundos de Investimento em renda fixa. Estas são modalidades coletivas de investimento financeiro, pois os recursos de todos os investidores (cotistas) são reunidos por um gestor, que os aplicará em ativos diversos, de acordo com o que consta em contrato. É como receber uma carteira diversificada em mãos, porém com uma única aplicação.
No caso dos Fundos de Renda Fixa, a distribuição do patrimônio vai majoritariamente para títulos dessa classe — 80% no mínimo.
Ao comprar cotas em um Fundo desta categoria, você tem a oportunidade de confiar o seu patrimônio a profissionais certificados no mercado. Assim, eles vão realizar aportes estratégicos e aproveitar oportunidades de mercado que um investidor inexperiente, por exemplo, talvez não seria capaz sozinho.
Ao buscar opções de Fundos de Renda Fixa para investir, você certamente notará que eles estão disponíveis com condições variadas. Prazos menores ou maiores, estratégias mais ou menos conservadoras e diferentes ativos selecionados: a gama de possibilidades é ampla e a decisão deve ser baseada principalmente nas taxas de administração que esses fundos cobram e nas suas expectativas e objetivos financeiros.
Qual é a rentabilidade da renda fixa?
A rentabilidade da renda fixa varia dependendo do tipo de investimento escolhido. Em geral, é mais estável em comparação com outros tipos de investimentos, como ações.
Por exemplo, títulos públicos como o Tesouro Direto e CDBs podem oferecer rendimentos prefixados ou pós-fixados, que podem variar conforme a taxa de juros e a inflação. Fundos de Renda Fixa, por outro lado, também oferecem diferentes níveis de rentabilidade, dependendo dos ativos em que investem.
Para que você tenha uma visão mais clara de como a renda fixa pode somar no seu portfólio, trouxemos alguns dados históricos relacionados à rentabilidade dos indicadores da classe.
Primeiramente, temos uma comparação entre o CDI e o IFIX, o principal índice de Fundos Imobiliários do Brasil. No gráfico abaixo, apresentamos a evolução histórica de ambos desde 2012. Olha só:
Fonte: Quantum
Aqui, temos um retorno acumulado de 211% no IFIX, enquanto o do CDI foi de 250%. Embora a diferença não seja muito grande, ainda é uma porcentagem bem relevante para a renda fixa. Vale destacar também que o CDI não apresenta volatilidade, assim como acontece com os FIIs.
Agora, vamos novamente usar o CDI para fins de comparação, mas desta vez com outro benchmark bastante relevante dentro da renda variável: o Ibovespa.
O gráfico abaixo mostra o desempenho acumulado de ambos, desde 1997 até 2025. Observe:
Fonte: Quantum
Dessa vez, a diferença é maior: o Ibovespa acumula um retorno de 1.612%, enquanto o CDI apresenta 3.330% de retorno — mais que o dobro do principal índice de ações do país. Aqui, inclusive, os números trazem uma boa notícia àqueles investidores que temem que a renda fixa não seja capaz de oferecer retornos atrativos no longo prazo.
Como balancear uma carteira de investimentos?
Considerando que a diversificação é tão importante para manter o equilíbrio de uma carteira, nossa sugestão é que, para cumprir essa missão, você trabalhe a variedade entre:
- Número de ativos;
- Classes de investimentos;
- Emissores;
- Localização geográfica.
Vamos juntos entender o que fazer e o que não fazer em cada um desses aspectos.
Número de ativos
Não há um número exato a ser recomendado, pois uma estratégia eficaz não considera somente a quantidade de aplicações. No entanto, é preciso tomar o cuidado de encontrar um equilíbrio, ou seja, não selecionar ativos demais, nem concentrar em um só.
Como você já sabe, concentrar o seu patrimônio todo em um ou dois ativos é arriscado, pois qualquer má performance pode acabar em prejuízos para a carteira.
No entanto, se distribuir o dinheiro entre muitas opções, os possíveis ganhos com qualquer uma delas serão insignificantes.
Imagine, por exemplo, que você tenha somente 1% dos seus recursos aportados em um Fundo de Renda Fixa cuja performance foi excelente. Nesse caso, o seu lucro seria pequeno mesmo com esse momento favorável, já que a quantia aportada era pequena demais para ser significativa e impactar a carteira como um todo.
Classes de investimentos
Uma carteira de investimentos bem equilibrada não é composta somente por ativos de renda fixa. O ideal é que você inclua no seu portfólio ações e outras categorias de Fundos também, por exemplo.
Dessa maneira, os riscos assumidos e a vulnerabilidade às movimentações econômicas são melhores controladas, mesmo que a carteira conte com aplicações de renda variável.
Se você ainda não se sente confiante para explorar ativos mais arriscados e prefere começar exclusivamente com a renda fixa, não tem problemas. Até ganhar confiança e experiência no assunto, um bom método de diversificação é o de distribuir o seu dinheiro em diferentes ativos desta mesma classe.
As opções, afinal, são várias: há muitos títulos do Tesouro Direto, Letras e CDBs a serem analisados.
Emissores
Mesmo que você invista em 10 CDBs diferentes, vamos supor, ainda não terá uma carteira devidamente diversificada, pois o seu patrimônio estará inteiramente concentrado em bancos. Logo, qualquer oscilação econômica capaz de impactar o setor acabará jogando a rentabilidade de todo o seu portfólio para baixo.
Ao investir, seja em renda fixa ou variável, lembre que os riscos dos ativos também têm a ver com as áreas às quais estão atrelados. Por isso, esses aspectos devem ser mesclados.
Um investidor que tenha títulos do Tesouro Direto, CDBs e LCIs na carteira, por exemplo, conta com um portfólio mais promissor. Isto é, nessa suposição, ele teria distribuído o seu dinheiro entre setores distintos.
Localização geográfica
Assim como as oscilações econômicas impactam diferentes setores, regiões específicas também podem ser afetadas. Para evitar prejuízos por conta deste risco, o ideal é que você não concentre todos os seus aportes em títulos provenientes de uma mesma área.
Futuramente, quando decidir explorar novos caminhos além da renda fixa, saiba que uma boa ideia é variar não somente locais dentro do Brasil, mas fora do país também.
Qual a melhor carteira de renda fixa?
A melhor carteira de renda fixa é aquela que mescla diferentes ativos dentro desta mesma classe, variando rentabilidade e setores. Obviamente, as proporções e a escolha dos títulos deve ser feita de acordo com as preferências e os objetivos de cada investidor.
No entanto, algumas sugestões podem servir de base para o seu processo de decisão. Por aqui, por exemplo, uma sugestão de diversificação dentro da renda fixa seria a seguinte:
- 15% em pós-fixados;
- 35% em prefixado de curto prazo;
- 5% em prefixado de longo prazo;
- 15% em IPCA+ de curto prazo;
- 25% em IPCA+ de longo prazo;
- 5% em renda fixa internacional.
Em uma carteira que misture renda variável e renda fixa, é natural que a distribuição seja diferente. Nesse caso, a renda variável assumiria um papel de “ataque”, como em um time de futebol, enquanto a renda fixa ficaria mais responsável pela “defesa”.
Aqui, no entanto, a renda fixa ocupa o portfólio em sua totalidade, então as porcentagens foram distribuídas de forma que títulos distintos dentro dessa mesma classe consigam desempenhar esses papéis, equilibrando riscos e retornos.
Se ainda não tem certeza sobre quais títulos escolher dentro das categorias sugeridas, a gente te ajuda: conhece as carteiras recomendadas da Finclass? Com elas, você tem acesso às sugestões dos nossos especialistas, personalizadas de acordo com o seu objetivo financeiro.
Como funciona o Imposto de Renda para títulos públicos?
O Imposto de Renda incide sobre os ativos do Tesouro Direto. No entanto, os tributos afetam unicamente o rendimento do período da aplicação, e não o total investido. O mesmo, aliás, acontece com outros ativos de renda fixa, como os CDBs.
O esquema de tributação segue essa tabela:
Tempo de aplicação | Alíquota |
Até 180 dias | 22,5% |
181 a 360 dias | 20% |
361 a 720 dias | 17,5% |
Mais de 721 dias | 15% |
Por exemplo: se você investir R$ 1.000,00 no Tesouro Direto e, depois de um ano, queira resgatar o investimento, que está somando R$ 1.100,00. Nesse caso, a incidência de IR seria de 17,5% apenas sobre o lucro, ou seja, seria necessário pagar R$ 17,50 de imposto.
Os números utilizados para essa simulação são fictícios. No entanto, servem para que você compreenda a forma como os tributos são aplicados sobre os rendimentos e se preparar para pagá-los futuramente.
Como montar uma carteira de investimentos de renda fixa?
Montar a carteira de renda fixa ideal requer alguns passos básicos que ajudam você a maximizar os rendimentos, preservar o poder de compra e desfrutar de segurança. Olha só:
- Defina os prazos da aplicação;
- Cheque o indexador do ativo;
- Escolha bons Fundos de Renda Fixa;
- Misture títulos públicos e privados;
- Analise a remuneração e as taxas do investimento;
- Diversifique o portfólio;
- Faça balanceamentos periódicos.
Vem com a gente entender cada um deles.
1 – Defina os prazos da aplicação
Primeiramente, você precisa ter clareza sobre os seus objetivos financeiros. Comprar um imóvel? Trocar de carro? Se aposentar com tranquilidade? Cada uma dessas metas têm prazos distintos e esse horizonte temporal é o que vai ditar muitas de suas escolhas.
O ideal é que o patrimônio seja mantido aplicado até o fim do período combinado na hora da aplicação. Do contrário, se for vender os títulos antes disso, o preço deles será reajustado conforme a marcação a mercado — e você pode sair no prejuízo.
A marcação a mercado, aliás, é o processo de precificação diária de alguns ativos, especialmente os de renda fixa. De maneira bem simples, ela mostra quanto valeria o ativo se você decidisse vendê-lo naquele exato momento. Essas variações, por sua vez, dependem de vários fatores, como oferta e demanda ou eventos macroeconômicos.
2 – Cheque o indexador do ativo
Ativos de renda fixa geralmente estão atrelados a algum indicador econômico. Isso significa que os seus lucros vão acompanhar esse índice e afetar o dinheiro que será recebido futuramente.
Tome de exemplo o IPCA, bastante presente em várias opções do Tesouro Direto. Esse indicador — também usamos o termo benchmark — indica o nível de inflação no país. Quando um título está ligado a ele, significa que os seus rendimentos futuros serão corrigidos de acordo com essa inflação.
Dica extra: além de verificar o benchmark, cheque também qual é o percentual de rendimento do índice.
3 – Escolha bons Fundos de Renda Fixa
Se a sua intenção é diversificar a sua carteira, os Fundos de Renda Fixa são uma boa estratégia. Isto é, com portfólios voltados para diferentes ativos dentro desta classe, é possível adquirir uma cesta de títulos com uma única aplicação.
Os Fundos podem operar sob condições que variam de um para outro. Logo, antes de fazer a sua escolha, analise bem o contrato de cada um e verifique sempre:
- Ativos presentes no portfólio;
- Percentual de distribuição em cada ativo;
- Reputação da gestora do Fundo;
- Prazos para resgate;
- Preço da cota;
- Indexadores utilizados;
- Rentabilidade histórica.
4 – Misture títulos públicos e privados
Quando falamos da importância da diversificação, também nos referimos às instituições emissoras dos ativos. Naturalmente, diferentes empresas e entidades estarão expostas a riscos setoriais distintos. Então, misturar as fontes dos seus títulos ajuda a preservar o seu patrimônio em caso de eventos micro e macroeconômicos específicos.
Aqui, uma boa dica é investir no Tesouro Direto e em CDBs emitidos por bancos, por exemplo. Com a rentabilidade vindo de várias direções dessa forma, é menos provável que o mau desempenho de um ativo impacte em grande escala o seu portfólio.
5 – Analise a remuneração e as taxas do investimento
Cheque qual é o percentual prometido ao ano e faça simulações para averiguar quais seriam os seus lucros futuros, e se estão de acordo com a sua estratégia.
Nessa avaliação, não se esqueça de considerar a incidência do Imposto de Renda também. Afinal, os tributos pagos mudam conforme o tempo de aplicação e esse desconto deve ser considerado no seu planejamento, a fim de evitar surpresas futuras.
6 – Diversifique o portfólio
Imprescindível reforçar a necessidade de compor uma carteira de investimentos diversificada. Essa é a única maneira de multiplicar o seu patrimônio de maneira segura, mitigando quaisquer riscos que estejam atrelados aos ativos que você escolher.
Ao mesclar os ativos, lembre-se de considerar diferentes empresas emissores, sectores e até localizações geográficas. Na dúvida, sempre volte neste artigo para refrescar a memória e se valer de todas as dicas que aprendeu até aqui.
7 – Faça balanceamentos periódicos
Conforme o tempo passa, é natural que você ganhe mais experiência no mercado de capitais. Além disso, pode ser que encontre boas oportunidades de investimento e que valha a pena recalcular a rota. Inclusive, nesta etapa, após ter montado a sua carteira, não se esqueça de avaliar periodicamente o desempenho dos ativos.
Como investir em renda fixa?
Para investir em renda fixa de maneira fácil e segura, é preciso que você abra uma conta em uma corretora de valores. Na dúvida, consulte a lista de empresas autorizadas pela B3 a operar no mercado de investimentos.
Além da procedência da corretora, alguns outros critérios são importantes para tornar a sua aplicação mais tranquila:
- Intuitividade da plataforma;
- Reputação da empresa;
- Gama de ativos disponíveis;
- Qualidade das informações prestadas;
- Suporte disponível.
Quando tiver feito a sua escolha, basta transferir fundos de sua conta bancária para a conta da corretora. O processo pode ser feito via PIX e em segundos o dinheiro estará disponível na sua nova carteira digital.
Por fim, basta navegar entre as opções de aplicação e fazer a sua seleção, com base nas dicas que aprendeu neste artigo. Após emitir suas ordens de compra, em breve o título será liquidado e estará disponível para acompanhamento do desempenho.
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